Evangelho (Jo 15,9-17): Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: «Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou meu Pai e permaneço no seu amor.
»Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.
»Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça. Assim, tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vos dará. O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros».
Reflexão:
«Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa»
No Evangelho do dia, o Senhor fala aos Apóstolos da alegria que hão de ter: «Que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa» (Jo 15,11). Em efeito, o cristão, como Mateus, viverá feliz e com uma serena alegria se assume os diversos acontecimentos da vida desde a graça da filiação divina. De outro modo, acabaria deixando-se levar pelos falsos desgostos, por tontas invejas ou por prejuízos de qualquer tipo. A alegria e a paz são sempre frutos da exuberância da entrega apostólica e da luta para chegar a ser santos. É o resultado lógico e sobrenatural do amor a Deus e do espírito de serviço ao próximo.
Romano Guardini escrevia: «A fonte da alegria encontra-se no mais profundo do interior da pessoa (...) Aí habita Deus. Então, a alegria dilata-se e faz-nos luminosos. E tudo aquilo que é belo é entendido com todo o seu resplendor». Quando não estamos contentes temos de saber rezar como Santo Tomé Moro: «Deus meu, concede-me o sentido do bom humor para que saboreie nesta vida a felicidade e possa transmiti-la aos outros». Não esqueçamos aquilo que Santa Teresa de Jesus também pedia: «Deus, libera-me dos santos com cara triste, já que um santo triste é um triste santo».
Rev. D. Josep VALL i Mundó (Barcelona, Espanha)
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