19ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
São Mateus 18,1-5.10.12-14
Naquele tempo,
os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no
Reino dos Céus?” Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e
disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos
tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz
pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus. E quem
recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe.
Não desprezeis
nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus
veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. Que vos parece? Se
um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa
e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? Em verdade
vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as
noventa e nove que não se perderam. Do mesmo modo, o Pai que está nos
céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”.
A
nossa vida é constantemente condicionada pelos valores e costumes da
sociedade e nós temos a tendência de querer levar os valores do mundo
para a Igreja e até mesmo para o Reino de Deus. Entre esses valores do
mundo que nos influenciam, podemos citar a hierarquização e a
competitividade no dia a dia, que fazem com que haja sempre entre nós um
clima de disputa e de busca de superioridade em relação às outras
pessoas. É esse clima o principal responsável por muitos mal estares na
vida da comunidade. São os valores evangélicos que devem transformar o
mundo e não os valores do mundo que devem transformar a Igreja.
A
severidade e o desprezo dos líderes da comunidade em relação àqueles
que davam os primeiros passos na vida de fé foram seriamente censurados
por Jesus. Não era possível exigir deles uma maturidade própria de quem
já havia feito uma longa caminhada. Os pequeninos deveriam ser tratados
de maneira muito especial, com paciência e benignidade.
Só assim sua fé
haveria de se consolidar e se tornariam capazes de dar um testemunho
autêntico de sua condição de discípulos. O carinho dos líderes pelos
pequeninos não se parecia, por nada, com o amor do Pai para com eles.
A
parábola da ovelhinha desgarrada serviu de motivo para a compreensão
deste amor paterno. Vale a pena deixar noventa e nove ovelhas, que estão
em segurança, para ir em busca de uma que se desviou.
O desinteresse
pela ovelha desgarrada não tem justificativa. O pastor está em relação
pessoal com cada ovelha. Por isso, não pode contentar-se com a perda de
nenhuma delas. Para ele, o rebanho não é questão de número.
As ovelhas
são consideradas na sua individualidade. E a perda de uma só delas é
motivo de dor. O mesmo se passa com o Pai. Ele não considera a
comunidade de discípulos sob o aspecto numérico.
Cada um deles, por
menor que seja, é objeto de um carinho especial. Portanto, os líderes da
comunidade não têm o direito de desprezá-los.
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