domingo, 1 de dezembro de 2019

DEUS PODE TE RESTAURAR




O salmo 125 tem como tema principal a restauração do ser humano.
Os dois primeiros versículos trazem a seguinte mensagem: “Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles”.
A palavra restauração, no referido salmo, tem como sentido reconstituir a força, o vigor, a energia, ou seja, revigorar.
Deus tem poder para nos restaurar. O profeta Isaías afirmou que o Senhor dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor (Is 40,29).

Nós não conseguimos recuperar o tempo, mas podemos viver uma nova vida com o tempo que nos resta, revigorados pelo Senhor.
Podemos ser restaurados quando permitimos que Deus aja na nossa vida. Revigorados, passamos a ter propósitos, a confiar no Senhor. Deus tem planos maravilhosos para cada cristão.
Nós carregamos uma série de marcas e mágoas, provenientes de influências ruins e de palavras negativas que nos foram dirigidas, que podem se tornar um martírio nas nossas vidas. Deus quer mudar essa situação, quer que vivamos uma nova vida em Jesus Cristo.

Deus deseja restaurar a comunhão com o nosso próximo e com o próprio Senhor, como também, a nossa fé e esperança. Assim, teremos prazer em servi-lo.
A restauração tem como consequência a alegria de viver, conforme o próprio salmista afirmou: “Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo”.

O revigoramento do Senhor, também, pode influenciar as pessoas que vivem ao nosso redor, pois vão reconhecer as grandes coisas que o Senhor tem feito por nós.
Assim necessitamos corações unidos pelo sopro divino, há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma de nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

O Espírito Santo é sopro, hálito, vento que gera vida, que move, impulsiona e sopra onde quer. De onde vem e para onde vai não é fácil dizer. No entanto, está presente, se faz sentir, age.
Sopra, despoja, subverte, separa, varre, empurra, levanta, expande, toca de leve. Aparecem e permanecem os sinais da sua passagem.
É um vento leve, refrescante, novo, penetrante, inovador, cambiante; um sopro sutil, interior, profundo; um sopro que não pode ser detido, sufocado. Ao mesmo tempo é um vento impetuoso, desafiador e perigoso, pois pode conduzir a direções inimagináveis. Envolve, mas não invade. Interroga, mas não condena. Arrasta, mas não constrange.

Oferece, mas não impõe. Presente, vital, essencial, livre, libertador. Pode ser acolhido e tudo torna-se novo. Por isso, quem se deixa mover por Ele sente sua força e reconhece sua ação. E, sem perder o chão da realidade e da história, aspira por algo mais alto, mais profundo, mais bonito e transcendente.

Pe. Emílio Carlos Mancini
Diocese de São Carlos.

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