«Mestre, Moisés prescreveu-nos que se morrer o irmão de alguém, deixando a mulher e não deixando filhos, seu irmão terá de casar com a viúva para dar descendência ao irmão.
Ora havia sete irmãos, e o primeiro casou e morreu sem deixar filhos.
O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar descendência, e o mesmo aconteceu ao terceiro; e todos os sete morreram sem deixar descendência. Finalmente, morreu a mulher.
Na ressurreição, de qual deles será ela mulher? Porque os sete a tiveram por mulher.»
Disse Jesus: «Não andareis enganados por desconhecer as Escrituras e o poder de Deus?
Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem eles se casarão, nem elas serão dadas em casamento, mas serão como anjos no Céu.
E acerca de os mortos ressuscitarem, não lestes no livro de Moisés, no episódio da sarça, como Deus lhe falou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob?
Não é um Deus de mortos, mas de vivos. Andais muito enganados.»
Comentário :
Para criar, Deus não tem outra razão senão o Seu amor e a Sua bondade: «As criaturas saíram da mão [de Deus], aberta pela chave do amor» (São Tomás de Aquino). [...]A glória de Deus está em que se realize esta manifestação e esta comunicação da Sua bondade, em ordem às quais o
mundo foi criado. Fazer de nós «filhos adoptivos por Jesus Cristo. Assim aprouve à Sua vontade, para que fosse enaltecida a glória da sua graça»
(Ef 1, 5-6): «Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus: se a revelação de Deus pela criação já proporcionou a vida a todos os seres que vivem na terra, quanto mais a manifestação do Pai pelo Verbo proporciona a vida aos que vêem a Deus!»
(Santo Ireneu). O fim último da criação é que Deus Pai, «criador de todos os seres, venha finalmente a ser “tudo em todos” (1Cor 15,28), provendo, ao mesmo tempo, à Sua glória e à nossa felicidade» (Vaticano II).
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