04º Domingo do
Advento - Ano A
Estar sempre disponível
para escutar os apelos de Deus e que lhe responde com um “sim” de
disponibilidade total…
A liturgia deste domingo diz-nos,
fundamentalmente, que Jesus é o “Deus-conosco”, que veio ao encontro dos homens
para lhes oferecer uma proposta de salvação e de vida nova.
Na primeira leitura, o profeta Isaías anuncia que Jahwéh é o Deus
que não abandona o seu Povo e que quer percorrer, de mãos dadas com ele, o
caminho da história… É n’Ele (e não nas sempre falíveis seguranças humanas) que
devemos colocar a nossa esperança.
O Evangelho apresenta Jesus como a encarnação viva desse “Deus
conosco”, que vem ao encontro dos homens para lhes apresentar uma proposta de
salvação. Contém, naturalmente, um convite implícito a acolher de braços
abertos a proposta que Ele traz e a deixar-se transformar por ela.
Na segunda leitura, sugere-se que, do encontro com Jesus, deve
resultar o testemunho: tendo recebido a Boa Nova da salvação, os seguidores de
Jesus devem levá-la a todos os homens e fazer com que ela se torne uma
realidade libertadora em todos os tempos e lugares.
LEITURA I – Is 7,10-14
Em 734 a.C., Acaz sobe ao trono
de Judá (o Povo de Deus está, nesta altura, dividido: a norte, há um reino
formado por dez tribos, com o nome de Israel e com a capital na Samaria; a sul,
há outro reino, formado por duas tribos, com o nome de Judá e com a capital em
Jerusalém). Por esta época, Judá goza de alguma prosperidade econômica e de
relativa tranquilidade política… No entanto, as campanhas militares de
Tiglat-Pileser III, rei da Assíria, rapidamente lançam os países da zona em
alvoroço e anunciam tempos complicados para os pequenos reinos da terra de
Canaan.
As coisas complicam-se quando
Pecah, rei de Israel, tenta formar uma coligação anti-assíria, capaz de
resistir às investidas imperialistas de Tiglat-Pileser III. O rei de Israel
pretende que essa coligação integre a Síria e Judá. No entanto, Acaz, rei de
Judá, recusa-se a embarcar nessa aventura; então Pecah, rei de Israel, e Rezin,
da Síria, lançam as suas tropas contra Judá. Acaz, assustado, decide pedir a
ajuda dos assírios para resistir aos invasores. O profeta Isaías, no entanto,
não concorda: para ele, a única esperança e segurança com que Judá deve contar
é Jahwéh, o seu Deus; confiar a segurança da nação a potências e a exércitos
estrangeiros é abandonar Deus e expor o país a dependências que só podem trazer
sofrimento e opressão. No entanto, Acaz insiste em pedir a ajuda da Assíria… É
então que o profeta Isaías se dirige ao rei e lhe pede que, se não acredita nas
suas recomendações, peça a Deus um “sinal” para decidir o que Deus quer e o que
é melhor para o Povo. Acaz tem a decisão tomada e recusa pedir a Deus um
“sinal”… Mas Isaías quer, mesmo assim, deixar ao rei um “sinal” de Deus…
O “sinal” de Deus é este: “a
jovem (em hebraico: “ha-‘almah”) conceberá e dará à luz um filho, e o seu nome
será Deus conosco” (em hebraico: “‘Imanu El”) (vers. 14). O profeta refere-se a
quê, em concreto?
Certamente ao fato histórico da
gravidez da jovem esposa do rei (Abia, filha de Zacarias; o título “a jovem”
aparece, aliás, em certos textos de Ugarit para designar a esposa do rei) e
posterior nascimento do filho Ezequias, que veio a ocupar o trono de Judá
quando Acaz morreu… O nascimento desse bebé será a garantia de que a
descendência de David continuará e de que, apesar do ataque dos inimigos (Pecah
de Israel e Rezin de Damasco), Judá terá um futuro. Este bebé é, portanto, um
sinal de que “Deus está connosco” e que continua a cuidar do seu Povo e a
oferecer-lhe um futuro de esperança.
Ao abordar este texto, a versão
grega dos “Setenta” utilizou o vocábulo “parthénos” (“virgem”) para traduzir o
hebraico “‘almah” (“jovem”). Por isso, desde o séc. II a.C. (ou até antes), uma
parte da tradição judaica viu neste nascimento excepcional uma referência ao
Messias, que haveria de nascer de uma “virgem”. A tradição cristã,
naturalmente, aplicou este oráculo a Jesus; e Maria, a mãe de Jesus, passou a
ser essa “virgem” nomeada no texto grego de Is 7,14.
ATUALIZAÇÃO
A reflexão pode fazer-se a partir
das seguintes linhas:
• O fato decisivo, neste texto, é
a afirmação de que Deus não abandona o seu Povo, mas que é e será sempre o
“Deus-conosco”. A próxima celebração do nascimento de Jesus recorda e celebra
esse fato fundamental: Deus ama-nos de tal forma que continua a vir ao nosso
encontro… Neste tempo de espera da vinda, somos convidados a tomar consciência
do amor de Deus, que se manifesta numa presença permanente a nosso lado; com
Ele a dar-nos a mão e a palmilhar conosco a estrada da vida, podemos enfrentar
todos os desafios.
• A partir deste texto e do
ambiente em que ele nasce, podemos também pôr o problema das falsas seguranças
e das falsas esperanças. Acaz confiava mais na segurança dos exércitos
estrangeiros do que em Jahwéh… Em que é que o homem de hoje coloca a sua
confiança e a sua esperança? Para evitar um holocausto nuclear, é no equilíbrio
das armas que podemos confiar? Para termos uma sociedade mais justa e mais
fraterna, é nos políticos que podemos confiar? Para nos sentirmos seguros e
confortáveis, é no dinheiro que podemos confiar? Para iludirmos a doença ou a
morte, é nos novos medicamentos ou nos progressos da medicina que podemos
confiar? Onde está a nossa “rocha segura” que não falha: em Deus ou nas
estruturas humanas?
• Acaz não quis ou não soube
“ler” os “sinais” que Deus colocou diante dos seus olhos, não conseguiu fazer a
escolha acertada e acabou por conduzir o seu Povo por caminhos de morte e de
desgraça… Isto coloca-nos o problema dos “sinais”: um erro na leitura do radar
pode fazer em destroços um avião ou um navio; uma falha na sinalização luminosa
causa um desastre inevitável… Estamos atentos aos “sinais” que Deus semeia na
estrada da nossa vida e através dos quais nos indica o caminho a seguir, ou
caminhamos numa alegre inconsciência, ao sabor da corrente, desviando-nos por atalhos
que nos afastam do objetivo e nos fazem sofrer?
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 23 (24)
Refrão 1: Venha o Senhor: é Ele o
rei glorioso.
Refrão 2: O Senhor virá: Ele é o
rei da glória.
Do Senhor é a terra e o que nela
existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.
Quem poderá subir à montanha do
Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o
coração puro,
que não invocou o seu nome em vão
nem jurou falso.
Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu
Salvador.
Esta é a geração dos que O
procuram,
que procuram a face do Deus de
Jacob.
LEITURA II – Rom 1,1-7
A “Carta aos Romanos” é uma carta
escrita no final da terceira viagem missionária de Paulo. Preparando-se para
partir de Corinto a caminho de Jerusalém, o apóstolo sente que terminou a sua
missão no Mediterrâneo oriental e prepara-se para continuar o seu trabalho
missionário no ocidente. O seu olhar dirige-se, agora, para Roma e para a
Península Ibérica (cf. Rm 15,24): os seus planos passam por anunciar aí o
Evangelho de Jesus… Estamos no ano 57 ou 58.
Paulo está preocupado com o
futuro da Igreja, pois manifestam-se algumas dificuldades de relacionamento
entre judeo-cristãos e pagano-cristãos, fruto das diferenças sociais, culturais
e religiosas subjacentes aos dois grupos. Na comunidade de Roma, essas
diferenças sentem-se com alguma intensidade e ameaçam a unidade da Igreja…
Nesta situação, Paulo escreve para sublinhar aquilo que a todos une e insiste
que todos – judeus e não judeus – fazem parte do mesmo Povo de Deus e devem
viver no amor e na fraternidade.
O texto que nos é hoje proposto é
parte da introdução à carta. Sabendo que se trata de uma comunidade que não foi
fundada por ele, Paulo adopta singulares precauções diplomáticas, a fim de não
melindrar os cristãos de Roma. Começa por se apresentar e por definir a missão
que Deus lhe confiou.
Num começo solene, Paulo
define-se a si mesmo com três apelativos: ele é servo de Jesus Cristo, é
apóstolo por chamamento divino e é eleito para anunciar o Evangelho.
Dizer que é “servo de Jesus
Cristo” significa dizer que ele pôs a sua vida, incondicionalmente, ao serviço
de Jesus Cristo. A designação “servo” não tem aqui qualquer conotação com
escravidão (o que, de resto, estaria em contradição com a consciência que Paulo
tem da liberdade cristã); mas deve ser entendida como entrega amorosa a Cristo.
Desta forma, Paulo define o sentido da sua atividade missionária: é um serviço
a Cristo e ao seu projeto libertador em favor dos homens.
Dizer que é “apóstolo por
chamamento divino” equivale a dizer que ele é uma testemunha fiel de Jesus e da
sua mensagem. Deus chamou-o para dar esse testemunho; e Paulo, consciente desse
fato, está disposto a enfrentar todas as dificuldades, a fim de ser fiel a esse
chamamento.
Dizer que é “escolhido para o
Evangelho” quer dizer que Paulo tem consciência de ser, desde sempre
(inclusive, antes do seu nascimento), eleito por Deus para a tarefa de levar a
Boa Nova da libertação aos homens de toda a terra. Ele nasceu para anunciar o
Evangelho e para ser testemunha do projeto de salvação que Deus quer oferecer
aos homens.
Estes três apelativos têm como
centro o anúncio do “Evangelho”. Na perspectiva de Paulo, o “Evangelho” é a
proposta libertadora de Deus, que se tornou viva e presente no mundo através da
pessoa de Jesus Cristo, o Messias, e que se destina à salvação de todos os
homens. Não se trata de uma coleção de textos mortos, ou de uma doutrina bem ou
mal articulada; mas trata-se de uma proclamação viva, ativa, transformadora,
capaz de gerar vida nova e liberdade plena naqueles que a escutam e a acolhem.
Paulo sente que toda a sua vida está ao serviço desse projeto e que a sua
missão é levá-lo a todos os homens.
No nosso texto há, ainda, uma primitiva
fórmula, na qual Paulo afirma a sua fé em Jesus Cristo, nascido
da descendência de David, mas constituído Filho de Deus pelo Espírito que
santifica; o seu poder manifestou-se na ressurreição – a “prova provada” da sua
filiação divina.
ATUALIZAÇÃO
Para a reflexão, considerar os
seguintes dados:
• A primeira coisa que convém ter
em conta, a partir do texto, é que Jesus Cristo veio ao mundo para apresentar
aos homens um projeto de salvação; esse projeto é o caminho seguro para
deixarmos cair as cadeias que nos oprimem e para chegarmos à vida plena que
Deus nos quer oferecer. Neste tempo de Advento, esperamos a salvação de Deus,
que vem ao nosso encontro oferecer-nos a vida nova.
• Ser cristão é ser chamado a
testemunhar no mundo essa proposta de vida nova e de liberdade. Não se trata de
aceitar umas fórmulas de fé cobertas de poeira, nem de estudar nos livros um
sistema filosófico ou teológico coerente, que ensinamos com lógica e com alguma
pedagogia; trata-se de trazer ao mundo uma proposta viva, transformadora,
libertadora, da qual damos testemunho com palavras e com gestos concretos. É
isso que acontece? Testemunho a minha fé com a vida? O meu testemunho é
transformador e libertador para os meus irmãos escravizados?
• Para Paulo, o anúncio do Evangelho
não é uma forma de sobressair, de se elevar acima dos outros, de adquirir
importância e estatuto; mas é uma missão que Deus confia àqueles que elege e
que deve ser cumprida com amor e com espírito de serviço. É desta forma que eu
testemunho o Evangelho?
ALELUIA – Mt 1,23
Aleluia. Aleluia.
A Virgem conceberá e dará à luz
um Filho,
que será chamado Emanuel, Deus
conosco.
EVANGELHO – Mt 1,18-24
O texto que nos é hoje proposto
pertence ao “Evangelho da Infância” na versão de Mateus. De acordo com os biblistas
atuais, os textos do “Evangelho da Infância” pertencem a um gênero literário
especial, chamado homologese. Este gênero não pretende ser um relato
jornalístico e histórico de acontecimentos; mas é, sobretudo, uma catequese
destinada a proclamar certas realidades salvíficas (que Jesus é o Messias, que
Ele vem de Deus, que Ele é o “Deus conosco”). Desenvolve-se em forma de
narração e recorre às técnicas do midrash haggádico (uma técnica de leitura e
de interpretação do texto sagrado usada pelos rabbis judeus da época de Jesus).
A homologese utiliza e mistura tipologias (fatos e pessoas do Antigo
Testamento, encontram a sua correspondência em fatos e pessoas do Novo
Testamento) e aparições apocalípticas (anjos, aparições, sonhos) para fazer
avançar a narração e para explicitar determinada catequese sobre Jesus. O
Evangelho que nos é hoje proposto deve ser entendido a esta luz: não interessa,
pois, estar aqui à procura de fatos históricos; interessa, sobretudo, perceber
o que é que a catequese cristã primitiva nos ensina, através destas narrações,
sobre Jesus.
Há ainda outra questão que
importa ter em conta, para percebermos o pano de fundo da narração que nos é
proposta: a situação de Maria e José. O casamento hebraico considerava o
compromisso matrimonial em duas etapas: havia uma primeira fase, na qual os
noivos se prometiam um ao outro (os “esponsais”); só numa segunda fase surgia o
compromisso definitivo (as cerimônias do matrimônio propriamente dito)… Entre
os “esponsais” e o rito do matrimônio, passava um tempo mais ou menos longo,
durante o qual qualquer uma das partes podia voltar atrás, ainda que sofrendo
uma penalidade. Durante os “esponsais”, os noivos não viviam em comum; mas o
compromisso que os dois assumiam tinha já um caráter estável, de tal forma que,
se surgia um filho, este era considerado filho legítimo de ambos. A Lei de
Moisés considerava a infidelidade da “prometida” como uma ofensa semelhante à
infidelidade da esposa (cf. Dt 22,23-27)… E a união entre os dois “prometidos”
só podia dissolver-se com a fórmula jurídica do divórcio. Ora, segundo o texto
que nos é proposto, José e Maria estavam na situação de “prometidos”: ainda não
tinham celebrado o matrimônio, mas já tinham celebrado os “esponsais”.
Segundo a narração de Mateus,
José apercebeu-se que Maria estava grávida, durante a fase dos esponsais… Como
sabia não ser o pai do bebê que estava para chegar, resolveu abandonar Maria,
em segredo; mas um anjo do Senhor apareceu-lhe em sonhos e esclareceu o
mistério: “Aquele que vai nascer é fruto do Espírito Santo”. O que é que temos
aqui? Reportagem de acontecimentos históricos?
O anúncio do anjo a José (vers.
20-24) segue o esquema dos relatos do Antigo Testamento, em que se anuncia o
nascimento de uma personagem importante (cf. Jz 13): a) o anúncio está rodeado
de sinais divinos (o “anjo do Senhor”, o sonho); b) que provocam medo e
espanto; c) o mensageiro divino anuncia qual será o nome e a missão da criança
que vai nascer; d) dá-se um sinal que confirma o anúncio (o cumprimento das Escrituras).
A função destes anúncios é vincular a personagem, desde o seu nascimento, com o
projeto divino. Este mesmo esquema estereotipado é, aliás, usado por Lucas
para descrever o nascimento de João Baptista (cf. Lc 1,5-25).
Neste episódio temos, portanto,
não uma descrição de fatos históricos, mas uma catequese sobre Jesus (que é
apresentada recorrendo a esquemas literários, conhecidos dos escritores
bíblicos). Então, o que é que esta catequese procura ensinar?
Fundamentalmente, procura-se
mostrar que Jesus vem de Deus, que a sua origem é divina (Maria encontra-se
grávida por virtude do Espírito Santo” – vers. 18). Procura-se, ainda, ensinar
qual será a missão de Jesus: o nome que Lhe é atribuído mostra que Ele vem de
Deus com uma proposta de salvação para os homens (“Jesus” significa “Jahwéh
salva”). Também se diz, de forma clara, que Ele é o Messias de Deus, da
descendência de David, que os profetas anunciaram (a referência ao seu
nascimento de uma “virgem” não deve ser vista como a afirmação do dogma da
virgindade de Maria, mas como a afirmação de que Jesus é o Messias anunciado
pelos profetas – nomeadamente pelo texto de Is 7,14 – enviado por Deus para
restaurar o reino de David).
De qualquer forma, a figura de
José desempenha aqui um papel muito interessante… O anjo dirige-se a ele como
“filho de David” (vers. 20) e pede-lhe que receba Maria e que ponha um nome à
criança (vers. 21). A imposição do nome é o rito através do qual um pai recebe
uma criança como filha. Assim, Jesus passa a fazer parte da família de David e
a ser, naturalmente, a esperança para a restauração desse reino ideal de paz e
de felicidade pelo qual todo o Povo ansiava. Pela obediência de José,
realizam-se os planos e as promessas de Deus ao seu Povo.
ATUALIZAÇÃO
Refletir a partir das seguintes
questões:
• Esse Jesus que esperamos é – de
acordo com a catequese que a primitiva comunidade cristã nos apresenta por
intermédio de Mateus – o “Deus que vem ao encontro dos homens”, para lhes
oferecer a salvação. A festa do Natal que se aproxima deve ser o encontro de
cada um de nós com este Deus; e esse encontro só será possível se tivermos o
coração disponível para O acolher e para abraçar a proposta que Ele nos veio
fazer. É isto que acontece?
• Com frequência, o Natal é a
festa pagã do consumismo, das prendas obrigatórias, da refeição melhorada, das
tradições familiares que têm de ser respeitadas mesmo quando não significam
nada… O meu Natal – este Natal que estou a preparar no meu coração – é uma
celebração pagã ou um verdadeiro encontro com esse Deus libertador, cuja
proposta de salvação estou interessado em escutar e acolher?
• A figura de Maria é uma figura
incontornável para quem prepara o Natal: é a figura que está sempre disponível
para escutar os apelos de Deus e que lhes responde com um “sim” de
disponibilidade total… É esse “sim” e essa disponibilidade que tornam possível
a presença salvadora de Deus no mundo. Estou na mesma atitude de
disponibilidade aos desafios de Deus? Sou capaz de dizer todos os dias “sim”,
de forma a que, através de mim, Deus possa nascer no mundo e salvar os homens?
• Outra figura que nos interpela
e questiona neste tempo de Advento é a figura de José… Ele é o homem a quem
Deus envolve nos seus planos – planos que, provavelmente, lhe parecem
misteriosos e inacessíveis – mas que tudo aceita, numa obediência total a Deus.
Sou capaz de acolher os projetos de Deus – mesmo quando eles desorganizam os
meus projetos pessoais – com a mesma disponibilidade de José, na obediência
total aos esquemas de Deus?
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