Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014



08º Domingo do Tempo Comum - Ano A

                                               O essencial é servir a Deus e não ao mundo     

A liturgia deste 8º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre as nossas prioridades. Recomenda que dirijamos o nosso olhar para o que é verdadeiramente importante e que libertemos o nosso coração da tirania dos bens materiais. De resto, o cristão não vive obcecado com os bens mais primários, pois tem absoluta confiança nesse Deus que cuida dos seus filhos com a solicitude de um pai e o amor gratuito e incondicional de uma mãe.
O Evangelho convida-nos a buscar o essencial (o “Reino”) por entre a enorme bateria de coisas secundárias que, dia a dia, ocupam o nosso interesse. Garante-nos, igualmente, que escolher o essencial não é negligenciar o resto: o nosso Deus é um pai cheio de solicitude pelos seus filhos, que provê com amor às suas necessidades.
A primeira leitura sublinha a solicitude e o amor de Deus, desta vez recorrendo à imagem da maternidade: a mãe ama o filho, com um amor instintivo, avassalador, eterno, gratuito, incondicional; e o amor de Deus mantém as características do amor da mãe pelo filho, mas em grau infinito. Por isso, temos a certeza de que Ele nunca abandonará os homens e manterá para sempre a aliança que fez com o seu Povo.
Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a fixarem o seu olhar no essencial (a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus fez aos homens) e não no acessório (os veículos da mensagem).
LEITURA I – Is 49, 14-15
A primeira leitura apresenta-nos, hoje, um trecho do Deutero-Isaías, o profeta da esperança. O Deutero-Isaías é um profeta que exerce a sua missão entre os exilados judeus na Babilónia, na fase final do Exílio (por volta de 550/540 a.C.); a sua missão consiste em consolar um povo decepcionado e desiludido, porque a libertação tarda. Os capítulos que recolhem a sua mensagem (Is 40-55) chamam-se, por isso, “Livro da Consolação”.
A mensagem de “consolação” do Deutero-Isaías desenrola-se à volta de duas grandes coordenadas: na primeira (cap. 40-48), o profeta anuncia a libertação do cativeiro e um “novo êxodo” do Povo de Deus em direção à Terra Prometida; na segunda (cap. 49-55), o profeta fala aos exilados da reconstrução e da restauração de Jerusalém.
O nosso texto pertence à segunda parte. Faz parte de um quadro com três cenas (cf. Is 49,14-26), nas quais Jahwéh responde às questões postas por Jerusalém (aqui apresentada na figura de uma mulher). Na primeira (Is 49,14-20), Jahwéh procura demonstrar que não esqueceu nem abandonou Sião; na segunda (Is 49,21-23), Jahwéh promete o regresso dos exilados; na terceira (Is 49,24-26), respondendo à questão da viabilidade desse projeto, Jahwéh, o poderoso de Jacob, o “goel” (“vingador”) de Israel, garante a sua concretização.
O Exílio na Babilónia representa uma experiência bem dramática, que abala a fé e as convicções mais profundas do Povo de Deus. O drama nem reside tanto na derrota e no exílio em si; mas reside, sobretudo, no desmoronamento de todas as certezas e de todas as convicções em que o Povo se apoiava. Porque é que Deus permitiu a derrota e o exílio? Jahwéh abandonou o seu Povo? O Senhor rompeu a aliança que fizera com Israel? Ainda mais: Jerusalém, a cidade do Templo e, portanto, o lugar da residência de Deus no meio do seu Povo, foi reduzida a um montão de ruínas. Pode, ainda, confiar-se em Jahwéh? Porque é que Ele não protegeu nem salvou a sua morada? Ele não tinha feito uma aliança eterna com o seu Povo? A aliança continua válida, ou Deus abandonou para sempre o seu Povo?
O profeta/poeta põe na boca da “mulher” Jerusalém (o nome “Sião” é sinónimo de Jerusalém; e a mulher/Jerusalém representa, na linguagem profética, a mulher/Povo de Deus) um lamento sentido porque, depois de quarenta anos, continua reduzida a ruínas e Jahwéh não parece ter qualquer plano para trazer de novo à sua cidade o esplendor antigo.
“O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim” (vers. 14). Tanto o verbo “abandonar” como o verbo “esquecer” situam-nos no âmbito da aliança: são utilizados na literatura profética para definir o quadro da infidelidade de Israel em relação a Deus (cf. Jr 22,9; Os 2,15; 8,14; 13,6; Is 17,10; Jr 2,32; 13,25…). Sugerem, portanto, que Jahwéh abandonou a aliança e repudiou a sua esposa (Israel). A ideia que está por detrás deste versículo parece ser a seguinte: já que Israel abandonou Jahwéh e enveredou por caminhos de pecado e de injustiça, Deus repudiou o seu Povo e rompeu definitivamente a aliança. Isto será verdade? É desta forma que as coisas se passam? O amor de Deus segue a lógica do “olho por olho, dente por dente”?
Ao lamento de Sião, Deus responde de forma dramática: pode uma mãe abandonar a criança que amamenta e a quem ama ternamente? (vers. 15).
Para definir o amor da mãe pelo filho, o profeta utiliza o verbo “raham” (“amar ternamente”). Ele expressa o apego quase instintivo de um ser a outro, um amor que vem das “entranhas” (“rehem”: “entranhas”), um amor especial e gratuito que nenhuma vicissitude pode destruir e que é feito de ternura, de misericórdia, de compaixão, de fidelidade, de eternidade. Este amor encontra, de facto, a sua expressão mais feliz no amor que a mãe tem pelo seu filho, pois da unidade que liga a mãe ao filho, brota uma particular ligação com ele, um amor especial que é total, absoluto, único, avassalador, gratuito e não fruto de qualquer merecimento.
A pergunta é, portanto, retórica: é evidente que uma mãe que ama o filho não o pode esquecer… No entanto, mesmo que por hipótese absurda isso acontecesse, Deus não esqueceria o seu Povo e a sua cidade. A conclusão é óbvia: Deus ama o seu Povo, ainda mais do que uma mãe ama o seu filho. Como o amor da mãe, também o amor de Deus é ternura, misericórdia, compreensão, bondade, amor inquebrantável e eterno, apego instintivo e gratuito; mas o amor de Deus por Israel é tudo isso em grau infinito.
O amor total, inquebrantável, eterno, que Deus tem pelo seu Povo traduz-se, concretamente, na aliança. Não têm, portanto, qualquer razão de ser os lamentos da cidade/Povo: a aliança não acabou nem acabará, pois Jahwéh não cessou nem cessará nunca de amar o seu Povo.
ATUALIZAÇÃO
A reflexão pode partir das seguintes pistas:
• A um Povo que vive numa situação dramática de frustração, de desorientação, de total incerteza em relação ao futuro, que olha à volta e não vê Deus presente na sua caminhada, que começa a duvidar do amor e da fidelidade de Deus, o profeta diz: “não desanimeis: apesar da aparente ausência, Deus ama-vos ainda mais do que uma mãe ama o filho; por isso, Ele continua comprometido convosco, continua a percorrer convosco esse caminho histórico que, dia a dia, vos leva ao encontro da vida plena”. É uma mensagem eterna, consoladora e repousante… Num mundo em que as referências se alteram rapidamente, em que o futuro é incerto e a humanidade não sabe exatamente para onde caminha, em que o terrorismo, a guerra, as ameaças ambientais, o totalitarismo dos bens materiais ameaçam o frágil equilíbrio da humanidade, somos convidados a descobrir o amor materno de Deus, a sua solicitude nunca desmentida, a sua presença protetora. Temos medo de quê, se Deus é a mãe que nos ama de forma absoluta, que vigia o berço onde nós dormimos, que vela e nos serena com a sua presença e a sua solicitude maternal?
• A fotografia de Deus que o profeta nos apresenta convida-nos a descobrir um Deus que não é interesseiro, chantagista, negociante… O nosso Deus é um Deus que nos ama, gratuitamente, de forma absoluta e eterna – como uma mãe ama o filho, mesmo quando ele é rebelde. Qual é, na verdade, o Deus em quem acreditamos?

• O amor de Deus não é condicional e não espera nada em troca. É este amor desinteressado que procuramos testemunhar, ou os nossos gestos de bondade, de amizade, de misericórdia são um negócio em que esperamos ganhar?
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 61 (62)
Refrão: Só em Deus descansa, ó minha alma.
Só em Deus descansa a minha alma,
d’Ele me vem a salvação.
Ele é meu refúgio e salvação,
minha fortaleza: jamais serei abalado.
Minha alma, só em Deus descansa:
d’Ele vem a minha esperança.
Ele é meu refúgio e salvação,
minha fortaleza: jamais serei abalado.
Em Deus está a minha salvação e a minha glória,
o meu abrigo, o meu refúgio está em Deus.
Povo de Deus, em todo o tempo ponde n’Ele a vossa confiança,
desafogai em sua presença os vossos corações.
LEITURA II – 1 Cor 4, 1-5
O texto que nos é proposto como segunda leitura é a parte final da argumentação de Paulo sobre a questão das divisões na comunidade de Corinto (cf. 1 Cor 1,10-4,21). Os coríntios transportaram para a comunidade cristã os esquemas das escolas filosóficas gregas, elegeram os seus mestres preferidos (seduzidos pelo brilho do discurso e pela elegância das palavras), dividiram-se em grupos, cada um deles com o seu guia e o seu mentor… Dessa forma, a fé cristã corria o risco de se transformar numa aposta em pessoas, em linguagens, em filosofias, em lugar de se tornar uma adesão a uma proposta de salvação apresentada por Jesus. Diante disto, Paulo sente que tem de dar um “murro na mesa”, pois é a essência da experiência cristã que está a ser adulterada.
Paulo não utiliza meias palavras: os mensageiros do Evangelho são apenas “servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus” (vers. 1). Eles não são os protagonistas da mensagem; são, apenas, os veículos de que Deus se serve, a fim de que a sua Boa Nova chegue aos homens. A missão destes veículos da Palavra não é colocar-se no centro do palco e atrair sobre si próprios a atenção das multidões; mas é levar os homens a aderir ao Evangelho e a acolher a proposta de salvação que, em Jesus, Deus lhes faz.
De resto, os mensageiros da Palavra não devem estar preocupados com a forma como as pessoas os vêem, mas devem apenas preocupar-se em transmitir, com fidelidade, a proposta de Deus (vers. 2).
Por sua parte, Paulo está de consciência tranquila. Ele nunca usou o Evangelho para servir interesses próprios ou para promover a sua pessoa. Não lhe interessa se os coríntios acharam ou não brilhantes as suas palavras. Ele apenas procurou anunciar o Evangelho com integridade, com verdade e sem adoçar a mensagem. A este respeito, os coríntios podem julgá-lo da forma que entenderem; a Paulo só interessa o juízo de Deus.
ATUALIZAÇÃO
Para a reflexão, considerar os seguintes dados:
• A reflexão de Paulo convida-nos, em primeiro lugar, a tomar consciência daquilo que é essencial na nossa fé: a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus oferece aos homens. É isso e apenas isso que deve atrair o nosso olhar e encher o nosso coração. Não convém perder isto de vista: o cristianismo não é a adesão a uma determinada filosofia ou estilo de vida, nem a aceitação de uma moda que agora está “in” mas a qualquer momento pode ficar “out”; mas é o abrir o coração à oferta de salvação que, em Jesus, Deus nos faz.
• Portanto, não interessam muito os “invólucros”, através dos quais a proposta de salvação de Deus nos chega: se o padre é simpático ou não, se o seu discurso é cativante ou não, se temos razões de queixa contra ele ou não, se ele tem muitos defeitos ou muitas virtudes… O essencial é a mensagem; os mensageiros são apenas veículos mais ou menos imperfeitos dessa mensagem eterna.
• Os veículos da mensagem – sejam eles padres ou leigos – devem ter consciência de que não estão a anunciar-se a si próprios… Por isso, devem evitar atrair sobre si as luzes da ribalta; devem apresentar a proposta salvadora de Deus com fidelidade e coerência – sem adoçar as palavras e sem procurar fazer jogos de “charme”; devem assumir-se como discretos e fiéis “servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus”.
• Paulo refere o seu desinteresse em relação ao julgamento dos homens; só lhe interessa o julgamento de Deus. Estas palavras, no entanto, não podem servir para justificar comportamentos arbitrários ou prepotentes por parte dos animadores das comunidades cristãs (“faço o que me apetece e não tenho de dar satisfações a ninguém”…). Devem ser entendidas no contexto em que se apresentam: Paulo está, apenas, a dizer que não lhe interessam os juízos dos homens acerca do seu jeito para brilhar com as palavras; só lhe interessa ser fiel à missão que Deus lhe confiou.
ALELUIA – Heb 4, 12
Aleluia. Aleluia.
A palavra de Deus é viva e eficaz, conhece os pensamentos e intenções do coração.
EVANGELHO – Mt 6, 24-34
Estamos, ainda, no contexto do “sermão da montanha” (cf. Mt 5-7). Jesus continua aqui a apresentar a “nova Lei” (como, no Antigo Testamento, Deus apresentou ao seu Povo, na montanha do Sinai a antiga Lei) que deve guiar a comunidade cristã na sua caminhada histórica.
O Evangelho que hoje nos é proposto começa com um “dito” de Jesus (vers. 24) que, em rigor, faz parte da secção anterior (cf. Mt 6,19-24: é aí que aparecem os “ditos” ou “sentenças” de Jesus que advertem os discípulos para o uso das riquezas). Depois, na sequência, Mateus apresenta uma “instrução” (vers. 25-34), na qual se procura definir (a partir das lições das “sentenças” anteriores) a atitude vital e o caminho do cristão.
O “dito” do vers. 24 afirma a incompatibilidade entre o amor a Deus e o amor aos bens materiais (o termo utilizado por Mateus – “mamonas” – personifica o dinheiro como um poder que domina o mundo). Qual a razão dessa incompatibilidade?
Em primeiro lugar, Deus deve ser o centro à volta do qual o homem constrói a sua existência, o valor supremo do homem… Mas, sempre que a lógica do “ter” domina o coração, o dinheiro ocupa o lugar de Deus e passa a ser o ídolo a quem o homem tudo sacrifica. O verdadeiro Deus passa, então, a ocupar um lugar perfeitamente secundário na vida do homem; e o dinheiro – ídolo exigente, ciumento, exclusivo, que não deixa espaço para qualquer outro valor – é promovido à categoria de motor da história e de referência fundamental para o homem.
Em segundo lugar, o amor do dinheiro fecha totalmente o coração do homem num egoísmo estéril e não deixa qualquer espaço para o amor aos irmãos. O homem deixa de ter lugar, na sua vida, para aqueles que o rodeiam; e, por amor do dinheiro, torna-se injusto, prepotente, corrupto, explorador, autossuficiente…
Na “instrução” (vers. 25-34) que se segue aos “ditos” sobre a riqueza, Mateus procura responder às seguintes questões: como deve ser ordenada a hierarquia de valores dos discípulos de Jesus? Os membros da comunidade cristã não se devem preocupar minimamente com as suas necessidades básicas?
Para os discípulos de Jesus, o “Reino” deve ser o valor mais importante, a principal prioridade, a preocupação mais séria, aquilo que dia a dia “faz correr” o homem e que domina todo o seu horizonte (“procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça”).
E as preocupações mais “primárias” da vida do homem: a comida, a bebida, a roupa, a segurança? São valores secundários, que não devem sobrepor-se ao “Reino”. De resto, não precisamos de viver obcecados com essas coisas, pois o próprio Deus Se encarregará de suprir as necessidades materiais dos seus filhos (“tudo o mais vos será dado por acréscimo” – ver. 33). Aliás, quem aceita o desafio do “Reino” descobre rapidamente que Deus é esse Pai bondoso que preside à história humana, que cuida dos seus filhos, que vela por eles com amor, que conhece as suas necessidades: se Deus, cada dia, veste de cores os lírios do campo e alimenta quotidianamente as aves do céu, não fará o mesmo – ou até mais – pelos homens?
O crente que escolheu o “Reino” passa, então, a viver nessa serena tranquilidade que resulta da confiança absoluta no Deus que não falha.
A proposta de Jesus será um convite a viver na alegre despreocupação, na inconsciência, na passividade, no comodismo, na indiferença? Não. As palavras de Jesus são um convite a pôr em primeiro lugar as coisas verdadeiramente importantes (o “Reino”), a relativizar as coisas secundárias (as preocupações exclusivamente materiais) e, acima de tudo, a confiar totalmente na bondade e na solicitude paternal de Deus. De resto, viver na dinâmica do “Reino” não é cruzar os braços à espera que Deus faça chover do céu aquilo de que necessitamos; mas é viver comprometido, trabalhando todos os dias, a fim de que o sonho de Deus – o mundo novo da justiça, da verdade e da paz – se concretize.
ATUALIZAÇÃO

A atualização da Palavra pode fazer-se a partir das seguintes linhas de reflexão:
• A primeira grande questão que, neste texto, Jesus nos coloca é a questão das nossas prioridades. Dia a dia somos bombardeados com um conjunto de propostas mais ou menos aliciantes, que nos oferecem a chave da felicidade e da vida plena: o dinheiro, o êxito profissional, a progressão na carreira, a beleza física, os aplausos das multidões, o poder… E estes ou outros valores semelhantes – servidos por técnicas de publicidade enganosa – tornam-se o “objetivo final” na vida de tantos dos nossos contemporâneos. No entanto, Jesus garante-nos que a vida plena não está aqui e que, se estes valores se tornam a nossa prioridade fundamental, a nossa vida terá sido um tremendo equívoco. Para Jesus, é no “Reino” – isto é, na aposta incondicional em Deus e no acolhimento do seu projeto de salvação/libertação – que está o segredo da nossa realização plena. Quais são as minhas prioridades? Em que é que eu tenho apostado incondicionalmente a minha vida?
• As propostas equívocas de felicidade criam, muitas vezes, desorientação e confusão. Ao encherem o coração do homem de ídolos com pés de barro, afastam o homem de Deus e deixam-no perdido e sem referências, só diante de um mundo hostil – como criança perdida, indefesa, impotente. Jesus lembra-nos, porém, que Deus é um Pai cheio de solicitude e de amor, permanentemente atento às necessidades dos filhos (Ele até veste os lírios do campo e alimenta as aves do céu…). Ele convida-nos a colocar a nossa confiança e a nossa esperança nesse Pai que nos ama e a enfrentar o dia a dia com essa serena confiança que nos vem da certeza de que Deus é nosso Pai, conhece as nossas dores e necessidades e nos pega ao colo nos momentos mais dramáticos da nossa caminhada.
• A referência à incompatibilidade entre Deus e o dinheiro convida-nos a uma particular reflexão neste campo… O dinheiro é, hoje, o verdadeiro centro do poder no mundo. Ele compra consciências, poder, bem-estar, projeção social, reconhecimento e até compra amor. Por ele mata-se, calcam-se aos pés os valores mais fundamentais, renuncia-se à própria dignidade, envenena-se o ambiente (que interessa o buraco do ozono, a poluição dos rios, o desaparecimento das florestas, se isso fizer mais ricos os donos do mundo…), escravizam-se os irmãos. Quando a lógica do “ter mais” entra no coração do homem e o domina, o homem torna-se escravo e, por sua vez, leva a escravidão aos outros homens. Torna-se injusto, prepotente e explorador, passa indiferente ao lado dos irmãos que vivem abaixo do limiar da dignidade humana, deixa de ter tempo para gastar com aqueles que ama (o amor do dinheiro sobrepõe-se a todos os outros amores), relega Deus para a lista dos valores secundários, acha o “Reino” proposto por Jesus “uma absurda quimera”. Como nos situamos face a isto? Se tivermos que optar (não em termos teóricos, mas nas situações concretas da vida) entre o dinheiro e os valores do “Reino”, qual é que escolhemos?


Pérola do dia:

Construindo Sua Vida



Cada pensamento seu constrói seu caráter.
Da mesma forma que os tijolos são colocados um sobre o outro para construir uma casa, assim são seus pensamentos a cada momento. 
A pessoa que você se torna, as coisas que você conquista, a alegria e a realização que você sente, tudo isso depende dos pensamentos que você usa para construir a sua vida. 
Você pode usar cada pensamento e cada momento para tornar-se mais forte.
Nenhuma conquista de real valor surge do nada.
Precisa ser construída. Você tem o poder de construir a vida que realmente deseja.
E esse poder surge em momentos que você vive, nas escolhas que você faz, nas atitudes que você toma. Neste exato momento, você está construindo sua vida.
Neste exato momento, você está fazendo a diferença no rumo que a sua vida tomará. 
Este é um momento especial que pode mudar seu futuro. Você está aproveitando o momento ao máximo?


8º. DOMINGO DO TEMPO COMUM



“Ninguém pode servir a dois senhores: ou vai odiar o primeiro e amar o outro, ou aderir ao primeiro e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”

Leituras: Isaías 49, 14-15; 
Salmo 61; 
Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 4, 1-5; 
Mateus 6, 24-34.

COR LITÚRGICA: VERDE

Nesta Páscoa semanal de Jesus aprendemos duas lições: a impossibilidade de servir a dois senhores; e a atitude do cristão diante das preocupações e trabalhos na vida. Peçamos a Deus que nossa vida cristã possa corresponder àquilo que Deus deseja de nós.

1. Situando-nos brevemente

Neste oitavo domingo do Tempo Comum, que neste ano antecede o início da quaresma, ainda no contexto das bem, aventuranças., o Senhor nos propõe romper com o culto ao dinheiro, que é uma idolatria e ter confiança em Deus Pai, sempre solícito amorosamente às nossas necessidades e preocupações, para que, disponíveis concentremos todas as energias na busca do seu Reino.

A antífona de entrada já nos inspira: O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angustia e me salvou por me ama. O conjunto das orações nos ajudam a entrar no espírito deste domingo: confiar no amor providente ao Pai e não ficarmos divididos entre dois senhores.

Em quase todas as regiões do Brasil, acontece, nestes dias, as festas de carnaval que revela a carência de festa que existe nas pessoas. Para nós, um convite a dar às nossas celebrações um sabor pascal, um clima de festa, de convívio alegre de irmãos que, na liberdade de filhos e filhas entram na intimidade amorosa do Pai.

Assim, pedimos na oração inicial deste domingo: Fazei ó Deus que os acontecimentos deste mundo decorram na paz que desejais; e como Igreja vos possa servir, alegre e tranqüila.

2. Recordando a Palavra

Nos capítulos 5 a 7 de Mateus, encontramos o primeiro grande discurso de Jesus, chamado de “Sermão da Montanha”, ele faz parte do Gênesis alternativo (Mt 3-7). Trata-se do começo que nos diz o que vem a ser o Reino, onde ele está e como se constrói. Jesus está cercado por seus prediletos – os pobres, doentes, marginalizados – e lhes fala da justiça do Reino que deve ser a prática de suas discípulas e de seus discípulos. O capitulo 6 começa com Jesus denunciando a hipocrisia de quem se diz seu seguidor. Depois diz que o Reino exige decisões radicais, ensina a orar, impõe o desapego das coisas terrenas, apela para que todo corpo seja luz e termina exigindo serviço exclusivo ao projeto de Deus. É a Palavra de Deus na liturgia deste domingo.

Jesus é claro com quem o segue: não dá para servir a Deus e ao dinheiro. O “deus do dinheiro e da cobiça” é “Mamon”, que se opõe a Deus verdadeiro, e é todo poder econômico que produz a morte e destrói a vida. A ganância é uma idolatria. Quem só pensa em acumular não possui os bens, mas é possuído por eles, dominando e escravizado pela riqueza, diante do que está encurvado. A preocupação em acumular, deteriora todas as relações e chega a deteriorar a saúde do ser humano (Cf. Eclo 31, 1-2).

Nosso Deus verdadeiro é doador generoso e nos ensina a doar, a partilhar. A correta relação com os bens também nos ajuda a uma atitude de confiança diante de Deus e das outras pessoas. O “Reinado de Deus e a sua justiça” promovem relação harmoniosa entre os seres humanos e entre a humanidade e a natureza. As aves do céu, os lírios dos campos não deturpam a própria natureza.

Jesus demonstra sua sensibilidade contemplativa e ecológica. Revela uma exigência atualíssima para aqueles que o seguem. É necessário mudar o objeto de nossas preocupações. Não à ganância, sim à busca do reinado de Deus sobre todas as pessoas, todas as coisas e sobre toda natureza, todo o universo criado.

Deus nos ama com amor de mãe. A palavra de Deus no Deutero Isaías é um consolo tanto para os exilados da Babilônia, como para os pobres que haviam permanecido na Palestina, em tempo de desânimo, perda de fé e de esperança. O povo estava sem Templo, sem rei e sem lideranças. Tudo parecia perdido e o povo sentia-se abandonado por Deus. Isaías já havia argumentando com o poder de Deus, mas agora consola o povo, afirmando que o amor de Deus superar todo amor e bondade. Mesmo que uma mãe se esqueça de seu filho, Deus jamais se esquecerá de seus filhos. Maior que as injustiças humanas são o amor, a ternura, o carinho de Deus.

3. Atualizando a Palavra

Hoje, Jesus nos pede para escolhermos entre os bens econômicos, o dinheiro e Deus. A nossa resposta fundamental ao chamado de Deus é a confiança total no Pai. Viver a justiça do reinado de Deus é deixar-se guiar pela palavra de Jesus. Ele não ensina uma vida de “sombra e água fresca”, mas luta pela justiça, que é o bem para toda a humanidade e toda a criação.

A palavra de Jesus é muito atual para esse tempo de desrespeito às matas, às águas, à natureza. Viver em concordância com as regras naturais está mais de acordo com o projeto de Deus. O que a ganância humana criou não se compara com a sabedoria da natureza, criada e mantida por Deus.

Como mãe que jamais abandona seus filhos, Deus acompanha abençoa e ama seu povo que sofre debaixo da ganância dos opressores. Sempre haverá uma saída, esperança de que a justiça reinará. A menos desigualdade é possível e o dia de amanha não causará preocupações, mas haverá possibilidades e alternativas de a humanidade se aproximar da vida sabia das aves e dos lírios, mantendo confiança ilimitada em nosso Deus e Pai. A justiça torna-se sinônimo de amor misericordioso, de solidariedade fraterna, de perdão reconciliados, de igualdade respeitosa.

Quem vive calculando como ganhar e enriquecer mais, não pode viver confiante na generosidade e cuidado de Deus. A confiança na providencia divina não é alienante, mas libertadora e formadora de uma solidariedade comprometida especialmente com os mais necessitados. Quanto maior a confiança, maior a responsabilidade e o engajamento na luta contra o consumismo, a submissão ao mercado e o endeusamento das coisas materiais. O que sustenta nossa confiança é a certeza da fidelidade de Deus à sua aliança.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Experimentamos a presença viva do Senhor na reunião de irmãos e na Palavra proclamada, saciando nossa fome e sede de justiça.
 Ele continua fiel em sua presença salvífica na ceia eucarística e continuará conosco até o fim dos tempos como nos lembra, uma das antífonas de comunhão, indicadas hoje.
 Nossa participação na Eucaristia manifesta nossa confiança em estabelecer com o Pai uma aliança de amor e compromisso, fazendo uma escolha irrestrita por seu Reino. A Eucaristia nos impõe a opção radical por ele.
  Repudia a mulher aquele que não tem coração.

Mc 10, 1-12 

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e foi para o território da Judeia, além do Jordão. Voltou a reunir-se uma grande multidão junto de Jesus e Ele, segundo o seu costume, começou de novo a ensiná-la. Aproximaram-se então de Jesus uns fariseus, que, para O porem à prova, Lhe perguntaram: «Pode um homem repudiar a sua mulher?». Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?». Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher». Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei. Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu». Em casa, os discípulos interrogaram-no de novo sobre este assunto. Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».


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Sexta-feira da Semana VII do Tempo Comum
EVANGELHO Mc 10, 1-12 
Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e foi para o território da Judeia, além do Jordão. Voltou a reunir-se uma grande multidão junto de Jesus e Ele, segundo o seu costume, começou de novo a ensiná-la. Aproximaram-se então de Jesus uns fariseus, que, para O porem à prova, Lhe perguntaram: «Pode um homem repudiar a sua mulher?». Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?». Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher». Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei. Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu». Em casa, os discípulos interrogaram-no de novo sobre este assunto. Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».
 
Compreender a Palavra
Jesus senta-se a ensinar a multidão. Interrogam-no para o experimentar. A pergunta é simples e da vida corrente daquele tempo: “Pode um homem repudiar a sua mulher?”. Jesus pede-lhes que respondam com o que ensinou Moisés. A intenção de Jesus é clara, confrontar os que o interrogam com a verdade que trazem nos seus corações. Para eles a questão é “se pode repudiar”, é uma questão de direito. Para Jesus a questão é o coração, como está o teu coração? Por isso responde: “Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei”. Depois, Jesus recorda o que eles também sabem, que é a lei do princípio: “Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”. A conclusão é simples: repudia a mulher aquele que não tem coração.
 
Meditar a Palavra
O matrimónio é algo bonito e duradoiro. É como construir uma casa. Leva muitos anos a construir e requer muito trabalho, muito investimento, antes durante e depois, até ao fim. Tudo o que se possa investir na relação matrimonial revela-se sempre pouco, por isso, não se pode deixar de investir nem se deve perder de vista este objectivo. Tudo há-de concorrer para a sua edificação. Nunca é demais investir nos fundamentos dessa construção, para garantir que tem capacidade para sustentar o edifício. Os fundamentos do matrimónio são a Palavra de Deus que torna Deus presente continuamente na nossa vida. O sacramento, que é força transformadora de Deus para sermos cada vez mais um só. O amor, que faz o outro existir em mim e me faz existir nele para sempre. O matrimónio é como uma casa. Será duradoiro se souber construi-lo. 
 
Rezar a Palavra
O amor, Senhor, é o segredo que ofereceste ao homem para ele dar sabor à vida. A família foi o dom gratuito que não escolhi e onde tive oportunidade de aprender e experimentar o amor. Os meus pais foram os grandes instrumentos do amor para que eu me tornasse lugar de amor para os outros. Que o meu coração não se feche ao teu amor nem ao amor dos irmãos e que os casais possam continuar a ser o lugar onde se aprende o amor fiel e santo.
 
Compromisso
Hoje, os casados, vão manifestar o seu amor ao respectivo cônjuge. Os solteiros vão rezar por aquele ou aquela que um dia será seu esposo ou esposa, mesmo que ainda não o conheçam, para que, quando chegar, já traga algo vosso no seu coração. Os celibatários podem e devem rezar pelas famílias e agradecer a Deus a família onde nasceram.
Compreender a Palavra

Jesus senta-se a ensinar a multidão. Interrogam-no para o experimentar. A pergunta é simples e da vida corrente daquele tempo: “Pode um homem repudiar a sua mulher?”. Jesus pede-lhes que respondam com o que ensinou Moisés. A intenção de Jesus é clara, confrontar os que o interrogam com a verdade que trazem nos seus corações. Para eles a questão é “se pode repudiar”, é uma questão de direito. Para Jesus a questão é o coração, como está o teu coração? Por isso responde: “Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei”. Depois, Jesus recorda o que eles também sabem, que é a lei do princípio: “Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”. A conclusão é simples: repudia a mulher aquele que não tem coração.

Meditar a Palavra

O matrimônio é algo bonito e duradouro. É como construir uma casa. Leva muitos anos a construir e requer muito trabalho, muito investimento, antes durante e depois, até ao fim. Tudo o que se possa investir na relação matrimonial revela-se sempre pouco, por isso, não se pode deixar de investir nem se deve perder de vista este objetivo. Tudo há-de concorrer para a sua edificação. Nunca é demais investir nos fundamentos dessa construção, para garantir que tem capacidade para sustentar o edifício. Os fundamentos do matrimônio são a Palavra de Deus que torna Deus presente continuamente na nossa vida. O sacramento, que é força transformadora de Deus para sermos cada vez mais um só. O amor, que faz o outro existir em mim e me faz existir nele para sempre. O matrimônio é como uma casa. Será duradouro se souber construi-lo.

Rezar a Palavra

O amor, Senhor, é o segredo que ofereceste ao homem para ele dar sabor à vida. A família foi o dom gratuito que não escolhi e onde tive oportunidade de aprender e experimentar o amor. Os meus pais foram os grandes instrumentos do amor para que eu me tornasse lugar de amor para os outros. Que o meu coração não se feche ao teu amor nem ao amor dos irmãos e que os casais possam continuar a ser o lugar onde se aprende o amor fiel e santo.