Mas o que é, e onde se pode encontrar essa felicidade?
A felicidade verdadeira é o contentamento da alma que entra em comunhão com Deus. É o filho que corre para os braços do pai, se entregando confiante no colo do seu genitor. Portanto, a felicidade é concreta quando a criatura se entrega nos braços do seu Criador. Para ser feliz é preciso estar em Deus.
Quando eu entro em desacordo com o plano do Criador para mim, quando eu desobedeço à vontade de Deus, eu estou me desviando daquele que é o caminho natural, ou seja, a desobediência é na verdade, um engano, onde eu assumo pra minha vida alegrias e prazeres momentâneos mascarados de felicidade. O que o mundo nos oferece hoje são paixões terrenas. E tudo o que é terreno é passageiro. Por isso, se minha felicidade estiver atrelada ao que é mundano, ela também acabará.
Ora, se Deus é eterno, e nos quer em comunhão com Ele, nossa felicidade deve estar naquilo que é eterno, ela deve ser eterna como Deus.
Por isso, nada que nos é ofertado pelo mundo nos sacia por inteiro.
O homem tem sede de ser feliz, e a plenitude da felicidade humana se dá quando ele está em Deus, realizando Sua vontade.
Tendo em vista isso, o pecado não deve ser visto apenas como algo que é errado, ou que desagrada a Deus. De fato o é, mas também devemos atentar para o fato de que o pecado nos tira do caminho do Céu, o caminho de Deus, portanto, a felicidade.
Logo, o pecado é também o causador, ainda que não tenhamos consciência absoluta, de nossa infelicidade. Toda vez que eu caio em tentação, que eu cometo um pecado, eu estou me fazendo mais infeliz. Porque estou colocando numa coisa mundana, num prazer momentâneo, o peso de algo maior, algo eterno. Eu posso até não ver isso claramente, posso até estar vislumbrado pelo prazer proporcionado pelo pecado. Mas no fundo eu sei a infelicidade que aquilo ocasiona na minha vida. Porque sinto um estranho vazio no meu íntimo.
Podemos imaginar o seguinte: um grande caminho a ser trilhado. Num terreno irregular, repleto de dificuldades: ladeiras, pedras, buracos. A certo ponto do caminho nos é apresentado um atalho. Sobre um terreno plano, calçado, com sombras abundantes. Mas na verdade este atalho é um desvio. Ou seja, uma rota diferente, que nos tira do nosso objetivo: entrar em perfeita comunhão com Deus. O pecado é esse “desvio” disfarçado de “atalho”. É um caminho que nos faz caminhar rumo à morte.
Muitas vezes estamos sedentos de encontrar Deus. Mas, cegos pela falta de conhecimento ou até mesmo falta de amor nossa, pegamos “desvio” pela beleza e “comodidade” que ele aparenta ter. Acreditamos que ele servirá de “atalho” para nossa felicidade. Porém, Deus quer a todos. E a todos é comunicado o Seu amor. Por isso, a felicidade, comunhão com Deus, é uma escolha que cada ser humano deve fazer.
Deus nos interpela nos convidando à buscar a felicidade plena junto Dele. Devemos dar nossa resposta através do amor.
O caminho de santidade é o caminho que nos levará a Deus, nossa felicidade.
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