02/10/2015 Sexta-feira
26ª Semana do Tempo Comum
Mateus 18,1-5.10
Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe.
Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus".
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Este trecho do Evangelho que nos é proposto pela Igreja na comemoração da memória dos santos Anjos da Guarda é um paralelo ao trecho que meditamos ontem, porém nos apresenta um acréscimo muito importante, que não podemos desconsiderar: a assistência que Deus concede a todos os que são pequenos e a necessidade que existe de valorizarmos aqueles que são os desvalidos do mundo, pois os seus anjos no céu veem sem cessar a face de Deus.
Devemos receber em nome de Jesus todas as crianças, assim como todos os demais desvalidos e excluídos da sociedade para recebermos o próprio Cristo, presente neles.
O amor aos pequeninos deve ser um ponto de honra para a comunidade cristã. Trata-se, aqui, de atitudes concretas de apreço, incentivo e estima, mormente em relação a quem está dando os primeiros passos na fé, uma vez que, nem sempre, é capaz de superar os obstáculos com que se defronta.
Corre-se o grande perigo de assumir, diante desses pequeninos, uma atitude farisaica de rigorismo, apresentando-lhes exigências descabidas, a ponto de jogá-los fora da comunidade cristã e afastá-los da salvação.
A exortação de Jesus - "Cuidem de não desprezar um só destes pequeninos" - revela que a fé é uma dinâmica, cujos passos vão sendo dados pouco a pouco. É inútil querer impor-se aos demais, e determinar o ritmo que devem seguir.
Quem está dando os primeiros passos deve ser objeto de especial atenção. O abandono de certos hábitos e a acolhida do modo de ser próprio do discípulo do Reino, muitas vezes, é muito penoso. A simples força de vontade ou a firme decisão de ser diferente podem mostrar-se insuficientes quando se trata de mudar de vida.
O efetivamente conseguido não corresponde àquilo que se deseja. Nem por isso, a comunidade tem o direito de desfazer-se de quem vai caminhando com dificuldade. Pelo contrário, este deve ser objeto de atenção redobrada, para não vir a esmorecer na sua opção pelo Reino.
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