Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 8 de agosto de 2014



19º DOMINGO DO TEMPO COMUM
10 de agosto de 2014





“Coragem sou eu. Não tenhas medo!”


Leituras: 
Primeiro Livro dos Reis 19, 9a.11-13a; 
Salmo 84 (85), 9ab-10.11-12.13-14 (R./8); 
Carta de São Paulo aos Romanos 9, 1-5; 
e Mateus 14, 22-33.

COR LITÚRGICA: VERDE

Nesta páscoa semanal vamos perceber que Jesus nunca nos abandona, nós é que às vezes nos afastamos Dele. Quando o invocamos com fé, Ele vem ao nosso encontro, caminha ao nosso lado, nos dá a certeza de sua companhia. Peçamos a Jesus, neste dia dos pais, que todos aceitem o convite e caminhem sempre ao encontro do Senhor, a fim de cumprirem com dignidade sua missão.

1. Situando-nos brevemente

É domingo, o dia do Senhor ressuscitado, mas não só, este também o dia da Igreja por excelência. Faz sentido que seja assim porque a Igreja é o corpo do Cristo ressuscitado, ela é o sinal visível da presença do Cristo entre os homens, ela é o sinal do advento do Reino; pelos seus sacramentos o Cristo continua vivo e operante entre nós.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que “já presente na sua Igreja, o Reino de Cristo ainda não está consumado ‘com poder e grande glória’ (Lc 21,17) pelo advento do Reino na terra. Esse Reino é ainda atacado pelos poderes maus, embora estes já tenham sido vencidos em suas bases pela Páscoa de Cristo. Enquanto tudo não for submetido, ‘enquanto houver novos céus e a nova terra, nos quais habita a justiça, a Igreja peregrina leva consigo, nos seus sacramentos e nas suas instituições, que pertencem à idade presente, a figura deste mundo que passa e ela mesma vive entre as criaturas que gemem e sofrem dores de parto até o presente e aguardam a manifestação dos filhos de Deus’. Por este motivo os cristãos oram, sobretudo na Eucaristia, para apressar a volta de Cristo dizendo-lhe: ‘Vem, Senhor’” (CIgC, n.671).

Precisamos desta “imagem da Igreja”, nos falou a Liturgia da Palavra deste domingo. Esta mesma mensagem a “ouviremos” e a “reconheceremos” nos dois grandes Santos que marcarão a nossa semana: Santa Clara de Assis, que celebraremos amanhã, 11 de agosto, e São Maximiliano Maria Kolbe, que faremos memória do seu martírio, no dia 14 de agosto, quarta-feira próxima.

2. Recordando a Palavra

O texto do Evangelho de hoje sucede imediatamente o texto do Evangelho de domingo passado, do qual faz explícita referência: “Depois da multiplicação dos pães”.

Mateus prossegue dizendo que Jesus “ordenou que os discípulos embarcassem para a outra margem do mar, enquanto ele mesmo se encarregava de despedir a multidão saciada do pão da palavra e do pão do corpo. Depois Jesus, como de costume se coloca em oração até as “altas horas” da noite. Terminada a oração, Jesus se dirige ao encontro com os seus, caminhando por sobre o mar, enquanto isso um forte vento de abatia sobre a barca dos discípulos e as ondas ameaçavam engoli-la. Uma cena cômica acontece com os discípulos que vendo Jesus, pensam se tratar de um fantasma e se põe a gritar; então Jesus diz a célebre frase, que nos diz a nós nesta Eucaristia: “Coragem” Sou eu. Não tenhais medo”.

Pedro se oferece para ir até Jesus caminhando sobre as águas, mas por medo, começa a fundar. Pedro não tem medo porque começa a afundar, mas Pedro começa porque tem medo. O medo é o maior de todos os males. Ele é o contrário não só da confiança, mas é o contrário do amor, porque quem ama não tem medo. Mas da goela de Pedro sai uma das mais belas orações da Sagrada Escritura: “Senhor, salva-me”.

Pedro, como Jesus na eminência da morte, reza os salmos: “Salva-me, ó Deus, pois a água sobe até o meu pescoço. Estou atolado no lodo profundo, onde não posso ficar de pé; caí nas águas profundas e as ondas me arrastam. Cansei-me de gritar, minha voz ficou rouca, meus olhos se consomem à espera do meu Deus” (Sl 69, 2-4).

Jesus exorta Pedro, sobe na barca, os ventos se acalmam e os discípulos todos prostrados se dirigem a Jesus dizendo: “verdadeiramente tu é o Filho de Deus”. Essa frase dos discípulos não é somente uma profissão de fé pascal, mas é também uma “oração sálmica”: “O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; assim não tememos, se a terra estremece, se os montes desabam, caindo nos mares, se as águas trovejam e as ondas se agitam, se, em feroz tempestade, as montanhas se abalam. Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó!” (Sl 45, 2-4).

Esta “oração sálmica” unida à calmaria que acontece quando o Senhor “entra” na barca, nos remete imediatamente à experiência de Deus feita pelo profeta Elias no monte Horeb, como nos narrou a primeira leitura. Deus se manifesta ao profeta, não no trovão, no vento impetuoso e forte que desestabiliza as montanhas e quebra os rochedos, nem no terremoto, mas na suavidade da brisa.

É um Deus que surpreende sempre. O Senhor passa tão suavemente que pode ser despercebido por quem o busca nos fatos extraordinários, quando na verdade Ele se revela, na cotidianidade, no comum, no simples. Ele não vem como “um fantasma”, ou como uma visão, Ele vem com rosto humano.

É Ele na criança do presépio, é Ele no adolescente no templo entre os doutores, é Ele o que chora a morte de Lázaro e se comove com o choro da viúva da cidade de Nain, é Ele desfigurado na Cruz, é Ele escondido na hóstia branca e sem gosto que receberemos como alimento daqui a pouco.

3. Atualizando a Palavra

Irmãos e irmãs caríssimos, os fatos do Evangelho não foram escritos para servirem somente como histórias para serem contados e recontados, mas, acima de tudo, para serem revividos pela comunidade. Assim todas as vezes que escutamos o Evangelho na Igreja, somos convidados a entrar na cena do Evangelho, a nos identificarmos com os personagens, a ler a nossa história à luz do Evangelho.

Os gestos e as palavras, as circunstâncias e os acontecimentos devem nos comunicar o mistério e nos ensinar a vivermos a vida cristã à imitação daquele do qual temos o nome impresso em nós pelo batismo.

Assim a primeira coisa que dos atos de Jesus neste Evangelho aprendemos é que depois de um milagre ele sempre despede a multidão, para nos ensinar a fugir da procura de aplausos ou de pensarmos que “o povo é nosso”, para evitar o monopólio, para “nos ensinar a não procurar de nenhuma maneira a glória dos homens e não se arrastar atrás das multidões” (João Crisóstomo. Homilia sobre São Mateus, in PG 49, 3; 50, 1-2).

Naquele fim de tarde ele “empurrou” a barca para o mar; hoje ele “empurra” a Igreja para o vasto mar do mundo e ensina a necessidade de oração sincera, solitária, intima e pessoal. Oração que é encontro, livre da agitação do mundo. Essa oração transfigura o homem, o faz caminhar por sobre o mar, vencer os ventos e as tempestades. A solidão orante escreve S. João Crisóstomo, é a mãe de toda pacificação, é um porto tranqüilo que nos coloca em segurança de todo o tumulto (João Crisóstomo. Homilia sobre São Mateus).

Jesus não aparece imediatamente para libertar os seus dos tormentos para ensiná-los a crer e a suportar com coragem as tempestades da vida. Quantas vezes a nossa vida nãos se parece com aquela barca agitada por causa do “vento contrário”? A barca em dificuldades pode ser o matrimônio, o trabalho, a saúde, a vocação, a escola, a amizade. O “vento contrário” que sopra na direção oposta do nosso objetivo pode ser a hostilidade e incompreensão das pessoas, a mudança de sorte, a dificuldade de encontrar um emprego, uma casa, etc. Talvez no começo este “vento contrário” fosse enfrentado com coragem, mas depois, vendo que a provação se alonga sempre mais, se tornando sempre mais difícil, vai-se, lentamente, perdendo o ânimo, a coragem de lutar. Daí se começa a afundar. Se afunda na vida não por medo de estar afundando, mas se está afundando porque se deixa amedrontar. O medo faz afundar todas as coisas. O medo faz com que façamos confusão e, muitas vezes, faz com que transformemos nossa salvação em fantasmas. Nestas horas nos salva a oração: “E gritaram de medo”.

Para não cairmos na tentação de buscar o Senhor no “sensacional” (trovão raios, visões, milagres, sensacionalismo, etc. (Cf. 1ª. Leitura) ele nos fala: “coragem! Sou eu. Não tenhais medo”. Quando, por causa da escuridão da noite que atravessamos, ou por causa do medo que nos aterroriza, não conseguirmos reconhecer o Senhor que está acima do mar que quer nos engolir, a sua Palavra vem em nossa auxílio.

Revela-se a eles somente depois que começaram a gritar. Desse modo, quanto maior foi o terror que os atingiu, muito mais se alegram ao vê-lo. A oração unida à escuta da Palavra anos livra das tempestades. Só então se pode dizer como Pedro: “Manda-me ir ao teu encontro”. Pedro não pede antes de tudo para “caminhar sobre as águas”, antes de tudo ele pede para caminhar ao encontro do Senhor.

Aí sim, quando se caminha ao encontro do Senhor, se pode caminhar sobre as águas, caso contrário, não se encontra firmeza e estabilidade para os pés. O grande milagre não está em caminhar por sobre as águas, o grande milagre está em caminhar para o Senhor. Eis o grande segredo da alegria de Pedro, que deve ser também o nosso: não temos plena alegria por “caminhar sobre o mar que nos tenta afogar”, temos plena alegria porque “caminhamos para Aquele que nos faz caminhar sobre o mar que tenta nos afogar”.

Mas, como acontece ordinariamente, não nos assustamos com as coisas grandes, nos aterrorizamos com as pequenas. Assim Pedro não teve medo de afundar-se no mar, mas fraquejou na fé “quando sentiu o vento”. Venceu a violência do mar, apavorou-se com o sopro do vento. Assim é a natureza humana. Apavorou-se Pedro, mesmo estando próximo de Jesus. Não serve para estarmos fisicamente próximos do Salvador se lhe estamos distantes pela fé.

Por que o Senhor lhe estende a mão no lugar de fazer o vento cessar? Para ensinar–nos que não é o impero do vento que faz o cristão afundar, sucumbir, mas a pobreza da fé é o real motivo de nosso “afundar” na vida. Jesus lhe diz: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?”. Se Pedro não tivesse fraquejado na fé teria suportado também o vento. A prova disto é que o Senhor, mesmo depois de ter pegado Pedro pela Mao, deixou que o vento continuasse a “esmurrar” com toda a sua força, para manifestar que esse não poderia absolutamente fazer Pedro submergir, se a sua fé fosse mantida firme.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Feita a experiência transformante, sai de cena Pedro e entram em cena “todos os que estavam no barco”. A profissão de fé é comunitária, eclesial.

Nós, como Pedro e os seus companheiros, estamos na barca da Igreja que navega no mar deste imenso mundo, e experimentamos as levas “das águas do mar da vida” que nos querem afogar. A Eucaristia se nos apresenta em meio a essa grande cena da nossa existência como “a mão estendida do Senhor” para nos soerguer e nos livrar dos nossos medos, dos nossos temores.

A Eucaristia é Jesus ressuscitado que nos estende sua mão e diz não ser um fantasma, mas sim aquele que como fez os discípulos de Emaús, nos revela as Escrituras e parte o Pão para nós. Aproximar-se da Eucaristia é aceitar caminhar sobre as águas, é viver da alegria de saber que toda a segurança está em saber para onde se caminha e não simplesmente por onde se caminha. Estender a mãe para receber a Eucaristia é reconhecer publicamente nele a voz que diz: “Coragem! Sou seu. Não tenhais medo”.

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