A
santidade constrói-se no ritmo da entrega da própria vida nas mãos do Pai
Mateus 5,1-12a
Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao
monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:
Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles
é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a
terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a
Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão
chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da
justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e
perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de
mim.
Alegrai-vos e exultai, porque
será grande a vossa recompensa nos céus. Do mesmo modo perseguiram os profetas
que vieram antes de vós. - Palavra da Salvação.
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A
partir de hoje, a Igreja nos propõe a leitura continuada do Evangelho de São
Mateus nos dias de semana do Tempo Comum, omitindo o seu início porque é
apresentado no ciclo litúrgico do Natal e o seu final, que nos é proposto para
a reflexão no ciclo da Páscoa, de modo que iniciamos com o sermão da montanha
(capítulos 5, 6 e 7). O sermão da montanha nos mostra a moral da Nova Aliança e
começa com as bem-aventuranças, apresentadas no Evangelho de hoje, e que nos
mostram as motivações e as virtudes que nos são necessárias para que assumamos
os valores do Reino de Deus e possamos viver de forma madura o que nos é
proposto por Jesus.
A
santidade é uma meta a ser atingida por todos os cristãos.
Ninguém é excluído
deste apelo nem pode eximir-se de dar sua resposta. Mas importa nutrir um ideal
sadio de santidade, sem se deixar levar por falsas concepções. Ser santo é ser
capaz de colocar-se totalmente nas mãos do Pai, contar com ele, sabendo-se
dependente dele.
Por outro lado, é colocar-se a serviço dos semelhantes,
fazendo-lhes o bem, como resposta aos benefícios recebidos do Pai. O
enraizamento em Deus desabrocha em forma de misericórdia para com o próximo.
A
santidade constrói-se no ritmo da entrega da própria vida nas mãos do Pai,
explicitada no serviço gratuito e desinteressado aos demais, deixando de lado
os interesses pessoais e tudo quanto seja incompatível com o projeto de Deus.
Este
ideal não é inatingível. E se constrói nas situações mais simples nas quais a
pessoa é chamada a ser bondosa, a não agir com dolo ou fingimento, a criar
canais de comunicação entre os desavindos, a superar o ódio e a violência, a
cultivar o hábito da partilha fraterna, a ser defensor da justiça. Qualquer
cristão, no seu dia-a-dia, tem a chance de fazer experiências deste gênero. Se
o fizer, com a graça de Deus, estará dando passos decisivos no caminho da
bem-aventurança.
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