2ª Semana do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas
São Marcos 3,1-6
Naquele tempo, Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali
um homem com a mão seca. Alguns o observavam para ver se haveria de curar em
dia de sábado, para poderem acusá-lo. Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e
fica aqui no meio!” E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o
bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada
disseram.
Jesus, então, olhou ao seu redor,
cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem:
“Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. Ao saírem, os fariseus
com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira
como haveriam de matá-lo. - Palavra
da Salvação.
*********************
A
vivência legalista e proibitiva da religião é uma das maiores manifestações da
dureza de coração que pode acontecer na vida das pessoas.
Quando isso acontece,
as pessoas não são capazes de descobrir os valores que devem marcar o nosso
relacionamento entre nós mesmos e entre nós e o próprio Deus, e a religião
acaba por se tornar um mero cumprimento de obrigações e de ritos, numa verdadeira
bruxaria.
Esta forma de religião acaba por ter como um dos seus principais
fundamentos a relação de poder, o autoritarismo e a estratificação social a
partir da fé das pessoas.
É por isso que as autoridades do tempo de Jesus
procuram descobrir a maneira como haveriam de matá-lo.
Jesus
sabia-se livre para fazer o bem, mesmo atropelando as tradições religiosas de
seu tempo. Sua liberdade, entretanto, podia ser mal entendida e tomada como uma
forma irresponsável de chocar a sensibilidade religiosa alheia. Ou, então, como
uma espécie de anarquismo, onde regras e normas são tranquilamente atropeladas.
Uma consciência profunda de ser servidor do Reino de Deus movia a ação de
Jesus.
Enquanto servo, ele se colocava à disposição do Pai, cuja vontade estava
sempre pronto para cumprir. O desígnio do Pai era que o Reino acontecesse de
maneira efetiva na vida das pessoas, resgatando-as de tudo quanto pudesse
mantê-las cativas. A doença é uma forma de limitação da força vital concedida a
cada ser humano. Libertar-se dela é sinal de resgate do dom original de Deus.
Por isso, quando se tratava de recuperar a saúde de alguém, Jesus passava por
cima de todas as convenções religiosas. A pressão sofrida por parte dos
fariseus não intimidava Jesus. Ele não curava às escondidas, nem se preocupava
de saber se estava agradando ou não a seus críticos.
Um homem foi curado no
meio da sinagoga repleta, num dia de sábado. Era inadmissível para Jesus vê-lo
com sua deficiência física e se omitir. Embora atraísse o ódio de muitos sobre
si, escolheu o caminho da fidelidade ao Pai, restituindo ao homem o pleno uso
de sua mão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário