O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus: “Também
disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os
répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem,
à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1.26-27). Neste sentido, queremos destacar três características da natureza essencial do gênero humano que o identifica com Deus.
1. O homem foi criado para ser:
A
identidade do homem se relaciona na forma de como ele foi criado para
receber os atributos da natureza divina. Expulso do Éden, perdeu este
direito, tornando-se alheio à vida de Deus (Gn 3.22-24). “obscurecidos
de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que
vivem, pela dureza do seu coração” (Ef 4.18).
2. O homem foi criado com a capacidade de integrar:
Algumas
definições da palavra integrar nos ajudam na compreensão desta
capacidade potencial do ser humano: Tornar inteiro, completar, juntar-se
tornando-se parte, incorporar-se, etc. A divindade completa, inteira,
justa, é uma unidade composta de três pessoas: O PAI, O FILHO e o
ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19); “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de
Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (2ª Co
13.13), que habita corporalmente na pessoa do Senhor Jesus Cristo
“porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da
Divindade.” (Cl 2.9). Desta maneira, podemos compreender a unidade da
igreja em Cristo com o Pai (Jo 17.21-23; “porque, por ele, ambos temos
acesso ao Pai em um Espírito.” (Ef 2.18).
3. O homem foi criado com a capacidade de comunicar:
Comunicar fala de
relacionamento. Seguem algumas definições da palavra comunicar: Fazer
saber, tornar comum, participar idéias, pensamentos, desígnios e
propósitos, transmitir, difundir, estabelecer comunicação, entendimento,
conversação, etc. A palavra é o elemento chave da comunicação. Ela transmite o que somos. “O
espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que
eu vos tenho dito são espírito e são vida.” (Jo 6.63).
O
homem e a sua identidade, portanto, se revela propositalmente naquilo
para o qual ele foi criado para SER em Deus, em UNIDADE, como povo de
Deus e despenseiro (comunicador) de sua sabedoria: “A
mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos
gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual
seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que
criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria
de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos
lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo
Jesus, nosso Senhor.” (Ef 3.8-11) e virtudes: “Vós,
porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele
que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1ª Pe 2.9).
Concluindo,
notamos o propósito de Deus em fazer com que o homem encontre sua
identidade para a qual foi criado. Para tornar isto uma realidade, Deus,
na pessoa de Jesus Cristo se aproximou do homem e o acolheu, isto é,
recebeu-o de novo em seu convívio. Esta é a natureza da justificação (Rm
4.24-25; Rm 5.1-2 e Rm 8.11).
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