Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região. Ele ensinava nas sinagogas deles, e todos o elogiavam. Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor». Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: «Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir».
Como Palavra de Deus, Jesus nos é apresentado hoje como um Mestre, já que «ia ensinando nas sinagogas deles» (Lc 4,15). Começa como qualquer outro pregador: lendo um texto da Escritura, que se cumpre precisamente nesse momento… Está a cumprir-se a palavra do profeta Isaías; mais ainda: toda a palavra, todo o conteúdo das Escrituras, tudo o que os profetas tinham anunciado se concretiza e se cumpre em Jesus. Acreditar ou não em Jesus não é indiferente, porque é o próprio “Espírito do Senhor” que O ungiu e enviou.
A mensagem que Deus quer transmitir à humanidade através da Sua Palavra é uma boa nova para os abandonados, um anúncio de liberdade para os cativos e oprimidos, uma promessa de salvação. Uma mensagem que enche de esperança toda a humanidade. Nós, filhos de Deus em Cristo através do sacramento do batismo, também recebemos esta unção e participamos na Sua missão: levar esta mensagem de esperança a toda a humanidade.
Meditando o Evangelho que dá solidez à nossa fé, vemos que Jesus pregava de um modo diferente dos outros mestres. Pregava como quem tem autoridade (cf. Lc 4,32). E isto porque pregava principalmente com obras, com o exemplo, dando testemunho, entregando até a Sua própria vida. Assim temos de fazer nós, não podemos ficar só pelas palavras: temos de concretizar com obras o nosso amor a Deus e aos irmãos. Podem ajudar-nos as Obras de Misericórdia – sete espirituais e sete corporais – que nos propõe a Igreja, que, como uma mãe, orienta o nosso caminho.
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