Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

terça-feira, 26 de abril de 2011


Os fiéis de Cristo – Leigos, Vida Consagrada, Hierarquia.

Uma pessoa torna-se fiel de Cristo ao ser batizada. Este Sacramento é a porta, por ele se entra na Igreja de Cristo: “Entre todos os fiéis de Cristo, por sua regeneração em Cristo, vigora, no que se refere à dignidade e à atividade, uma verdadeira igualdade, pela qual todos, segundo a condição e os múnus próprios de cada um, cooperam na construção do Corpo de Cristo”[36].

Essa vocação comum de fiel não existe, no entanto, em estado puro. A ação do Espírito Santo a configura de tal manera que o cristão será sempre um fiel leigo ou um fiel da vida consagrada ou um fiel ministro sagrado.

a) Os leigos

Os leigos são aqueles aos quais é específico “por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus… A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, às quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor”[37]. Podemos observar que o Concilio Vaticano II entende a vocação do fiel leigo no marco da vocação universal à santidade, comum a todo membro da Igreja, e situa o apostolado laical no meio das atividades temporais que realiza. “Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, eles têm obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra”[38]. A Igreja não considera o trabalho evangelizador do leigo como uma espécie de “prolongação da mão” da hierarquia eclesiástica. O leigo pode e deve fazer apostolado porque recebeu essa missão de Cristo na Igreja no momento do seu batismo; ele não precisa pedir permissão ao bispo ou ao presbítero para evangelizar, fá-lo-á pelo simples e sublime fato de estar configurado com Cristo, Sacerdote, Profeta e Rei, e, em consequência, em virtude do sacerdócio comum, ou existencial, do qual é portador. O que foi dito até o momento nem vai em deterioro da obediência que todos os fiéis devem aos seus Pastores, nem impede que em várias ocasiões o apostolado dos leigos seja organizado pelas estruturas da Igreja.

O fiel leigo realiza o seu apostolado em primeiro lugar na família, no trabalho e em qualquer outra tarefa temporal que exerça. Num segundo momento, poderá também ajudar nas atividades paroquiais. Talvez isso poderia ser ainda hoje novedoso. E não deveria sê-lo! Talvez é exatamente por causa de uma mal interpretação da função do leigo na Igreja e no mundo que tenhamos tão poucos leigos coerentes entre seus iguais fermentando todos os ambiente com a luz e a caridade de Cristo. Se os leigos fossem mais conscientes da sua missão, o Brasil não teria, por exemplo, algumas leis injustas que atualmente suplantam a moral, não só a cristã, mas inclusive os principios mais básicos da estrutura humana. De fato, a moral cristão não vai contra o ser humano, mas o plenifica como ser humano.

A santidade, na mente do Concilio Vaticano II, não é privilégio de um estado de vida na Igreja, todos estão chamados à santidade. Todos os batizados estão obrigados a buscar a santidade de vida no próprio estado, seja solteiro, casado, celibatário, sacerdote, leigo ou religioso. É importante lembrar-nos que a santidade, que em primeiro lugar é obra da graça de Deus, cada santo é uma obra de Deus; é também fruto do esforço pessoal que se concreta na vida de oração - sacramental, pessoal e penitencial (oração dos sentidos) – e na prática das boas obras. Santo é aquele que ama a Deus e, por amor a Deus, ama a todos sem distinção.

b) A vida consagrada

Ainda que a expressão vida consagrada não especifique muito o que é a vida religiosa, dado que todo fiel é consagrado a Cristo, utilizá-la-emos aqui como sinônimo de vida religiosa e de vida daqueles que professam os conselhos evangélicos de maneira semelhante à dos religiosos, se trata da vida daqueles fiéis que professam publicamente os chamados conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. O Catecismo depois de esclarecer que tais conselhos são propostos a todo seguidor do Senhor, diz que “a perfeição da caridade à qual todos os fiéis são chamados comporta para os que assumem livremente o chamado à vida consagrada a obrigação de praticar a castidade no celibato pelo Reino, a pobreza e a obediência. É a profissão desses conselhos em um estado de vida estável reconhecido pela Igreja que caracteriza a “vida consagrada” a Deus”[39].

A pobreza, a castidade e a obediência podem e devem ser vividas por qualquer cristão como virtudes; a diferença do religioso é que eles, além de vivê-las como virtudes, as vivem como votos. A diferença entre um religioso e um leigo, por exemplo, não é que o religioso deva ser mais santo que o leigo; a vocação à santidade é para todos conforme o ensino da Igreja. Para compreender melhor as vocações na Igreja é preciso que penetremos cada vez mais nas isondáveis riquezas do mistério de Cristo e de sua Igreja. O Corpo Místico de Cristo, a Igreja, é Virgem e Esposa, está na terra e está no céu, é humana e ao mesmo tempo está na esfera sobrenatural… Parece contraditório? Não é que seja contraditório, simplesmente há tanta luz que não consiguimos ver bem. Cada vocação na Igreja destaca um aspecto do mistério de Cristo e de sua Igreja. O religioso, por exemplo, mostra na maneira de viver as suas relações com o mundo o carácter escatológico da Igreja, recorda aos demais fiéis que esse mundo passa e que precisamos, todos nós, ter o coração nas coisas do alto vivendo ao mesmo tempo e plenamente entre os nosso iguais.

c) O minstério na Igreja

Os sacramentos da Iniciação Cristã – Batismo, Confirmação, Eucaristia – permitem que o ser huamno llegue a participar do Mistério de Cristo e da Igreja. O sacramento da Ordem faz com que alguns membros do Povo de Deus sejam constituídos ministros de seus irmãos, servidores do sacerdócio comum. Desta maneira, dá-se nesse Povo de Deus um primeiro binômio de carácter sacramental: fiéis y ministros, que, configurado pela doação carismática do Espírito Santo – em conjunto com a ação de Cristo -, dá lugar às chamadas “posições eclesiológicas históricas” na Igreja: leigo, ministro, religioso.

Os ministros da Ordem Sagrada – bispos, presbíteros, diáconos – constituem a assim chamada hierarquia da Igreja: “para apascentar e aumentar continuamente o Povo de Deus, [Cristo] instituiu na Igreja diversos ministérios, para bem de todo o corpo. Com efeito, os ministros que têm o poder sagrado servem os seus irmãos para que todos os que pertencem ao Povo de Deus, e por isso possuem a verdadeira dignidade cristã, alcancem a salvação”[40].

Os Bispos são os sucessores dos apóstolos; o Papa, que também é um Bispo – o Bispo de Roma – é sucessor do apóstolo Pedro, apenas ele sucede individualmente a um apóstolo, já que a sucessão que se dá nos demais bispos é colegial. Todos os bispos têm o múnus de ensinar, santificar e reger a Igreja de Deus, em comunhão com o Bispo de Roma, que tem a primazia, como S. Pedro também a tem entre os apóstolos. Cada bispo tem toda a potestade sagrada sacramentalmente, isto é, não a recebe por delegação do Papa; claro está que no exercício dessa sacra potestas, poder sagrado, é preciso estar em comunhão com a cabeça do Colégio Episcopal, o Romano Pontífice.

Os Presbíteros são os cooperadores dos Bispos. Recebem também o múnus de ensinar, santificar e reger o Povo de Deus, em comunhão com o Bispo. Em todo sacerdote está garantizado que nas ações sacramentais quem atua é Cristo; o sacerdote age in Persona Christi Capitis, dessa maneira os fiéis sempre recebem os dons de Cristo através da Igreja, ainda que o sacerdote seja um ministro indigno. Não há dúvida que o sacerdote, como recentemente recordava o Papa Bento XVI no seu discurso aos participantes da Reunião Plenária da Congregação para o Clero (16/03/2009), deve tender à perfeição, à santidade de vida. Os ministros da Ordem Sagrada, penso especialmente nos sacerdotes seculares (diocesanos), não fazem votos de pobreza, obediência e castidade, não são religiosos no sentido anteriormente explicado. Tudo isso, como é lógico, não deve levar à conclusão errônea de que eles não vivam essas realidades como virtudes. Todo cristão deve ser pobre, obediente, casto, humilde, misericordioso, afável etc. Em consequência, o sacerdote também e, além do mais, por um novo título, o da sua ordenação, que o põe à frente do povo de Deus representando o mesmo Cristo. O sacerdote deve estar adornado de todas as virtudes cristãs, de todas as virtudes do Coração sacerdotal de Cristo.

Os diáconos são aqueles que servem o Povo de Deus na “diaconia” (no serviço) da liturgia, da palavra e da caridade, em comunhão com o Bispo e seu presbitério[41]. Atualmente a Igreja vive uma dupla modalidade do único diaconato: diaconato transitorio e diaconato permenente. Ainda que essa terminologia deixe a desejar, o que se quer expressar com ela é que alguns homens são ordenados diáconos com vistas ao presbiterado (diaconato transitório), outros o são de maneira estável (diáconos permanentes). Estes últimos podem ser escolhidos entre homens casados e ao receber o diaconato de modo permanente não pretendem ser sacerdotes, o que desejam é realizar um serviço ao Povo de Deus tendo recebido o sacramento da ordem no grau do diaconado.

Santo Inácio de Antioquia tem uma frase lapidada sobre a hierarquia eclesiástica: “segui todos o Bispo, como Jesus Cristo [segue] o Pai, e o presbitério como aos apóstolos; quanto aos diáconos, respeitai-os como a lei de Deus. Que ninguém faça sem o Bispo nada que diz respeito à Igreja”[42].

Notas:

[36] Cat.872.

[37] LG 31.

[38] Cat.900.

[39] Cat. 915.

[40] LG 18.

[41] Cfr. Cat. 875.

[42] Ad Smyrn. 8,1.

inserido por Padre Emílio Carlos+

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