💕Agenda de gênero, uma agenda bem programada!
Neste artigo, Pe. Rafael Solano, faz um alerta muito sério
acerca de uma agenda de 8 itens que vem-se instaurando sorrateiramente nas
mentalidades e culturas mundiais.
Quando ouvimos falar em ideologia de gênero, pensamos que
estamos diante de uma situação definitiva. Tenho ouvido muitos se manifestarem
contra e tantos outros se manifestarem a favor. O que muitos talvez não saibam é
que a ideologia de gênero, faz parte de uma agenda muito bem montada; dentro da
qual há diversos passos e momentos que aos poucos vem-se instaurando nas
mentalidades e culturas.
Em 1885 se deu o primeiro dos passos para a elaboração desta
agenda. O trabalho desenvolvido por Lewis Henry Morgan e continuado por
Frederich Engels, foi muito bem tematizado.
Primeiro, colocar em questão o
valor da família como estrutura privada e capaz de formar a consciência da
pessoa. Tanto um como o outro criaram um modelo no qual as pessoas dentro da
família, não tivessem nenhum tipo de relação. Eliminando as relações familiares se destrói o
conceito de pessoa.
O segundo passo foi dado em 1968, Robert Stoller, define e
especifica a necessidade de fortalecer o conceito e a definição do termo
gênero, em detrimento da definição do termo sexo. Segundo Stoller, utilizar o termo
sexo masculino e feminino constituía uma séria problemática para a identidade
sexual do próprio individuo.
Em 1975, Elisabeth Clarke e Simone de Beauvoir, são sem
dúvidas as maiores promotoras do feminismo ocidental, no qual a ideologia de
gênero e o aparecimento de um novo sexo, atrai a atenção sobre a situação que
se vivia desde os alvores do século XX quando, em Nova York, um grupo de
mulheres decidiu sair nas ruas exigindo o direito ao sufrágio e este movimento
lhe deram o nome de “Feminismo ideológico”.
Desde o ano de 1999, iniciamos um quarto momento, que é
aquele no qual nos encontramos. Diante da situação vivida pelos apelativos do
gênero e pelos novos movimentos sexuais, no século XXI, tornou-se mais
relevante o processo educativo que países como Holanda, Bélgica e Suécia
iniciavam a viver.
O quarto ponto da agenda é criar um sistema educativo,
pedagógico dentro do qual um dos passos, seja permitir que a pessoa não se
sinta reconhecida na sua natureza; que simplesmente com o passar do tempo, ela
mesma possa descobrir qual é o seu estado natural e assim mesmo “decidir” se é
homem ou mulher. Esta suposta
decisão, vem acompanhada de uma aniquilamento da pessoa; substituindo ela por
alguém sem identidade. Qual deve ser o tempo que se deve esperar e quais os
modelos que esta pessoa não definida deve seguir dentro da sociedade? Nos
países supracitados, hoje as pessoas que optaram por este sistema, não
conseguem encontrar uma forma acertada para o tal desenvolvimento da
identidade; pois os estudiosos da ideologia de gênero não tem a suficiente
certeza se ela levará em conta a liberdade genuína da pessoa, que nasce nas
mesmas relações, que eles se permitem proibir.
A meu ver existem mais quatro passos a serem cumpridos e bem
desenhados dentro desta agenda. O próximo será a desconstrução do significado do termo
pessoa e até mesmo o termo indivíduo, sendo assim quem decide no seu
lugar não é mais alguém autônomo, e sim alguém que poderia deixar nas mãos de
um outro essa decisão.
O seguinte passo seria o mais próximo de todos. Eliminada a
pessoa, se eliminam suas relações e seus efeitos. Uma tendência bem forte
atualmente é o assim chamado “poli amor”.
Onde as pessoas podem estabelecer matrimônios ou uniões de fato, mas
sempre abertas à outro tipo de relações, sem compromisso definitivo ou sem a
exigência da estabilidade ou unicidade.
O último dos itens desta agenda é de caráter
anti-metafísico. Qualquer tipo de relação com a transcendência, com a religião, ou com
o ser Criador, deve ser simplesmente anulada. O homem do século XXI, dono e senhor do seu poderia mais
precioso a sua identidade. Os passos a seguir só serão evitados se percebemos
que existe algo mais profundo e delicado quando se fala em ideologia de gênero.💕
Padre José Rafael Solano
Durán.
Doutor em Teologia Moral,
especialista em Bioética, professor da PUC – PR, Assessor de Bioética do
Regional Sul II da CNBB – Post Doutorado em Teologia Moral e Família pela
Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, Instituto João Paulo II. É autor
do livro : Família, Novo Sinal dos Tempos, pela Editora Canção Nova.
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