Gostaria de meditar com vocês a primeira leitura do livro de Eclesiástico, porque amigo é uma coisa muito importante para a nossa vida. E todos nós temos amigos. Há amigos que causam alegria ao nosso coração, mas há outros que causaram e vão causar decepção ao nosso coração. Digo a você, no entanto, que o problema não são os amigos, o problema é a nossa forma de nos relacionarmos com as pessoas.
A Palavra de Deus está nos dizendo, hoje, que, se quisermos ter um amigo, não o poderemos adquirir de uma hora para outra, pois isso é um erro, um engano, uma ilusão. “Conheci essa pessoa hoje e ela se tornou minha melhor amiga!”. Não é verdade! Ela se tornou uma pessoa amigável, mas não podemos já considerar uma pessoa que nos fez um bem hoje, a melhor amiga da nossa vida. De forma nenhuma! Só sabemos quem é amigo de verdade na hora da provação.
Adquirimos amigos na hora da provação, da aflição. É isso que está nos dizendo a Palavra de Deus, pois é nessa hora que se prova realmente a amizade. Amigo é aquele que está conosco na hora em que mais precisamos dele. Por isso, não queira ter um milhão de amigos, é um erro, um engano, uma ilusão, e acaba que não vai ter nenhum amigo.
O Santo Evangelho no induz a uma reflexão e aprofundamento do compromisso matrimonial. Vivemos um tempo em que o matrimônio tornou-se mais um evento social do que um compromisso assumido pelos cônjuges. As pessoas se casam já condicionadas a uma separação, se surgirem dificuldades que não as façam felizes. Aquele que procura apenas sua felicidade no casamento certamente sofrerá muitas decepções, porém, aquele que procura fazer seu parceiro/a feliz, esse terá muito maior probabilidade de ser feliz.
Deus dá plena liberdade de escolher a parceira, o parceiro não impõe nenhuma condição, por isso a escolha deve ser definitiva e devem se esforçar ao máximo para honrarem o compromisso assumido. São Tiago já nos alerta em sua carta, "que o vosso sim seja sim, e o vosso não, não".
Notável como Jesus não se preocupa em agradar, “fazer média”! Não cede um milímetro para ser simpático. Em tudo e sempre, Jesus se refere ao desígnio de Deus sobre o homem. E esse desígnio liberta e dignifica o homem e a mulher. Celebrado o matrimônio, esposa e esposo tornam-se “uma só carne”.
É na família abençoada pelo sacramento matrimonial que devemos exercer, em primeiro lugar, as recomendações deixadas por Jesus Cristo, que são a disponibilidade ao serviço e a evangelização. Essa é a receita para a união duradoura e eterna que se espera do casamento.
Se um dia, a vida em comum se tornar inviável, apesar do nosso empenho em concretizá-la, lembremos da advertência de Jesus "Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério".
O que tenho a acrescentar ao assunto é o seguinte: as pessoas têm o costume de colocar a sua felicidade, na responsabilidade do seu parceiro, e esquecem que, a felicidade de cada um, está dentro dele mesmo; dentro de nós mesmos, e não, em outra pessoa; a sua felicidade, está muito ligada à sua crença, aos seus princípios, aos valores da vida que você aprendeu a respeitar; esquecem o materialismo; busquem em suas crenças, ao Todo Poderoso, e tudo lhe será acrescentado.
Não casamos para sermos felizes. Antes, casamos para fazer O OUTRO feliz. E se o faço feliz, feliz também estou. Felicidade, assim como o amor, a paz, a guerra, se constrói. É no dia a dia que promovemos a felicidade, assim como outras virtudes. De nada adianta casar, querer ser feliz mas esperar a felicidade sentado. Ela não vem pela chaminé ou pelo wifi. Caso é para fazer o outro feliz.
Afinal, é para quem que juro aquele monte de coisas lá no altar? Pra mim mesmo? Não. É para o outro.
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