“Ressuscitemos para a
Vida Nova”
Somos testemunhas
Na celebração da Vigília Pascal
recebemos um profundo ensinamento das leituras da Palavra de Deus que
proclamaram a presença do Ressuscitado e nos deram o sentido de sua
Ressurreição. Diversos foram os símbolos
usados como o fogo, a luz, a água, o canto e a comunidade, para nos introduzir
neste mistério.
Fomos
envolvidos pela renovação das promessas do Batismo e pela celebração da
Eucaristia. Neste Domingo de Páscoa podemos cantar o “Aleluia”, pois o Pai
ressuscitou Seu Filho e a nós que cremos Nele. Cristo, morrendo, destruiu a
morte, ressurgindo deu-nos a vida (prefácio). Nós somos testemunhas do
acontecimento da Ressurreição porque acolhemos o testemunho dos Apóstolos como
Pedro afirma na casa de Cornélio: “E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus
fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles O mataram, pregando-O numa cruz.
Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se às testemunhas
que Deus havia escolhido: a nós que comemos e bebemos com Jesus, depois que
ressuscitou dos mortos” (At 10,40-41). São testemunhas de um Vivo.
O contato com
Jesus vivo, depois de ter passado pela morte e ressuscitado, deu aos apóstolos
e aos discípulos força de anúncio e libertação de todos os males, como o fora o
próprio Jesus que “ungido pelo Espírito e com poder, andou por toda parte
fazendo o bem e curando a todos que estavam dominados pelo demônio”. Assim
Pedro reconhece a presença do Espírito na casa de Cornélio, centurião romano.
Ali mesmo reconheceu que a boa notícia é para todos. O Espírito é dado também
aos pagãos. Por isso podem também receber o batismo. A Ressurreição é obra de
Deus.
Não basta ver,
é preciso crer.
Os discípulos
Pedro e João, ao anúncio de Madalena, correm ao túmulo. Pedro entrou no túmulo
e viu. João viu e creu. É a fé na Ressurreição que garante o testemunho. É o
Espírito que vai abrir a mente para que entendam. Ele está vivo.
A mulher é a
primeira testemunha, como a Igreja é a primeira a testemunhar que Cristo está
vivo e a garantia de sua presença no meio de nós. O Espírito ensina que a fé na
Ressurreição é garantia de vida eterna. Morrendo destruiu a morte, ressurgindo
deu-nos a vida (prefácio). A nós também cabe não somente saber, mas crer, isto
é, transformar a vida a partir dos frutos da Ressurreição que é a Vida Nova.
Paulo insiste: “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as
coisas do alto;Aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres” (Cl
3,1-2). Crer significa um novo modo de viver. Não há fé só intelectual, mas
gera o modo de vida. Ela conduz também ao anúncio da certeza da Ressurreição.
Vida escondida
em Cristo
Fazemos parte da História da
Salvação. A Ressurreição nos une a Cristo, como disse Paulo: “Vós morrestes e a
vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus” (Cl 3,3). Estar com a vida em
Deus é o novo nascimento. A fé nos gera para Deus. Celebrando os mistérios
pascais, chegamos à luz da Ressurreição. E a Igreja se renova e renasce
(Oferendas).
A mudança de
conduta acontece quando nos abrimos à caridade. Tiramos as pedras da porta
do sepulcro de nosso coração e
manifestamos o Resuscitado. A Páscoa não é um acontecimento passado. Acontece
em cada ato de amor. A festa da Páscoa acenda sempre em nós o desejo do Céu.
Não desanimar quando tudo parece perdido. Ninguém está perdido. A todos, em
Cristo foram escancaradas as portas do Céu. Cada Eucaristia torna presente a
Ressurreição. Por isso dizemos: fazendo memória da Ressurreição.
Estar ressuscitado é buscar as coisas
celestes. Não tira a gente do mundo,
mas tira o mundo de dentro da gente. É dar sentido divino ao que vivemos na
natureza que Deus nos deu.
Como Pedro e
João, corremos ao túmulo para crer que Ele vive. É dia de alegria total, pois
nosso Redentor redimiu a todos e nos abriu as portas do Paraíso. Com a Páscoa
recebemos as maiores riquezas. Por que perder toda esta riqueza por tão poucas
coisas?
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