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Palavra ratificada pelo Espírito
Rm 8, 18-23
“Os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que deverá revelar-se em nós” (v. 18). Essas são as palavras iniciais da reflexão paulina que hoje celebramos. Voltando aos temas da perseguição, sofrimento e desânimo de que falam a primeira leitura e o evangelho de hoje, podemos compreender a ressonância dessa palavra na comunidade de fé. Muitos pregadores, de forma equivocada, fizeram uso dessas palavras para justificar moralmente o sofrimento advindo da condição humana e das injustiças sociais, afirmando que no céu tudo será diferente e que devemos suportar o sofrimento com passividade, sem ao menos lutar por um ser humano e mundo novos.
A imagem do sofrimento do parto, associado ao Espírito que intercede por nós, retoma a mesma mensagem de esperança da primeira leitura e do evangelho. A mulher sofre para dar à luz uma nova vida. A mulher é terra, é mãe! A nova comunidade de fé foi gerada pela força da Palavra e será perpetuada pela presença do Espírito. Mas, para que tudo isso aconteça, é preciso que o cristão aja em favor da vida, gerando um novo tempo, sabendo que o tempo futuro, em Deus, será a consequência de sua ação realizada no presente.
A†Ω
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