33º
Domingo do Tempo Comum – B -
“Em verdade vos
digo: esta geração não passará até que tudo isto aconteça!”
A
liturgia do final de ano sempre nos remete a uma reflexão sobre a nossa vida,
de como estamos agindo e nos movendo nos dias presentes.
A primeira
leitura nos conforta com a notícia de que o nosso trabalho não será em vão.
Estamos falando do trabalho de ensinar ao mundo a palavra de Deus. Teremos a
nossa recompensa, desde que permaneçamos fiéis, e façamos a vontade do Pai.
Veja aqui as palavras do autor sagrado e inspirado pelo Espírito de Deus:
Mas os que
tiverem sido sábios, brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a
muitos homens os caminhos da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a
eternidade.
É
importante aproveitarmos bem este tempo, pois ele é o único tempo que possuímos como espaço
sagrado que Deus nos concede para buscarmos em Jesus, o nosso encontro
definitivo com Ele!
O
evangelho que nos é apresentado neste domingo, chega até a nós, numa
linguagem simbólica, tendo como
objetivo principal, lembrar-nos da transitoriedade da vida terrena, da vida que passa!
Caminhamos
para o Senhor, caríssimos – tende certeza disto! O mudo vai terminar no Cristo,
como um rio termina no mar; a história vai encontrar o Cristo, tão certo quanto
a noite encontra o dia; nossa vida estará diante do Senhor, tão garantido
quanto o vigia cada manhã está diante da aurora! Por isso mesmo, é
indispensável vigiar e trazer sempre no coração a bendita memória do Salvador,
a firme esperança nas suas promessas, a segura certeza da sua salvação! Vede
bem: na Manifestação do nosso Senhor, ele nos julgará! Na sua luz, tudo será
posto às claras: se é verdade que sua Vinda é para a salvação, também é verdade
que todos quantos se fecharam para ele, perderão essa salvação. Caríssimos,
nosso destino é o céu, mas estejamos atentos: o inferno, a condenação eterna, a
danação sem fim, o fogo que devora para sempre, são uma real possibilidade para
todos nós! Haverá um Juízo de Deus em Jesus Cristo, meus amados no Senhor:
“Muitos dos que dormem no pó a terra despertarão, uns para a vida eterna,
outros para o opróbrio eterno. Nesse tempo, teu povo será salvo, todos os que
se acharem escritos no Livro”.
Caríssimos, não brinquemos de viver, não vivamos
em vão, não sejamos fúteis e levianos, não corramos a toa a corrida da vida! É
o nosso modo de viver agora que decidirá nosso destino para sempre!
Por isso
mesmo, Jesus nos previne: “Em verdade vos digo: esta geração não passará até
que tudo isto aconteça!” Em outras palavras: não importa quando ele virá – ele
mesmo diz: “Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o
Filho, mas somente o Pai” -; importa, sim, que estejamos atentos, importa que
vivamos de tal modo que, quando ele vier no momento de nossa morte, estejamos
prontos para comparecer diante dele e diante dele estar no último Dia, quando
tudo for julgado!
O juízo que nos espera é um processo: começa logo após a
nossa morte, quando, em nossa alma, estaremos diante do Cristo e receberemos
nossa recompensa: o céu ou o inferno! E no final dos tempos, quando Cristo se
manifestar em sua glória, nosso destino também será manifestado com toda a
criação e o nosso corpo, ressuscitado no fim de tudo, receberá também a mesma
recompensa de nossa alma: o céu ou o inferno, de acordo com o nosso
procedimento nesta vida!
Meus
caros, quando a Escritura Sagrada nos fala do fim dos tempos não é para
descrever como as coisas acontecerão. Isso seria impossível, pois aqui se
tratam de realidades que nos ultrapassam e que já não pertencem a este nosso
mundo. Portanto, palavras deste mundo não podem descrever o que pertence ao
mundo que há de vir... O que a Escritura deseja é nos alertar a que vivamos na
verdade, vivamos na fé, vivamos na fidelidade ao Senhor... vivamos de tal modo
esta nossa vida, que possamos, de fé em fé, de esperança em esperança, alcançar
a vida eterna que o Senhor nos prepara, vida que já experimentamos hoje, agora,
nesta santíssima Eucaristia, sacrifício único e santo do nosso Salvador que, à
Direita do Pai nos espera como Juiz e Santificador. A ele a glória pelos
séculos dos séculos. Amém.
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