Quando
as nossas palavras estão em harmonia com o essencial da nossa vida.
Tome
antes de ler este breve artigo este texto: Lucas 6,46-49
Como
noutras partes do Evangelho (Mateus 7,21), Jesus sublinha a ligação necessária
entre o que pensamos e falamos e a forma como vivemos.
Quando
as nossas palavras estão em harmonia com o essencial da nossa vida, elas
adquirem solidez.
A
sua autenticidade manifesta-se àquele que fala e àquele que escuta. Foi essa a
impressão que as pessoas tiveram de Jesus (ver João 7,46), e não apenas os seus
amigos.
Ao
contrário, as palavras sem raízes, que não são confirmadas por uma vida,
enganam. Como uma casa sem fundações, elas dão a falsa impressão de ser um
abrigo. Palavras dessas são piores que silêncio.
«Porque
não fazem…?» pergunta Jesus. Nesta passagem, Jesus não fala em primeiro lugar
da preguiça. A história que Jesus conta não opõe uma pessoa ativa a alguém que
nada faz. As duas pessoas de que Jesus fala constroem uma casa. A diferença
está no fato de apenas uma cavar fundo.
Procurar
descobrir, pela oração e reflexão, um fundamento mais profundo para a nossa
vida é essencial, se queremos acolher a Palavra de Deus e deixar que ela
determine a nossa atividade.
Porque
recusaríamos cavar assim?
É
que pode parecer que cavar assim seria ineficaz. Não dá resultados visíveis no
imediato, nem para nós próprios nem para os outros.
Uma
vida construída sobre a areia, no entanto, pode parecer bem sucedida. E então
podemos perguntar-nos porque havemos de cavar: depois de tirar várias pás, só
há areia e pequenas pedras, nada de sólido.
Porquê
continuar a cavar, esforçando-nos por fazer um buraco onde corremos o risco de
desaparecer completamente? «Cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha»:
esta passagem contém uma promessa.
Podemos
cavar com a confiança de que, mais profunda do que os desejos instáveis e
contraditórios que nos habitam, há uma rocha sobre a qual pode descansar a
nossa vida.
Quando
nos esforçamos para cavar até essa rocha, as nossas palavras e os nossos atos
começam a ressoar juntos.
A
cada dia observamos mais a proliferação de tantas vãs filosofias e falsas
doutrinas, as quais servem somente para confundir e enganar aos que desconhecem
a Palavra de Deus e mesmo os que caminham em comunidade de fé hoje vacilam.
Entretanto,
Jesus já censurava aos escribas e fariseus, hipócritas, dizendo: Este povo
honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram
ensinando doutrinas que são preceitos de homens (Mateus 15,8-9).
O
Senhor repreende rigorosamente aos que introduzem doutrinas de heresias no seio
da Igreja. Homens dissolutos querendo ampliar, deixar espaçosa a porta que o Senhor Jesus Cristo
declarou estreita e poucos são os que
passarão por ela (Mateus 7,13), porque oferecem um evangelho paralelo, fácil,
sem compromisso com o Senhor e sem participação das aflições de Cristo.
Conseqüentemente
esse evangelho genérico, encontra pessoas querendo ser cristã, mas procurando
apenas status, destaque social, poder, alegria momentânea, só querem bênçãos e
prosperidades materiais, mas sem compromisso com o Evangelho de Cristo.
Exatamente
como a Palavra predisse está acontecendo hoje, muitos tem sido enganados, pois
querem apenas uma vida física e material farta, sem se preocupar com a vida
espiritual e principalmente a salvação, se reúnem nas "igrejas" em
busca de resultados apenas para coisas materiais, não há apreço pelo
derramamento do sangue de Cristo na cruz por amor a humanidade para remissão
dos pecados, oferta da vida eterna e a construção do Reino de Deus através de
um mundo melhor e um compromisso pela Vida.
Mas
essas coisas são o cumprimento da Palavra, Jesus advertiu dizendo: Nem todo o
que diz Senhor, Senhor herdará o reino dos céus, mas aquele que fizer a vontade
do Pai que está no céu (Mateus 7,21).
Devemos
examinar sempre as escrituras e certificar se o que estamos vendo, ouvindo e
principalmente o que estamos praticando concorda com a Palavra de Deus.
É
indispensável a sabedoria e discernimento do Espírito Santo do Senhor para
viver de maneira digna diante dos olhos de Deus. O mundo precisa ver a
diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não serve.
Por
isso, disse Jesus: Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que
se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado
pelos homens. E porque me chamas
Senhor, Senhor, e não fazes o que eu mando .
Então
a pergunta: “as nossas palavras estão em harmonia com o essencial da nossa vida?
-
Que descobertas já fiz que foram como rochas sobre as quais posso construir?
-
Quais as palavras de Cristo que ouvi e ainda não consegui pôr em prática?
Pe.
Emílio Carlos+
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