Um coração para ofertar
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2 Coríntios 8,1-6-
Paulo fez questão de escrever sobre esse fato mostrando o exemplo das
igrejas da região da Macedônia no tocante a receber a graça: "... e não
somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmo primeiro
ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus" (II Cor. 8,5). Prestemos
atenção no que eles fizeram: "deram-se primeiramente ao Senhor". Isto
é consagraram-se primeiramente ao Senhor; depois aos apóstolos entregando-lhes
suas ofertas. Esse exemplo é luz para nós. Não importa quão alto seja o valor
de nossa oferta, esmola ou dízimo, se primeiramente não nos entregarmos ao
Senhor, isto de nada valerá.
Portanto, devemos ter essa atitude em relação ao nosso coração, aos
nossos bens e ao nosso dinheiro.
Quando Deus nos encarrega de ofertar, não devemos ser tardios para
atender como os irmão de corinto, mas devemos ter presteza como os da
Macedônia. Aliás, estes irmãozinhos da Macedônia eram desprendidos mesmo sendo
uma Igreja pobre e com o coração cheio de encargo para suprir as necessidades
dos outros se abriram nas ofertas de forma generosa.
Na verdade, eles tinham um coração para ofertar. E, como ofertar é graça e quanto mais
ofertavam, mas graça recebiam. Com a repetição dessa prática, eles certamente,
conseguiram desenvolver o ministério de ofertar.
Ora, ofertar não é perda, na verdade é lucro; ao ofertar, ganhamos
mais graça até que, pela prática, tenhamos o ministério de ofertar e o serviço
de suprir aos santos em suas necessidades.
Nossa oferta ao Senhor não depende de quanto dinheiro temos: todos
podem ofertar. Paulo queria que os irmãos da região da Acaia participassem
também, porque tinham mais recurso. A Igreja da Macedônia sabia que ofertar
redundava em graça e quando souberam da grande fome e tribulação que passava a
igreja de Jerusalém também quiseram contribuir de novo. Isto não é maravilhoso?
Paulo consentiu da primeira vez, e eles ofertaram e o fizeram segundo as suas
posses. Depois, quiseram ofertar novamente, mesmo acima de suas condições. Na
verdade, eles insistiram nisso, pedindo ao apóstolo "com muitos rogos o
privilégio de também participarem deste serviço... ". Ofertar, portanto,
também é serviço.
A contribuição cristã é uma prática bíblica, legítima e contemporânea.
O homem é julgado pelo seu dinheiro tanto no reino deste mundo quanto no reino
dos céus. O mundo pergunta: Quanto este indivíduo possui? Cristo pergunta: Como
este homem usa o que tem? O mundo pensa, sobretudo, em ganhar dinheiro; Cristo
fala da forma de dá-lo. E quando um homem doa, o mundo ainda pergunta: Quanto
doou? Cristo pergunta: Como doou? O mundo leva em conta o dinheiro e sua
quantidade; Cristo leva em conta o homem e os seus motivos. Nós perguntamos
quanto um indivíduo doa. Cristo pergunta o que lhe resta. Nós olhamos a oferta.
Cristo pergunta se a oferta foi um sacrifício.
A contribuição cristã é uma graça de Deus concedida à igreja.
Os macedônios não contribuíram em resposta aos apelos humanos, mas
como resultado da graça de Deus que lhes fora concedida. Não foi Paulo quem
lhes rogou para contribuírem a favor dos pobres da Judéia; foram eles que
rogaram a Paulo o privilégio de fazê-lo. Não foi iniciativa de Paulo pedir
dinheiro aos macedônios para os pobres da Judéia, foi iniciativa dos macedônios
oferecerem dinheiro a Paulo para assistirem os santos da Judéia. Os cristãos da
Macedônia entenderam a verdade das palavras de Jesus: “Mais bem-aventurado é
dar que receber.” (At 20,35).
Na vida cristã existem três motivações:
1) Você precisa fazer – é a
lei;
2) Você deve fazer – é a responsabilidade moral;
3) Você quer fazer – é a graça.
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