Eis o coração que tanto amou os homens
Sexta-feira, dia 12 de Junho de 2015
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, solenidade - Ano B
S. João 19,31-37.
Por
ser a Preparação da Páscoa, e para evitar que no sábado ficassem os
corpos na cruz, porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus
pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que
tinha sido crucificado com ele.
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu
sangue e água.
Aquele que viu é que dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro.
Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis.
Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe
será quebrado».
Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que
trespassaram».
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Eis o coração que tanto amou os homens
Contempla, ó homem que foste salvo, Aquele que por ti foi pregado na cruz.
[...] Levanta-te, tu que amas a Cristo, sê como a pomba «que faz o seu ninho
no fundo da fresta» (Jer 48,28); aí, «como o passarinho que encontrou a sua
morada» (Sl 83.4), vigiarás permanentemente, e como a toutinegra abrigarás
os teus filhinhos e estenderás a boca para «beber água das fontes da
salvação» (Is 12,3). Com efeito, essa é «a fonte que, brotando no meio do
Éden, se divide em quatro braços» (Gn 2,10) e, derramada nos corações dos
fiéis, irriga e fecunda a terra inteira. [...]
Corre, pois, até essa fonte de vida e de luz com um vivo desejo, sejas
tu quem fores, e, no teu amor a Deus, grita-Lhe com toda a força do teu
coração: «Ó beleza inefável do Altíssimo, esplendor puríssimo da luz
eterna, vida que vivificas toda a vida, claridade que iluminas toda a luz e
conservas em eterno fulgor os diversos astros que brilham diante do trono da
tua divindade desde o início dos tempos! Ó torrente eterna e inacessível,
límpida e suave, cuja fonte está escondida aos olhos de todos os mortais! A
tua profundeza é sem fundo, a tua altura sem limites, a tua largura sem
margens, a tua pureza sem qualquer mancha. É de Ti que emana "o rio que
alegra a cidade de Deus" (Sl 45,5), [...] para que Te cantemos hinos de
louvor, "em explosão de alegria e de acção de graças" (Sl 41,5), pois
sabemos por experiência que "junto a Ti está a fonte da vida e na tua luz
veremos a luz" (Sl 35,10).»
São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
A Árvore da Vida, 29-30. Opera omnia 8, 79
Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu é que dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis.
Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado».
Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».
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