Eu lhes fiz conhecer o teu nome...
Quinta-feira da 7ª semana da Páscoa
Evangelho (Jo 17,20-26):
Naquele tempo,
Jesus, alçando os olhos ao céu, disse: «Eu não rogo somente por eles,
mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles. Que todos
sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em
nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória
que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e
tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que
tu me enviaste e os amaste como amaste a mim. Pai, quero que estejam
comigo aqueles que me deste, para que contemplem a minha glória, a
glória que tu me deste, porque me amaste antes da criação do mundo. Pai
justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram
que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o farei conhecer
ainda, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja
neles».
****************************
Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim
Hoje, encontramos no Evangelho um
sólido fundamento para a confiança: «Eu não rogo somente por eles, mas
também por aqueles que (...) vão crer em mim...» (Jo 17,20). É o Coração
de Jesus que, na intimidade com os seus, abre-lhes os tesouros
inesgotáveis do seu Amor. Quer afiançar seus corações afligidos pelo ar
de despedida que têm as palavras e gestos do Mestre durante a Santa
Ceia. É a oração indefectível de Jesus que sobe junto ao Pai pedindo por
eles. Quanta segurança e fortaleça encontrarão depois nessa oração ao
longo da sua missão apostólica!
Em meio de todas as dificuldades e
perigos que tiveram que afrontar, essa oração os acompanhará e, será a
fonte na que encontrarão a força e ousadia para dar testemunho da sua fé
com a entrega da própria vida.
A contemplação dessa realidade, dessa oração de Jesus pelos seus, tem
que atingir também as nossas vidas: «Eu não rogo somente por eles, mas
também por aqueles que (...) vão crer em mim... ». Essas palavras
atravessam os séculos e chegam, com a mesma intensidade com que foram
pronunciadas, até o coração de todos e cada um dos crentes.
Na lembrança fresca da última visita de João Paulo II a Espanha,
encontramos nas palavras do Papa o eco dessa oração de Jesus pelos seus:
«Com meus braços abertos, levo-os a todos no meu coração —disse o
Pontífice na frente de mais de um milhão de pessoas—. A recordação
desses dias vai transformar-se em oração pedindo para vos a paz em
fraterna convivência, animados pela esperança cristã que nunca engana».
E, já não tão próximo no tempo, outro Papa fazia uma exortação que nos
chega ao coração depois de muitos séculos: «Não há nenhum doente a quem
seja negada a vitória da cruz, nem há ninguém a quem não lhe ajude a
oração de Cristo. Já que se esta foi de proveito para os que o
maltrataram, quanto mais o será para os que se convertem a Ele?». (São
Leão Magno)
Nenhum comentário:
Postar um comentário