VIVER O AMOR
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«Nunca se alcançou nada de uma vez para sempre.
Não nos podemos instalar no amor. O amor vive-se. Cresce, desenvolve-se, progride sempre, ou então começa a enfraquecer.
Talvez devamos desconfiar de um amor encolhido, de um coração que dá sem se dar, de uma vontade que se oferece sem se entregar totalmente, de uma liberdade que se afirma, mas não se constroí plenamente.
Lealmente, diante de Deus, vejamos se o vidro dos nosso olhos, do nosso coração, da nossa vontade, da nossa Liberdade, da nossa sensibilidade não estará um pouco escurecido, a ponto de não permitir que o raio do amor de Deus nos penetre inteiramente.
Vidro escurecido pelas nuvens da tibieza, do pouco-mais-ou-menos, da falta de generosidade, do deixar-correr. Vidro escurecido pelas manchas, por mais pequenas que sejam, mas que acabam por empobrecer o amor, por impedir os impulsos do amor, por diminuir as capacidades de se dar verdadeiramente.
De fato, amar pouco mais ou menos já não é amar. (...)»
Pe. Constant Tonnelier, em "Quinze dias com São João da Cruz"
A†Ω
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