«Uma mulher chamada Marta recebeu Jesus em sua
casa»
«O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes»
(Mt 25,40). […] Tu, Marta –, com tua licença o direi, e bendita sejas
pelos teus bons serviços – buscas o descanso como recompensa do teu
trabalho. Agora estás ocupada com muitos serviços, queres alimentar os
corpos que são mortais, embora de pessoas santas. Porventura, quando chegares
à outra pátria, poderás encontrar um peregrino a quem hospedar, um faminto
com quem repartir o pão, um sequioso a quem dar de beber, um doente a quem
visitar, algum litigante a quem reconciliar, algum morto a quem sepultar?
Lá, não haverá nada disso. Que haverá então? O que Maria escolheu:
lá, seremos alimentados e não daremos alimento. Lá, há-de cumprir-se em
plenitude aquilo que Maria aqui escolheu: daquela mesa opulenta, ela recolhia
as migalhas da Palavra do Senhor. Quereis saber o que haverá lá? O próprio
Senhor o diz a respeito dos seus servos: «Em verdade vos digo, que ele os
mandará sentar à mesa e, passando no meio deles, os servirá» (Lc 12,37).
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da
Igreja
Sermão 103, 1.5; PL 38, 613 (trad. breviário 29/07)
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