Veja como Maria Santíssima inspira tudo o que é belo e elevado – tudo o que tem a luz divina:
Nosso Senhor Jesus Cristo disse: “Eu sou a Luz do mundo! Quem me segue não anda em trevas!”.
Quanto mais uma alma se aproxima de Jesus, tanto mais luminosa ela se torna.
E
como a alma de Maria Santíssima andou sempre tão perto de Jesus, na
mais íntima união com Ele, foi, por isso, uma alma, verdadeiramente,
de luz maravilhosa!
Alma
que, por isso, tem iluminado com sua luz, reflexo de luz eterna,
gerações e gerações de homens, nas mais belas manifestações de seu
gênio, de seu espírito, de seu coração.
A luz é muito ou é tudo na pintura.
Eis
porque a pintura se transformou aos reflexos de Maria. Qual é dos
grandes mestres que não procurou captar um pouco, ao menos, desta luz
em suas telas?
E
na escultura, e na poesia, e na musica, como é grande a influência de
Maria com sua alma de luz! E da eloquência cristã, como jorram ondas de
luz, inspirada por Maria!
Ela coroada de estrelas, Ela, tendo a lua como escabelo, Ela, iluminada de cheio pelo Sol Divino, Jesus Cristo Nosso Senhor!
É
realmente uma alma de luz, que tem transfigurado toda a civilização
cristã. Por isso a Igreja exprime uma grande verdade, quando canta: Salve, ó estrela do mar!
Isto
é, Salve, Senhora, que, com Vosso brilho único, tendes iluminado o mar
proceloso deste mundo e levado ao porto de salvamento a todas as almas
que por Vós se norteiam!
Os
franciscanos, apenas se reúnem, de manhãzinha, ainda escuro, é o seu
primeiro grito de socorro e esperança: Salve, ó estrela do mar! Guiai os
nossos passos, pelo dia em fora…
E
os jesuítas, é à noitinha, que prestam a mesma homenagem à alma
luminosa de Maria: Salve, ó estrela do mar! Atravesse com Vossa luz
conosco as trevas da noite…
E quanta inteligência foi aclarada pela intercessão radiosa de Maria!
De
Santo Alberto Magno se conta que era tão rude de engenho, que queria
deixar os estudos e a Ordem, quando em sonhos lhe apareceu a Senhora,
espancando as trevas daquela cabeça de escol, que deveria iluminar, com a
sua doutrina, não só a Ordem Dominicana, mas a Igreja universal, da
qual hoje é Doutor.
Do
grande teólogo jesuíta Suarez, assombro de seu século, se conta o mesmo
fato; o mesmo de nosso Padre Antônio Vieira, luz do púlpito e da
literatura; ambos iluminados milagrosamente pela mediação de Maria.
E,
por isso, Ela foi sempre considerada em todas as casas católicas de
ensino, como principal padroeira, a quem os estudantes invocam cheios de
confiança: Sede da sabedoria, rogai por nós! E sabedoria é sinônimo de
luz.
E
para quantas almas cegas pelo pecado, transviadas na escuridão do erro e
do vício, à beira já do abismo tenebroso do desespero, foi Maria a luz
suavíssima que lhes iluminou os passos no caminho da regeneração.
Oh, alma de Maria! Alma de luz! Com que humilhação olhamos nós, agora, para a nossa alma!
Sem luz para as grandes ações, sem luz para as resoluções generosas, sem luz para uma vida verdadeiramente sobrenatural.
Se
não andamos, por graça de Deus, em plena escuridão, vamos nos
arrastando, penosamente, numa semi-obscuridade, que nos distancia, cada
vez mais, de Deus Nosso Senhor.
Entretanto, poderíamos ter luz em abundância, luz para nós e luz para os que nos rodeiam…
Ó
Maria – alma de luz – tornai luminosas as nossas almas, aproximando-as
sempre mais da Luz Eterna, que é Jesus Cristo Nosso Senhor. Assim seja!
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