A honestidade diante de Deus começa com a transparência!...
A transparência do coração deve nos governar, se quisermos ter um
relacionamento honesto com Deus. Nada pode ser escondido do Senhor, mas
muitas vezes vivemos como se nos fosse possível esconder de Deus
aquilo o que sabemos não ser agradável a Ele. Armar a nossa face com
expressões fingidas de piedade e bondade para com aquelas pessoas que
nós não desejamos conviver é algo que não vai funcionar com Deus. Não
podemos esconder nem mesmo os nossos pensamentos mais íntimos de Deus,
ainda que muitas vezes venhamos a agir como se isso fosse possível. Se
somos verdadeiramente desejosos de estabelecer um relacionamento com
Deus e não importa o estado de vida!... devemos começar por ser honestos
com nós mesmos, confrontando a parte do nosso "eu" que precisa ser
mudado.
Honestidade consigo mesmo começa com confissão, revelando nossos pecados
abertamente e sem reservas, ao confessor. Porque é fácil a esconder a
verdade de nós mesmos, e o papel de confessor torna-se ainda mais
importante, pois o sacerdote age na pessoa do Cristo... ajudando-nos a
cavar mais fundo, expondo aquele pecado que precisa ser erradicado. A
transformação começa com a graça recebida de Deus, quando nós realizamos
uma boa confissão, e essa nos ajuda a definir o rumo para a mudança.
A transparência que nasce quando somos honestos na confissão, é como o
ato de lavar uma janela, tornando-a transparente. Assim, podemos ver
através da janela pela primeira vez, e o nous se abre, abrindo então caminho para o Senhor fixar residência em nosso coração. Esta limpeza do nous é
como limpar a poluição que presos em um mau comportamento, e incapazes,
ou talvez mesmo por falta de vontade, de olhar de muito perto o nosso
"eu", obscuro, corrompido.
Com esta transparência vem a compunção, e com o remorso vem o dom das lágrimas, lavando a sujeira que obscureceu o nous, e manteve Deus distante.
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