O Amor... Alicerce para a Vida
Como devo viver o Matrimônio?O primeiro amor que devemos sentir é o amor de Deus e respeitá-lo sabendo que as alianças divinas são irrevogáveis. O que Deus uniu não separará o homem, de forma tal que é pela família que a sociedade é construída, sem família não há convívio social e nem pessoas para se relacionarem entre si, sejam quais forem esses relacionamentos. Deus usa da família para que os fundamentos morais de bem sejam manifestados e evidenciados. O Pai quis que o mundo fosse salvo pelo "sim" de uma família, concretizado na Sagrada Família de Nazaré; o Senhor quis depender da colaboração humana para que o Supremo Bem presente em Jesus Cristo pudesse se manifestar. Cristo é a auto-revelação que o Pai faz de Si mesmo ao mundo, Ele é o fim e o meio pelo qual conhecemos a nós mesmos, pois Ele é o homem perfeito que possui em Si toda a obediência ao Senhor Deus Criador.
"... o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne". (Gn 2,24). Com Cristo a mera união natural é elevado à dignidade de sacramento, que podemos dizer, como algo Sagrado porque é fruto da vontade divina. Cristo não veio fazer Sua vontade, mas a vontade d'Aquele que o enviou, portanto, todos os atos praticados por Cristo são da vontade do Pai Celestial pelo Espírito Santo, a Trindade Santa. A adesão ao matrimônio implica na doação total à Santíssima Trindade e ao casamento, assim como a Trindade é una em sua essência, devem os maridos e suas esposas, as esposas e seus maridos manterem-se unidos entre si de forma que suas vidas sejam o retrato correto e a imitação da unidade de Amor que une Pai, Filho e Espírito Santo: "De modo que já não são dois, mas um só..." (Mt 19, 6). Por sua própria natureza é nas palavras da Tradição Católica: "um só com uma e para sempre" (São João Crisóstomo - Homilia sobre São Mateus, 62), o que infelizmente nos mostra que há quem não é capaz de entender essa doutrina, em razão de inúmeras liberalidades que se pode assumir, buscando assim uma falsa liberdade, porque não há liberdade fora do amor. O relacionamento humano que ignorar a presença Trinitária e não velar por sua imitação certamente estará fadado aos mais severos horrores, onde a desesperança irá se tornar dolorosamente presente. Em Jesus Cristo todos os nossos dramas encontram solução, pois Ele se manteve unido ao Pai e ao Espírito Santo até o fim, e Seu fim foi a morte de Cruz. O obediência ao mandamento de amor, deve ser por sinal o grave dever que assumimos em respeito ao outro ser humano com o qual compartilhamos a existência, porque toda a esperança decorre daquele que espera do outro o cumprimento do juramento de união: Até que a morte os separe!. De outro modo, o esplendor daqueles que vivem a fidelidade recíproca, fazendo da unidade de Trindade o meio e o fim pelo qual o matrimônio se realiza, terão ao seu dispor todos os benefícios celestiais, pois o Senhor Deus jamais deixa de socorrer aqueles que humildemente lhe prestam todo o amor como forma ainda que insuficiente de retruir toda a Sua bondade.
O Matrimônio foi instituído por Deus quando criou o homem e a mulher. Para os cristãos, Jesus Cristo o elevou à dignidade de sacramento; um sacramento que dá aos esposos uma graça especial para serem fiéis um ao outro e santificar-se na vida matrimonial e familiar, já que o matrimônio cristão é uma autêntica vocação sobrenatural. O matrimônio religioso é estabelecido com o consentimento livre de cada um dos dois contraentes manifestado ao representante da igreja. O Matrimônio por sua natureza está ordenado à geração e à educação dos filhos, ao amor e ajuda entre os esposos e a sua santificação pessoal.
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