O cristão, que medita continuamente no Mistério da Sagrada Eucaristia, fica constrangido, como São Paulo diante da Cruz: "O Amor de Cristo nos constrange, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram" (2Cor
5,14). E basta, para tal, ver os sacrifícios que a Eucaristia custou a
Jesus Cristo. Mas, seu Amor triunfará de todos os sacrifícios. "Não,
exclama Jesus, não será dito que a ofensa que me é feita pelo homem
supera o Amor que lhe tenho.
Amá-lo-ei apesar de sua ingratidão e de seus crimes; esperarei sua
visita, Eu, o seu Rei; lhe darei primeiro o Meu Coração, Eu, seu,
Senhor; pôr-me-ei à sua disposição, Eu, seu Salvador; dar-me-ei todo a
ele, Eu, seu Deus, a fim de que ele se dê todo a mim, e que Eu lhe possa
comunicar, com meu Amor, todos os tesouros de minha Bondade, toda a
magnificência de minha Glória.
Houvesse apenas alguns corações fiéis, uma única alma reconhecida e
dedicada, e dar-me-ia por pago de todos os meus sacrifícios. Para ela
estabeleceria a Eucaristia e assim reinaria pelo menos sobre um coração
humano, como soberano absoluto (...) Seu Amor triunfa do seu próprio
Amor, porque este Sacramento não é somente o ato soberano de Seu Amor, é
ainda o resumo de todos os seus Atos de Amor, pois foi para alcançar a
Eucaristia que Jesus morreu na Cruz. - a fim de dar aos sacerdotes uma vítima de sacrifício, de torná-los participantes da virtude e do mérito de sua oblação (...)
Mais ainda, a Sagrada Eucaristia não é somente o fim da Encarnação e da Paixão do Salvador: é também sua continuação. Sob
a forma deste Sacramento, Jesus continua a pobreza de seu Nascimento, a
sua obediência em Nazaré, a humildade de sua Vida, as humilhações de
Sua Paixão, o estado de vítima sobre a Cruz.
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