† Reflexão 15º Domingo do Tempo Comum: O Semeador | | | |
Temos um conteúdo vastíssimo na liturgia deste fim de semana onde podemos escrever muitas páginas sobre tamanho deste conteúdo. Mas, vamos buscar refletir um pouco. Vemos na primeira leitura “a palavra que sair de minha boca não voltará para mim vazia”. Primeiramente que toda Palavra que sai da boca de Deus irá realizar aquilo que ela diz, então da parte de Deus não existem falhas: “Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração”. (Hb 4, 12). Mas, na segunda leitura vemos que a criação foi sujeita ao pecado e por isso “está gemendo como que em dores de parto”. Bem, agora começa a problemática levantada por Jesus. Se o problema não está na Palavra, como vimos acima, então deve estar em quem a recebe! Mas, aí, estamos diante de outro problema, a humanidade está mergulhada no pecado e “Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas do mundo”. (1Jo 2, 16). Assim podemos encontrar terra de todos os tipos, conforme a parábola de Jesus, e algumas estão determinadas a ser assim, pois não se abrem a Deus por que seus interesses são outros. Veja bem. Jesus diz: “Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure”. Muitos receberão a Palavra, mas estão com outras intenções, buscam em Deus a satisfação de seus interesses pessoais, curas, milagres, bens, solução rápidas de seus problemas, comodidade, vida fácil... E são incapazes de olhar a vida naquilo que ela tem de mais fundamental: “Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós”. Na verdade é isso, muitos só vêem as necessidades do momento e são incapazes de olhar para o que virá – a vida eterna – e com ela a glória eterna. Mas são culpados por isso? São terras ruins porque querem? Será que não poderiam mudar de vida se lhes fossem apresentadas as verdades divinas de forma a lhes convencer? E, onde estão as terras ruins? Quem são esses? Nós, por acaso, nos tornamos juízes de nossos irmãos determinando quais são os terrenos que devemos pregar a Palavra ou de semear a Palavra? Nada disso compete a nós. Que existem tais terrenos é verdade, mas onde estão não sabemos. Portanto. Primeiramente seja você um terreno fértil onde a Palavra de Deus seja semeada e produza muitos frutos. E de outro lado seja um anunciador desta Palavra para que muitos irmãos possam dar frutos também. Assim, temos um compromisso de anunciar o evangelho a todos os povos e a todas as pessoas que passam por nossas vidas. E esse é o papel do semeador. De semear com uma propriedade tal que onde a semente cair irá produzir fruto, veja: “Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?”. (Rm 10,14). Sabemos que muito não seguirão Jesus somente irão buscá-lo por necessitarem de graças, mas não assumirão um compromisso de vida com o Senhor, mas que isso não seja com você. Sabemos: “quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo”. Ou “aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto”. Mas devemos desejar ser o melhor anunciador, o melhor semeador da Palavra que onde ela cair, seja a terra que for, irá transformar para que a semente possa produzir frutos, mas se caso a Palavra anunciada não produzir fruto então que olhem para nossa vida e vejam o fruto que a Palavra produz em nós, porque se “as palavras não convencem que o nosso testemunho arraste”, mas seja como for façamos de tudo para salvar, uma vida sequer, para Deus.
Não desista, semeie, com lágrimas e sangue ou com a própria vida, mas semeie. É a vontade de Deus.
Antonio ComDeus
A†Ω
Nenhum comentário:
Postar um comentário