24ª Semana do Tempo Comum -
4ª Semana do Saltério
Memória: NOSSA SENHORA DAS DORES
segundo João 19,25-27
Naquele tempo,
junto à cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria
de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o
discípulo que ele amava, disse à mãe: "Mulher, este é o teu filho". Depois disse ao discípulo: "Esta é a tua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. - Palavra da Salvação.
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A
presença de Maria junto ao seu Filho no momento do seu suplício mostra
para nós a realização da profecia de Simeão: “E quanto a ti, uma espada
de dor transpassará a tua alma”.
Esta presença também nos mostra a
necessidade da nossa presença e da nossa solidariedade junto a todos os
que sofrem e que esta presença deve ser muito mais do que estar ao lado
fazendo alguma coisa.
Ela deve ser também a presença solidária de quem
sofre junto, porque temos os mesmos valores, comungamos as mesmas ideias
e lutamos pela realização plena dos mesmos projetos.
Às
várias características próprias do Evangelho de João junta-se esta: ele
é o único que menciona a presença da mãe de Jesus e de discípulos junto
à cruz.
Nos sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, as mulheres permanecem a
distância, observando.
A mãe de Jesus é mencionada apenas duas vezes
neste Evangelho: no início do seu ministério, nas bodas de Caná e,
agora, no momento de sua crucifixão.
Nas duas vezes é destacada a
proximidade entre Jesus e sua mãe. Nas bodas, quando ainda não era
chegada a hora de Jesus, a mãe representa o antigo. Israel fiel,
particularmente os samaritanos, que busca o socorro de Jesus e reconhece
que deve ser feito tudo o que ele disser. Agora é a sua hora.
É a hora
da glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai, até a
morte, tendo, porém, garantida a continuidade de sua missão nas
comunidades.
Em pé, junto à cruz, destacam-se sua mãe, Maria Madalena e o
discípulo que Jesus amava. Maria Madalena, procurando por Jesus no
horto, em uma alusão ao Cântico dos Cânticos, representa a comunidade
como esposa do Ressuscitado.
O discípulo amado simboliza a comunidade
que continuará a missão de Jesus.
A mãe, o Israel fiel, encontrará sua
identidade inserindo-se nestas comunidades.
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