A consciência é o núcleo mais
íntimo e secreto do homem. É aí que ele se refugia, com as suas
faculdades espirituais, numa solidão absoluta: a sós consigo, ou antes, a
sós com Deus, cuja voz se faz ouvir à consciência. É aí que ele se
determina pelo bem ou pelo mal; é aí que escolhe o caminho da vitória ou
o caminho da derrota. Ainda que quisesse, o homem não teria capacidade
de apagar esta voz; com ela - quando o aprova e quando o condena -
percorre todo o caminho da vida, e será também com ela, testemunho
verídico e incorruptível, que se apresentará ao juízo de Deus.
Cristo é o
caminho, a verdade e a vida, não apenas para todos os homens no seu
conjunto, mas para cada um deles.
A consciência é portanto um santuário, no limiar do qual todos devem
deter-se; todos, incluindo o pai e a mãe, no caso das crianças. O único
que nela penetra é o sacerdote, como mestre de almas; mas, mesmo nesse
caso, a consciência continua a ser um santuário ciosamente guardado,
cujo segredo o próprio Deus pretende que seja preservado sob o selo do
mais sagrado dos silêncios.
Em que sentido se pode falar da educação da
consciência? O divino Salvador trouxe a sua verdade e a sua graça ao
homem ignorante e fraco: a verdade para lhe indicar o caminho que conduz
à meta; a graça para lhe conferir a força para lá chegar. Cristo é o
caminho, a verdade e a vida, não apenas para todos os homens no seu
conjunto, mas para cada um deles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário