Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

terça-feira, 31 de maio de 2011


Dez passos para a oração carmelitana

O caminho do método da oração carmelitana é o mais simples de todos. “Quando o coração reza sempre responde: “A oração é um íntimo diálogo de amor com Aquele que sabemos que nos ama” (Santa Teresa). Ou “um olhar lançado para o céu, um desabafo do coração” (Santa Teresinha). “Procurai lenda e encontrareis meditando; batei orando e abrir-se-vos-ão contemplando” (São João da Cruz).


DEZ PASSOS DA ORAÇÃO :


1- Uma determinada determinação de rezar. Decidir-se a rezar todos os dias, em todos os momentos, determinar um tempo para a oração diária, para “estar a sós com aquele que sabemos que nos ama”. Não desistir.


2 - Preparação remota: criar um ambiente externo de “silêncio e recolhimento” e um ambiente interior: “presença de Deus, atenção aos sinais dos tempos e dos lugares que nos falem de Deus”, para saber reconhecer Deus que nos visita.


3 - Preparação próxima: um pouco antes da oração desligar-nos de tudo o que pode nos perturbar, preocupar. Todo encontro que é amor se prepara com antecedência e se deixa tudo por ele. Saber dar espaço para que Deus bata à nossa porta. Ele quer entrar e estar conosco no nosso “castelo interior”.


4 - Presença de Deus: é o momento importante quando, invocando o Espírito Santo, nos dispomos a rezar. Reza-se, rezando. É o Espírito Santo o mestre da nossa oração, deixe que ele reze em você. Invocar o Senhor.


5 - Leitura meditativa: é sempre bom se ajudar, quando o coração está árido, com uma leitura, preferencialmente a Bíblia, ou outro livro. Santa Teresa sempre levava um livro na sua oração. Ler lenta-atenta-amorosamente para saborear a palavra de Deus.


6 - Meditação: refletir e aplicar à nossa vida a palavra lida. Um trabalho da mente muito importante. Deus nos fala e quer que nós compreendamos a sua palavra de amor. É sempre importante escolher um tema para meditar. A improvisação em nenhuma coisa é boa, também na oração não ajuda.


7 - Diálogo afetivo ou amoroso – “coração da meditação carmelitana”: deixar expandir o coração, falar com Deus a partir da vida, do cotidiano, não ter pressa, não ter medo, dizer ao Senhor que nos ama tudo o que se passa em nosso coração. É o face a face. É o deixar-se mar por Ele.


8 - Compromisso: todo encontro oracional deve ser confirmado, consagrado num compromisso concreto, viável, que fecunde a nossa vida e nos torne sinais verdadeiros da presença de Deus. Evitar compromisso teórico e barato. O que hoje quero fazer a partir da minha meditação?


9 - Agradecer: depois de todo encontro de amor, de amizade, sentimos a necessidade de agradecer. Pode agradecer com o seu coração, com suas palavras ou com textos que lhe fazem bem: “Magnificat, Pai-nosso...”.


10 - Voltar ao trabalho: com o coração novo, com empenho e compromisso. Depois da oração não estamos mais sozinhos. Deus vai conosco, as três pessoas da Trindade trabalham conosco. É vida nova, é paz, compromisso, amor concreto.


Se todos os dias formos fiéis a este caminho de oração, em pouco tempo a nossa vida será transformada, comprometida.


“Na realidade, a oração é um descanso, um repouso.

É aproximar-se com toda a simplicidade daquele que se ama. É permanecer junto a ele como um filhinho nos braços de sua mãe, num abandono do coração.” (Beata Elizabete da Trindade).

O milagre de Nossa Senhora de Nazaré e o retorno da imagem fugitiva

A origem da devoção a Nossa Senhora de Nazaré se prende a um fato ocorrido por volta do ano de 1150 em Portugal.


“Estando um jovem e vistoso cavalheiro português Dom Fuas Roupinho à caça de um veado entre intensa neblina vê-se subitamente no alto de um rochedo à beira-mar, e se seu cavalo não houvesse estancado, ter-se-ia precipitado ao mar.

“Cheio de terror e considerando o perigo, agradeceu ao Senhor de toda alma a sua salvação. Mas o perigo não passara de todo, pois o cavalo não podia avançar nem recuar sem precipitar-se no abismo.

“Procurando uma saída, nota o cavaleiro uma imagem de Nossa Senhora numa caverna do rochedo. E cheio de fé, lança-se aos seus pés implorando socorro.

“Ao tomar a imagem nas mãos nota um pequeno pergaminho preso a ela que narra ter sido venerada essa imagem já em Nazaré, há muito tempo – portanto em Nazaré da Palestina.

“Com a perseguição do Imperador de Constantinopla ao culto das imagens, foi ela trazida à Espanha por um monge, e ali fora muito venerada até que no século VII, com a invasão dos mouros foi ali escondida pelos fiéis, para não ser profanada.

“Cheio de fé e confiança na Virgem, monta novamente o intrépido cavaleiro a sua montaria, esporeando-a violentamente, consegue fazê-la dar um grande salto que atinge um ponto do qual lhe foi fácil descer.

“Cheio de gratidão à Virgem, mandou construir no local uma pequena capela, sendo depois substituída por magnífico templo”.

Portugal – Local do milagre

Trata-se de um fato cheio de evocações graciosas. Um dos heróis de independência de Portugal, um cavalheiro católico, D. Fuas Roupinho, está caçando um veado no meio de névoa e de repente chega à beira-mar montando em seu cavalo.

O mar que ruge, as neblinas, e o cavalheiro meio atordoado, de repente fica face ao abismo e não sabe como voltar, mas reza a Nossa Senhora e vem esta graça.

A caverna também tem seu encanto. Imaginem uma caverna à beira-mar onde há uma imagem abandonada, quiçá para ser protegida contra a sanha dos sarracenos, depois de já ter sido refugiada da sanha dos maometanos e dos cismáticos da Ásia Menor.

Os séculos se passam, os mares fazem todos seus movimentos e a imagem sozinha ali. É uma coisa linda essa solidão da imagem em face do mar.

Mas depois, o desígnio da Providência: utilizar essa imagem para um reflorescimento do culto de Nossa Senhora.

Então nesse episódio, D. Fuas Roupinho recebe graças insignes que lhe indicam que Nossa Senhora quer que ali o culto a Ela refloresça.

Fixa-se o culto, ele manda construir a capelinha.

Mas as graças concedidas por Nossa Senhora aos fiéis ali são tantas, que em lugar de uma capelinha, dentro em breve está um magnífico mosteiro.

É a invocação de Nossa Senhora de Nazaré que se irradia por toda Cristandade.


Nossa Senhora do Círio de Nazaré. Belém/PA

O Estado do Pará, e mais especialmente a cidade de Belém do Pará, tem como padroeira Nossa Senhora de Nazaré.

Aqui há mais uma vez a afirmação do princípio residuum revertetur, quer dizer o resto voltará. A imagem foi completamente abandonada e voltou…

Ela fugiu, foi perseguida duas vezes. E em cada uma das duas vezes houve um reflorescimento da devoção a Ela.

Com isso se mostra que a Providência pode permitir que alguma coisa boa chegue ao ponto de sua extinção, porque Ela a prepara para voltar novamente a uma grande glória.

Aí vemos a inesgotável misericórdia de Nossa Senhora.

Mas também outro princípio: quando a gente está mal, quando a gente está num desastre, a gente deve fazer o possível para salvar tudo o que há de bom, porque depois isto vai ser semente para uma nova vitória e uma nova ressurreição.

Extraído de: Orações e milagres medievais (Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 22/05/67. Sem revisão do autor).



«Maria pôs-se a caminho»
Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56.

Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio.
Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»
Maria disse, então: «A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre.»
Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa.


Reflexão:
«Maria pôs-se a caminho»

Parece-me que a atitude da Virgem durante os meses que decorreram entre a Anunciação e a Natividade é o modelo das almas interiores, dos seres que Deus escolheu para viverem no Seu íntimo, no fundo do abismo sem fundo. Em que paz, em que recolhimento Maria se terá entregado a todas as coisas, divinizando as mais banais! Pois a Virgem adorava o dom de Deus através de tudo, o que não a impedia de se entregar aos outros sempre que se tratava de exercer a caridade.

O Evangelho diz-nos que «Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel». Nunca a visão inefável que contemplava em si própria diminuiu a sua caridade porque, diz um piedoso autor [Ruusbroeck], se a contemplação «a leva ao louvor, e à eternidade do seu Senhor, ela possui a unidade e não a perderá. Quando lhe chega uma disposição do céu, volta-se para os homens, compadece-se de todas as suas necessidades, inclina-se sobre todas as misérias; é necessário que chore e que fecunde. Ela ilumina como o fogo; como ele, queima, absorve e devora, elevando para o céu o que consumiu. E, depois de realizar a sua ação aqui em baixo, levanta-se e retoma, escaldante com o seu fogo, o caminho das alturas».


Beata Isabel da Ssma. Trindade (1880-1906), carmelita
O Céu na fé (Primeiro retiro), décimo dia



Maria engrandece o Senhor que age nela

Minha alma engrandece o Senhor e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador (Lc 1,46).

Com estas palavras, Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons que lhe foram especialmente concedidos; em seguida, enumera os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o gênero humano.

Engrandece o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e ao serviço de Deus; e, pela observância dos mandamentos, revela pensar sempre no poder da majestade divina.

Exulta em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas na lembrança de seu Criador, de quem espera a salvação eterna.

Embora estas palavras se apliquem a todas as almas santas, adquirem contudo a mais plena ressonância ao serem proferidas pela santa Mãe de Deus. Ela, por singular privilégio, amava com perfeito amor espiritual aquele cuja concepção corporal em seu seio era a causa de sua alegria.

Com toda razão pôde ela exultar em Jesus, seu Salvador, com júbilo singular, mais do que todos os outros santos, porque sabia que o autor da salvação eterna havia de nascer de sua carne por um nascimento temporal; e sendo uma só e mesma pessoa, havia de ser ao mesmo tempo seu Filho e seu Senhor.

O Poderoso fez em mim maravilhas, e santo é o seu nome! (Lc 1,49). Maria nada atribui a seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom daquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar os seus fiéis,pequenos e fracos, em fortes e grandes.

Logo acrescentou: E santo é o seu nome! Exorta assim os que a ouviam, ou melhor, ensinava a todos os que viessem a conhecer suas palavras, que pela fé em Deus e pela invocação do seu nome também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação. É o que diz o Profeta: Então, todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo (Jl 3,5). É precisamente este o nome a que Maria se refere ao dizer: Exulta meu espírito em Deus, meu Salvador.

Por isso, se introduziu na liturgia da santa Igreja o costume belo e salutar, de cantarem todos, diariamente, este hino na salmodia vespertina. Assim, que o espírito dos fiéis, recordando freqüentemente o mistério da encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira santidade. E pareceu muito oportuno que isto se fizesse na hora das Vésperas, para que nossa mente fatigada e distraída ao longo do dia por pensamentos diversos, encontre o recolhimento e a paz de espírito ao aproximar-se o tempo do repouso.

Das Homilias de São Beda, o Venerável, presbítero

(Lib. 1,4: CCL 122,25-26.30-Séc.VIII)


Visitação de Nossa Senhora a Isabel

Ocorre hoje a festa litúrgica de Nossa Senhora em visita a sua prima Isabel, anteriormente celebrada no dia 2 de julho. Da narração evangélica do fato emana um perfume de suavidade e santidade admirável. Cedemos a palavra ao próprio Evangelho: "Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para uma região montanhosa, dirigindo-se apressada­mente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo e exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite? Pois, quando a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre. Feliz és tu que acreditaste, pois o que foi dito da parte do Senhor será cumprido'. Maria então disse: 'A minha alma engrandece o Senhor e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão bem-aventurada, pois o Todo-Poderoso fez grandes coisas por mim. O seu nome é santo e sua misericórdia perdura de geração em geração, para aqueles que o temem. Agiu com a força de seu braço, dispersou os homens de corações orgulhosos. Depôs poderosos de seu trono e a humildes exaltou. Cumulou de bens a famintos e despediu ricos de mãos vazias. Socorreu Israel seu servo, lembrado de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência para sempre'. Maria permaneceu com ela mais ou menos três meses e voltou para sua casa (Lc 1,39-56).

Este é o mistério que mereceu da Igreja celebração especial pela riqueza de ensinamentos que encerra. A cidade de Judá, em que morava Isabel, foi historicamente identificada com Ain-Karin, a uns 15 km de Jerusalém e, mais ou menos, a 100 km de Nazaré de onde partiu Maria em sua viagem, através da região montanhosa do centro da Palestina. Sobre o lugar da casa de Isabel, surgiu desde os primeiros séculos belíssima igreja que relembra este fato histórico.

Dom Hélder Câmara teceu belíssima prece a Nossa Senhora da Visitação. Ei-la: "Maria, Mãe de Cristo e da Igreja. Ao preparar-nos para a missão evangelizadora que nos cabe continuar, alargar e aprimorar, pensamos em ti. Mas de modo especial, pensamos em ti pelo modelo perfeito de ação de graças, que é o hino que cantaste, quando tua prima, Santa Isabel, mãe de João Batista, te proclamou a mais feliz dentre as mulheres. Não paraste na tua felicidade, pensaste na humanidade inteira. Pensaste em todos. Mas assumiste clara opção pelos pobres, como teu Filho faria depois. Que há em ti, em tuas palavras, em tua voz, que anuncias no Magnificat a deposição dos poderosos e a elevação dos humildes, o saciamento dos que têm fome e o esvaziamento dos ricos, e ninguém ousa julgar-te subversiva ou olhar-te com suspeição?... Empresta-nos a tua voz, canta conosco! Pede a teu Filho, que em todos nós se realizem, plenamente, os planos do Pai! Assim seja!"

A espiritualidade de Maria

O louvor brotado dos lábios de Maria respondendo à exultação de sua prima Isabel, revela o centro de sua espiritualidade, sintonizada com a fé do povo de Israel. A piedade refletida no Magnificat é a de uma judia fiel à mais pura tradição religiosa de seu povo.

Reconhecendo-se humilde servidora, ela comunga com os pobres de todos os tempos, cuja confiança estava depositada integralmente em Deus. Ela partilha, também, da bem-aventurança da pobreza proclamada por Jesus, na condição de serva de Javé.

Sua espiritualidade estava em consonância com a dos antigos profetas, em luta intransigente pela causa da justiça e pela transformação das relações interpessoais. Maria acreditava em Deus que não pactua com a injustiça, e está sempre pronto a arrancar de seus tronos, erguidos às custas do suor alheio, os ricos prepotentes. Pelo contrário, coloca-se ao lado dos pobres, tomando as dores dos perseguidos e injustiçados, e reerguendo-os de sua humilhação.

Sobretudo, Maria sabia-se toda entregue ao Deus-misericórdia, sempre pronto a realizar grandes coisas em favor de seus fiéis, de acordo com as suas promessas. Embora se sucedam as gerações, o amor de Deus permanece inalterado. Têm ainda plena vigência as promessas feitas aos patriarcas, pois sua palavra divina é imutável para sempre.


Terça-feira, 31 de maio de 2011

Visitação de Nossa Senhor, Ofício de Festa, 2ª do Saltério (Livro II), cor Litúrgica Branca


I Leitura: Profecias de Sofonias (Sf 3, 14-18a)

Deus vem para salvar a todos e afastar toda desgraça

14Canta de alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra-te e exulta de todo o coração, cidade de Jerusalém! 15O Senhor revogou a sentença contra ti, nunca mais temerás o mal. 16Naquele dia, se dirá a Jerusalém: "Não temas, Sião, não te deixes levar pelo desânimo! 17O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, o valente guerreiro que te salva; ele exultará de alegria por ti, movido por amor; exultará por ti, entre louvores, 18acomo nos dias de festa. Afastarei de ti a desgraça, para que nunca mais te cause humilhação". Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

O rei de Israel, o Senhor, está no meio de ti

Enquanto a vida social se vai corrompendo sempre mais e gera até nos bons uma forma prática de ceticismo que se traduz em um “nada há a esperar”. Deus, por meio de seu profeta, faz sentir ao povo sua voz e seu amor. A esperança que, por natureza, é uma jovem criatura a que falta o senso do real e às vezes até a prudência, fala aqui a linguagem da experiência, da sabedoria e da humildade. É humilde, por isso é pura. Pura alegria que vem do alto mas que, ao mesmo tempo, deve surgir de um coração de homem: é uma alegria pascal, necessariamente ligada ao ato último em que Jesus exprime sua obediência ao Pai, dando sua vida por todos os homens. Só recebem essa alegria aqueles que, à sua volta, observam o preceito novo do amor sem fronteiras. [Missal Cotidiano, © Paulus]

Cântico: Is 12, 2-3. 4bcd. 5-6 (R/. 6b)
O santo de Israel é grande entre vós

Eis o Deus, meu salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis do manancial da salvação.

E direis naquele dia: "Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.

Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel!"

Evangelho: Lucas (Lc 1, 39-56)

O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre". 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45"Bem aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu".

46Maria disse: "A minha alma engrandece o Senhor 47e meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as geração me chamarão bem aventurada, 49porque o todo poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem. 51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias.

54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre." 56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa. Palavra da Salvação!

Comentando o Evangelho

Magnificat!

O relato evangélico é um pequeno retrato de Maria. Sua condição de mãe do Messias, o "Senhor" esperado pelo povo, proveio da profunda comunhão com Deus e da disponibilidade total em fazer-se sua servidora. Expressou sua fé no canto de louvor - o Magnificat -, no qual proclamou as maravilhas do Deus e as grandezas de seus feitos em favor dos fracos e pequeninos.


A comunhão com Deus desdobrava-se, na vida de Maria, na sua disponibilidade a servir o próximo. A ajuda prestada à prima Isabel é uma pequena amostra do que era a Mãe de Deus no seu dia-a-dia. Assunta ao céu, Maria experimentou, em plenitude, a comunhão vivida na Terra.

Oração para pedir graças por intercessão do servo de Deus, o Papa João Paulo II

Ó Trindade Santa, nós Vos agradecemos por ter dado à Igreja o Beato João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor.

Confiando totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna Convosco. Segundo a Vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no
número dos vossos santos. Amém.

Quatro características na visita de Maria à Isabel


imagen_visita.jpg“Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá”.
A primeira característica desta visita de N. Senhora foi a sua motivação para fazer uma visita a sua prima Isabel. Quando temos motivação para fazer algo, já indica que vamos fazer algo de muito importante que perpassa pelas nossas emoções e sentimentos, produzindo em nós uma necessidade apressada de concretizar tal gesto. A primeira característica de Maria que motivou a sua visita a Isabel, foi a “pressa”. Ela se levantou e foi às pressas às montanhas….

visitacao.jpgA segunda característica que encontrei foi à saudação. “Maria entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel” Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança que estava em seu ventre estremeceu no seu ventre e no mesmo momento Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Que maravilha de saudação que é capaz de envolver toda a pessoa de Isabel ao ponto de estremecer até o seu ventre onde estava João Batista. Maria estava ali por inteira e levava consigo o menino Deus. Quando nos encontramos com alguma pessoa ou nos relacionamos com ela mesmo que por alguns minutos, este momento deve produzir o mesmo impacto que produziu no encontro de Maria com Isabel. Temos que transportar através da nossa saudação os efeitos de carregarmos em nós a presença de Deus. Maria levava Deus em si, e foi Deus que ela transmitiu a Isabel. “Isabel ficou cheia do Espírito Santo”.

visitacion.jpgA terceira característica vem logo a seguir. Isabel exclama em alta voz; “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor?” Ora, quem havia dito a Isabel que Maria estava grávida? Por acaso, naquela época já havia telefone? Claro que não! Quem a revelou foi o Espírito Santo que estava presente naquele encontro. Quando Deus está presente em nossa vida, onde e com quem encontrarmos produziremos diálogos profundamente proféticos e construtivos. Está é uma terceira característica da visita de Maria a sua prima Isabel.

A quarta e última característica é a mais perfeita ainda. Após a declamação de Isabel, Maria é inspirada a compor uma das orações mais lindas que a bíblia tem. “Minha alma glorifica ao Senhor, meu Espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador…”. Um encontro que gera louvor, onde Deus passa a ser o primeiro plano, o maior motivo da nossa presença ali. Quando estas quatro características vier a fazer parte da nossa conduta, então, não haverá possibilidade de alguém passar em vão em nossa vida.

Tenho certeza que depois de rezar com esta palavra hoje, minha vida fraterna terá outro sabor, ganha um novo sentido e vigor. Motivado por estas quatro características, peço a Santíssima Virgem que nos ensine a levar Jesus em todos os ambientes, em todos os encontros seja com quem quer que seja! Assim seja, amém.

Paz e bem +      

A Visitação da Virgem

«O menino pulou de alegria no meu ventre»

Evangelho (Lc 1,39-56): Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!».
Maria então disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre». Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

Reflexão:

Hoje contemplamos o fato da Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel. Tão rapidamente como lhe foi comunicado que tinha sido escolhida por Deus Pai para ser Mãe do Filho de Deus e que sua prima Isabel tinha recebido também o dom da maternidade, caminha decididamente até a montanha para cumprimentar sua prima, para compartilhar com ela o gozo de terem sido agraciadas com o dom da maternidade e para servi-la.

A saudação da Mãe de Deus provoca que o menino, que Isabel leva no seu ventre, pule de entusiasmo dentro das entranhas de sua mãe. A Mãe de Deus, que leva Jesus no seu ventre é causa de alegria. A maternidade é um dom que gera alegria. As famílias alegram-se quando há um anúncio de uma nova vida. O nascimento de Cristo produz certamente «uma grande alegria» (Lc 2,10).

Apesar de tudo, hoje em dia, a maternidade não é devidamente valorizada. Freqüentemente colocam-se em primeiro lugar outros interesses superficiais, que são manifestação de comodidade e de egoísmo. As possíveis renúncias que comporta o amor paternal e maternal, assustam a muitos matrimônios que, talvez pelos meios que receberam de Deus, devessem ser mais generosos e dizer “sim” mais responsavelmente a novas vidas. Muitas famílias deixam de ser “santuários da vida”. O Papa João Paulo II constata que a contracepção e o aborto “têm as suas raízes numa mentalidade hedonista e irresponsável a respeito da sexualidade e pressupõem uma concepção egoísta da liberdade, que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade».

Isabel, durante cinco meses, não saía de casa, e pensava: «Isto é o que o Senhor fez por mim» (Lc 1,25). E Maria dizia: «A minha alma glorifica o Senhor (…) porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1,46.48). A Virgem Maria e Isabel valorizam e agradecem a obra de Deus nelas: a maternidade! É necessário que os católicos reencontrem o significado da vida como um dom sagrado de Deus aos seres humanos.

Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida (Lleida, Espanha)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Espírito Santo.

SEGUNDA-FEIRA DA 6ª SEMANA DA PÁSCOA

Evangelho (Jn 15,26—16,4): «Quando, porém, vier o Defensor que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. E vós, também, dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. Eu vos disse estas coisas para que vossa fé não fique abalada. Sereis expulsos das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos matar, julgará estar prestando culto a Deus. Agirão assim por não terem conhecido nem ao Pai, nem a mim. Eu vos falei assim, para que vos recordeis do que eu disse, quando chegar a hora. Eu não vos disse isso desde o começo, porque eu estava convosco».

«Quando,, vier o Defensor, o Espírito da Verdade, ele dará testemunho de mim»

Hoje, o Evangelho é quase tão atual como nos anos finais do evangelista São João. Ser cristão então não estava na moda (mais bem era bastante perigoso), como também não o está agora. Se alguém quiser ser bem considerado pela nossa sociedade, melhor que não seja cristão —porque em muitas coisas— tal como os primeiros cristãos judeus, «Sereis expulsos das sinagogas» (Jo 16,2).

Sabemos que ser cristão é viver na contracorrente: o tem sido sempre. Inclusive em épocas onde “todo mundo” era cristão: os que queriam sê-lo de verdade não eram demasiado bem vistos por alguns. O cristão é, se vive segundo Jesus Cristo, um testemunho do que Cristo tinha previsto para todos os homens; é uma testemunha de que é possível imitar Jesus Cristo e viver com toda dignidade como homem. Isso não gostará a muitos, como Jesus mesmo não gostou a muitos e foi levado à morte. Os motivos da rejeição serão variados, mas devemos ter presente que em ocasiões o nosso testemunho será tomado como uma acusação.

Não se pode dizer que São João, pelos seus escritos, fosse pessimista: nos faz uma descrição vitoriosa da Igreja e do triunfo de Cristo. Também não se pode dizer que Ele não tivesse tido que sofrer as mesmas coisas que descreve. Não esconde a realidade das coisas nem a substância da vida cristã: a luta.

Uma luta que é para todos, porque não temos que vencer com as nossas forças. O Espírito Santo luta com nós. É Ele quem nos dá as forças. É Ele, o Protetor, quem nos libera dos perigos. Com Ele ao lado nada temos que temer.

João confiou plenamente em Jesus, lhe fez a entrega de sua vida. Assim não lhe custou depois confiar em Aquele que foi enviado por Ele: O Espírito Santo.


Comentário: Rev. D. Jordi POU i Sabater (Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

EU SOU DO MEU AMADO E MEU AMADO É MEU!

Quando pertencemos ao Senhor, recebemos de Suas mãos tudo que pedimos

Na estrada da nossa vida, Deus está sempre conosco, cuidando para que tudo concorra para nossa felicidade.
Se O conhemos, confiamos Nele, entregamos nosso futuro em Suas santas mãos e sabemos esperar, encontraremos a pessoa certa para compartilhar nossa vida, com a certeza de que seremos felizes mesmo com tribulações, tempestades, vales escuros...

O Senhor é assim, prepara um banquete para nós à vista do inimigo e nos faz mais que vencedores em todas as batalhas que temos que travar.

Quando decidimos caminhar com Jesus, pelas estradas que Ele nos indica, com a pessoa que Ele mesmo nos dá, temos a certeza de onde vamos chegar.
Quando pertencemos ao Senhor, recebemos de Suas mãos tudo que pedimos e muito mais do que imaginamos.

É o próprio Deus que nos convida a caminharmos juntos para o céu.
Como seria a minha vida se Ele não tivesse me dado uma missão?
Talvez, nem fosse ruim, mas certamente, não seria tão feliz, pois não seria segundo o coração de Deus.

Seguir o sonho Dele para nós é jamais estarmos sozinhos, nunca desistirmos de ser feliz mesmo quando tudo diz que não é possível. Estar sob o olhar do Senhor é viver uma linda e eterna história de amor!

"Senhor querido, eu Te louvo e Te bendigo por Teu amor incodicional por mim! Agradeço por me teres dado minha vida , minha vocação e missão!
Por me teres chamado a caminhar contigo e para sermos um, eu em Ti e Tu em mim!
Que privilégio para mim, viver o Teu sonho de felicidade para mim.
Diante de tanto amor, Jesus, só posso dizer para Ti: Eu sou do meu amado e meu amado é meu!"

A NOSSA ORAÇÃO É UM INCENSO

"...tendem um coração pequeno, mas a oração alarga-o e torna-o capaz de amar Deus"
S. João 16,23-28.

«Até agora não pedistes nada em Meu nome; pedi e recebereis. Assim, a vossa alegria será completa»
Vede meus filhos: o tesouro de um cristão não se encontra na Terra, mas no céu (Mt 6,20).
Pois bem, o nosso pensamento deve estar onde está o nosso tesouro. O homem tem uma função bela, a de orar e de amar. Oramos, amamos: eis a felicidade do homem na Terra.

A oração não é outra coisa senão uma união com Deus.

Quando temos o coração puro e unido a Deus, sentimos em nós um bálsamo, uma doçura que inebria uma luz que encadeia.
Nesta união íntima, Deus e a alma são como dois pedaços de cera fundidos em conjunto; não conseguimos separá-los.

É algo muito belo, esta união de Deus com a sua pequena criatura.
É uma felicidade que não se pode compreender.
Merecemos não orar; mas Deus, na Sua bondade, permitiu-nos falar-Lhe.

A nossa oração é um incenso que Ele recebe com enorme prazer.

"Meus filhos tendem um coração pequeno, mas a oração alarga-o e torna-o capaz de amar Deus.
A oração é um antegosto do céu, um fluxo do paraíso. Ela nunca nos deixa sem doçura. É um mel que entra na alma e tudo adoça. Tal como a neve perante o sol, o sofrimento funde-se perante uma oração bem feita."(São João-Maria Vianney (1786-1859), presbítero, Cura de dArs
Catecismo sobre a oração (in Monnin, Esprit du Curé dArs; cf breviário)

Ser contemplativos é desfrutar do olhar de Deus.

Por isso, quem se sabe acompanhado por Ele durante o dia, vê com outros olhos as ocupações nas quais está empenhado.
A contemplação é um conhecimento amoroso e gozoso de Deus e de seus desígnios manifestados nas criaturas, na Revelação sobrenatural e plenamente na Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, nosso Senhor. «Ciência de amor», chama-a São João da Cruz.

A contemplação é um conhecimento total da verdade, alcançado não por um processo de raciocínio, mas por uma intensa caridade.
Sem a experiência da oração, da solidão em que se torna possível a intimidade com Jesus e com Deus no Espírito, não chegaremos a experimentar a profundidade do amor que nos é dado gozar.

O Cântico Espiritual é muito revelador nesse sentido. Depois que a amada fica ferida de amor porque o Amado fugiu, sai pelos caminhos a perguntar aos caminhantes e a todas as criaturas se o viram passar (estrofe 2-12). O mundo se torna o espaço da busca do Amado.

Porém, logo após o reencontro (estrofe 13), começa um dinamismo de intimidade cada vez maior, de uma crescente separação dos outros e do mundo.
Se quisermos que seja o amor de Deus a fonte e o cume de tudo o que somos e fazemos, temos que entrar em intimidade com Ele e cultivá-la em meio às nossas atividades diárias.

Aqui se tornam fundamentais a solidão, o silêncio, a oração.

O afastar-se para uma maior intimidade com Deus e com Jesus, no Espírito, possibilitará uma liberdade total, uma entrega sem limites de nós mesmos a Deus e aos irmãos.
Com certeza, esta experiência de intimidade com o Senhor nos ajudará a unificar nossa vida em torno a um único centro: Deus.

Na vida espiritual o mais importante é justamente esta experiência pessoal do amor de Deus que nos revigora, que suscita em nós forças escondidas e, por assim dizer, alarga nosso coração para acolhê-lo no Seu dom total, amplia o horizonte de nossa vida, de nossa liberdade, de nossa consagração, de nossa capacidade de amar e nos deixar amar.

A amada não se conforma somente com a lembrança do Amado, mas sai em busca, peregrina, procura, porque quer o Amado por inteiro.
Nossa experiência crescente de Deus também nos faz desejar encontrá-lo, vê-lo, abraçá-lo até perder-nos Nele e por Ele.

Mas nesta experiência de estarmos unidos à Ele, quanto mais buscamos e desejamos, mais aumenta em nós a necessidade do amor, de buscá-lo, amá-lo, de estar junto Dele, de deixar-nos amar e consumir por Ele.
E isso deve repercutir no nosso dia-a-dia, para que nosso amor a Deus fecunde as realidades diárias de nossa vida.

Com minha pobre benção.
Pe. Emílio Carlos +

A virtude da sabedoria em Nossa Senhora, Sua inteligência e Sua vontade

Então, pela virtude da sabedoria, a pessoa tem uma inteligência soberanamente límpida e lúcida porque cheia de convicção da existência de Deus, cheia de fé sobrenatural. Porque uma inteligência límpida e lúcida, ela é sumamente coerente. E tem uma vontade forte, firme, inabalável, constantemente voltada para o fim que ela deve ter em vista e para a hierarquia em que este espírito se põe.

Esses elementos nos mostram a pessoa sapiencial.

A virtude da sabedoria contém, portanto, todas as outras virtudes. Ela está posta no primeiro mandamento da Lei de Deus. Quando o Decálogo nos diz “amarás a teu Senhor teu Deus, de todo teu coração, de toda tua alma, de todo teu entendimento” etc., etc., ele nos prescreve de sermos assim.

E assim era Nossa Senhora! O Coração dEla – quer dizer a alma dEla, a mente dEla – era soberanamente elevado, soberanamente grande, soberanamente sério, soberanamente profundo, porque era assim. Ela era o Vaso de Eleição no qual pousou o Espírito Santo para fazer Seu conúbio com Ela e gerar a Nosso Senhor.

E a única coisa que conhecemos como dita por Nossa Senhora, é uma verdadeira maravilha de sabedoria: é o Magnificat.

Magnificat quer dizer “engrandecer”. “Magnificat anima mea Dominum” quer dizer “a Minha alma engrandece o Senhor”. Ou seja, em outros termos: “Minha alma está enlevada com a grandeza do Meu Senhor; ela adora o Meu Senhor na sua perfeita e insondável grandeza, e ela dá um aumento extrínseco a essa grandeza, cantando a grandeza do Meu Senhor”.

A palavra com que Ela irrompe o seu cântico é uma palavra de grandeza; é um cântico de uma alma nobilíssima, que voa para considerar a Deus nos seus mais altos aspectos, e depois volta, por um contraste harmônico e maravilhoso, para a consideração de seu próprio nada: “Minha alma engrandece o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador”.

Por quê? Porque “considerou a humildade de sua escrava e por causa disto todas as gerações me chamarão de Bem-aventurada”.

Pela sabedoria, Ela mediu toda a grandeza de Deus tanto quanto uma mente criada pode medir a grandeza de Deus, e se alegrou nisto. De outro lado, Ela mediu sua pequenez. Ela então diz: “Eu me alegro em Deus meu Salvador porque Ele olhou para a pequenez de Sua Escrava”. É um poema que se encontra nisto! É a escrava que se encanta de ser pequena, e se encanta de ver como Deus é infinitamente superior a Ela. E, do fundo de seu nada, dá glória a Deus.

Depois diz: “Meu espírito exultou nEle porque Ele olhou para Mim, que sou tão pequena”.

É o pequeno que reconhece a sua pequenez, e que gosta de ser pequeno. Não se revolta, não se indigna, mas coloca-se no último dos últimos lugares, no último dos papéis. Nada existe de mais vil do que o escravo: o escravo é um nada, ele não tem direitos, está colocado abaixo da condição comum do homem.

Pois Nossa Senhora se proclama Escrava de Nosso Senhor, Precursora de todos os escravos dEla, que Ela iria ter ao longo dos séculos. Ela se encanta de ser nada, se encanta de ser escrava do Senhor, e foi a esta pequenez desta criatura e de uma criatura escrava que “Meu Senhor se dignou deitar os olhos”, e “por isto eu exulto, porque sou pequena, porque Deus é grande e porque a grandeza amou a pequenez”.

Para dizer tudo numa palavra só: é profundamente o oposto do espírito da Revolução Francesa, do espírito do comunismo, do espírito dos “católicos” chamados “progressistas”. Tão oposto que é quase até uma blasfêmia fazer a comparação. Aí está a verdadeira humildade: ama o seu lugar, ama a própria pequenez, mas adora a grandeza de Deus e se eleva com a grandeza, ainda que não seja dona da grandeza. Pelo contrário, proclama que a grandeza é dona dEla…

Por isto, quando consideramos então o Coração Sapiencial e Imaculado de Maria, devemos pedir a Nossa Senhora que Ela nos faça puros e sapienciais como Ela; faça-nos amar a nossa pequenez; faça com que tomemos a sério, e até as últimas conseqüências, a nossa devoção a Ela.

De outro lado, ao par da grandeza de Nossa Senhora, devemos lembrar também de todas as grandezas que não são as nossas, porque assim a grandeza se debruça sobre nós, “olha-nos” e podemos nos encantar com este debruçar-se amoroso da grandeza sobre a pequenez.

Oh, Coração Sapiencial e Imaculado de Maria, fazei nosso coração semelhante ao Vosso!


Aniversário de sacerdócio do Papa Bento XVI


Joseph Aloi e Vera Ratzinger, o Papa Bento XVI, comemora este ano, dia 29 de junho, 60 anos de sacerdócio.

E em comemoração, o Vaticano propôs que cada diocese no mundo realizasse 60 horas de adoração. As intenções das orações são: santificação do clero e aumento das vocações sacerdotais.

Assim, a Arquidiocese de Brasília convida a todas as paróquias da cidade a realizarem 12 horas de adoração, durante cinco quintas-feiras consecutivas, de acordo com a escala, ainda a ser divulgada pelo administrador apostólico, Dom Waldemar Passini.

Em breve disponibilizaremos a programação completa.

Sacerdócio

Em entrevista recente, publicada pelo ZENIT o Papa afirmou que o sacerdócio é vocação “full-time”, e que não se pode ser uma profissão que se realiza apenas durante uma parte do dia, mas uma vocação em tempo integral e perene.

Pe. Victor Manuel Fernandez

Perito na Argentina: Aborto nega os direitos humanos dos mais fracos

O Pe. Víctor Manuel Fernández, encarregado do Reitorado da Universidade Católica Argentina, pediu “não ser superficiais com o tema do aborto”, e pensar profundamente, porque “se só o (ser) já ‘desenvolvido’ tiver direitos” não há argumento sólido para “outorgar um caráter indiscutível aos direitos humanos dos mais fracos”.

Segundo o perito, “um feto corre o risco de ser menosprezado, como acontece com todo o pequeno e aparentemente inútil” apesar de que “a genética indica que o DNA do óvulo recém fecundado contém todas as características que terá esse humano adulto”.

“Se a justificativa para eliminá-lo é seu incompleto desenvolvimento, isto concede plenos poderes aos fortes para eliminar os menos desenvolvidos. De fato, na colonização da América alguns se sentiam autorizados a matar os indígenas porque não pareciam plenamente humanos. Recordemos os nazistas, quando assinalavam raças de menor qualidade que podiam ser destruídas. Igualmente, existem aqueles que convidam a eliminar os deficientes físicos porque não estão completamente desenvolvidos. Mas não são os desenvolvidos os que decidem quem é humano e quais não têm direito à vida”, explicou em um artigo publicado no jornal La Nación sob o título “A defesa dos que têm menos poder”.

O sacerdote recordou que “a defesa da vida humana requer fundamentos inquebráveis e jamais sujeitos a discussão, para nos assegurarmos de que não se repetirão as diversas barbáries do século passado. O único modo de estabelecer estes fundamentos firmes é sustentar que a vida humana é sagrada sempre, desde sua gestação até a morte natural”.

“Até por ‘coerência progressista’, o aborto não pode apresentar-se como uma solução. Reconheço que também é incoerente que alguém rechace o aborto e ao mesmo tempo se desentenda dos marginados ou sustente terríveis guerras preventivas. Há muita hipocrisia, sim. Mas não a façamos que os inocentes paguem”, acrescentou.

“Em um lugar onde as coisas se resolvem assim, produz-se uma relativização da vida que introduz nos subterrâneos da sociedade um frívolo desprezo pela dignidade humana. Isto finalmente se traduz em uma incapacidade para reconhecer o outro, que alimenta um escuro dinamismo de degradação social. Melhor levantemos o olhar”, concluiu.


Maria, nossa vida, nossa doçura


Santíssima Virgem, olhai por nós! Recorra a Maria, acenda sua vela no Oratório em louvor a Nossa Senhora
Santíssima Virgem, olhai por nós!

Quando a Santíssima Virgem entra numa alma, faz desabrochar nela uma luminosa primavera; dissipa as nuvens sombrias da tristeza, da dúvida e do desânimo.

Os corações que se dão sinceramente a Ela são inundados de claridade, de paz e de felicidade.

Quereis transformar vossa vida?

Quereis praticar facilmente as virtudes que vos parecem inacessíveis e que Deus entretanto vos pede?

Quereis conhecer as alegrias inefáveis que somente o amor de Jesus pode proporcionar e que faziam as delícias dos Santos?

Quereis experimentar em vós essas maravilhas?

Se o queres seriamente, não hesiteis um só segundo: dirigi-vos a Maria. Não há caminho mais direto para ir a Nosso Senhor.

Extraído do livro: “A Virgem Maria”. Padre Thomas de Saint-Laurent


Como amar mais a nossa Santíssima Mãe?

1 Honrá-la como digna Mãe de Deus;
2
Meditar nas Suas virtudes, privilégios e ações;
3
Admirar as Suas grandezas;
4
Oferecer-Lhe atos de Amor, de reparação, de louvor e de gratidão;
5
Invocá-la em tudo e sempre;
6
Unir-se a Ela;
7
Direcionar as próprias ações para um único fim: agradar-Lhe;
8
Começar, continuar e terminar todas as ações por meio Dela, Nela, com Ela, para Ela;
9
Consagrar-se diariamente a tão boa mãe e abandonar-se nas Suas puríssimas mãos;
10
Reconhecê-la como Mãe, Senhora e Rainha.

A nossa mãe Imaculada é o único caminho verdadeiramente seguro para chegar a Jesus.

Sem amor a Maria, é impossível seguir e amar Jesus.

Não façamos nada, absolutamente nada, sem Maria!

Maria mãe e senhora nossa rogai por nós que recorremos a Vós!

Nada sem ti, nada sem nós!

Não poderíamos ser um em Cristo Jesus sem a Água vinda do céu.
Evangelho S. João 15,26-27.16,1-4.

«Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, e que Eu vos hei-de enviar da parte do Pai, Ele dará testemunho a meu favor.
E vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo desde o princípio.»
«Dei-vos a conhecer estas coisas para não vos perturbardes.
Sereis expulsos das sinagogas; há-de chegar mesmo a hora em que quem vos matar julgará que presta um serviço a Deus!
E farão isto por não terem conhecido o Pai nem a mim.
Deixo-vos ditas estas coisas, para que, quando chegar a hora, vos lembreis de que Eu vo-las tinha dito. Não vo-las disse, porém, desde o princípio, porque Eu estava convosco.»

Reflexão:

«Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco»

O Espírito prometido pelos profetas desceu sobre o Filho de Deus feito Filho do homem (Mt 3,16); por isso, acostumou-Se com Ele a habitar os homens, a repousar neles, a residir na obra modelada por Deus. E realizava neles a vontade do Pai renovando-os e fazendo-os passar da sua velhice à Boa Nova de Cristo.

Foi este Espírito que David pediu para o homem, dizendo: «Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito» (Sl 50,14 LXX). Foi também este Espírito que Lucas diz que desceu sobre os discípulos após a ascensão do Senhor, no dia de Pentecostes, com poder sobre todas as nações, para os introduzir na vida e lhes abrir o Novo Testamento. Animados de um mesmo sentimento, os discípulos celebraram os louvores de Deus em todas as línguas, enquanto o Espírito trazia a unidade aos povos separados e oferecia ao Pai as primícias de todas as nações (Act 2).

Foi também por isso que o Senhor prometeu enviar-nos um Paráclito que nos reconciliaria com Deus. Tal como com a farinha seca não se pode fazer a massa, nem um só pão sem água, assim também nós, que éramos uma multidão, não poderíamos ser um em Cristo Jesus (1Cor 10,17) sem a Água vinda do céu. Tal como a terra árida não frutifica, a menos que receba a água, também nós, que inicialmente éramos apenas madeira seca, nunca teríamos dado fruto vivo sem a Chuva generosa vinda do alto. Pelo baptismo, os nossos corpos receberam a união com a incorruptibilidade, enquanto as nossas almas a receberam pelo Espírito. É por isso que tanto um como o outro são necessários, dado que os dois contribuem para dar a vida em Deus.

Santo Ireneu de Lião (c. 130-v. 208), bispo, teólogo e mártir
Contra as heresias III, 17, 1-2



A Visitação

O sacerdote Zacarias De Hebron, pai de João, era uma espécie de Pope (sacerdote de rito ortodoxo) ou, como um de nossos curas, pois, aos sacerdotes daquele tempo era permitido se casarem.

E, sem dúvida, havia, igualmente, um jardinzinho atrás do presbitério, repleto daquelas flores de odores fortes, especialmente em dias caniculares.

Foi para lá que Maria, "abiens in montana", se dirigiu, para visitar sua prima, Isabel.

A prima a olha e exclama: "Ah!" Ela diz, apenas: "Ah!" e baixa a cabeça, pois compreendeu tudo, naquele momento. Seu seio estremeceu, profundamente, e, juntando suas mãos humildes, de pobre mulher, murmurou, baixinho: "Unde hoc mihi?"

Parece-me também lá estar, a tudo observar.

Vejo os ângulos de seus pobres lábios, a tremer, e as lágrimas que surgem, de repente.

Lágrimas profundas de pessoas cuja juventude se foi, de um coração enfraquecido, a desfalecer e o esgar da face, quando choramos ou como sorrimos.

A mulher chora, mas, brilha em seus olhos uma alegria incomensurável.

A mãe de São João Batista admira a Mãe do meu Deus!

Ó bem-aventurada Isabel, que viste Maria no primeiro Stabat, a Sabedoria eterna de Deus a recitar o Magnificat!

Ah! Possamos, assim como tu, naquela noite, no pequeno jardim judaico, refazer, como todos os fiéis católicos, esta caminhada, passo a passo, e quando tivermos aberto inteiramente, o nosso coração pleno de culpas, e tivermos dito tudo, possamos sentir em nossas mãos trêmulas, os dedos de nossa Mãe, Maria!

"Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, Bendita sois vós, entre todas as mulheres."

Paul Claudel (1868-1955)