Naquele tempo, Jesus partiu dali e foi para a sua pátria, seguido de seus discípulos. Quando chegou o dia de sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos o ouviam e, tomados de admiração, diziam: Donde lhe vem isso? Que sabedoria é essa que lhe foi dada, e como se operam por suas mãos tão grandes milagres? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito. Mas Jesus disse-lhes: Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa. Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. Admirava-se ele da desconfiança deles. E ensinando, percorria as aldeias circunvizinhas.
Meditação
"Segundo as expectativas judaicas, o Messias não podia provir de uma aldeia tão obscura como era precisamente Nazaré (veja também Jo 7, 42). Mas, ao mesmo tempo realça a liberdade de Deus, que surpreende as nossas expectativas fazendo-se encontrar precisamente onde não o esperávamos. [...] ´Vem e verás!´ (Jo 1, 46b). O nosso conhecimento de Jesus precisa sobretudo de uma experiência viva: o testemunho de outrem é certamente importante, porque normalmente toda a nossa vida cristã começa com o anúncio que chega até nós por obra de uma ou de várias testemunhas. Mas depois devemos ser nós próprios a deixar-nos envolver pessoalmente numa relação íntima e profunda com Jesus; de maneira análoga os Samaritanos, depois de terem ouvido o testemunho da sua concidadã que Jesus tinha encontrado ao lado do poço de Jacó, quiseram falar diretamente com Ele e, depois deste colóquio, disseram à mulher: ´Já não é pelas tuas palavras que acreditamos, nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é verdadeiramente o Salvador do mundo´ (Jo 4, 42)" (Bento XVI, Audiência, 4 de outubro de 2006).
Reflexão apostólica
"O Evangelho fala de encontros pessoais, únicos, irrepetíveis com Cristo.
Diálogo com Cristo
Senhor Jesus, é fácil escutar tua Palabra enquanto ela não interfere em minha zona de conforto ou em minha absurda autossuficiência.
O cristão, o sacerdote, o homem do Reino que não trabalha para ambientar sua vida em uma atmosfera de caridade, fazendo-se tudo a todos, pode até acreditar que é piedoso, místico, santo, mas é na realidade um iludido porque não vive plenamente o que ensina o Evangelho .
Nenhum comentário:
Postar um comentário