Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 30 de maio de 2014



ASCENSÃO DO SENHOR - 01 de junho de 2014


“Estarei convosco todos os dias, até o fim os tempos”
Leituras: 
Atos 1, 1-11; 
Salmo 46 (47), 2-3.6-7.8-9 (R/6); 
Carta de São Paulo ao Efésios 1, 17-23; 
Mateus 28, 16-20.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

 Senhor, sabemos que não tem sentido celebrar a tua Ascensão se não estiver unida à tua Ressurreição, pois só assim Te tornas o "Rei da Glória". Este foi o prêmio conseguido pela fidelidade ao projeto do Pai. Pedimos a Deus, nesta celebração, que também possamos ser fiéis ao teu projeto até o fim de nossas vidas.

1. Situando-nos brevemente

Celebramos a Ascensão do Senhor Jesus. “No dia de hoje, (...) o Senhor subiu ao Céu. Não o vimos, mas acreditamo-lo. Os que o viram anunciaram-no e encheram toda a terra. (...) Chegaram até nós e despertaram-no do sono. Por isso o dia de hoje é celebrado em toda a terra”. (...) “Nosso Senhor Jesus subiu ao Céu; suba com Ele o nosso coração. Tal como Ele subiu sem se afastar de nós, assim também nós estamos já ali com Ele, apesar de não se ter realizado ainda no nosso corpo o que nos foi prometido”. (AGOSTINHO DE HIPONA. Sermão 221. In Antologia Litúrgico. Textos litúrgicos. patrísticos e canônicos do Primeiro Milênio. Fátima: Secretariado Nacional de Liturgia, 2003, nn. 3991; 3993).

Ele foi elevado aos céus por entre aclamações. O Pai o associou definitivamente à sua vida, ao seu poder sobre as pessoas e sobre o mundo. Com Ele, por Ele e n’Ele, agradecemos a Deus pela elevação de todas as pessoas e do universo.

São Leão Magno escreve: “A ascensão do Cristo é a nossa ascensão; já que o Corpo é convidado a elevar-se até a glória em que o precedeu a cabeça, vamos cantar nossa alegria, expandir em ação de graças todo o nosso júbilo. Hoje, não apenas conquistamos o paraíso, mas, no Cristo, penetramos no mais alto céu”.

Prossigamos nosso itinerário de fé nesta certeza: Ele estará conosco todos os dias, até o fim dos tempos. Enquanto aguardamos sua vinda final, na força do seu Espírito, assumimos nossa missão, começando da Galileia.

2. Recordando a Palavra

A leitura do evangelho de Mateus narra a parte final da obra deste evangelista. Está situada na “Galileia das nações”, uma região estratégica que facilitava o acesso de povos diversos e também a dominação, como a dos assírios no passado (Cf. 2Rs 15,29). Na Galileia, Jesus manifestou a presença do Reino de Deus, aliviando o sofrimento das pessoas, acolhendo os mais esquecidos, reunindo à sua volta um grupo de discípulos (cf. 4, 12-25).

Antes da morte, ele prometeu encontrar os discípulos novamente na Galileia (cf. 26,32). O convite para ir à Galileia, lugar do encontro com Jesus ressuscitado , é confirmado na manhã da Páscoa (cf. 28, 7.10). Jesus permanece vivo na Galileia por meio da ação solidária dos discípulos e discípulas.

A montanha remete ao anúncio das bem-aventuranças, ao programa de libertação (cf. cap. 5-7), à revelação de Jesus Cristo na transfiguração (cf. 17, 1-9). A comunidade dos discípulos e discípulas, à luz do mistério pascal, iluminada pela palavra, reconhece Jesus como o Kyrios, o Senhor do céu e da terra que conduz a história.

A presença do Ressuscitado é reconhecida de modo especial na oração e na celebração da comunidade: “Quando o viram, prostraram-se” (28,17). A contemplação, a experiência de comunhão com o Senhor alimenta a vida e o testemunho de fé. Alguns tinham dúvidas, ainda não haviam feito à experiência do encontro pessoal com o Ressuscitado.

O Ressuscitado se aproxima dos discípulos com a força do Pai amoroso, para infundir confiança e sustentar o caminho da fé. Os discípulos são enviados a evangelizar em nome de Jesus: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenha ordenado” ( 28,19-20).

A mensagem do Ressuscitado é universal, destina-se a todos os povos. O anúncio aos gentios, indicado de modo especial em 2,1-12, realiza-se agora plenamente. Toda a comunidade recebe a ordem de fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os a observar os ensinamentos deixados por Jesus de Nazaré.

O objetivo essencial da missão é fazer discípulos de Jesus. O ensino e o Batismo estão direcionados para a formação de discípulos, para conduzir as pessoas ao encontro para a formação de discípulos, para conduzir as pessoas ao encontro com o Ressuscitado. O Batismo expressa a adesão da Jesus, a sintonia com sua mensagem. É o caminho da vida nova, que proporciona a nova relação de comunhão com o Pai, através do Filho e do Espírito Santo.

A força do Ressuscitado sustenta a missão dos discípulos, assegurando a continuidade de seu projeto libertador: “Estou convosco todos os dias até o fim dos tempos” (28,20). Jesus é o Emanuel, o Deus conosco (1,23; cf. Is 7,14), que guia o caminho de seus seguidores até o cumprimento de toda a justiça (cf. 3,15), missão confiada pelo Pai em seu Batismo.

A primeira leitura dos Atos dos Apóstolos descreve a missão das comunidades cristãs primitivas, centradas na vida, morte salvífica e ressurreição de Jesus, assim como na esperança de sua vinda gloriosa. O Espírito do Ressuscitado, que havia sido prometido (cf. Jo 14, 16-17.26; 16-4b-15), renova e confirma os discípulos como continuadores do ministério de Jesus.

Os quarenta dias caracterizam o tempo simbólico de iniciação ao ensinamento do Ressuscitado, de preparação para a ação evangelizadora. Os quarenta dias remetem à experiência de Moisés no Horeb (cf. Ex 34,28); à de Elias (cf. 1Rs 19,8); à de Israel no deserto (cf. Dt 8,2).

Cristo é glorificado junto ao Pai, após ter passado a vida a serviço do Reino, fazendo o bem às pessoas necessitadas. A nuvem, símbolo da presença divina (cf. Ex 13,21-22; 14, 19.24; 24, 15-18; 40, 34-38), acentua que Jesus não abandona os discípulos, continua iluminando sua caminhada. O olhar da fé e a esperança na vinda gloriosa de Cristo devem manter a comunidade fiel no serviço ao Reino de Deus.

Os dois homens vestidos de branco remetem à experiência da ressurreição, da vida nova em Cristo (Lc 24, 1-12). Conduzidos pela ação do Espírito Santo, os discípulos testemunham e anunciam a Boa-Nova de Jesus ressuscitado em Jerusalém, na Judeia, na Samaria e até os confins da terra.

O salmo 46(47) celebra a exaltação, a realeza universal de Deus diante dos povos. Deus Pai é aclamado com alergia e júbilo, pois conduz os povos conforme seu desígnio salvífico de amor. Cristo, que ascende vitorioso do abismo da morte e entra na glória do Pai, é reconhecido no céu e na terra e professado com fé por toda língua como Senhor (cf. Fl 2, 5-11).

A segunda leitura da carta aos Efésios está situada após um hino de louvor (1,3-10), seguido de um enunciado sobre o plano da salvação (1,11-14). Começa com uma prece confiante ao Pai, suplicando a sabedoria para conhecermos “a esperança à qual ele nos chama“ (1,18). Deus revelou seu amor em Cristo “ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita, nos céus” (1,20). A esperança da comunhão plena na glória do Pai impele a percorrer o caminho de Jesus, nos serviço e no amor solidário  

Cristo, servidor de todos até a morte na cruz, foi exaltado por Deus como Senhor do universo e da história, cabeça da Igreja, que é o seu corpo (cf. 1,22-23). A comunidade eclesial é chamada a ser presença atuante de Cristo no mundo, através do testemunho de comunhão e de solidariedade. Como membros, alimentados na vida de Cristo, que realizou o projeto salvífico em favor da humanidade, o cristãos são continuadores da missão libertadora em favor da vida plena de todos os povos.

3. Atualizando a Palavra

A glorificação de Cristo junto ao Pai plenifica seu caminho percorrido no amor até a entrega total da vida. A esperança de vida plena em Deus leva a seguir os passos de Jesus, suas palavras, seus ensinamentos. Iluminadas pela Páscoa de Jesus, as comunidades cristãs primitivas cumprem a missão de “fazer discípulos entre todas as nações”.

A confiança na presença de Jesus ressuscitado na vida e na história sustentou a caminhada das comunidades cristãs, as ajudando a superar as dificuldades. Como os discípulos, conduzidos pela força do Espírito do Ressuscitado, somos chamados a anunciar o evangelho, que rompe as fronteiras e estabelece a comunhão fraterna entre os povos.

O Papa Leão Magno afirma que “os santos apóstolos, apesar dos milagres contemplados e dos ensinamentos recebidos, ainda se atemorizavam perante as atrocidades da paixão do Senhor e hesitavam ante a notícia de sua ressurreição. Porém, com a ascensão do Senhor progrediram tanto que tudo quanto antes era motivo de temor, se converteu em motivo de alegria. Toda a contemplação do seu espírito se concentrava na divindade daquele que estava sentado à direita do Pai; agora, sem a presença visível do seu corpo, podiam compreender claramente, com os olhos do espírito, que aquele que ao descer à terra não tinha deixado o Pai, também não abandonou os discípulos ao subir para o céu” (Cf. São Leão Magno. Sermão sobre a ascensão do Senhor, século V. Oficio das leituras sexta-feira da 6ª semana do Tempo Pascal).

O Papa Francisco afirma que Jesus ao dizer: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” nos chama a ser discípulos em missão. “O Senhor nos diz: ‘Ide, sem medo, para servir’. ‘Ide’. Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé; anunciar o evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. Nasce da força do amor, do fato de que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e se deu por inteiro. Ele deu sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. (...). Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante e mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor”.

“De forma especial, queria que o mandato de Cristo – ‘Ide’ – ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: ‘Ai de mim se eu não pregar o evangelho!’ (1Cor 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora esse anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com um força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam”!

‘Sem medo’. Jeremias, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Disse ao Senhor: ‘Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo’. Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: ‘Não tenhas medo (...), pois estou contigo para defender-te’ (Jr 1,8). Deus está conosco! ‘Não tenham medo’! Quando vamos anunciar Cristo, ele mesmo vai à nossa frente e nos guia.

Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: ‘Eu estou com vocês todos os dias’ (MT 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus nunca deixa ninguém sozinho! Sempre nos acompanha! Além disso, Jesus não disse: “vai’, mas “ide”: somos enviados em grupo. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para que vivessem isolados; chamou-os para que formassem um grupo, uma comunidade. Sigam em frente e não tenham medo!

‘Para servir’. A vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço. Paulo, para anunciar Jesus ‘fez-se escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível’ (1Cor 9,19). Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.

Ide, sem medo, para servir. Seguindo essas palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe mais alegria. Queridos jovens, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu evangelho. Quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de ‘extirpar e destruir’, devastar e derrubar, construir e plantar’ (Jr 1,10).

E assim é também para vocês. Levar o evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’” (Cf. Papa Francisco. Homilia na missa do envio   para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude. Copacabana, 28/07/2013).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Celebrando hoje a Ascensão do Senhor agradecemos a Jesus, pois Ele, vencendo o pecado e a morte, subiu ante os anjos maravilhados, ao mais alto dos céus. Ele tornou-se nosso mediador diante de Deus. Ele subiu aos céus, não para se afastar de nossa humildade, mas para nos dar a certeza de que nos conduzirá à glória da imortalidade (Cf. prefácio I).

Na celebração dominical, fazemos experiência sacramental do Ressuscitado que se revela a nós por meio de gestos e palavras. Experimentamos agora uma nova forma de presença no meio de nós. Ele é o Deus conosco, não é um Deus distante, mesmo habitando em luz incessível. Por isso, tantas vezes repetimos na liturgia: ”Ele está no meio de nós”.

Juntos, professamos nossa fé em todo o seu mistério e, ao recitarmos o “Creio, firmamos nossa convicção de que a glorificação do Senhor é e será também a nossa glória”.

Nesta semana de oração pela unidade das Igrejas cristãs, invoquemos o Espírito de Deus para que habite em nós e seja nosso sustento na missão que recebemos do próprio Ressuscitado.



Solenidade da Ascensão do Senhor - ANO A

“Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”.

A Festa da Ascensão de Jesus, que hoje celebramos, sugere que, no final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projeto libertador de Deus para os homens e para o mundo.

O Evangelho apresenta o encontro final de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, num monte da Galileia. A comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado, reconhece-O como o seu Senhor, adora-O e recebe d’Ele a missão de continuar no mundo o testemunho do “Reino”.

Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projeto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus – a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo “caminho” que Jesus percorreu. Quanto aos discípulos: eles não podem ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante; mas têm de ir para o meio dos homens, continuar o projeto de Jesus.

A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem caminhar ao encontro dessa “esperança” de mãos dadas com os irmãos – membros do mesmo “corpo” – e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse “corpo”. Cristo reside no seu “corpo” que é a Igreja; e é nela que Se torna, hoje, presente no meio dos homens.

LEITURA I – Atos 1,1-11

O livro dos “Atos dos Apóstolos” dirige-se a comunidades que vivem num certo contexto de crise. Estamos na década de 80, cerca de cinquenta anos após a morte de Jesus. Passou já a fase da expectativa pela vinda iminente do Cristo glorioso para instaurar o “Reino” e há uma certa desilusão. As questões doutrinais trazem alguma confusão; a monotonia favorece uma vida cristã pouco comprometida e as comunidades instalam-se na mediocridade; falta o entusiasmo e o empenho… O quadro geral é o de um certo sentimento de frustração, porque o mundo continua igual e a esperada intervenção vitoriosa de Deus continua adiada. Quando vai concretizar-se, de forma plena e inequívoca, o projeto salvador de Deus?
É neste ambiente que podemos inserir o texto que hoje nos é proposto como primeira leitura. Nele, o catequista Lucas avisa que o projeto de salvação e de libertação que Jesus veio apresentar passou (após a ida de Jesus para junto do Pai) para as mãos da Igreja, animada pelo Espírito. A construção do “Reino” é uma tarefa que não está terminada, mas que é preciso concretizar na história e exige o empenho contínuo de todos os crentes. Os cristãos são convidados a redescobrir o seu papel, no sentido de testemunhar o projeto de Deus, na fidelidade ao “caminho” que Jesus percorreu.
O nosso texto começa com um prólogo (vers. 1-2) que relaciona os “Atos” com o 3º Evangelho – quer na referência ao mesmo Teófilo a quem o Evangelho era dedicado, quer na alusão a Jesus, aos seus ensinamentos e à sua ação no mundo (tema central do 3º Evangelho). Neste prólogo são também apresentados os protagonistas do livro – o Espírito Santo e os apóstolos, ambos vinculados com Jesus.
Depois da apresentação inicial, vem o tema da despedida de Jesus (vers. 3-8). O autor começa por fazer referência aos “quarenta dias” que mediaram entre a ressurreição e a ascensão, durante os quais Jesus falou aos discípulos “a respeito do Reino de Deus” (o que parece estar em contradição com o Evangelho, onde a ressurreição e a ascensão são apresentados no próprio dia de Páscoa – cf. Lc 24). O número quarenta é, certamente, um número simbólico: é o número que define o tempo necessário para que um discípulo possa aprender e repetir as lições do mestre. Aqui define, portanto, o tempo simbólico de iniciação ao ensinamento do Ressuscitado.
As palavras de despedida de Jesus (vers. 4-8) sublinham dois aspectos: a vinda do Espírito e o testemunho que os discípulos vão ser chamados a dar “até aos confins do mundo”. Temos aqui resumida a experiência missionária da comunidade de Lucas: o Espírito irá derramar-se sobre a comunidade crente e dará a força para testemunhar Jesus em todo o mundo, desde Jerusalém a Roma. Na realidade, trata-se do programa que Lucas vai apresentar ao longo do livro, posto na boca de Jesus ressuscitado. O autor quer mostrar com a sua obra que o testemunho e a pregação da Igreja estão entroncados no próprio Jesus e são impulsionados pelo Espírito.
O último tema é o da ascensão (vers. 9-11). Evidentemente, esta passagem necessita de ser interpretada para que, através da roupagem dos símbolos, a mensagem apareça com toda a claridade.
Temos, em primeiro lugar, a elevação de Jesus ao céu (vers. 9a). Não estamos a falar de uma pessoa que, literalmente, descola da terra e começa a elevar-se; estamos a falar de um sentido teológico (não é o “repórter”, mas sim o “teólogo” a falar): a ascensão é uma forma de expressar, simbolicamente, que a exaltação de Jesus é total e atinge dimensões supra-terrenas; é a forma literária de descrever o culminar de uma vida vivida para Deus, que agora reentra na glória da comunhão com o Pai.
Temos, depois, a nuvem (vers. 9b) que subtrai Jesus aos olhos dos discípulos. Pairando a meio caminho entre o céu e a terra a nuvem é, no Antigo Testamento, um símbolo privilegiado para exprimir a presença do divino (cf. Ex 13,21.22; 14,19.24; 24,15b-18; 40,34-38). Ao mesmo tempo, simultaneamente, esconde e manifesta: sugere o mistério do Deus escondido e presente, cujo rosto o Povo não pode ver, mas cuja presença adivinha nos acidentes da caminhada. Céu e terra, presença e ausência, luz e sombra, divino e humano, são dimensões aqui sugeridas a propósito de Cristo ressuscitado, elevado à glória do Pai, mas que continua a caminhar com os discípulos.
Temos, ainda, os discípulos a olhar para o céu (vers. 10a). Significa a expectativa dessa comunidade que espera ansiosamente a segunda vinda de Cristo, a fim de levar ao seu termo o projeto de libertação do homem e do mundo.
Temos, finalmente, os dois homens vestidos de branco (vers. 10b). O branco sugere o mundo de Deus – o que indica que o seu testemunho vem de Deus. Eles convidam os discípulos a continuar no mundo, animados pelo Espírito, a obra libertadora de Jesus; agora, é a comunidade dos discípulos que tem de continuar na história a obra de Jesus, embora com a esperança posta na segunda e definitiva vinda do Senhor.
O sentido fundamental da ascensão não é que fiquemos a admirar a elevação de Jesus; mas é convidar-nos a seguir o “caminho” de Jesus, olhando para o futuro e entregando-nos à realização do seu projeto de salvação no meio do mundo.

ATUALIZAÇÃO

Ter em conta, para a reflexão e atualização, os seguintes elementos:
• A ressurreição/ascensão de Jesus garante-nos, antes de mais, que uma vida, vivida na fidelidade aos projetos do Pai, é uma vida destinada à glorificação, à comunhão definitiva com Deus. Quem percorre o mesmo “caminho” de Jesus subirá, como Ele, à vida plena.
• A ascensão de Jesus recorda-nos, sobretudo, que Ele foi elevado para junto do Pai e nos encarregou de continuar a tornar realidade o seu projeto libertador no meio dos homens nossos irmãos. É essa a atitude que tem marcado a caminhada histórica da Igreja? Ela tem sido fiel à missão que Jesus, ao deixar este mundo, lhe confiou?
• O nosso testemunho tem transformado e libertado a realidade que nos rodeia? Qual o real impacto desse testemunho na nossa família, no local onde desenvolvemos a nossa atividade profissional, na nossa comunidade cristã ou religiosa?
• É relativamente frequente ouvirmos dizer que os seguidores de Jesus gostam mais de olhar para o céu do que comprometerem-se na transformação da terra. Estamos, efetivamente, atentos aos problemas e às angústias dos homens, ou vivemos de olhos postos no céu, num espiritualismo alienado? Sentimo-nos questionados pelas inquietações, pelas misérias, pelos sofrimentos, pelos sonhos, pelas esperanças que enchem o coração dos que nos rodeiam? Sentimo-nos solidários com todos os homens, particularmente com aqueles que sofrem?

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 46 (47)

Refrão 1: Por entre aclamações e ao som da trombeta,
ergue Se Deus, o Senhor.
Refrão 2: Ergue-Se Deus, o Senhor,
em júbilo e ao som da trombeta.
Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o Rei soberano de toda a terra.
Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso Rei, cantai.
Deus é Rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.

LEITURA II – Ef 1,17-23

A Carta aos Efésios é, provavelmente, um dos exemplares de uma “carta circular” enviada a várias igrejas da Ásia Menor, numa altura em que Paulo está na prisão (em Roma?). O seu portador é um tal Tíquico. Estamos por volta dos anos 58/60.
Alguns veem nesta Carta uma espécie de síntese da teologia paulina, numa altura em que a missão do apóstolo está praticamente terminada no oriente.
Em concreto, o texto que nos é proposto aparece na primeira parte da Carta e faz parte de uma ação de graças, na qual Paulo agradece a Deus pela fé dos Efésios e pela caridade que eles manifestam para com todos os irmãos na fé.
À ação de graças, Paulo une uma fervorosa oração a Deus, para que os destinatários da Carta conheçam “a esperança a que foram chamados” (vers. 18). A prova de que o Pai tem poder para realizar essa “esperança” (isto é, conferir aos crentes a vida eterna como herança) é o que Ele fez com Jesus Cristo: ressuscitou-O e sentou-O à sua direita (vers. 20), exaltou-O e deu-Lhe a soberania sobre todos os poderes angélicos (Paulo está preocupado com a perigosa tendência de alguns cristãos em dar uma importância exagerada aos anjos, colocando-os até acima de Cristo – cf. Col 1,6). Essa soberania estende-se, inclusive, à Igreja – o “corpo” do qual Cristo é a “cabeça”.
O mais significativo deste texto é, precisamente, este último desenvolvimento. A ideia de que a comunidade cristã é um “corpo” – o “corpo de Cristo” – formado por muitos membros, já havia aparecido nas “grandes cartas”, acentuando-se, sobretudo, a relação dos vários membros do “corpo” entre si (cf. 1 Cor 6,12-20; 10,16-17; 12,12-27; Rom 12,3-8); mas, nas “cartas do cativeiro”, Paulo retoma a noção de “corpo de Cristo” para refletir sobre a relação que existe entre a comunidade e Cristo.
Neste texto, em concreto, há dois conceitos muito significativos para definir o quadro da relação entre Cristo e a Igreja: o de “cabeça” e o de “plenitude” (em grego, “pleroma”).
Dizer que Cristo é a “cabeça” da Igreja significa, antes de mais, que os dois formam uma comunidade indissolúvel e que há entre os dois uma comunhão total de vida e de destino; significa, também, que Cristo é o centro à volta do qual o “corpo” se articula, a partir do qual e em direção ao qual o “corpo” cresce, se orienta e constrói, a origem e o fim desse “corpo”; significa, ainda, que a Igreja/corpo está submetida à obediência a Cristo/cabeça: só de Cristo a Igreja depende e só a Ele deve obediência.
Dizer que a Igreja é a “plenitude” (“pleroma”) de Cristo significa dizer que nela reside a “plenitude”, a “totalidade” de Cristo. Ela é o receptáculo, a habitação, onde Cristo Se torna presente no mundo; é através desse “corpo” onde reside que Cristo continua todos os dias a realizar o seu projeto de salvação em favor dos homens. Presente nesse “corpo”, Cristo enche o mundo e atrai a Si o universo inteiro, até que o próprio Cristo “seja tudo em todos” (vers. 23).

ATUALIZAÇÃO

Ter em conta, na reflexão, as seguintes linhas:

• Na nossa peregrinação pelo mundo, convém termos sempre presente “a esperança a que fomos chamados”. A ressurreição/ascensão/glorificação de Jesus é a garantia da nossa própria ressurreição/glorificação. Formamos com Ele um “corpo” destinado à vida plena. Esta perspectiva tem de dar-nos a força de enfrentar a história e de avançar – apesar das dificuldades – nesse “caminho” do amor e da entrega total que Cristo percorreu.
• Dizer que fazemos parte do “corpo de Cristo” significa que devemos viver numa comunhão total com Ele e que nessa comunhão recebemos, a cada instante, a vida que nos alimenta. Significa, também, viver em comunhão, em solidariedade total com todos os nossos irmãos, membros do mesmo “corpo”, alimentados pela mesma vida. Estas duas coordenadas estão presentes na nossa existência?
• Dizer que a Igreja é o “pleroma” de Cristo significa que temos a obrigação de testemunhar Cristo, de torná-l’O presente no mundo, de levar à plenitude a projeto de libertação que Ele começou em favor dos homens. Essa tarefa só estará acabada quando, pelo testemunho e pela ação dos crentes, Cristo for “um em todos”.

ALELUIA – Mt 28,19a.20b
Aleluia. Aleluia.
Ide e ensinai todos os povos, diz o senhor:
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.

EVANGELHO – Mt 28,16-20

O texto situa-nos na Galileia, após a ressurreição de Jesus (embora não se diga se é muito ou pouco tempo após a descoberta do túmulo vazio – cf. Mt 28,1-15). De acordo com Mateus, Jesus – pouco antes de ser preso – havia marcado encontro com os discípulos na Galileia (cf. Mt 26,32); na manhã da Páscoa, os anjos que apareceram às mulheres no sepulcro (cf. Mt 28,7) e o próprio Jesus, vivo e ressuscitado (cf. Mt 28,10), renovam o convite para que os discípulos se dirijam à Galileia, a fim de lá encontrar o Senhor.
A Galileia – região setentrional da Palestina – era uma região próspera e bem povoada, de solo fértil e bem cultivado. A sua situação geográfica fazia desta região o ponto de encontro de muitos povos; por isso, um número importante de pagãos fazia parte da sua população. A coabitação de populações pagãs e judias fazia, certamente, com que os judeus da Galileia vivessem a religião de uma maneira diferente dos judeus de Jerusalém e da Judeia: a presença diária dos pagãos conduzia, provavelmente, os galileus a suavizar a sua prática da Lei e a interpretar mais amplamente as regras que se referiam, por exemplo, às impurezas rituais contraídas pelo contato com os não judeus. No entanto, isto fazia com que os judeus de Jerusalém desprezassem os judeus da Galileia e considerassem que da Galileia “não podia sair nada de bom”.
No entanto, foi na Galileia que Jesus viveu quase toda a sua vida. Foi, também, na Galileia que Ele começou a anunciar o Evangelho do “Reino” e que começou a reunir à sua volta um grupo de discípulos (cf. Mt 4,12-22). Para Mateus, esse facto sugere que o anúncio libertador de Jesus tem uma dimensão universal: destina-se a judeus e pagãos.
Mateus situa este encontro final entre Jesus ressuscitado e os discípulos num “monte que Jesus lhes indicara”. Trata-se, no entanto, de uma montanha da Galileia que é impossível identificar geograficamente, mas que talvez Mateus ligue com a montanha da tentação (cf. Mt 4,8) e com a montanha da transfiguração (cf. Mt 17,1). De qualquer forma, o “monte” é sempre, no Antigo Testamento, o lugar onde Deus se revela aos homens.
O texto que descreve o encontro final entre Jesus e os discípulos divide-se em duas partes.
Na primeira (vers. 16-18), descreve-se o encontro. Jesus, vivo e ressuscitado, revela-Se aos discípulos; e os discípulos reconhecem-n’O como “o Senhor” e adoram-n’O. Depois de descrever a adoração, Mateus acrescenta uma expressão que alguns traduzem como “alguns ainda duvidaram” e outros como “eles que tinham duvidado” (gramaticalmente, ambas as traduções são possíveis). No primeiro caso, a expressão significaria que a fé não é uma certeza científica e que não exclui a dúvida; no segundo caso, a expressão aludiria a essa dúvida constante dos discípulos – expressa em vários momentos, ao longo da caminhada para Jerusalém – e que aqui perde qualquer razão de ser.
Ao reconhecimento e à adoração dos discípulos, segue-se uma manifestação do mistério de Jesus, que reflete a fé da comunidade de Mateus: Jesus é o “Kyrios”, que possui todo o poder sobre o mundo e sobre a história; Jesus “o mestre”, cujo ensinamento será sempre uma referência para os discípulos; Jesus é o “Deus-conosco”, que acompanhará, a par e passo, a caminhada dos discípulos pela história.
Na segunda (vers. 19-20), Mateus descreve o envio dos discípulos em missão pelo mundo. A Igreja de Jesus é, essencialmente, uma comunidade missionária, cuja missão é testemunhar no mundo a proposta de salvação e de libertação que Jesus veio trazer aos homens e que deixou nas mãos e no coração dos discípulos. A primeira nota do envio e do mandato que Jesus dá aos discípulos é a da universalidade… A missão dos discípulos destina-se a “todas as nações”.
A segunda nota dá conta das duas fases da iniciação cristã, conhecidas da comunidade de Mateus: o ensino e o batismo. Começava-se pela catequese, cujo conteúdo eram as palavras e os gestos de Jesus (o discípulo começava sempre pelo catecumenato, que lhe dava as bases da proposta de Jesus). Quando os discípulos estavam informados da proposta de Jesus, vinha o batismo – que selava a íntima vinculação do discípulo com o Pai, o Filho e o Espírito Santo (era a adesão à proposta anteriormente feita).
Uma última nota: Jesus estará sempre com os discípulos, “até ao fim dos tempos”. Esta afirmação expressa a convicção – que todos os crentes da comunidade mateana possuíam – de que Jesus ressuscitado estará sempre com a sua Igreja, acompanhando a comunidade dos discípulos na sua marcha pela história, ajudando-a a superar as crises e as dificuldades da caminhada.

ATUALIZAÇÃO

Na reflexão, considerar os seguintes elementos:

• Jesus foi ao encontro do Pai, depois de uma vida gasta ao serviço do “Reino”; deixou aos seus discípulos a missão de anunciar o “Reino” e de torná-lo uma proposta capaz de renovar e de transformar o mundo. Celebrar a ascensão de Jesus significa, antes de mais, tomar consciência da missão que foi confiada aos discípulos e sentir-se responsável pela presença do “Reino” na vida dos homens. Estou consciente de que a Igreja – a comunidade dos discípulos de Jesus, a que eu também pertenço – é, hoje, a presença libertadora e salvadora de Jesus no meio dos homens? Como é que eu procuro testemunhar o “Reino” na minha vida de todos os dias – em casa, no trabalho ou na escola, na paróquia, na comunidade religiosa?

• A missão que Jesus confiou aos discípulos é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas, não podem ser obstáculos para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo. Tenho consciência de que a missão confiada aos discípulos é uma missão universal? Tenho consciência de que Jesus me envia a todos os homens – sem distinção de raças, de etnias, de diferenças religiosas, sociais ou econômicas
– a anunciar-lhes a libertação, a salvação, a vida definitiva? Tenho consciência de que sou responsável pela vida, pela felicidade e pela liberdade de todos os meus irmãos – mesmo que eles habitem no outro lado do mundo?

• Tornar-se discípulo é, em primeiro lugar, aprender os ensinamentos de Jesus – a partir das suas palavras, dos seus gestos, da sua vida oferecida por amor. É claro que o mundo do século XXI apresenta, todos os dias, desafios novos; mas os discípulos, formados na escola de Jesus, são convidados a ler os desafios que hoje o mundo coloca, à luz dos ensinamentos de Jesus. Preocupo-me em conhecer bem os ensinamentos de Jesus e em aplicá-los à vida de todos os dias?

• No dia em que fui batizado, comprometi-me com Jesus e vinculei-me com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A minha vida tem sido coerente com esse compromisso?

• É um tremendo desafio testemunhar, hoje, no mundo os valores do “Reino” (esses valores que, muitas vezes, estão em contradição com aquilo que o mundo defende e que o mundo considera serem as prioridades da vida). Com frequência, os discípulos de Jesus são objeto da irrisão e do escárnio dos homens, porque insistem em testemunhar que a felicidade está no amor e no dom da vida; com frequência, os discípulos de Jesus são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que produz escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem em testemunhar que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega da vida. O confronto com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento, frustração… Nos momentos de decepção e de desilusão convém, no entanto, recordar as palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.


Coração

“Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia” 
 
(José Saramago).

É preciso ter coragem para seguir o que nosso coração e nossa intuição dizem. 
Eles já sabem o que desejamos, pois têm uma forma alternativa (diferente) de conhecer as coisas, os sentimentos e até os caminhos ainda não percorridos. 
O coração é símbolo do sentimento e do amor, lembrando que sentir é uma das funções que compõem o modo de ser da pessoa humana.
É preciso aprender a escutar o coração, cultivar o amor dentro dele, povoá-lo de pensamentos positivos. Jesus já nos ensinou que onde está nosso tesouro aí também estará nosso coração (cf Mt 6,21). 
O tesouro maior da nossa vida estará onde inclinar o nosso coração, onde estiver aquilo que mais amamos, aquilo que mais desejamos…

Tenha um ótimo, abençoado e iluminado fim de semana!