O amor pelos transviados
A parábola da ovelha desgarrada evidencia, de maneira excelente, o que se passa no coração de Jesus: seu extremo amor pelos pecadores e marginalizados.O pretexto da parábola foi dado pela murmuração dos escribas e fariseus diante da liberdade com que Jesus convivia com os pecadores e gente de má fama. Parecia-lhes inconveniente que um rabi pudesse permitir-se tal comportamento. A prudência aconselhava distância e reserva em relação a este tipo de pessoas. Rejeitados por Deus, deviam sofrer também a rejeição de seus semelhantes. Este seria o preço do seu pecado!
Sem se importar com tais preconceitos, Jesus seguia na direção contrária. E se sentia bem, exatamente quando se encontrava na companhia dos excluídos, pois por causa deles tinha sido enviado pelo Pai. Sua ação pautava-se por princípios diferentes daqueles de seus adversários. Ele bem sabia que "o Pai não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva". E mais: e maior motivo de alegria no céu a conversão de apenas um pecador, do que a vida piedosa de noventa e nove pessoas, tidas como justas, sem necessidade de conversão". Sendo assim, a convivência com os pecadores corresponde a um dever de Jesus. Seu amor misericordioso deve ser manifestado a eles, de modo particular. E só quem se sabe carente do amor de Jesus, será capaz de conhecer a grandeza de seu coração.
Para sua reflexão: Temos aqui a figura do rei pastor que vai à luta para resgatar uma ovelha (1Sm 17, 34-36) e a grande exposição de Ezequiel (em particular Ez 34, 11-16). As noventa e nove ficam em lugar seguro. Leva a ovelha nos ombros (como em Is 40, 11). É um por cento da sua propriedade; no entanto, alegra-se com uma alegria comunicativa e incontida, como se tivesse com a ovelha uma relação pessoal e não simplesmente econômica.
É a alegria que sobe até o céus. A frase é audaz: no céu se festeja o acontecimento. (Bíblia do Peregrino)
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