Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 31 de dezembro de 2011

Domingo, 1º de Janeiro de 2.012

Lucas 2,16-21 “Maria, Mãe do nosso Senhor”

“...Conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração.”


Caríssimos irmãos e irmãs,


Assim como a concepção de Jesus, sua vinda ao nosso mundo foi determinante para a nova ordem da humanidade, assim o nascimento de Maria, nossa mãe, também foi cercado de mistérios. Seu pai, Joaquim, encontrava-se no deserto em jejum e oração, clamando a Deus para que abençoasse sua esposa e ela concebesse.
Assim dessa forma miraculosa veio ao mundo aquela que desde sua concepção, estava destinada a ser a mãe do nosso Senhor. Havia um, futuro muito especial destinado a esta mulher em que se realizaria a glória de Deus Pai na formação humana do Filho. Por meio de Maria realizou-se a união da carne com o Espírito, do humano com o Divino.
Ao responder ao anjo Gabriel com o seu “SIM” de que aceitava a ser a mãe do Filho de Deus. Ela dava um novo sentido ao mundo, pois se com Eva veio o pecado ao mundo, por ela Maria, viria à remissão dos pecados por intermédio, do seu filho amado, o Filho do Altíssimo.
Talvez a própria Maria no seu íntimo não tivesse total conhecimento do que representava sua gestação e também porque fora a escolhida de Deus, para humanizar o Filho do Homem, por isso guardava todas estas palavras.
Completam-se oito dias desde o nascimento do Filho de Deus, e ao circuncidá-lo, colocam-lhe o nome de Jesus, como fora indicado pelo anjo.
É realmente uma coisa muito profunda considerar que Deus tem uma mãe, mas isso é exatamente o que as Escrituras quer nos informar, para que, quando o Espírito de Deus vier sobre Maria, e do poder de Deus a cobrí-la, uma criança será concebida, sendo mesmo tempo plenamente humano e divino; o que significa que a criança que foi concebido em Maria, era tudo o que Seu Pai é, Deus e Santo, e tudo que sua mãe é humana e cheia de graça, vide em ( Lc 1,25-35 ). Portanto, o Menino Jesus é literalmente 'Deus na carne ".
Foi no Concílio de Éfeso em 431 dC, onde os nossos Padres decretaram que Maria é Theotokos (do grego:.
Θεοτόκος,; significado da Mãe de Deus), porque o seu Filho Jesus é uma pessoa que é Deus e homem, divino e humano. Mas foi sua prima Isabel que primeiro lhe deu este título quando Maria a visitou pouco depois ela concebeu. Foi então que Isabel disse: "E como é que isso aconteceu comigo, que a mãe do meu Senhor venha me visitar?" (Lc 1,43). É ainda mais profunda considerar que Isabel, uma judia, diria que Maria é a Mãe de Deus.
Jesus não é diferente de nós a este respeito, que os seres humanos nascidos de mulher, como todos os seres humanos são, sempre terá essa mulher como sua mãe. Não importa se ela está viva ou se ela está morta ou distante, a mulher que dá à luz para nós é sempre a nossa mãe, e como nossa mãe, devemos sempre obedecer ao quarto mandamento de "Honra teu pai e tua mãe, que o seu dia pode ser longa na terra que o SENHOR teu Deus te dá "(Êxodo 20,12). É por isso que todos os cristãos devem honrar Maria como nossa Mãe espiritual.
E como nossa Mãe espiritual, Maria continua a rezar por cada um de nós no céu como uma mãe, quando ela convida-nos a rezar uma doce Ave-Maria, ela nos dá a assistência espiritual que só uma mãe pode dar. Porque ela está tão perto de seu Filho Jesus, que intercede por nós de uma forma única e suas preces são ouvidas mais intimamente por Deus.
O Evangelho de João deixa bem claro que Jesus insistiu que seus discípulos construissem um relacionamento com sua mãe, onde lemos: "Quando Jesus viu sua mãe e o discípulo há quem ele amava, disse à sua mãe:" Mulher, eis aí o teu filho . "Então ele disse ao discípulo:" Eis a tua mãe. "E desde aquela hora o discípulo a levou para sua casa" .
Mãe é uma palavra tão sagrada que deveriamos persignar as nossas bôcas quando for pronuncia-la, pois ela evoca tudo que é bom, puro, especial a qualquer ser vivo. Por isso houve a necessidade que Jesus viesse ao mundo por meio de uma mulher.

Um feliz e próspero Ano de 2012 em Jesus Cristo



Prezados irmãos.
Começamos hoje mais um ano de vida. Mais um ano de vida na presença de Deus, por Jesus seu Filho amado. Não vamos pensar em coisas desagradáveis, como: meus ossos estão doendo, a violência tomou conta do mundo, ninguém respeita mais a ninguém... etc. Mais sim, vamos pensar em coisas bonitas e positivas, tais como: É Ano Novo, tudo novo! Depois de mais um ano de vida, estamos mais velhos, porém mais experientes. E a cada dia de nossa vida, estamos nos aproximando cada vez mais de Deus. Este ano vamos levar mais a sério a nossa espiritualidade, através da aproximação mais profunda de Deus, através da caridade, da oração, da Eucaristia, e vamos nos dedicar à tarefa missionária de evangelizar: Em casa, no trabalho, da escola, na paróquia, na internet, onde quer que possamos levar a palavra de Deus seja pelo nosso exemplo de vida, seja através da explicação. Nenhum obstáculo poderá nos amedrontar. Pois Ele prometeu estar conosco até o fim dos tempos. E também prometeu que o Espírito Santo falará por nós, no caso de sermos levados ao tribunal. Ah! Ele também disse para darmos pulos de alegria, pois será grande a nossa recompensa no Céu, quando formos injuriados, e caluniados entre outras coisas, por causa do seu nome. Por causa de estarmos seguindo o seu caminho, a sua verdade e a sua vida em abundância.
Coragem, irmão! Coragem, minha irmã! Nunca permita que o desânimo tome conta de você. Pois viver é vencer obstáculos, um após o outro, um ao lado do outro. Porém, se contarmos com a ajuda divina, se deixarmos que Deus entre na nossa vida, se permitirmos que Ele governe, administre e dirija os nossos passos, com toda certeza, tudo será muito mais fácil!

Meu Deus! Eu vos louvo e agradeço por ter me confiado este trabalho, e por ter me enviado várias pessoas preparadas e dispostas a colaborar nesta caminhada missionária. Obrigado, Senhor. Obrigado porque ainda estou aqui, firme e disposto a continuar. Obrigado, muito obrigado!

Feliz e Santo 2012, meus irmãos!
...encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura



1 de Janeiro: Santa Maria, Mãe de Deus (Dia oitavo da Oitava do Natal)

Evangelho (Lc 2,16-21):

Foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. Quando o viram, contaram as palavras que lhes tinham sido ditas a respeito do menino.Todos os que ouviram os pastores ficavam admirados com aquilo que contavam. Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. Os pastores retiraram-se, louvando e glorificando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, de acordo com o que lhes tinha sido dito. No oitavo dia, quando o menino devia ser circuncidado, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido no ventre da mãe.

Reflexão:

«Foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura»

Hoje, a Igreja contempla agradecida a maternidade da Mãe de Deus, modelo de sua própria maternidade para com todos nós. Lucas nos apresenta o “encontro” dos pastores “com o Menino”, o qual está acompanhado de Maria, sua Mãe, e de José. A discreta presença de José sugere a importante missão de ser custódio do grande mistério do Filho de Deus. Todos juntos, pastores, Maria e José, «Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura» (Lc 2,16) é como uma imagem preciosa da Igreja em adoração.

“A Manjedoura”: Jesus já está na manjedoura, numa noite alusiva à Eucaristia. Foi Maria quem o colocou lá! Lucas fala de um “encontro”, de um encontro dos pastores com Jesus. Em efeito, sem a experiência de um “encontro” pessoal com o Senhor, a fé não acontece. Somente este “encontro”, o qual se entende um “ver com os próprios olhos”, e em certa maneira um “tocar”, faz com que os pastores sejam capazes de chegar a ser testemunhas da Boa Nova, verdadeiros evangelizadores que podem dar a conhecer o que lhes haviam dito sobre aquela Criança. «Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino» (Lc 2,17).

Aqui vemos o primeiro fruto do “encontro” com Cristo: «Todos os que os ouviam admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores» (Lc 2,18). Devemos pedir a graça de saber suscitar este “maravilhamento”, esta admiração naqueles a quem anunciamos o Evangelho.

Ainda há um segundo fruto deste encontro: «Voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes fora dito» (Lc 2,20). A adoração do Menino lhes enche o coração de entusiasmo por comunicar o que viram e ouviram, e a comunicação do que viram e ouviram os conduz até a pregaria de louvor e de ação de graças, à glorificação do Senhor.

Maria, mestra de contemplação —«Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração» (Lc 2,19)— nos dá Jesus, cujo nome significa “Deus salva”. Seu nome é também nossa Paz. Acolhamos coração este sagrado e doce Nome e tenhamo-lo frequentemente nos nossos lábios!

Rev. D. Manel VALLS i Serra (Barcelona, Espanha)

A†Ω



Meditação



"Deus invisível na riqueza do seu amor fala aos homens como a amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele".

Mas ainda não teríamos compreendido suficientemente a mensagem do Prólogo de São João, se nos detivéssemos na constatação de que Deus Se comunica amorosamente a nós. Na realidade, o Verbo de Deus, por meio do Qual ´tudo começou a existir´ (Jo 1, 3) e que Se ‘fez carne’ (Jo 1, 14), é o mesmo que já existia ´no princípio´ (Jo 1, 1). Se aqui podemos descobrir uma alusão ao início do livro do Gênesis (cf. Gn 1, 1), na realidade vemo-nos colocados diante de um princípio de carácter absoluto e que nos narra a vida íntima de Deus. O Prólogo joanino apresenta-nos o fato de que o Logos existe realmente desde sempre, e desde sempre Ele mesmo é Deus. Por conseguinte, nunca houve em Deus um tempo em que não existisse o Logos. O Verbo preexiste à criação. Portanto, no coração da vida divina, há a comunhão, há o dom absoluto. ´Deus é amor´ (1 Jo 4, 16) – dirá noutro lugar o mesmo Apóstolo, indicando assim ´a imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do homem e do seu caminho´.

Deus dá-Se-nos a conhecer como mistério de amor infinito, no qual, desde toda a eternidade, o Pai exprime a sua Palavra no Espírito Santo. Por isso o Verbo, que desde o princípio está junto de Deus e é Deus, revela-nos o próprio Deus no diálogo de amor entre as Pessoas divinas e convida-nos a participar nele. Portanto, feitos à imagem e semelhança de Deus amor, só nos podemos compreender a nós mesmos no acolhimento do Verbo e na docilidade à obra do Espírito Santo. É à luz da revelação feita pelo Verbo divino que se esclarece definitivamente o enigma da condição humana”

(Bento XVI, Exortação apostólica Verbum domini, n. 6).

A†Ω

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011



Vigiai na Oração
Enquanto nesta noite a maior parte dos meus filhos passam as últimas horas do ano mergulhados em diversões, na dissipação e no desperdício, vós, meus filhos prediletos, vigiai comigo no silêncio e na mais intensa oração.

Oração de ação de graças, por todas as graças que durante o ano que ora termina, vos foram concedidas pelo Pai, no Espírito Santo, por meio de meu Filho Jesus e através da contínua e incessante intercessão do meu Imaculado Coração.

Este mundo está em poder do meu adversário, que o domina com seu espírito de soberba e rebelião, arrastando imenso número de filhos de Deus pelo caminho do prazer, do pecado, da desobediência à lei de Deus, no desprezo da sua Vontade. (...) Nada pode resistir à força do amor misericordioso de Deus, que quer transformar este pobre mundo em nova criação. (...) Prece de impetração, de súplica, para alcançar do Coração misericordioso de Jesus dias de paz e não de aflição, dias de serenidade e não de desventura. (...) Oração reparadora, pois a taça da justiça divina está cheia, mais que cheia, ela transborda!

Verificai como o ódio e o pecado se espalham!

Atualmente, uma grande parte dos homens já não observa os dez Mandamentos de Deus. O vosso Deus é publicamente ignorado, negado, ofendido e blasfemado. O dia do Senhor é profanado cada vez mais.

A cada dia se atenta contra a vida. No mundo, anualmente, dezenas de milhões de criancinhas inocentes são assassinadas no seio de sua mãe e cresce o número de homicídios, violências, roubos e seqüestros.
A imoralidade se estende como um dilúvio de lama e é propagada pelos meios de comunicação social, especialmente pelo cinema, pela imprensa e pela televisão. Através desta última, penetra em toda família, por meio de uma tática sutil e diabólica de sedução e de corrupção. As vítimas mais desprotegidas são as crianças e os jovens, que Eu contemplo, com preocupada ternura de Mãe.

Somente uma poderosa força de oração e de penitência reparadora poderá salvar o mundo daquilo que a justiça de Deus preparou, ante sua obstinada repulsa a qualquer apelo de emenda.
Ouvi, ao menos agora, a voz da vossa Mãe do Céu! Necessito de muita oração reparadora e de sofrimento oferecido com fé. Rezai sempre o vosso Rosário. (...)


Trecho da mensagem recebida sob locução interior pelo Dom Stefano Gobbi,
religioso italiano, no dia 31 de dezembro de 1982

A†Ω



AGIR APENAS PELOS SENTIMENTOS É MUITO ARRISCADO.

(Fil. 2,5).

“Tende entre vós, os mesmos sentimentos que foram os de Jesus Cristo”

A qualidade sacerdotal de todo o Povo de Deus e o ministério apostólico são, na Igreja, fruto da sua identificação com Cristo e total participação no Seu ser e missão. Daí que esta qualidade sacerdotal inspire toda ávida cristã, na caminhada de fidelidade da Igreja e de cada cristão.

Numa arreigada tradição espiritual, que bem conhecemos, a fidelidade cristã foi apresentada como uma “imitação de Jesus Cristo”. Com esta linguagem exprime-se a visão neo-testamentária da vida cristã concebida como seguimento de Jesus Cristo, no discípulado, na certeza de que toda a nossa vivência da vida nova segundo o Espírito, brota da nossa identificação e união com Cristo, de que a Eucaristia é a expressão principal e decisiva.

Esta união a Cristo, de onde brota a possibilidade e a exigência da caridade, faz com que toda a vida cristã seja profundamente sacerdotal, quer para todo o Povo de Deus que encontra em cada expressão da caridade uma “hóstia espiritual”, quer para os sacerdotes, cujo ministério é uma exigência acrescida de identificação com Cristo.

É isto que Paulo aconselha aos Filipenses ao escrever-lhes: “Tende entre vós, os mesmos sentimentos que foram os de Jesus Cristo” (Fil. 2,5).

Eu noto que quando estou muito eufórico em querer viver a vontade de Deus, é quando menos consigo.
O contrário também, o desânimo, faz-me sentir incapaz.
Talvez isso aconteça quando pretendo que a vontade de Deus seja de acordo com os meus sentimentos.

Ao invés, quando procuro adequar-me ao que realmente Deus quer de mim, as coisas parecem ter outra lógica, tudo encaixa e aparece como um mosaico onde cada cada peça tem o seu lugar.
Agir apenas pelos sentimentos é muito arriscado.

Corro o risco de agir passionalmente, de tornar-me preconceituoso, seletivo demais nos relacionamentos.
Se me adequo à vontade de Deus, passo a dirigir todas as minhas ações a Ele próprio, desta forma os sentimentos passam a ser relativos e a razão me ajuda nas decisões.

Mantenho os pés no chão e a mente em Deus.

As pessoas temem muito em sua vida, temos medo do tempo que nos é traiçoeiro quando mais gostamos de algo.

Temos medo de agir por crer que iremos errar, temos medo de arriscar por achar que algo será perdido, algo que conquistamos com o tempo que tivemos medo.

Será que temos medo de amar?

Sendo que o amor é o que mais nos ilude.

Vamos tentar apenas não idealizar?


Quem sabe assim as coisas mudem.

Com minha benção

Pe.Emílio Carlos+
grãozinho de areia.

O Apocalipse é o livro da esperança

O momento inicial da Tradição é o coração de Maria


João considerava-se, então, uma pessoa liberada. Não precisava mais escrever sobre o Evangelho, visto que Lucas já o fazia. Sentia-se muito tranqüilo e feliz, porém Deus o aguardava. O Espírito Santo sempre age desta forma, com extraordinária delicadeza e sem jamais se contrariar. São João é um excelente exemplo desta conduta misericordiosa de Deus para conosco.

Efetivamente, no fim de sua vida, o idoso João, aos 85 anos, encontrava-se refugiado na ilha de Patmos "por causa da Palavra (Logos) de Deus e do testemunho de Jesus." (Ap 1, 9). E eis que o Espírito Santo o espera, se apossa dele, e João recebe a revelação surpreendente do Apocalipse, o que o transtorna profundamente. É importante que se leia esta revelação extraordinária que fez com que João compreendesse que toda a Igreja está ligada a Cristo Jesus. Esta é a grande Revelação da Santíssima Trindade; esta é a grande Revelação do Cordeiro.

Quando João recebeu esta revelação, chamada O Apocalipse, compreendeu que a Igreja de Jesus Cristo, a que nasceu da Cruz, deveria seguir toda a experiência de vida de Jesus. A Igreja de Cristo deve segui-Lo, "seguir o Cordeiro onde quer que Ele vá" (Ap. 14, 4) e, assim sendo, deve vivenciar necessariamente tudo o que o Cordeiro viveu. A Igreja deve viver a Agonia, a Cruz, o Sepulcro. A partir daquele momento, surgiu algo de completamente novo no olhar de João, atinente à Igreja. A partir desta Revelação, o Apóstolo João passa a amar esta Igreja de forma totalmente nova.

Isto nos faz compreender que, após ter escrito o Apocalipse, ele deve ter composto sua primeira Epístola que é o seu livro da espiritualidade. O Apocalipse é o livro da esperança, porque faz com que possamos entender que as nossas lutas são as lutas de Jesus e a Primeira Epístola é o livro da caridade fraterna, em que João nos ensina o que é a vida cristã e quais são as suas dimensões: luz, caridade e amor.

Enfim, João nos dá o Evangelho, livro da fé contemplativa, que se inicia com o Prólogo, de difícil compreensão, mas magnífico, porque nos dá a luz que irá alumiar todo o seu conteúdo.


Trechos extraídos de Seguir o Cordeiro
do Padre Marie Dominique Philippe-Saint Paul
2005, pp. 48 a 56

Ensinar na família que é possível amar.
A SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ


São Lucas 2, 22-40


Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2); e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel. Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma. Havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada. Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação. Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galileia, à sua cidade de Nazaré. O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.

Oração

Cristo Jesus, és a luz de toda minha existência. Faz que teu Evangelho guie minhas decisões, meus projetos, meus propósitos para o próximo ano. Dá-me a graça de aderir fielmente à tua vontade nesta meditação que estou começando.

Petição

Senhor faz-me crescer no amor para que minha família seja tua Igreja doméstica.

Meditação

“O Beato João Paulo II fez questão de salientar: ‘Uma família autêntica, fundada no matrimônio, é em si mesma uma ‘boa notícia’ para o mundo’. E acrescentou: ‘No nosso tempo, são cada vez mais numerosas as famílias que colaboram ativamente na evangelização (…). Amadureceu na Igreja a hora da família, que é também a hora da família missionária’ (Angelus, 21 de Outubro de 2001). [...] Queridas famílias, sede corajosas! Não cedais à mentalidade secularizada que propõe a convivência como preparação ou mesmo substituição do matrimônio. Mostrai com o vosso testemunho de vida que é possível amar, como Cristo, sem reservas, que não é preciso ter medo de assumir um compromisso com outra pessoa. Queridas famílias, alegrai-vos com a paternidade e a maternidade! A abertura à vida é sinal de abertura ao futuro, de confiança no futuro, tal como o respeito da moral natural, antes que mortificar a pessoa, liberta-a. O bem da família é igualmente o bem da Igreja. Quero repetir aqui o que disse um dia: ‘A edificação de cada uma das famílias cristãs situa-se no contexto daquela família mais ampla que é a Igreja, a qual a sustenta e leva consigo. (…) E, vice-versa, a Igreja é edificada pelas famílias, pequenas Igrejas domésticas’ (Discurso de abertura do Congresso eclesial diocesano de Roma, 6 de Junho de 2005: Insegnamenti di Benedetto XVI, vol. I, 2005, p. 205). Peçamos ao Senhor que cada vez mais as famílias se tornem pequenas Igrejas e as comunidades eclesiais sejam cada vez mais família. (Bento XVI, Homilia, 5 de junho de 2011).

Reflexão apostólica

“Os cristãos casados devem valorizar o dom do matrimônio como caminho de santificação, e viver alegremente a graça do sacramento que faz de sua mútua união espiritual e física uma fonte de caridade e um sinal da união de Cristo com a sua Igreja. Por isso, unam-se santamente na caridade e na fidelidade. Procurem edificar-se mutuamente com o exemplo de sua fé, de sua piedade e da solicitude pelo bem comum da família”

Propósito:


Iniciar uma atividade familiar que assemelhe minha família à Sagrada Família.


Diálogo com Cristo

Senhor Jesus quantas lições sobre o amor me dás em tua Sagrada Escritura! Nela compartilhaste uma vida cotidiana sem importância aparente, vida de trabalho manual, submetida à lei de Deus. Ajuda-me a santificar-me com tua graça para que saiba construir o amor em minha própria família.



“Iniciam a experiência da vida matrimonial e familiar, uma experiência de comunhão no amor. Vocês terão a tarefa de custodiar, revelar e comunicar o amor. Uma missão grandiosa que o Criador designou ao homem e à mulher que se unem em matrimônio para formar uma família”
A†Ω

Maria leva Seus consagrados a viverem com mais intensidade e fidelidade
o seu próprio carisma e compromisso batismal




Quando alguém se consagra totalmente a Nossa Senhora, Ela mesma, como Mãe e educadora que formou Jesus Menino, leva Seus consagrados a viverem com mais intensidade e fidelidade o seu próprio carisma e compromisso batismal É urgente e necessário que todos (independentemente de grupos, movimentos e comunidades a que participem) conheçam, façam, vivam e propaguem a Total Consagração a Jesus através de Nossa Senhora, pois esta Total Consagração à Santíssima Virgem, patrimônio da Igreja Católica, não atrapalha a vivência de nenhum carisma particular. Muito pelo contrário: quando alguém se consagra totalmente a Nossa Senhora, Ela mesma, como Mãe e educadora que formou Jesus Menino, leva Seus consagrados a viverem com mais intensidade e fidelidade o seu próprio carisma e compromisso batismal.

Ao sermos guiados pela Mãe do Senhor, aprendemos a verdadeiramente assumir nossa condição de cristãos e a renunciar as imposturas da engenharia social disseminada tão habilmente pelos fautores da Nova Ordem Mundial, que têm subvertido milhões de consciências, destruído os valores cristãos, feito perder tantas almas e, sobretudo, ofendido profundamente a Nosso Senhor.


Quando alguém se consagra totalmente a Nossa Senhora, Ela mesma, como Mãe e educadora que formou Jesus Menino, leva Seus consagrados a viverem com mais intensidade e fidelidade o seu próprio carisma e compromisso batismal.

A†Ω

«o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria,
e a graça de Deus estava com Ele.»


«Regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré»
S. Lucas 2,22-40.

Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas.
Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele.
Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor.
Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito.
Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos,Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.»
Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele.
Simeão abençoou os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»
Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações.
Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré.
Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.

Reflexão:
«Regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré»

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la. [...] Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas! [...]

[Nazaré dá-nos] em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh, se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo! Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê (Mt 6,6).

[Nazaré dá-nos] uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.

[Nazaré dá-nos] uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro (Mt 13,55)! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano, restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este tecto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo, Nosso Senhor.

Paulo VI, Papa de 1963 a 1978
Alocução em Nazaré a 5 de Janeiro de 1964 (do breviário: Ofício de Leitura da Festa da Sagrada Família)

A†Ω

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011





UM VERDADEIRO TESOURO ESCONDIDO.

Mateus 13,44

Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
Este é o valor do momento presente.
Quem o descobre deixa tudo para possuí-lo.

Às vezes quebramos a cabeça tentando entender como será a eternidade.
Se entendemos o agora, o instante presente da vida, este é o primeiro passo para entender a eternidade, porque nós a experimentamos nele.
A riqueza contida no momento presente consiste em viver em plenitude.

Cada instante é um dom e deve ser vivido intensamente.
O ontem é história,o amanhã é mistério e o hoje é dom, é presente de Deus!
Nos momentos de alegria irradiamos vida.
Nos momentos de dor geramos vida.

São fenômenos que passam muitas vezes desapercebidos, porque vivemos estes momentos de forma unicamente pessoal, sem partilhar com os outros.
O fenômeno só se verifica quando alegria e dor são colocados em comum.
Como Santa madre Teresa de Jesus disse: “Alegria e dor andam juntas em mim!”



Com minha benção

Pe.Emílio Carlos+
grãozinho de areia.




O dia de hoje nos faz meditar sobre o Amor: Deus nos deu seu único Filho, como prova de Amor. Jesus Cristo nos Amou de tal modo que abraçou a cruz e a abraçou com tanto Amor, que nos deixou um mandamento muito importante para nossa vida.

Eis, meus irmãos, o mandamento do Amor que Nosso Senhor Jesus Cristo nos deixou: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo (...)”.

Ele sabia que não era fácil Amar; não é fácil uma mãe amar o homem que matou seu filho para roubar um celular; não é fácil. Por isso é que é um mandamento. É uma ordem, a qual devemos seguir, e às vezes fazer vista grossa, sim, vista grossa, pois certas vezes somos caluniados, insultados, agredidos, moral e espiritualmente, nesses e em outros casos, devemos fazer essa vista grossa; devemos fazer como o bêbado que é personagem de uma pequena história que irei narrar para vocês:

- Certa vez, um ladrão estava em uma rua, esperando que alguém passasse, para assim roubá-lo. E passaram-se uma, duas, três, quatro horas da madrugada e ninguém passara por aquela rua. Por volta das quatro e meia, eis que apareceu um bêbado, e logo o ladrão pensou: “vou dar um susto nesse bêbado”. Escondeu-se por traz de um poste. Quando o bêbado chegou perto dele, ele saltou com a arma na mão e disse: - Pá!

O bêbado: - Impá!

O ladrão: - Passa a carteira!

O bêbado: - E é apostado é?

Nas dificuldades e nas provações, devemos fazer como esse bêbado, ou seja, devemos fingir que não é conosco e que nada aconteceu. E acima de tudo, demonstrar esse Amor que vem de Deus e que você deve transmitir, pois o Amor que você transmite é uma forma de salvar a vida dos outros.

Acima de tudo devemos AMAR, Amar com toda a intensidade e pureza com que Cristo nos Amou, como aquele que se deu na cruz por nós, para transmitir esse exemplo de Amor.

De tal modo que chegou a dizer “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Que Deus vos abençoe sempre.

A



Fragilidades



Ao vivenciar um momento de crise, mais uma vez busquei a Deus.

Clamei por luz, e quando ela surgiu mostrou-me a verdade de que ser humano, às vezes, é sentir-se pequenino e só, mas também é ser capaz de estender a mão pedindo auxílio já que Onipotente só Deus o é.

Num gesto quase automático, uni minhas mãos por um instante e entrei em contato com meu coração. Lembrei-me dos salmos.

Após ler e refletir sobre os versículos do salmo 136, que ressalta a benignidade do Senhor, eu respirei fundo. Com a cabeça no lugar e o olhar voltado para o alto, decidi expressar minhas impressões sobre esta experiência em palavras, quando uma delas apareceu em minha mente com muita clareza: fragilidade.

E uma dúvida surgiu: ser frágil é bom ou ruim?

O sentimento de fragilidade suscitou-me a sensação de desamparo e quase me levou ao desespero. Percebendo minha própria fragilidade diante da dor, lembrei da fragilidade de todos nós em diferentes fases de nossa existência.

Na infância, idade adulta ou velhice, muitas vezes nos desesperamos, esmorecemos, "amarelamos". Momentos em que entramos em contato com esses sentimentos são ruins aparentemente, mas no fundo são oportunidades para que possamos reconhecer nossos limites, lembrarmos de nossa responsabilidade diante de situações criadas e alimentadas por nossos pensamentos e atitudes.

Nossa fragilidade freqüentemente aparece quando nos sentimos pequenos diante do mundo, e das provações existentes .

Jovens ou velhos, experientes ou não, nos deparamos com adversidades, e pensamos: o que faço agora? Será que dou conta dessa situação? Será que isso não é demais para mim?

Conforme as experiências que acumulamos é que nossa postura irá se modificar.

Quando somos crianças, nos é permitido chorar. Depois que passamos por essa fase, somos ensinados a expressar racionalidade nos momentos de crise cada vez mais.

Alguns, como eu, permitem que as lágrimas lavem a alma e tornem as idéias mais límpidas.

Exteriorizar o que se esconde no coração é mostrar o lado mais frágil, e também é dizer para a vida: ser gente é ser assim.

Reconhecer a fragilidade que é inerente a todos nós, e lembrar da benignidade do Senhor é algo consolador. Faz com que sejamos inspirados a acreditar que ser frágil é pedir colo na hora da dor e da dificuldade, porque somos todos filhos pequeninos de um Pai Amoroso e, afinal todas as nossas dores são apenas pedras e espinhos que se apresentam em todos os caminhos, mesmo na estrada reta do bem.

Louvemos ao Senhor, por sua benignidade, e nele busquemos a força para superarmos nossas fragilidades.

A

O momento inicial da Tradição é o Coração de Maria (II)

Acho que foi João quem comunicou a Lucas a maioria das passagens que este último nos relata. Observemos tudo o que Lucas conta sobre o início da vida de Jesus: a Anunciação, a Visitação, Belém, o Nascimento, toda a sua vida oculta... Quem terá testemunhado esta vida velada, oculta?

Lucas é um historiador de grande inteligência; desde o prólogo de seu Evangelho ele esclarece que "pareceu-me conveniente, após acurada investigação de tudo desde o princípio, escrever de modo ordenado, para que se verifique a solidez dos ensinamentos (...) (Lc 1, 2-4) . Ele quis, pois, poder contar com os testemunhos. Ora, quem teria testemunhado desde o início? Existe uma única pessoa: Maria. E quem recebeu Maria, a pedido de Jesus, quando morria na Cruz? João. Compreendemos, então, que Lucas muito recebeu de João; Lucas tenciona escrever um Evangelho mais completo do que o de Marcos e de Mateus. E como? Ele vai direto às fontes. Em nossos dias, os intelectuais são peritos em encontrar velhos manuscritos. Se descobrem que em tal biblioteca existe um antigo e surpreendente documento que não tenha sido consultado por ninguém, eles não hesitarão em atravessar quilômetros e mais quilômetros, em perder um tempo considerável para pesquisar e compreender tais tesouros. E, não se tratando de algo escrito, mas de uma fonte ainda velada, o que não teriam feito tais pesquisadores?

O coração de Maria não é um documento, mas uma fonte. "Ela guardava em seu coração" a Palavra de Deus (Lc 2, 19 e 51).


Trecho do livro Suivre l'Agneau (Seguir o Cordeiro) do Padre Marie Dominique Philippe

Saint Paul, 2005 pp. 48 a56

A



Dai-me a graça de compreender um pouco, como vós compreendeis

Sinto-me absolutamente persuadido de que, quando os pastores chegaram ao presépio, não se aproximaram logo do Menino Jesus. Em primeiro lugar, eles teriam, olhado para a Virgem Maria, observado seus olhos, e a Virgem lhes teria mostrado, então, o seu Filho. Foi quando eles teriam avistado Jesus com os seus olhos.

Tentai contemplar os mistérios do Evangelho com os olhos da Virgem. Vós pensais na morte de Jesus Cristo na Cruz; acreditais que este sacrifício já se tenha esgotado, mergulhando no mais profundo de sua dor e de seu mistério. Em seguida, dizeis: com que olhar a Virgem contemplou seu Filho, pregado na Cruz? E vós deveis, então, rezar a ela desta forma: "Fazei que eu compreenda um pouco, assim como vós compreendeis."

A Virgem não está mais diante de vós, como a realização da santidade que venerais; ela vos toma sob o seu manto e vos envolve, para vos ajudar a contemplar todos os mistérios com o seu olhar.


Cardeal Charles Journet

Entretiens sur Marie (Entrevistas sobre Maria) - Ed. Parole et Silence 2001

A



São Lucas 2, 22-35

Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2); e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel. Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.

Oração introdutória

Senhor Jesus, que difícil deve ter sido para Maria escutar e compreender as palavras de Simeão. Fica claro para mim que o caminho que leva ao céu é estreito, por isso peço-te que aumentes minha fé e ilumines meu coração nesta oração, para que saiba aceitar com confiança as dificuldades e os problemas desta vida.

Petição

Senhor faz com que eu compreenda que carregar a cruz é o único modo de dar fruto para a vida eterna.

Meditação

“Na linguagem que se foi formando na Sagrada Escritura da Antiga Aliança, ‘primogênito’ não significa o primeiro de uma série de outros filhos. A palavra ‘primogênito’ é um título de honra, independentemente do fato se depois se seguem outros irmãs e irmãs ou não. [...] O primogênito pertence de maneira especial a Deus, e por isso – como sucede em muitas religiões – devia ser entregue de modo particular a Deus e resgatado com um sacrifício de substituição, como São Lucas narra no episódio da apresentação de Jesus no templo. [...] Por fim, é-nos dito: Ele é o primogênito de muitos irmãos. Sim, agora Ele também é o primeiro duma série de irmãos, isto é, o primeiro que inaugura para nós a vida em comunhão com Deus. Cria a verdadeira fraternidade: não a fraternidade, deturpada pelo pecado, de Caim e Abel, de Rômulo e Remo, mas a fraternidade nova na qual somos a própria família de Deus. Esta nova família de Deus começa no momento em que Maria envolve o ‘primogênito’ em faixas e O reclina na manjedoura. Supliquemos-Lhe: Senhor Jesus, Vós que quisestes nascer como o primeiro de muitos irmãos, dai-nos a verdadeira fraternidade. Ajudai-nos a tornarmo-nos semelhantes a Vós” (Bento XVI, Homilia, 24 de dezembro de 2010).

Reflexão apostólica

“O apóstolo de Jesus Cristo conta com Maria na hora de empreender qualquer projeto pessoal ou apostólico, na hora de enfrentar as lutas da vida ou de superar os obstáculos que se interpõem em seu caminho rumo à santidade. Maria inspira, alenta e auxilia eficazmente seus filhos; com Ela, tudo é possível.”

Propósito

Reconhecer Cristo nas pessoas que precisam de mim, nos que sofrem ou estão desamparados.

Diálogo com Cristo

Senhor, sei que a dor esconde uma força particular, uma graça especial para crescer e amadurecer no amor. A cruz pode me transformar porque sei que Tu sempre estás perto, apesar disso, conheces minha covardia e fraqueza, por isso, humildemente peço a proteção de tua Santíssima Mãe para que interceda por mim para que nunca permita que me afaste de Ti, de teu amor e teu perdão.

“Maria, em virtude de sua maternidade divina, por sua oração, por sua obediência, por seus sofrimentos, fica ligada universalmente à obra redentora de Jesus Cristo; obra redentora que continua e se cumpre em nós pela graça”

A

Ela te esmagará a cabeça



Em sua onipotência, Deus fez o homem do limo da terra, dando-lhe alma imortal. A partir deste fez a mulher, colocando sobre este primeiro casal toda a Sua predileção. E, para mais bem nobilitar a raça humana, quis participar dela pela Encarnação no ventre puríssimo de Maria. Coroou, assim, a obra da criação.

Como sabemos, esse primeiro casal foi infiel e não correspondeu aos planos do Criador. Mas nos Seus divinos e soberanos decretos, revelou Deus que dessa raça pecadora viria o futuro Salvador. Sua Mãe seria uma pedra de contradição que, como um terrível exército em ordem de batalha, esmagaria a cabeça da serpente infernal.

“Porei inimizade entre ti e a Mulher, entre a tua descendência e a descendência d’Ela e Ela te esmagará a cabeça, e tu armarás traições ao Seu calcanhar.”

Luta posta pelo próprio Deus, que a vem sustentando entre a raça bendita da Mulher e a raça maldita de satanás, entre os que são de Deus e os que são do demônio.

Luta que vem se avolumando no decorrer dos séculos. Nossa Senhora terça armas sem cessar com o demônio e seus sequazes. Sua vitória é garantida pelo próprio Deus, que A fez seu lugar-tenente na guerra contra o pecado, o demônio, o mundo enganador e a carne corrompida.

Em Fátima, Ela mesma nos prometeu: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”.

Afinal, “quem é esta que surge como a aurora‚ bela como a lua‚ brilhante como o sol‚ temível como um exército em ordem de batalha?” (Cant 6‚ 8-10).

Ao criar Maria, Deus onipotente A isentou da mácula original e fez n’Ela grandes maravilhas. Aquele que fez o Céu e a Terra resgatou da culpa da raça humana Aquela que seria a Mãe do Salvador livrando-a da culpa original.

A Virgem Mãe de Deus está acima de todas as mulheres por ter virginalmente engendrado Aquele que os céus não podem conter. Eis a razão por que, ao criar Maria, Deus quis aplicar por antecipação os méritos de Cristo na Cruz, afastando d’Ela o pecado universal que maculara a raça humana. Só assim o Salvador poderia redimir os homens do pecado original.

Ao louvar Maria, o Anjo Gabriel diz: “Ave, oh cheia de graça!”. Como poderia ele dizer “plena de graça” se o pecado A tivesse maculado? Jamais! Em Maria nada falta. Deus A fez segundo os arcanos divinos A haviam concebido desde toda eternidade para ser a Mãe de Jesus Cristo, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

Ao oferecer os elementos de uma nova vida, a mulher é instrumento na mão de Deus. É Deus criando através dela. Assim também se dá com Maria ao gerar Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, por obra do Espírito Santo.

Não significa que Ela tenha gerado a divindade, pois o Filho foi gerado por via intelectiva desde toda a eternidade.


Ao dar ao Filho os elementos para tornar-se homem, Maria se tornou Mãe de Deus. Por esta razão Ela não poderia ter a nódoa do pecado original, pois repugnaria à divindade tirar os elementos de sua humanidade de um ventre concebido no pecado.

Jesus Cristo veio ao mundo para destruir o cativeiro do pecado e da morte. Segundo afirmação de Santo Agostinho, Ele obteve o cetro da rainha das virgens que O concebeu – o rei da castidade – num seio virginal e puro onde Ele pudesse morar e dar-nos a entender que só um corpo puro e casto pode ser o templo de Deus.

Antes de o sol nascer e deitar seus raios, já ilumina a Terra com um belo colorido. Antes de ser gerado e nascer, Jesus Cristo irradiou o esplendor da graça redimindo Maria, inocentando-A da culpa original, ostentando sobre Ela os raios da mais perfeita virtude, fazendo-A imaculada. Assim, sem mácula e com virtude perfeita Ele, veio ao mundo para realizar Sua missão redentora.

Fonte: http://www.padredavidfrancisquini.com/

A




Agora, Senhor [...], deixarás ir em paz o Teu servo


S. Lucas 2,22-35.

Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas.
Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele.
Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor.
Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito.
Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo:«Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos,Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.»
Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele.
Simeão abençoou os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição;uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»

Reflexão:
«Agora, Senhor [...], deixarás ir em paz o Teu servo»

«O Reino de Deus está próximo» (Lc 21,31). O Reino de Deus, irmãos muito queridos, aproxima-se agora. Com o fim do mundo, anuncia-se já a recompensa da vida, a felicidade da salvação eterna, a segurança perpétua e a alegria do paraíso que outrora perdemos. E já as realidades do céu se sucedem às realidades humanas, as grandes às pequenas, as eternas às temporais. Haverá lugar à inquietação, à apreensão pelo futuro? [...]

Com efeito, está escrito que «o justo viverá da fé» (Rm 1,17). Se fordes justos e viverdes da fé, se acreditardes verdadeiramente em Jesus Cristo, porque não vos alegrareis então ao ser chamados para Ele [...], uma vez que estais certos da promessa de Deus e destinados a estar com Cristo? Tomai o exemplo de Simeão, o justo: ele foi verdadeiramente justo e observou fielmente os mandamentos de Deus. Uma inspiração divina tinha-lhe dado a conhecer que não morreria sem primeiro ter visto a Cristo. Assim, quando Cristo, ainda criança, veio ao Templo com Sua mãe, apercebeu-se, iluminado pelo Espírito Santo, de que o Salvador tinha nascido, como lhe tinha sido predito; e, à vista d'Ele, compreendeu que a sua morte estava iminente.

Muito alegre com essa perspectiva e agora seguro de ser em breve chamado para junto de Deus, tomou a criança nos braços e exclamou, bendizendo o Senhor: «Agora, Senhor, deixarás ir em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra, pois os meus olhos viram a Salvação». Demonstrava assim e testemunhava que a paz de Deus pertence aos que O servem, que gozam da doce quietude e da liberdade, quando, subtraídos aos tormentos do mundo, alcançam o refúgio e a segurança eternos. [...] É somente então que a alma encontra a paz verdadeira, o repouso total, a segurança duradoira e perpétua.

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Sobre a morte, 2-3


A

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

" VIVER A PALAVRA DE VIDA MORRENDO A NÓS MESMOS "



Morrer a si próprio, para viver a Palavra de Deus, requer determinação e coragem.
Falar em morrer pode assustar, mas nós o fazemos por outros motivos, alheios à nossa vontade, e nos conformamos.
Um simples fenômeno natural como a chuva pode nos causar um transtorno que muda totalmente nosso programa.

O comando de um superior no trabalho.
Uma lei a ser cumprida.
Enfim, são muitos os motivos que nos levam a perder a nossa idéia involuntariamente.

Porém, se o fazemos de livre e espontânea vontade, o valor é outro.
Se morremos a nós mesmos por Deus, ele nos dá a verdadeira vida.
Para quem vive a Palavra, morrer e ressuscitar são fatos simultâneos.
A


De coração a coração

Nossa verdade é sempre o ponto de partida para a realização do novo.

"Lidar consigo mesmo é trabalho de artesão, fio a fio e leva tempo, pra dominar o coração...”

Essas palavras são da Ziza Fernandes, na música “De coração a coração”. Eu as tomo emprestadas para falar da bela e desafiante arte de lidar conosco mesmos.

Talvez você, como eu, até já encontrou soluções fáceis para problemas considerados difíceis na vida de outras pessoas. Mas quando a vida exige de nós uma autocompreensão, somos colocados frente a um grande desafio. É um trabalho realmente comparado ao do artesão, não acontece do dia para a noite, nem da maneira que talvez esperávamos. É mesmo uma obra de arte, feita fio a fio, ponto a ponto e leva-se um longo tempo para contemplá-la por inteiro; se é que a contemplaremos.

Com freqüência ouvimos falar que os problemas de ordem física e espiritual, que assolam a humanidade, estão estreitamente ligados às dores da alma. Ou seja: sofrimentos e traumas interiores que não foram partilhados, resolvidos ou curados, dos quais se destacam a depressão e as síndromes do medo e do pânico.

E daí vem a pergunta: mas o que fazer diante disso? E este é nosso principal desafio: mostrar alternativas para nós mesmos e para os que nos procuram em busca de ajuda. Volto à música que citei no início do texto: “Renúncia, dor e alegria, surpresa, perdão, euforia.

Só podem partir de um lugar, vêm do coração…

Capaz de sorrir, capaz de odiar, destruir e recomeçar...

O coração foi feito somente pra amar. Capaz de acolher, capaz de chorar. Se perder e reconciliar. O coração foi feito somente pra amar...”

Ou seja, tudo parte do coração, que foi feito somente para amar. É exatamente por essa razão que ele precisa estar centrado em Deus, fonte absoluta de todo amor e, portanto, de todo bem.

Acontece que, em meio a tantas ofertas e ruídos, não é tão fácil centrar o coração em Deus. Naturalmente, a vida vai exigindo de nós respostas, posturas e decisões que revelam o que somos e fazemos neste mundo.

Essas exigências naturais – somadas às nossas fraquezas, medos, carências, ansiedades, sentimentos de rejeição, de auto-suficiência, de frustrações – fazem uma combinação na qual fica em evidência nossa insegurança. Por isso, com freqüência, falta-nos arte para lidar conosco mesmos e corremos o risco de nos perder procurando nos encontrar.

É preciso pedir ao Senhor sabedoria para superar o desafio de “lidar conosco mesmos”, sem nos prejudicar nem ferir os que estão ao nosso lado. Já que a tendência é transferirmos nossas culpas para outros e até fugirmos do espelho que aponta nossa verdade.

É também necessário ter calma, pois quando não conseguimos administrar as exigências que sofremos, nosso físico se manifesta por meio de enfermidades e desequilíbrios; não raras vezes desviando-nos da meta que Deus traçou para nós.

A exemplo do artesão, precisamos ser pacientes. Por essa razão, concordo com a afirmativa: “Lidar consigo mesmo é uma arte, que requer paciência, sensibilidade e, principalmente, uma pedagogia que somente Deus pode nos dar”.

É essencial ter a consciência de que quanto mais mergulharmos em Deus, tanto mais contemplaremos a nós mesmos e seremos por Ele restaurados.

Recorramos, portanto, ao auxílio da graça divina para lidar com esse mistério que somos nós mesmos.

Considerando nossa história e valorizando nossas raízes, podemos compreender melhor nossas fragilidades e assumir nossa identidade.

Acredito que essa seja a condição fundamental para alcançarmos a cura interior e a maturidade emocional. Quem não assume o que é, vive fugindo e, portanto, não é feliz nem se encontra com ele mesmo. Nossa verdade é sempre o ponto de partida para a construção da obra nova, que Deus quer realizar em nós a cada dia.

Que tenhamos hoje a coragem de pensar sobre quem realmente somos, do que temos fugido e onde está a raiz dos sentimentos que habitam nosso ser.

Diante dessas descobertas, mergulhemos em Deus que, de Coração aberto, sempre nos espera.

A