O encontro de Jesus e Maria
A Santíssima Virgem Maria teve vários encontros com Jesus, mas este era preferível que não acontecesse. A Mãe, cheia de dor, vai ao encontro do FILHO que se dirige ao calvário levando às costas um pesado madeiro. Encontro que dispensa palavras, pois fala por si; encontro doloroso que deixa marcas. Sua dor é inigualável. Maria sofre mais ainda por nada poder fazer nesse instante para aliviar o sofrimento de Jesus e também o seu.
Maria renunciou a tudo, até aos direitos sobre seu filho, derivados dos vínculos de sangue. O SIM da Anunciação tinha sido a sua assinatura em branco no plano de Deus. Tinha sido a aceitação incondicional de um mistério que se revelaria a pouco e pouco – e, de casa vez, por meio de um rasgão sangrento – no decurso de sua existência.
Maria ofereceu, generosa e cândida na vontade do Pai, o seu Cristo aos homens.
E deve assistir à destruição do seu presente, executada pelos homens.
Maria é, por excelência, a criatura do encontro. “Cheia de graça, foi o lugar de encontro entre Deus e a humanidade”. Na sua pessoa, o homem fugitivo foi, finalmente, alcançado por Deus, que nunca se resignara àquele afastamento.
O encontro ao longo do caminho que leva ao “Lugar da Caveira” não tem outro significado que esta comum consciência de um sacrifício ilimitado. É o último “sim”. Cristo já pode retomar seu caminho. Melhor, nem se deteve…
Que a Virgem Maria ajude-nos a sermos, também nós, criaturas de dedicação. Convence-nos a deixar-nos alcançar por Deus a render-nos a Ele.
Que em nós haja suficiente silêncio para escutar a Sua palavra de salvação. Convence-nos desta verdade: só quem se entrega a Deus é capaz de encontrar verdadeiramente os homens.
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