O cristão já tem e é e vive no aqui e agora , no tempo para
um dia entrar no tempo que não tem tempo – Eternidade.
É
no momento da dor e da morte que somos provados de modo mais intenso em nossa
fé e esperança. Assim, nesta Celebração da Esperança, bendizemos ao Pai porque
experimentamos em nossa realidade este mistério da vida que passa pela morte e
entramos em comunhão com tantas pessoas queridas que vivem agora a plenitude da
vida que partilharam conosco, precedendo-nos no caminho da fé.
Nessa
Eucaristia o Espírito Santo realize também em nós essa esperança de ressurreição
e imortalidade, pela vivência diária de nossa fé, concretizada na caridade
fraterna.
O
Dia de Finados é comemorado desde o séculos XIII, como uma data reservada para
as pessoas rezarem pelos seus parentes e amigos já falecidos no campo santo.
O
Cristão não deve ter medo da morte, O importante é estar sempre preparado para
o encontro definitivo com o Senhor. E preparar sempre a nossa vida não para bem
morrer, mas para bem viver. A morte chega como um ladrão. Por isso é necessário
estarmos sempre vigilante.
A
melhor preparação para a morte é a nossa vida de união com Deus e com os
irmãos. Rezar, participar da Santa Missa, frequentar os sacramentos, fazer o
bem, ajudar os mais necessitados, perdoar sempre os que nos ofendem e procurar
agradar a Deus em tudo. O futuro não é mais do que um desenvolvimento
coerente com o que o cristão já tem e é e vive no aqui e agora , no tempo para
um dia entrar no tempo que não tem tempo – Eternidade.
Queremos
ver a Deus face a face na alegria do céu. Estejamos sempre bem vigilantes para
ouvirmos o convite de Cristo naquele dia “Vinde, benditos de meu Pai, entrai na
posse do Reino que vos está preparado desde o começo do mundo”. ( Mt. 25,31).
Por
isso nos CREMOS NA COMUNHÃO DOS SANTOS! Por meio de nosso batismo, estamos em
união com Cristo e com todos os que foram batizados. Por isso, a nossa oração
pelos nossos irmãos falecidos significa também a nossa união com eles na fé e
no amor. Comunhão dos santos – Igreja militante, padecente e Triunfante.
O sopro de Deus
faz viver para além da morte. O fundamento da fé da Igreja é a
ressurreição de Jesus Cristo. A celebração da memória de todos os fiéis
defuntos é ocasião de suplicar a Deus a graça da fé na ressurreição de Cristo,
condição para crermos na Páscoa eterna daqueles que já partiram deste mundo.
É
por essa razão que, neste dia de finados, a Igreja nos oferece esse evangelho de
João, que é uma catequese sobre a ressurreição. Nosso relato (Jo 11,1-45) é o
sétimo e último sinal que Jesus realiza. Isso significa que ele é a plenitude
dos sinais.
A morte
questiona o sentido de nossa vida. Quando chegar a nossa hora, será que
nossa fé fará com que não sintamos um pavor por termos de passar por uma
experiência completamente nova e diferente de tudo o que conhecemos? É esse
mistério humano que iluminamos com a fé, a partir da morte de Cristo, bem como
de sua ressurreição.
Na
morte, nos encontramos com Deus, e passamos pelo juízo particular. Cada um de
nós, diante de Deus, percebe-se como realmente é e como viveu sua existência
terrena. Nos julgamos ou somos julgados com os critérios de Deus: o amor e a
justiça.
Alguém
poderia perguntar: mas então para que serve rezar pelos mortos, se somos
julgados por nossa vida, de acordo com o amor e a justiça de Deus? O que a
Igreja deixa claro a respeito da oração pelos mortos é, sobretudo, isto: no
mundo da fé, os limites ou fronteiras entre a morte e a vida são transitáveis
ou permeáveis num dar e receber que abarca o céu e a terra.
Esta
ligação ou comunhão se dá em Cristo: os que morreram (e estão no céu – santos –
ou purificam-se no purgatório) estão em Cristo; nós pelo sacramento da
Eucaristia, especialmente, também estamos em Cristo. Assim, a missa, esta
grande comunhão entre o céu e a terra, media nossa oração pelos que já
partiram.
Celebramos,
assim, este dia, desde a morte e ressurreição do Senhor. Esta fé, guardada e
transmitida pela Igreja, ilumina nossa vida, nossa experiência de morte e
ressurreição, de pecado e de graça, de morte e de vida.
Cremos
no Deus da vida, o único que pode purificar nossas vidas e levar-nos à assembleia
dos santos. Por isso, repetimos, tem sentido a oração pelos defuntos: pomos a
nossa confiança em Deus, para que ele dê aos falecidos o que lhes falta para
alcançar a bem-aventurança.
Confiança que, como povo, nos conduz para a
eternidade.
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