Estamos no momento mais alto do discurso de Jesus. Ele apresenta-se como o pão que desceu do céu e diz que este pão é a sua carne que ele dá como alimento. Os judeus começam a murmurar. Há inquietação nos corações e perturbação entre eles. “Como pode ele dar-nos a sua carne a comer?” Perante esta questão, que mostra a dificuldade em compreender, Jesus contrapõe a vida e a morte. Quem não comer não tem a vida. Estar com Ele é ter a vida e não estar com Ele significa não ter vida. Há uma opção a fazer e cabe a cada um escolher com consciência. A decisão não pode ser indiferente porque está em causa a morte de Jesus. Carne que se come e sangue que se bebe, falam do mistério da cruz, na qual Jesus irá entregar a sua vida para a vida do mundo. Escolhê-lo é receber a vida que brota da sua morte. E rejeitá-lo é rejeitar a vida.
Estar diante de Jesus implica uma decisão vital que cada um é chamado a fazer. Ninguém pode ficar indiferente perante uma proposta de vida eterna que brota da entrega da vida de alguém. Jesus é aquele que se dá pela vida do mundo e a sua carne e o seu sangue tornam-se fonte de vida plena. Estar com Jesus é ter a vida. Eu sou convidado e escutar as palavras de Jesus com sentido de responsabilidade, porque não se trata de palavras mas da vida do próprio Cristo que se entrega por mim.
A tua carne é verdadeira comida e o teu sangue é verdadeira bebida. Dá-me, Senhor o sentido da fé que faz destas palavras a oportunidade que necessito para alcançar a verdadeira vida. Que eu não fique parado nos argumentos de quem apenas vê as coisas pela superfície, ao nível dos sentido, no imediato, mas que eu possa penetrar na profundidade do mistério que me revelas e no qual te entregas a mim.
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