Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Semana Santa Explicada Por Bento XVI


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Caros irmãos e irmãs,

A Semana Santa, que para nós cristãos é a semana mais importante do ano, nos oferece a oportunidade de mergulhar-nos nos eventos centrais da Redenção, de reviver o Mistério Pascal, o grande Mistério da Fé. A partir da tarde de amanhã, com a Missa in Coena Domini, os solenes ritos litúrgicos nos ajudarão a meditar de maneira mais viva a paixão, a morte e a ressurreição do Senhor nos dias do Santo Tríduo Pascal, fulcro de todo o ano litúrgico. Possa a graça divina abrir os nossos corações à compreensão do dom inestimável que a salvação que nos foi concedida pelo Sacrifício de Cristo. Este dom imenso encontramos admiravelmente narrado em um célebre hino contido na Carta aos Filipenses (cf. 2, 6-11), que meditamos muitas vezes durante a Quaresma. O apóstolo percorre, de maneira essencial e eficaz, todo o mistério da história da salvação aludindo à soberba de Adão que, embora não sendo Deus, desejava ser como Deus. E a esta soberba do primeiro homem, que todos nós sentimos um pouco em nosso ser, contrapõe a humildade do verdadeiro Filho de Deus que, tornando-se homem, não hesitou a tomar sobre si todas as fraquezas do ser humano, exceto o pecado, e se lançou até a profundidade da morte. A esta descida à última profundidade da paixão e da morte segue depois a sua exaltação, a verdadeira glória, a glória do amor que realizou até o fim. E por isto é justo – como diz Paulo – que “no nome de Jesus todo joelho se dobre nos céus, na terra e nos abismos, e toda língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor!” (2, 10-11). São Paulo acena, com estas palavras, a uma profecia de Isaías (cf. Is 45,23). Isto – diz Paulo – vale para Jesus Cristo. Ele realmente, na sua humildade, na verdadeira grandeza do seu amor, é o Senhor do mundo e diante dele realmente todo joelho se dobre.

Quão maravilhoso, e ao mesmo tempo surpreendente, é este mistério! Jamais poderemos meditar suficientemente esta realidade. Jesus, mesmo sendo Deus, não quer fazer de suas prerrogativas divinas uma posse exclusiva; não quer usar o seu ser divino, a sua dignidade gloriosa e o seu poder, como instrumento de triunfo e sinal de distância da humanidade. Ao contrário, “esvaziou-se de si mesmo” assumindo a miséria e a frágil condição humana – Paulo usa, a este respeito, um verbo grego bastante significativo para indicar a kénosis, esta descida de Jesus. A forma (morphé) divina se esconde em Cristo sob a forma humana, ou seja, sob a nossa realidade marcada pelo sofrimento, pela pobreza, pelos nossos limites humanos e pela morte. A participação radical e verdadeira na nossa natureza, condivisão em tudo exceto no pecado, o conduz até aquela fronteira que é o sinal da nossa finitude, a morte. Mas tudo isto não foi fruto de um mecanismo obscuro ou de uma cega fatalidade: foi sobretudo uma livre escolha sua, por generosa adesão ao plano salvífico do Pai. E a morte, a cujo encontro caminhou – acrescenta Paulo – foi a morte de cruz, a mais humilhante e degradante que se podia imaginar. Tudo isto o Senhor do universo realizou por amor de nós: por amor desejou “esvaziar-se a si mesmo” e se fazer nosso irmão; por amor condividiu a nossa condição, a de todo homem e de toda mulher. A propósito escreveu um luminar da tradição oriental, Teodoro de Ciro: “Sendo Deus, e Deus por natureza, e sendo igual a Deus, não considerou isto como algo de grande, como fazem aqueles que recebem uma honra acima dos próprios méritos, mas escondendo os seus méritos, escolheu a humildade mais profunda e assumiu a forma de um ser humano (Comentário à Epístola aos Filipenses, 2- 6-7).

Prelúdio ao Tríduo Pascal, que começará amanhã – como eu dizia – com os sugestivos ritos vespertinos da Quinta-feira Santa, é a solene Missa Crismal, que na manhã o Bispo celebra com o próprio presbitério, e no curso da qual são renovadas as promessas sacerdotais pronunciadas no dia da Ordenação. É um gesto de grande valor, uma ocasião mais que propícia na qual os sacerdotes reafirmam a própria fidelidade a Cristo que os escolheu como seus ministros. Também na Missa Crismal serão abençoados os óleos dos enfermos e o dos catecúmenos, e será consagrado o Crisma. Ritos com os quais são simbolicamente significadas a plenitude do Sacerdócio de Cristo e a comunhão eclesial que deve animar o povo cristão, reunido para o sacrifício eucarístico e vivificado na unidade pelo dom do Espírito Santo.

Na Missa da tarde, chamada in Coena Domini, a Igreja comemora a instituição da Eucaristia, o Sacerdócio ministerial e o Mandamento Novo da caridade, deixado por Jesus aos seus discípulos. Do que acontece no Cenáculo, na véspera da paixão do Senhor, São Paulo oferece um dos mais antigos testemunhos. “O Senhor Jesus – ele escreve, no início dos anos cinquenta, baseando-se num texto que recebeu do ambiente do próprio Senhor – na noite em que seria entregue, tomou o pão e, depois de haver dado graças, o partiu e disse: ‘Isto é o meu corpo, entregue por vós; fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, toda vez que dele beberdes, em memória de mim’ (1 Cor 11, 23-25). Palavras carregadas de mistério, que manifestam com clareza a vontade de Cristo: sob as espécies do pão e do vinho Ele se torna presente com o seu corpo oferecido e com o seu sangue derramado. É o sacrifício da nova e definitiva aliança oferecida a todos, sem distinção de raça e de cultura. E deste rito sacramental, que concede à Igreja como prova do seu amor, Jesus constitui ministros os seus discípulos e todos quantos lhes sucederão no ministério ao longo dos séculos.

A Quinta-feira Santa constitui portanto um renovado convite para render graças a Deus pelo sumo dom da Eucaristia, que deve ser acolhida com devoção e adorada com fé viva. Por isto, a Igreja encoraja, depois da celebração da Santa Missa, a vigiar na presença do Santíssimo Sacramento, recordando a hora triste que Jesus passou em solidão e oração no Getsêmani, antes de ser preso, para depois ser condenado à morte.

E chegamos assim à Sexta-feira Santa, dia da paixão e da crucifixão do Senhor. Todo ano, pondo-se em silêncio diante de Jesus pendente no lenho da cruz, percebemos o quanto são cheias de amor as palavras pronunciadas por Ele na véspera, no curso da Última Ceia. “Este é o meu sangue da aliança, que é derramado por muitos” (cf. Mc 14,24).

Jesus quis oferecer a sua vida em sacrifício pela remissão dos pecados da humanidade. Como diante da Eucaristia, também diante da paixão e morte de Jesus na Cruz o mistério se torna insondável para a razão. Estamos diante de algo que humanamente poderia parecer absurdo: um Deus que não apenas se faz homem, com todas as necessidades do homem, não apenas sofre para salvar o homem assumindo toda a tragédia da humanidade, mas também morre pelo homem.

A morte de Cristo recorda o cúmulo da dor e do mal que pesa sobre a humanidade de toda época: o peso esmagador do nosso morrer, o ódio e a violência que ainda hoje ensanguentam a terra. A paixão do Senhor continua no sofrimento dos homens. Como justamente escreve Blaise Pascal: “Jesus estará em agonia até o fim do mundo; não necessita dormir durante este tempo” (Pensieri, 553). Se a Sexta-feira Santa é dia cheio de tristeza, é ao mesmo tempo como nenhum outro, dia propício para reavivar a nossa fé, para consolidar a nossa esperança e a coragem de carregar a nossa cruz com humildade, confiança e abandono em Deus, certos de seu auxílio e da sua vitória. Canta a liturgia deste dia:O Crux, ave, spes unica – Salve, ó cruz, única esperança!”

Esta esperança se alimenta no grande silêncio do Sábado Santo, à espera da ressurreição de Jesus. Neste dia as Igrejas estão despidas e não são previstos ritos litúrgicos particulares. A Igreja vigia em oração como Maria e junto com Maria, compartilhando seus mesmos sentimentos de dor e de confiança em Deus. Com razão, se recomenda conservar durante todo o dia um clima orante, favorável à meditação e à reconciliação; encorajam-se os fiéis a se aproximarem do sacramento da Penitência, para poderem participar realmente renovados das Festas Pascais.

O recolhimento e o silêncio do Sábado Santo nos conduzam pela noite à Solene Vigília Pascal, “mãe de todas as vigílias”, quando prorromperá em todas as igrejas e comunidades o canto da alegria pela ressurreição de Cristo. Uma vez mais, será proclamada a vitória da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte, e a Igreja se alegrará no encontro com o seu Senhor. Entraremos assim no clima da Páscoa da Ressurreição.

Caros irmãos e irmãs, disponhamo-nos a viver intensamente o Tríduo Santo, para ser sempre mais profundamente partícipes do Mistério de Cristo. A Virgem Santa nos acompanhe neste itinerário, aquela que seguiu em silêncio o Filho Jesus até o Calvário, tomando parte com grande pena no seu sacrifício, cooperando assim no mistério da Redenção e tornando-se Mãe de todos os crentes (cf. Jo 19, 25-27). Juntamente com Ela entraremos no Cenáculo, permaneceremos aos pés da Cruz, vigiaremos idealmente ao lado do Cristo morto aguardando com esperança a aurora do dia radiante da ressurreição. Nesta perspectiva, formulo desde já a todos vós os mais cordiais augúrios de uma feliz e santa Páscoa, juntamente com as vossas famílias, paróquias e comunidades.

BENEDICTUS PP. XVI

Incluído por padre Emílio Carlos | abril 15, 2011

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