Em algum momento estes mesmos lhe pediram que os ensinasse a rezar, a rezar como ele rezava na intimidade ao Pai. E é assim que Jesus ensina aos discípulos o Pai-Nosso, a oração de todo o cristão, de todo aquele que se sabe e sente filho de Deus e por isso o pode chamar Pai e nosso porque é de todos.
Parece que Paulo vai um pouco mais longe, que radicaliza a recomendação de Jesus, deixando de lado a ocasião, o momentâneo, para nos colocar e recomendar num estado constante de oração.
A verdade é que um e outro estado, o agora e o sempre, estão profundamente interligados e não existem um sem o outro, alimentam-se e desenvolvem-se mutuamente.
Por isso é que é extremamente importante a outra recomendação que Jesus faz aos seus discípulos de se retirarem para o quarto e na solidão rezarem ao Pai que vê e conhece na intimidade.
É a oração programada, agendada, mas sem a qual não poderemos nem conseguiremos desenvolver a oração constante, o estado constante de oração.
Necessitamos de momentos de oração, de momentos de intimidade e privacidade com o nosso Deus, com o Pai do céu e com Jesus.
Neste sentido é bom que tenhamos o nosso horário para rezar, o nosso lugar privado, as nossas formas e invocações e que não os abandonemos.
O Espírito geme em nós mesmo quando tantas vezes as nossas palavras são distração.
Escrevem Calisto e Inácio Xantopouloi na “Centúria Espiritual” nº 23: “Os Padres divinos, os Mestres, aqueles que tinham a experiência desta obra bem-aventurada, ensinavam e prescreviam àquele que se aplica com toda a inteligência a ser sóbrio e vigilante no seu coração, e de modo particular ao noviço, que se sentasse sempre tranquilamente, sobretudo no tempo fixado para a oração, e num lugar sem luz.”
inserido por Pe.Emílio Carlos+
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