4ª Semana do Saltério
Memória: SANTA TERESA DE JESUS - Virgem e Doutora da Igreja
São Lucas 11,47-54
Naquele tempo,
disse o Senhor: “Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no
entanto, foram vossos pais que os mataram. Com isso, vós sois
testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os
profetas e vós construís os túmulos. É por isso que a sabedoria de Deus
afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e
perseguirão alguns deles, a fim de que se peçam contas a esta geração do
sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o
sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o
santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração.
Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós
mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”.
Quando Jesus
saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a
provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pegá-lo de
surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca. - Palavra da Salvação.
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A
sociedade humana é a sociedade da morte e procura destruir todas as
iniciativas que promovem a verdadeira vida. Como o Reino de Deus é o
Reino da Vida, ele sofre perseguições e rejeição por parte do mundo.
O
mundo odeia tudo o que está relacionado com a vida e nega seus valores,
trata mal quem age assim, provoca quem procura viver retamente, arma
ciladas para pegá-los de surpresa. Mas todo aquele que de fato é do
Reino de Deus enfrenta todas essas dificuldades e luta pela vida,
sabendo que Deus é o seu grande parceiro nesta luta e que a vida
triunfará sobre o pecado e a morte.
A
franqueza usada por Jesus no confronto com os seus adversários
permitia-lhe entrever o que se passava no coração deles.
Recusava-se a
pactuar com sua hipocrisia, denunciando o modo como pretendiam agradar a
Deus. Essa liberdade de Jesus em denunciar o comportamento dos seus
adversários só podia torná-lo alvo de ódio feroz.
A experiência do
Mestre estava em perfeita consonância com a dos profetas do passado.
Também eles foram perseguidos e mortos, sem que o povo desse ouvido à
apelos.
Em outras palavras, preferiu-se calar a voz de Deus a acolhê-la
com humildade e desejo de conversão. Mais que todos os profetas e
mensageiros do passado, Jesus era a voz privilegiada de Deus na história
humana. Na condição de Filho, fora enviado para proclamar o caminho da
salvação. Todas as suas palavras e suas ações deveriam levar as pessoas a
se converterem para o Reino. No entanto, por parte de um grupo de
escribas e fariseus, só encontrou fechamento e recusa de acolher o
caminho que ele lhes propunha.
O Pai pedirá contas a esse grupo de
pessoas, como pediu aos que derramaram o sangue dos profetas, desde a
criação do mundo. Tamanha insensibilidade clama aos céus! Sua punição
manifesta a rejeição divina de pactuar com a maldade.
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