Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

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 Reflexão: 

DECIDA COM AMOR

Todos os dias, mesmo sem perceber, cada um de nós faz diversas escolhas
Ao acordar, decidimos, por exemplo, a roupa com a qual iremos ao trabalho.
Depois, definimos o horário em que vamos almoçar e selecionamos os alimentos que desejamos consumir.
À noite, resolvemos assistir a um filme ou optamos por ir à academia.
Embora pareçam pequenas e até corriqueiras, essas decisões também refletem quem somos e para onde queremos ir.
Por isso mesmo é de extrema importância ganhar consciência sobre a maneira como temos feito nossas escolhas, seja nos momentos práticos e cotidianos, como nos exemplos citados acima, seja na forma como lidamos com nossas emoções.
Sendo assim, que tal recorrer ao amor e à alegria na hora de fazer suas escolhas?
Lembre-se que todas as decisões, sejam simples ou profundas, ficam mais leves e possíveis quando tomadas com base nessas emoções.
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 As escolhas

Toda escolha carrega consigo uma denúncia. 
Isso significa que, ao optar por um caminho, seja ele qual for, você também está renunciando a outras possibilidades e a outros caminhos.
Por isso mesmo, lembre-se sempre que as escolhas positivas são aquelas tomadas com amor e plenitude. 
Se quer seguir em paz e convicto de que tomou as melhores decisões, recorra a essas ferramentas. Observe-se internamente e descubra o que seu coração deseja fazer. 
Assim, seja qual for a renúncia, os resultados obtidos ao final da jornada trarão a certeza de que fez o melhor por si mesmo.
Pérola do Dia:

O seu ponto de vista sobre as situações é determinante para que tenha ao seu alcance a oportunidade de conquistar bem-estar.
Isso significa que, se você deseja ter uma vida boa e plena, é imperioso que consiga, antes, enxergar o lado positivo das pessoas, coisas e acontecimentos.

Ao desenvolver essa capacidade, você terá a chance de assimilar melhor os ciclos da vida e saberá como agir diante dos obstáculos que a vida lhe impõe.
Da mesma forma, terá a possibilidade de dar o devido valor a cada uma de suas conquistas e compreenderá que todas elas são do seu merecimento.
Deus te abençõe....Permaneça fiel!


Maria e José, Educadores do Filho de Deus

Poderíamos pensar que Jesus, carregando em si a plenitude da divindade, não tivesse necessidade de educadores. Porém, o Mistério da Encarnação revela-nos que o Filho de Deus veio ao mundo sob uma condição humana muito semelhante à nossa, exceto no que diz respeito ao pecado (cf. Hb 4, 15). Como todo ser humano, o crescimento de Jesus, desde a infância até a idade adulta (cf. Lc 2, 40), teve necessidade da ação educativa dos pais.

O Evangelho de Lucas, com especial atenção ao período da infância, relata que, em Nazaré, Jesus era submisso a José e a Maria (cf. Lc 2, 51). Essa dependência nos mostra Jesus disposto a acolher, a se abrir à obra educativa de Maria, sua mãe, e à de José que, da mesma forma, exerciam o seu dever, em virtude da docilidade que Jesus manifestava e, isso, naturalmente, de forma constante.

Os dons especiais concedidos por Deus a Maria, tornaram-na essencialmente apta no desempenho das funções de mãe e educadora.

Nas circunstâncias concretas da vida cotidiana, Jesus podia encontrar em sua mãe, o modelo ideal a seguir e a imitar e nos mostra o exemplo do amor perfeito para com Maria; Jesus pôde contar, igualmente, com a figura paterna de José, homem justo (cf. Mt 1, 19), que garantia o equilíbrio necessário para a ação educativa.

Exercendo a função de pai, José colaborou com sua esposa para fazer da casa de Nazaré um ambiente propício ao crescimento e à maturação pessoal do Salvador da humanidade. Em seguida, ao iniciá-lo no duro ofício de carpinteiro, José facultou a Jesus que se inserisse no mundo do trabalho e na vida social.
              
João Paulo II,
audiência de 04 de dezembro de 1996
«Vimos a Sua glória»


Cristo tinha de vir na nossa carne: não um outro, anjo ou embaixador, era Cristo Quem tinha de vir, em pessoa, para nos salvar (Is 35,4) [...]. Teve de nascer em carne mortal: eis pois um menino, deitado numa manjedoura, envolto em panos, alimentado ao peito, que havia de crescer com os anos e, por fim, de morrer cruelmente. Tantos testemunhos de profunda humildade. Quem nos dá tais exemplos de humildade? O Altíssimo.

Que grandeza é a Sua? Não a procures na terra, sobe à altura dos astros. Quando chegares às legiões dos anjos, ouvirás dizer: «Sobe mais alto, acima de onde estamos». Quando tiveres subido até aos Tronos, Dominações, Principados e Potestades (Col 1,16), ouvi-los-ás ainda dizer: «Sobe mais alto, que nós próprios somos ainda criaturas», «por Ele é que tudo começou a existir» (Jo 1,3). Eleva-te pois acima de todas as criaturas, de tudo o que foi formado, de tudo o que recebeu existência, de todos os seres que mudam, corporais ou incorporais, numa palavra, acima de tudo. A tua vista não alcança ainda tais alturas; é pela fé que tens de te elevar até lá, é a fé que te deve conduzir ao Criador [...]. Lá, contemplarás o Verbo, que era no princípio [...].

Ora esse Verbo que estava em Deus, esse Verbo que era Deus, por Quem todas as coisas foram feitas, sem Quem nada teria sido feito, e em Quem estava a vida, desceu até nós. Que éramos nós? Mereceríamos que Ele descesse até nós? Não, nós éramos indignos de que Ele tivesse compaixão de nós, mas Ele era digno de ter piedade de nós. 

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Sermão 293, 5 para a natividade de São João Batista




ANO NOVO
SANTA MARIA MÃE DE DEUS
01 de janeiro de 2013

Maria guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração!


“Quando Chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher

Leituras: 
Números 6, 22-27; 
Salmo 67 (66), 2-3.5-6.8 (R/cf. 2a); 
Carta de São Paulo aos Gálatas 4, 4-7; 
Lucas 2, 16-21.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

 Nesta primeira celebração do ano de 2013, o Mistério do Natal do Senhor nos introduz na contemplação da Maternidade de Maria. Rendemos graças a Deus por esta maternidade, pois gerando Jesus, possibilitou que a Salvação fosse uma realidade em nossa vida. Agradeçamos por este ano que termina e peçamos que o novo ano possa trazer as bênçãos de Deus.

1. Situando-nos

Estamos vivenciando as festas natalinas, com a celebração da manifestação do Senhor em nossa vida e história. Nossa atenção se volta ao mistério da Mãe do Senhor sob o título de “Mãe de Deus”.

Ao afirmar que o Menino, nascido de Maria, é Deus (por exemplo, cf. Gl 4,4), em decorrência disso, a Igreja proclamou que Maria é Mãe de Deus. E isso não é de agora. Desde muito, nós cristãos honramos “... Maria sempre Virgem, solenemente proclamada santíssima Mãe de Deus pelo Concílio de Éfeso, para que Cristo fosse reconhecido, em sentido verdadeiro e próprio, Filho de Deus e Filho do homem, segundo as Escrituras” (UR, n.15: Decreto conciliar sobre a reintegração da Unidade dos cristãos).

Neste dia Mundial da Paz, iniciando um novo ano, a paz é desejada, suplicada como sinal da benção e da proteção permanente de Deus. É em nome de Jesus, a plenitude da benção, que invocamos bênçãos de paz sobre nós e sobre os povos em conflito.

Com o exemplo de Maria no seu sim incondicional, vamos assumir “de boa vontade” a proposta de Jesus de sermos promotores da paz em nossos lares e na sociedade em que vivemos.

2. Recordando a Palavra

O texto do evangelho pertence às narrativas da infância (caps. 1-2) e mostra que os pastores, após terem recebido a Boa Notícia do nascimento de Jesus, se dirigem às pressas a Belém. Encontram na simplicidade de Maria, de José e do recém-nascido, o sinal da salvação vinda de Deus. Tornam-se, assim, anunciadores do Salvador, da luz que resplandece para todos os povos.

“Quando o viram, contaram as palavras que lhes tinham sido ditas a respeito do menino” (2,17). O testemunho dos pastores leva outras pessoas a fazerem a experiência da salvação, aderindo a Jesus. “Maria guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração” (2,19).

Ela permanece na escuta da palavra para compreender o plano divino de amor revelado em Cristo. A atitude meditativa da mãe, atenta à missão do Filho, ensina a viver com fidelidade o caminho do discipulado.

Os pastores “voltam louvando e glorificado a Deus por tudo o que tinha visto e ouvido” (2,20). Retornam às atividades e à missão, transformados pelo encontro com o Senhor, manifestado na simplicidade e na pobreza.

Tornam-se testemunhas da glória de Deus, revelada em Jesus; anunciadores de sua mensagem, num clima de alegria e de celebração. O louvor caracteriza a experiência dos que se deixam envolver pela solidariedade de Deus, manifestada em Jesus.

O menino é circuncidado no oitavo dia, como sinal da aliança (cf. Gn 17) e da inserção na história do povo. Ele recebe o nome de Jesus que significa “Deus salva”. Esse nome, escolhido pelo próprio Deus (1,31), destaca que Jesus é enviado para ser o Salvador da humanidade.

Ele é o Emanuel, isto é, o Deus conosco, sempre presente na vida e na história humana (cf. Mt 1,23; 28,20). Desde a encarnação até a ressurreição e glorificação junto ao Pai, Cristo se manifesta como dom gratuito da salvação, como portador da “vida em abundância”, para todas as pessoas (cf. Jo 10,10).

A primeira leitura, do livro dos Números, é uma fórmula de bênçãos. Os sacerdotes costumavam invocar a benção do Pai no final das grandes solenidades litúrgicas, sobretudo, na festa do ano novo. A repetição do nome do Senhor, no início de cada versículo, enfatiza que a eficácia da benção provém dele. O Senhor abençoa, proporcionando a força da salvação.

O Senhor faz resplandecer a sua face como gesto favorável de bondade. Nos tempos de aflições, no exílio, acreditava-se que Deus tinha escondido a sua face e abandonado o povo. O Senhor abençoa e guarda, é benevolente e concede a paz, “shalom”, que abrange todos os dons. O ser humano pode invocar o nome Deus, a sua benção, pois Ele é a fonte de toda a vida.

O Salmo 67(66) agradece pelas colheitas e suplica a benção, o favor divino, para o ano que começa. O Deus da aliança abençoa fazendo a terra produzir frutos abundantes para todas as pessoas. Ele julga o universo com justiça e governa os povos com misericórdia e retidão.

Paulo, na segunda leitura da carta aos Gálatas, acentua que “quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher” (4,4). Deus intervém na historia humana e envia seu Filho para realizar suas promessas de salvação. O Filho vem “para resgatar os que estavam sob a Lei, a fim de que todos recebêssemos a adoção filial” (4,5).

O Espírito, que conduziu a vida de Jesus, nos proporciona viver na liberdade de filhos e filhas e aclamar de forma carinhosa, confiante e filial: Abba, Pai. Já não somos escravos, porque a ternura do Pai, revelada em Cristo, nos libertou para sermos filhos e herdeiros. O fato de sermos filhos e um mesmo Pai nos torna irmãos uns dos outros, solidários, como Cristo.

3. Atualizando a Palavra

A palavra de hoje ressalta a imposição do nome de Jesus, sua inserção na sociedade humana. Como o Filho de Deus, nós também recebemos um nome ligado à nossa existencial e à nossa missão.

A Atitude dos pastores nos ensina a acolher e anunciar a Boa Notícia da presença do Salvador em nosso meio. Com Jesus, nos tornamos herdeiros da salvação e podemos clamar: Abba, Pai, vivendo fraternalmente como irmãos e irmãs.

Maria, a mãe de Jesus, é imagem da comunidade fiel e comprometida com o plano da salvação. “Modelo para todo fiel de acolhimento dócil da Palavra divina, ela conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração (Lc 2,19; cf. 2,51) e sabia encontrar o nexo profundo que une os acontecimentos, os atos e as realidades no grande desígnio divino. Na figura da mãe de Deus, encontramos de forma sublime os passos do lectio divina, a leitura orante da Palavra de Deus. Começa com a leitura (lectio) do texto que suscita a interrogação sobre um autêntico conhecimento do seu conteúdo: o que diz o texto bíblico em si? Segue-se, depois, a meditação (meditatio), durante a qual nos perguntamos: que nos diz o texto bíblico? Cada um pessoalmente, mas também como realidade comunitária, deve deixar-se sensibilizar e pôr em questão, porque não se trata de considerar palavras pronunciadas no passado, mas no presente. Sucessivamente chega-se ao momento da oração (oratio) que supõe a pergunta: que dizemos ao Senhor, em resposta à sua Palavra? A oração enquanto pedido, intercessão, ação de graças e louvor, é o primeiro modo como a Palavra nos transforma. Finalmente, a lectio divina conclui-se com a contemplação (contemplatio) durante a qual assumimos como dom o seu próprio olhar, ao julgar a realidade, e interrogam-nos: qual é a conversão da mente, do coração e da vida que o Senhor nos pede? Há que recordar ainda que a lectio divina não está concluída, na sua dinâmica, enquanto não chegar à ação (actio) que impele a existência do fiel a doar-se aos outros na caridade?”

Invoquemos com confiança a benção do Senhor, o Deus de bondade, sobre todos os povos e nações, neste Dia Mundial da Paz. Que ele guarde, ilumine, mostre a sua face de Pai e dê a paz a todos. Com Jesus, o Filho de Maria, a maior benção da salvação para toda a humanidade, nos comprometemos a trabalhar alegremente na construção da paz.

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

No oitavo dia de Natal, a Igreja celebra a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e, nela o mistério da salvação em Cristo Jesus. O núcleo desta solenidade é a benção dada à humanidade e prometida a Abraão: “Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn 12,3).

Esta benção se cumpre em Maria quando saudada pelo anjo, como “cheia de graça” (Lc 1,28), declara-se a humilde “serva do Senhor”, acolhendo em seu seio a benção por excelência, o próprio Filho de Deus, “pelo qual a humanidade toda foi abençoada com toda bênção espiritual em Cristo” (Ef 1,3).

Em sentido bíblico, a paz é o dom por excelência, é a salvação trazida por Jesus, é a nossa reconciliação e pacificação com Deus. Um valor humano a ser realizado no campo social, político, econômico, ético, religioso, etc. Queremos que nosso país seja repleto de benção, nação justa, celeiro de paz. “Felizes os promotores da paz, porque serão chamados filhos de Deus!” (Mt 5).

Na liturgia eucarística, rendemos a ação de graças ao Pai que nos plenificou de bens, através de seu Filho feito homem, que por nós morreu e ressuscitou, vencedor do pecado e a morte. Ele é o “Santo” (Mt 1,21-23), anunciando o nascimento de Jesus, salvação divina, o evangelista identifica “Jesus” como a “salvação”: porás nele o nome de Jesus, porque ele vai salvar o seu povo dos seus pecados.

CONFIEMO-NOS À MISERICÓRDIA DE DEUS

Hoje é o último dia do ano. Dia de revisão e exame de consciência.
Dia de agradecimentos, de repensar e fazer novos projetos.
Tudo que fizemos de bom foi certamente aceito por Deus e frutificou em abundância.
Todas as nossas faltas, nossos tropeços e erros cometidos, coloquemos hoje na misericórdia de Deus com o propósito de não repetí-los.
O amor misericordioso de Deus cobre tudo em um coração que sente o "desejo de recomeçar".
Ele trata o operário da última hora como aquele da primeira hora.
Dá-lhe o mesmo salário, pois a sua Justiça ultrapassa a justiça humana.
Ele não condena e sentencia impiedosamente. Ele é puro amor. 
Espera sempre e acredita em nós. 
Não leva em conta as nossas quedas - se temos o desejo de ficar de pé.
Ele nos ama, nos cuida, nos levanta e nos salva.
Com esta fé, com esta confiança - viveremos este último dia do ano e iniciaremos o próximo. 
Vendo em cada dia de 2013  - 365 novas oportunidades para amar... 31.536.000 segundos - para viver intensamente o amor para com o outro...e entender definitivamente, que esta "decisão" nos ajuda a perceber concretamente que em cada um destes momentos Deus está conosco - em toda e qualquer situação - simplesmente por que nos ama imensamente e incondicionalmente!

"FELIZ" SANTO ANO NOVO A TODOS !!!!!
Deus os abençõe!

sábado, 29 de dezembro de 2012

Adeus ano velho

+

Mais um ciclo termina.
Deixamos 2012 e nos preparamos, cada um a seu limitado modo, receber o novo que já bate à porta querendo ansiosamente entrar.

Se fizermos uma rápida reflexão, para alguns deve ter sido um ano de desafios superados, metas atingidas, premiações, mudanças de rota, novo estilo de vida.

Já para outros, humilhações, dores, decepções, perdas, dificuldades.

Não é surpresa que na vida todos nós temos altos e baixos, e isso é confirmado pela Carta de Amor que nos diz: “no mundo tereis aflições ...” Portanto, não se desespere, assim deverá ser até o fim, antes da volta do Filho de Deus.

O mais valioso do legado que o ano velho entrega é que você continua com o fôlego de vida sustentado por Deus. Esse é o maior presente que alguém possa ganhar, pois não depende de ninguém, e se deve segundo cada coração agradecer a Ele com um Muito Obrigado.

A chegada de 2013 significa em muitas mentes, vida longa e sucesso. Também envolve milhares de promessas que fazemos a nós ou aos que nos cercam. De todas as coisas, o que precisamos saber é que o novo ano já está descortinado para Deus. Ele, através da Sua onisciência, conhece o fim de 2013 antes mesmo de começar. Além disso, o Criador fará de tudo para permanecer presente em sua vida, vinte quatro horas, sete dias por semana, de modo ininterrupto.

Faz bem desejar aos seus queridos, prosperidade, felicidade, esperança do novo que se aproxima, porém não se esqueça, você como ser humano é pequeno demais para controlar a direção que 2013 tomará.

E é preciso pedir sabedoria, bom senso, equilíbrio do Alto para lidar com cada situação que certamente virá até você.

E em todas as novas circunstâncias saiba que Ele nunca permitirá uma prova maior daquela que possamos suportar.

Então queridos : Aceita as surpresas que transtornam teus planos derrubam teus sonhos dão rumo totalmente diverso ao teu dia e , quem sabe à tua vida. Não há acasos.Dá liberdade ao Pai para que Ele mesmo conduza a trama dos teus dias...

Feliz 2013 com Deus inundando sua vida de ricas bênçãos, são os votos do seu

Padre Emílio Carlos +
Para você e sua família!
“ Olhos que viram a salvação”


Lucas 2, 22-35

Neste Evangelho nós vemos a narrativa da purificação de Maria e apresentação de Jesus no templo, conforme a lei de Moisés. Ao levarem Jesus ao templo Maria e José  encontraram Simeão,   homem justo e piedoso, cheio do Espírito Santo que reconheceu o Salvador quando os olhos pousaram em Jesus,  porque o Espírito Santo estava com ele. 
Assim também acontece com cada um de nós que voltamos o nosso olhar para Jesus e cheios do Espírito Santo esperamos as promessas de Deus. 
É o Espírito Santo quem nos faz ter uma experiência de salvação com Jesus. Quando isto acontece nada mais será importante na nossa vida, pois o processo de conversão começa a nos modificar. 
Podem dizer que tiveram um encontro pessoal com Jesus todos aqueles   que sentem a força do alto na hora do desamparo, que experimentam a alegria no momento de tristeza, que mantém acesa a chama da fé nas horas de maior desespero. 
Simeão, homem velho, já quase no final da vida, poderia estar desiludido e desanimado, no entanto, ele frequentava o templo todos os dias,  porque o Espírito Santo já lhe havia anunciado antes, que ele não morreria sem  ver o Messias. 
Por isso, ele continuou firme e cheio de esperança. 
O Espírito Santo também hoje nos assegura que Jesus já veio mais uma vez no Natal e que se mantivermos os nossos olhos voltados para Ele, com certeza,   poderemos ter novamente uma experiência de salvação. Sentir a presença de Jesus dentro do nosso coração é o maior bem e o melhor presente de Natal que podemos receber.    

  •  - Você já teve essa experiência com Jesus? Como você tem olhado para Ele?
  • - Você consegue perceber os “pensamentos do seu coração?
  •  Procure mergulhar em você mesmo (a) peça ao Espírito  Santo que lhe revele o que o seu coração pensa.
 “A  luz de Deus é o amor”

 1 João 2, 3-11 

A vivência do amor ao próximo é a garantia que temos para que a luz verdadeira brilhe em nós e por nosso intermédio. “Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas” nos diz São João  nesta carta quando nos revela o critério para discernirmos se estamos com Jesus e se procedemos como ele procedeu. Portanto, precisamos estar atentos (as) às atitudes concretas do nosso dia a dia. Não podemos dizer que somos de Cristo e que vivenciamos os Seus ensinamentos e guardamos a Palavra de Deus, se estamos cultivando e trazendo dentro de nós, ressentimentos, mágoas, más querenças e sentimentos de vingança. Fomentar tudo isto dentro do nosso coração mostra  que estamos vivendo nas trevas e escuridão. Os que são da luz brilham por causa das ações de amor que praticam e são chamados refletores da Luz de Cristo. Quando as nossas ações são de desamor nós estamos agindo contra o mandamento de Deus e, por isso, recebemos a paga pela nossa insensatez.  

  •  – As suas ações dão sinal para o mundo de luz ou de trevas? 
  • – Você tem se colocado diante da Palavra de Deus para examinar o seu coração? 
  • – Você tem guardado mágoas e ressentimentos? 
  • – As suas palavras são sinal de Deus para o mundo?

Deus está gerando…


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Quando esperamos em Deus não devemos esmorecer, devemos ficar firmes e confiantes que o Senhor fará tudo de acordo com Sua vontade e de acordo com Seu tempo.
Esperar em Deus implica em ter uma fé confiante que crê no invisível e espera num Deus que pode fazer o impossível.
Pérola do dia: 
 
Não assuma para si os rótulos que as pessoas colocam em sua vida! 
 
Pense que são poucas as pessoas que nos veem com os olhos de Deus, muitas delas tem visão distorcida a nosso respeito e por isso acreditam que nunca poderemos ser ou fazer nada.
Deus nos vê como um projeto a ser desenvolvido, os homens nos veem como fracassados sem expectativas.
Em quem vamos escolher acreditar???? 
No Deus que nos amou desde antes a fundação do mundo, ou nos homens que vieram do pó e ao pó tornarão!
Escolha acreditar em Deus!!! Escolha acreditar no projeto que Deus tem para você, não baseie seu sucesso no que o homem diz ser sucesso, baseie sua vida no plano que Deus tem para você, muitas vezes este plano pode envolver dor, lutas, obstáculos que serviram para te fazer crescer espiritualmente e te moldar como um homem ou uma mulher de Deus  digno de entrar na cidade Celestial.
Podemos observar que muitos tentaram destruir nossos planos, nossas esperanças, nossas expectativas assim como fizeram com os planos de José. 
A Palavra de Deus em Gênesis 37,4-5, cita que os próprios irmãos de José o ODIAVAM, e o INVEJAVAM ( Gênesis 37,11).
Quantos de nós não temos passado por isso ? 
Mas, permaneça firme porque apesar das adversidades se você está no centro da vontade de Deus, Deus é contigo.


SAGRADA FAMÍLIA
30 de dezembro de 2012
"Devo estar na casa de meu Pai "


O quanto de bom existe na nossa pequena família também.

O Filho está envolvido com as coisas do Pai.





Leituras: 
Eclesiástico 3, 3-7.14-17a; 
Salmo 128 (127), 1-2.3.4-5 (R/cf. 1); 
Carta de São Paulo aos Colossenses 3,12-21; 
Lucas 2, 41-52.

COR LITÚRGICA: BRANCA

Nesta Eucaristia, que se realiza na “oitava de Natal”, somos convidados, pela liturgia, a olharmos a Sagrada Família de Nazaré. Ela já vivia na comunhão com Deus, antes do nascimento de Jesus, e continua depois do Natal, com as dificuldades da vida, pelas quais passam todas as famílias da terra. Peçamos nesta celebração que o Senhor possa abençoar todas as famílias, em especial as famílias de nossa comunidade, e que possamos ter a Sagrada Família como exemplo para nossas famílias.

Situando-nos

A festa da Sagrada Família se insere no tempo do Natal, ou seja, “tempo da manifestação” do Senhor. Quer dizer, o Verbo eterno do Pai se torna humano, vem morar entre nós.

Celebrando a Sagrada Família, valorizamos a vida de nossas famílias como santuário da vida, lugar da vivência da gratuidade, do amor e do perdão, sacramento do mundo novo, apesar dos seus inevitáveis contratempos.

Nesta celebração, o Pai nos convida a entrar no mistério sempre atual da encarnação do Filho, na realidade de uma família que, independente de seus limites, é convidada a assumir o caminho de Jesus, como Maria e José que foram fiéis a Deus, apesar das vicissitudes da época.

A Palavra de Deus neste domingo nos introduz no mistério desta Família. Estejamos com olhar atento para ver o quanto de bom existe na nossa pequena família também.

1. Recordando a Palavra

O texto do evangelho de Lucas acentua a relação de Jesus com o Pai, sinalizando que sua missão ultrapassa os limites da família a que pertence pelos laços de sangue. Jesus participa com os pais da peregrinação a Jerusalém, para celebrar a festa da Páscoa. Ele começa a sentir a alegria de viver na comunidade dos fiéis israelitas, pois já tinha completado doze anos, idade da maturidade, época da preparação para a cerimônia do “bar mitzvá”.

Terminando a festa da Páscoa, que costumava durar sete dias, José e Maria tomam o caminho de volta a Nazaré da Galileia. Jesus permanece em Jerusalém e os pais notaram sua ausência entre os companheiros de viagem. Então, voltam a Jerusalém e, após três dias de procura, o encontram sentado entre os mestres da Lei, participando ativamente do ensinamento ministrado nos átrios do templo.

As pessoas, que acompanhavam o ensinamento dos mestres da Lei, ficavam maravilhadas com a sabedoria de Jesus. Aos pais aflitos que o procuravam, Jesus revela o sentido de sua missão: “Não sabíeis que devia estar na casa do meu Pai?” (2,49).

O Filho está envolvido com as coisas do Pai, pois foi enviado para realizar a sua vontade. Depois disso, Jesus volta com os pais para Nazaré e continua vivendo na obediência, prefigurando sua doação total por amor, como servo obediente ao Pai.

Maria “guardava todas estas coisas no coração” (2,51). Como modelo de discípula, ela conserva a palavra e os acontecimentos para compreender a missão do Filho. “Jesus ia crescendo em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens” (2,52), colocando-se, desde a infância totalmente a serviço da vontade do Pai, revelada N´Ele pelo Espírito Santo. A romaria a Jerusalém prefigura sua caminhada final até lá (9,51-19,27), onde culmina sua missão salvífica.

A primeira leitura, do livro do Eclesiástico, orienta as relações familiares, lembrando aos filhos o dever de honrar pai e mãe, conforme ensina o quarto mandamento (cf. Ex 20,12; Dt 5,16). Exorta a consolar, a ter compaixão e amparar os pais na velhice; a ter piedade, isto é, respeito e dedicação com aqueles que geravam a vida. Assim, o sábio autor do livro escreve no início do século II a.C., colocando a família como instrumento eficaz para permanecer na fidelidade à aliança.

O Salmo 128 (129) é sapiencial e fala da vida familiar feliz e harmoniosa. A fidelidade os ensinamentos do Senhor leva a trilhar os seus caminhos de felicidade. “Que o Senhor te abençoe cada dia de tua vida”.

A segunda leitura, da carta aos Colossenses, reflete sobre as relações humanas em todas as dimensões, sobretudo, no âmbito familiar. Impele a revestir-se das virtudes e atitudes essenciais para seguir o caminho da vida nova em Cristo. Mostra que a compaixão, a bondade, a humildade, a mansidão, a paciência e o perdão mútuo culminam na caridade que é o vínculo da perfeição.

O amor é o alicerce da vida familiar e cristã, pois leva a formar um só corpo em Cristo Jesus. A escuta da palavra, a ação de graças e o louvor com salmos, hinos e cânticos espirituais proporcionam viver os deveres recíprocos no amor.

2. Atualizando a Palavra

A Sagrada Família de Nazaré cumpre seus compromissos religiosos e ilumina as relações entre pais e filhos, sendo modelo para todos os lares. Mas Jesus revela que sua família, mais do que nos laços de sangue, está centrada na obediência a Deus, Pai comum de todas as pessoas que crêem e realizam a sua vontade.

Compreender a vontade do Pai, seus desígnios, seu projeto de amor, exige meditação, oração e contemplação constante de sua palavra. Maria conservava no coração a palavra, os acontecimentos da salvação, acolhendo com fé o plano de amor do Pai, que se revela no Filho. Sua atitude de discípula ilumina a nossa caminhada a serviço do Evangelho de Cristo.

O Filho de Deus vindo a terra numa família humana, oferece a ocasião para refletir sobre a família como ambiente vital e social, onde cada ser humano se insere ao nascer. Ele ensina a viver o amor filial, a comunhão, a solidariedade, a partilha.

O amor é o elemento essencial que faz reinar a paz e a harmonia nas famílias. É o critério para viver a felicidade em Deus e a fonte da unidade familiar.

O Catecismo da Igreja Católica afirma que a “Família cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai. Ela é chamada a partilhar a oração e do sacrifício de Cristo. A oração cotidiana e a leitura da Palavra de Deus fortificam nela a caridade. A família cristã é evangelizadora e missionária. As relações dentro da família acarretam uma afinidade de sentimentos, de afetos e de interesses, afinidade essa que provém, sobretudo, do respeito mútuo entre as pessoas. A família é uma comunidade privilegiada, chamada a realizar uma carinhosa abertura recíproca de alma entre os cônjuges e, também, uma atenta cooperação dos pais na educação dos filhos” (Catecismo da Igreja Católica, p.576).

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

A nossa reunião dominical na casa do Senhor (Igreja) é expressão sinal de nossa caminhada com o Senhor e do desejo de vivermos como irmãos, numa família sagrada, unidos pelos laços da fé e da solidariedade.

A cada encontro dominical, à mesa da grande família, vamos crescendo pela sabedoria e força que nos vêm pela Palavra e pelo Pão eucarístico partilhado, até, unidos na busca da justiça e dias melhores para todos, chegarmos a “fazer a vontade do Pai”, conforme o dom e a vocação e cada um.

Um desejo, uma busca essencial em relação à vida da família hoje, com certeza, deve ser procurado no exercício da caridade que é a fonte da unidade familiar (caridade entendida como vivência da gratuidade, do perdão e do amor, do exercício de relações verdadeiras, da prática da misericórdia, da partilha e da solidariedade).

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Exposição sobre o CREDO
Exposição sobre o CREDO                                                                            * Prólogo -- A Fé

O primeiro bem necessário a todo o cristão é a Fé, sem a qual ninguém é chamado cristão fiel. Ora a fé traz quatro benefícios.

* Primeiro benefício da fé

O primeiro é a união da alma com Deus. Pela fé existe entre a alma e Deus uma união semelhante à do matrimônio. "Desposar-te-ei na Fé" (Os. 2, 22). Quando um homem é batizado é-lhe perguntado em primeiro lugar: "Crês em Deus?" Isto é assim porque o batismo sem a Fé não tem valor. De fato deve dizer-se que ninguém é aceite diante de Deus se não tiver Fé. "Sem Fé é impossível ser agradável a Deus" (Hb. 11, 6). Santo Agostinho explica as palavras de São Paulo, "Tudo o que não procede da Fé, é pecado" (Rom. 14, 23), desta forma: "Onde não há conhecimento da Verdade eterna e imutável, a virtude, mesmo no meio da melhor vida moral, é falsa."

* Segundo benefício da fé

O segundo efeito da Fé é que a vida eterna já teve início em nós; pois a vida eterna não é outra coisa senão o conhecimento de Deus. Isto foi anunciado pelo Senhor quando disse: "a vida eterna consiste em que conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo" (Jo. 17, 3). Este conhecimento de Deus começa aqui (na terra) através da Fé, mas só será perfeito na vida futura quando conhecermos Deus como Ele é. Por isso São Paulo diz: "A Fé é a substância do que se espera" (Hb 11, 1, Vulgata). Ninguém pode pois chegar á felicidade perfeita do Céu, que é o verdadeiro conhecimento de Deus, sem primeiro conhecer Deus através da Fé. "Bem-aventurados os que não viram e creram" (Jo. 20, 29).

* Terceiro benefício da fé

O terceiro bem que vem da Fé é a orientação reta que ela dá à nossa vida presente. Para que alguém viva uma boa vida é preciso que saiba tudo o que é necessário para viver retamente. Mas se dependesse apenas do esforço próprio para ter todo esse conhecimento necessário, ou nunca se atingiria tal conhecimento, ou se o conseguisse, seria só ao fim de muito tempo. Mas a Fé ensina-nos tudo o que é ecessário para vivermos uma boa vida. Ensina-nos que existe um Deus que recompensa o bem e pune o mal; que existe uma vida para além desta, e outras verdades pelas quais somos atraídos a viver retamente e a evitar o que é mal. "O justo vive pela Fé" (Hab. 2, 4). Isto é evidente pelo fato de nenhum dos filósofos antes da vinda de Cristo ter conseguido, pelos seus próprios esforços, conhecer a Deus e aos meios necessários à salvação, tão bem quanto qualquer velhinha desde a chegada de Cristo o conhece pela Fé. E por isso se diz em Isaías "a terra está cheia com o conhecimento do Senhor." (Is. 11, 9)

* Quarto benefício da fé

O quarto efeito da Fé é que por ela vencemos as tentações: "Os santos pela Fé conquistaram reinos" (Hb. 11, 33). Sabemos que qualquer tentação ou vem do mundo, ou da carne, ou do demônio. O demônio quer que desobedeçamos a Deus e não nos sujeitemos a Ele. Isto é removido pela Fé, pois por Ela sabemos que Ele é o Senhor de todas as coisas e deve por isso ser obedecido. "Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na Fé!" (1Pd. 5, 8). O mundo tenta- nos, quer prendendo-nos a ele pela prosperidade quer enchendo-nos de medo na adversidade. Mas a Fé vence-o pois leva-nos a acreditar numa vida melhor que há-de vir, e por isso desprezamos as riquezas deste mundo e não somos aterrorizados diante da adversidade. "Esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa Fé" (1Jo. 5, 4). A carne tenta-nos atraindo-nos para os prazeres passageiros desta vida presente. Mas a Fé mostra-nos que, se nos prendermos desordenadamente a estas coisas, perderemos as alegrias eternas. "Empunhai sempre o escudo da Fé" (Ef. 6, 16)

Por tudo isso vemos que é muito útil ter Fé.

São Tomás de Aquino


Festa da Sagrada Família - Ano C  
Domingo dentro da Oitava do Natal
 
As leituras deste domingo complementam-se ao apresentar as duas coordenadas fundamentais a partir das quais se deve construir a família cristã: o amor a Deus e o amor aos outros, sobretudo a esses que estão mais perto de nós – os pais e demais familiares.

O Evangelho sublinha, sobretudo, a dimensão do amor a Deus: o projeto de Deus tem de ser a prioridade de qualquer cristão, a exigência fundamental, a que todas as outras se devem submeter. A família cristã constrói-se no respeito absoluto pelo projeto que Deus tem para cada pessoa.

A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos de todos os que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma mais especial, todos os que conosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.

A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.

LEITURA I – Sir 3,3-7.14-17a (gr. 2-6.12-14)

O livro de Ben-Sira (também chamado “Eclesiástico”), de onde foi extraída a primeira leitura deste domingo, é um livro sapiencial e que, como todos os livros sapienciais, pretende apresentar uma reflexão de caráter prático sobre a arte de bem viver e de ser feliz. Estamos no início do séc. II a.C., numa época em que o helenismo tinha começado o seu trabalho pernicioso, no sentido de minar a cultura e os valores tradicionais de Israel. Jesus Ben-Sira, o autor deste livro, avisa os israelitas para não deixarem perder a identidade cultural e religiosa do seu Povo. Procura, então, apresentar uma síntese da religião tradicional e da sabedoria de Israel, sublinhando a grandeza dos valores judaicos e demonstrando que a cultura judaica não fica a dever nada à brilhante cultura grega.

O texto apresenta uma série de indicações práticas que os filhos devem ter em conta nas relações com os pais.
Uma palavra sobressai: o verbo “honrar”. Ele leva-nos ao decálogo do Sinai (cf. Ex 20,12), onde aparece no sentido de “dar glória”. “Dar glória” a uma pessoa é dar-lhe toda a sua importância; “dar glória aos pais” é, assim, reconhecer a sua importância como instrumentos de Deus, fonte de vida.
Ora, reconhecer que os pais são a fonte, através da qual Deus nos dá a vida, deve conduzir à gratidão; e essa gratidão tem consequências a nível prático. Implica ampará-los na sua velhice e não os desprezar nem abandonar; implica assisti-los materialmente – sem inventar qualquer desculpa – quando já não podem trabalhar (cf. Mc 7,10-11); implica não fazer nada que os desgoste; implica escutá-los, ter em conta as suas orientações e conselhos; implica ser indulgente para com as limitações que a idade traz.
Dado o contexto da época em que Ben-Sira escreve, é natural que, por detrás destas indicações aos filhos, esteja também a preocupação com o manter bem vivos os valores tradicionais, esses valores que os mais antigos preservam e que passam aos jovens.
Como recompensa desta atitude de “honrar” os pais, Jesus Ben-Sira promete o perdão dos pecados, a alegria, a vida longa e a atenção de Deus.

ATUALIZAÇÃO

A reflexão e atualização do texto podem fazer-se à volta dos seguintes dados:

¨ Sentimo-nos gratos aos nossos pais porque eles aceitaram ser, em nosso favor, instrumentos de Deus criador? Lembramo-nos de lhes demonstrar essa gratidão?

¨ Apesar da preocupação moderna com os direitos humanos e o respeito pela dignidade das pessoas, a nossa civilização cria, com frequência, situações de abandono e de marginalização, cujas vítimas são, muitas vezes, aqueles que já não têm uma vida considerada produtiva, ou aqueles a quem a idade ou a doença trouxeram limitações. Que motivos justificam o desprezo e abandono daqueles a quem devemos “honrar”?

¨ É verdade que a vida de hoje é muito exigente a nível profissional e que nem sempre é possível a um filho estar presente ao lado de um pai que precisa de cuidados ou de acompanhamento especializado. No entanto, a situação é muito menos compreensível se o afastamento de um pai do convívio familiar resulta do egoísmo do filho, que não está para “aturar o velho”…

¨ O capital de maturidade e de sabedoria de vida que os mais idosos possuem é considerado por nós uma riqueza ou um estorvo à nossa modernidade?

¨ Face à invasão contínua de valores estranhos que, tantas vezes, põem em causa a nossa identidade cultural e religiosa, o que significam os valores que recebemos dos nossos “pais”? Avaliamos com maturidade a perenidade desses valores?

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 127 (128)

Refrão 1: Felizes os que esperam no Senhor
e seguem os seus caminhos.

Refrão 2: Ditosos os que temem o Senhor,
ditosos os que seguem os ses caminhos.

Feliz de ti, que temes o Senhor
e andas nos ses caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém,
todos os dias da tua vida.

LEITURA II – Col 3,12-21

Paulo estava na prisão (possivelmente em Roma, anos 61/63) quando escreveu aos colossenses. Algum tempo antes, Paulo havia recebido notícias pouco animadoras sobre a comunidade de Colossos. Essas notícias falavam da perigosa tendência de alguns doutores locais, que ensinavam doutrinas errôneas e afastavam os colossenses da verdade do Evangelho. Essas doutrinas misturavam práticas legalistas, práticas ascéticas, especulações sobre os anjos e achavam que toda esta mistura confusa de elementos devia completar a fé em Cristo e comunicar aos crentes um conhecimento superior dos mistérios cristãos e uma vida religiosa mais autêntica.
Sem refutar essas doutrinas de modo direto, Paulo afirma a absoluta suficiência de Cristo e assinala o seu lugar proeminente na criação e na redenção dos homens.
O texto da segunda leitura pertence à segunda parte da carta. Depois de constatar a supremacia de Cristo na criação e na redenção (primeira parte), Paulo avisa os colossenses de que a união com Cristo traz consequências a nível de vivência prática (segunda parte): implica a renúncia ao “homem velho” do egoísmo e do pecado, e o “revestir-se do homem novo”.

Em termos mais concretos, viver como “homem novo” implica cultivar um conjunto de virtudes que resultam da união do cristão com Cristo: misericórdia, bondade, humildade, paciência, mansidão. Lugar especial ocupa o perdão das ofensas do próximo, a exemplo do que Cristo sempre fez. Estas virtudes são exigências e manifestações da caridade, que é o mais fundamental dos mandamentos cristãos.
Catálogos de virtudes como este apareciam também na ética dos gregos; o que é novo aqui é a fundamentação: tais exigências resultam da íntima relação do cristão com Cristo; viver “em Cristo” implica viver, como Ele, no amor total, no serviço, na disponibilidade e no dom da vida.
Uma vez apresentado o ideal da vida cristã nas suas linhas gerais, Paulo aplica o que acabou de dizer à vida familiar. Às mulheres, recomenda o respeito para com os maridos; aos maridos, convida a amar as esposas, evitando o domínio tirânico sobre elas; aos filhos, recomenda a obediência aos pais; aos pais, com intuição pedagógica, pede que não sejam excessivamente severos para com os filhos, pois isso pode impedir o desenvolvimento normal das suas capacidades.
É desta forma que, no espaço familiar, se manifesta o Homem Novo, o homem que vive segundo Cristo.

ATUALIZAÇÃO

Na reflexão, ter em conta os dados seguintes:

¨ Viver “em Cristo” implica fazer do amor a nossa referência fundamental e deixar que ele se manifeste em gestos concretos de bondade, de perdão, de compreensão, de respeito pelo outro, de partilha, de serviço… É este o quadro em que se desenvolvem as nossas relações com aqueles que nos rodeiam?

¨ A nossa primeira responsabilidade vai para com aqueles que conosco partilham, de forma mais chegada, a vida do dia a dia (a nossa família). Esse amor, que deve revestir-nos sempre, traduz-se numa atenção contínua àquele que está ao nosso lado, às suas necessidades e preocupações, às suas alegrias e tristezas? Traduz-se em gestos sentidos e partilhados de carinho e de ternura? Traduz-se num respeito absoluto pela liberdade e pelo espaço do outro, por um deixar o outro crescer sem o sufocar? Traduz-se na vontade de servir o outro, sem nos servirmos do outro?

¨ As mulheres não gostam de ouvir Paulo pedir-lhes a “submissão” aos maridos… No entanto, não devem ser demasiado severas com Paulo: ele é um homem do seu tempo, e não podemos exigir dele a mesma linguagem com que, nos nossos dias, falamos destas coisas. Apesar de tudo, convém lembrar que Paulo não se esquece de pedir aos maridos que amem as mulheres e não as tratem com aspereza: sugere, desta forma, que a mulher tem, em relação ao marido, igual dignidade.

ALELUIA – Col 3,15a.16a

Aleluia. Aleluia.

Reine em vossos corações a paz de Cristo,
habite em vós a sua palavra.

EVANGELHO – Lc 2,41-52
 
O Evangelho que nos é proposto é o final do “Evangelho da infância” de Lucas. Ora, já sabemos que a finalidade do “Evangelho da infância” não é fazer uma reportagem sobre os primeiros anos da vida de Jesus, mas sim fazer catequese sobre Jesus; nessa catequese, diz-se quem é Jesus e apresentam-se algumas coordenadas teológicas que vão, depois, ser desenvolvidas no resto do Evangelho.
A “catequese” de hoje situa-nos em Jerusalém. A Lei judaica pedia que os homens de Israel fossem três vezes por ano a Jerusalém, por alturas das três grandes festas de peregrinação (Páscoa, Pentecostes e Festa das Cabanas – cf. Ex 23,17-17). Ainda que os rabinos não considerassem obrigatória esta lei até aos treze, muitos pais levavam os filhos antes dessa idade. Jesus tem doze anos e, de acordo com o texto de Lucas, foi com Maria e José a Jerusalém celebrar a Páscoa.
É neste ambiente de Jerusalém e do Templo que Lucas situa as primeiras palavras pronunciadas por Jesus no Evangelho. Elas são, sem dúvida, o centro do nosso relato.

A chave deste episódio está, portanto, nas palavras pronunciadas por Jesus quando, finalmente, se encontra com Maria e José: “porque me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?”
O significado (a catequese) da resposta à pergunta de Maria é que Deus é o verdadeiro Pai de Jesus. Daqui deduz-se que as exigências de Deus são, para Jesus, a prioridade fundamental, que ultrapassa qualquer outra exigência. A sua missão – a missão que o Pai Lhe confia – vai obrigá-l’O a romper os laços com a própria família (cf. Mc 3,31-35).
É possível que haja ainda, aqui, uma referência à paixão/morte/ressurreição de Jesus: tanto o episódio de hoje, como os fatos relativos à morte/ressurreição, são situados num contexto pascal; em ambas as situações Jesus é abandonado – aqui por Maria e José e, mais tarde, pelos discípulos – por pessoas que não compreendem que a sua prioridade é o projeto do Pai; em ambas as situações, Jesus é procurado (cf. Lc 24,5) e tem de explicar que a finalidade da sua vida é cumprir aquilo que o Pai tinha definido (cf. Lc 24,7.25-27.45-46). Lucas apresenta aqui a chave para entender toda a vida de Jesus: Ele veio ao mundo por mandato de Deus Pai e com um projeto de salvação/libertação. Àqueles que se perguntam porque deve o Messias percorrer determinado caminho, Lucas responde: porque é a vontade do Pai. Foi para cumprir a vontade do Pai que Jesus veio ao nosso encontro e entrou na nossa história.
Atente-se, ainda, em duas questões um tanto marginais, mas que podem servir também para a nossa reflexão e edificação: em primeiro lugar, reparemos no entusiasmo que Jesus tem pela Palavra de Deus e pelas questões que ela levanta; em segundo lugar, a “declaração de independência” de Jesus pode ajudar-nos a compreender que a família não é o lugar fechado, onde cada pessoa cresce em horizontes limitados e fechados, mas é o lugar onde nos abrimos ao mundo e aos outros, onde nos armamos para partir à conquista do mundo que nos rodeia.

ATUALIZAÇÃO

A reflexão do Evangelho de hoje deve ter em conta as seguintes questões:

¨ Para Jesus, a prioridade fundamental a que tudo se subjuga (até a família) é o projeto de Deus, o plano que Deus tem para cada pessoa. Se os planos dos pais e os planos de Deus entram em choque, quais devem prevalecer?

¨ Anima-nos o mesmo entusiasmo de Jesus pela Palavra de Deus? Somos capazes de esquecer outros interesses legítimos para nos dedicarmos à escuta, à reflexão e à discussão da Palavra? Vemos nela um meio privilegiado de conhecer o projeto que Deus tem para nós?

¨ Maria e José não fizeram cenas diante da resposta “irreverente” de Jesus. Aceitaram que o jovem Jesus não lhes pertencia exclusivamente: Ele tinha a sua identidade e a sua missão próprias. É assim que nos situamos face àqueles com quem partilhamos a experiência familiar?

¨ A nossa família potencia o nosso crescimento, abrindo-nos horizontes e levando-nos ao encontro do mundo, ou fecha-nos num espaço cômodo mas limitado, onde nos mantemos eternamente dependentes?


O que falta aos cristãos de hoje?

Por que a fé, as práticas religiosas estão em declínio e não parecem constituir para muitos o ponto de força na vida?
Por que o tédio, o cansaço e a fadiga de quem tem fé em cumprir os próprios deveres? Por que a falta de alegria entre os que acreditam em Cristo?

A resposta se resume em poucas palavras: Nosso cristianismo é sem Cristo, impessoal, longínquo, que não é visto de perto, estranho, mesmo se tão conhecido. Não é uma pessoa viva e verdadeira, um amigo que caminha conosco, que está mais presente a nós do que o nosso eu, como nos diz Santo Agostinho.

Para que as coisas mudem também para nós, como é preciso um maravilhamento, um enamorar-se da pessoa de Cristo, participar da sua transfiguração.
Cristo que se transfigura para iluminar com a percepção de sua divindade, revelação do amor de Deus que envolve o coração da pessoa. 
É a atração de Cristo, não o constrangimento que deve nos maravilhar.