Por que celebramos a Missa da Esperança no 7º dia
PARA ENTENDER MELHOR
O número sete na Bíblia é igual à perfeição que é = DEUS. Em
sete dias Deus criou o mundo e descansou. Essa tradição de luto de sete dias
nós encontramos na Bíblia:
O luto de Jacó durou 7 dias (Gn 50,10)
Saul foi enterrado e fizeram um jejum de 7 dias (1Sm 31,13)
O povo chorou a morte de Judite durante 7 dias (Jt 16,24)
O luto por um morto dura 7 dias (Eclo 22,11)
Para nós é importante continuar essa tradição porque somos
Cristãos; homens e mulheres de esperança, cremos na vida eterna e acreditamos
que a morte não é o fim de tudo, mas o começo de uma nova vida. “Cristo, morrendo,
destruiu a morte e ressuscitando dos mortos deu-nos a vida”.
Quando rezamos diante de um corpo, estamos diante de alguém
que, pelo batismo foi o templo da Santíssima Trindade (1Cor 2,16-17) e
confiamos plenamente na ressurreição conforme
Jesus prometeu: “Eu sou a ressurreição e a vida”.
A FÉ CRISTÃ NA RESSURREIÇÃO
Para nós cristãos morrer significa passar da morte para a
vida, é ir ao encontro com o Pai e viver eternamente no seu convívio. Para os
que creem em Deus “a vida não é tirada, mas transformada”.
No Novo Testamento há inúmeras passagens que falam da
ressurreição e da vida eterna. Esses textos são o fundamento da nossa fé e da
nossa esperança. Vejamos alguns:
“Então o anjo disse às mulheres: Não tenham medo. Eu sei que
vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui.
Ressuscitou como havia dito”. (Mt 28,5-6);
“Ainda estavam falando, quando Jesus apareceu no meio deles,
e disse: A paz esteja com vocês” (Lc 24,36);
“Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto
estavam a caminho do campo” (Mc 16,12);
“Jesus disse: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita
em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e acredita em mim, não
morrerá para sempre” (Jo 11,25-26)
“Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os
anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro… nada nos poderá separar
do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 8,38-39);
“O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o
coração do homem não percebeu, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o
amam. Deus porém, o revelou a nós pelo Espírito”. (1Cor 2,9);
“O mesmo acontece com a ressurreição dos mortos: o corpo é
semeado corruptível, mas ressuscita incorruptível; é semeado desprezível, mas
ressuscita glorioso, é semeado na fraqueza, mas ressuscita cheio de forma”
(1Cor 15,42-43);
“Nós sabemos: quando a nossa morada terrestre, a nossa tenda
for desfeita, receberemos de Deus uma habitação no céu, uma casa eterna não
construída por mãos humanas”(2Cor 5,1);
“Com ele, vocês foram sepultados no batismo, e nele vocês
foram também ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que ressuscitou
Cristo dos mortos” (Cl 2,12);
“A voz do Arcanjo e ao som da trombeta Divina, o próprio
Senhor descerá do céu. Então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1Ts
4,16);
“Os homens morrem uma só vez e depois disso vem o
julgamento” (Hb, 9,27);
“Os que vêm da grande tribulação… Nunca mais terão fome, nem
sede; nunca mais serão queimados pelo sol, nem pelo calor ardente. Pois o
Cordeiro que está no meio do trono será o pastor deles; vai conduzi-los até as
fontes de água de vida. E Deus lhes enxugará toda lágrima dos olhos” (Ap
7,16-17);
“Felizes os mortos, aqueles que desde agora morrem no
Senhor. Sim diz o Espírito, descansem de suas fadigas, pois suas obras os
acompanham” (Ap 14,13).
CONCLUSÃO
Os textos que lemos justificam as nossas orações pelos
mortos, especialmente a Santa Missa, culto máximo de louvor, gratidão e
adoração a Deus, Senhor da vida e da imortalidade. A missa de 7º dia está,
portanto, fundamentada na Palavra de Deus. Com certeza, uma prece dirigida a
Deus, por alguém vivo ou falecido, não lhe fará mal nenhum, pois rezamos ao
Deus Pai, autor e Senhor da vida. Dessa forma participamos da Comunhão dos
Santos, aqueles que estão na glória do céu, aqueles que esperam o dia do
julgamento e nós que militamos neste mundo.
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