“O sentido do jejum”
Isaías 58, 1-9
O profeta Isaías nos motiva a fazer uma reflexão atenciosa sobre a
maneira como oferecemos sacrifícios ao Senhor neste tempo da Quaresma.
Precisamos, pois, tomar consciência de como estamos praticando o jejum e
nos sacrificando durante este tempo que nos é dado para resgatar a
nossa alma. Na leitura, o próprio Senhor denuncia os crimes do povo de
Israel que se vangloriava de cumprir a lei e de praticar a justiça
somente porque jejuava e buscava a Deus.
Para aquele povo o fato de
jejuar e fazer sacrifícios e mortificações já era o suficiente para
agradar a Deus. Porém, ao mesmo tempo em que jejuava o povo litigava uns
com os outros e cada qual se preocupava, apenas, com os seus próprios
negócios.
E o Senhor lhes recomendou: “Não façais jejum com esse espírito, se quereis que vosso pedido seja ouvido no céu!”
O sentido do jejum está em que purifiquemos o nosso corpo a fim de que
o nosso coração esteja apto a realizar boas ações. Por isso, precisamos
estar atentos (as) à dor do necessitado com o intuito de que possamos
sentir na nossa própria carne a necessidade e a penúria que muitos
vivenciam e, assim, compreende-los melhor.
A oração, e o jejum
que oferecemos a Deus devem ser acompanhados com o espírito de caridade,
de acolhida, de reconciliação, de partilha, do contrário não terão
valor nem sentido.
Aos olhos de Deus o verdadeiro jejum é aquele
que nos leva a pôr um termo às injustiças para acolher o que estão
necessitados vendo no rosto de cada irmão, outro Cristo.
Jejum e oração
não têm razão de ser se não forem vivenciados acompanhados de um
verdadeiro espírito de caridade e de obras de justiça. Assim fazendo a
nossa luz brilhará nas trevas e veremos atendidos os nossos pedidos de
socorro.
Com que espírito você jejua?
O que você acha
mais importante: jejuar às sextas feiras ou perdoar a alguém que o (a)
ofendeu?
O jejum que você pratica tem alguma razão de ser ou é apenas
para cumprir uma tabela?
Com que espírito você jejua?
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