«Feliz a que acreditou» (Lc 1,45)
O coração da Virgem acolhe a fé; depois, tornando-se mãe, Maria recebe um fruto no seu ventre.
Ao anúncio do anjo, Maria responde: «Como será isso, se eu não conheço homem?»
Sim, são quase as mesmas palavras. […] Contudo, o primeiro é repreendido e a segunda é esclarecida.
A Zacarias é dito: «Por não teres acreditado»; a Maria: «Eis a resposta que pediste.»
Mais uma vez, são quase as mesmas palavras. […] Mas Aquele que ouvia as palavras também via os corações, pois nada Lhe está oculto.
A linguagem de cada um velava o seu pensamento; mas, se esse pensamento estava oculto para os homens, não o estava para o anjo, ou melhor, para Aquele que falava por intermédio do anjo.
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 293
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