Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ser a luz do mundo  
 S. Marcos 4,21-25.

Ser a luz do mundo (cf. Mt 5,14) 
 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro?
Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não venha à luz.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.»
E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado.
Pois àquele que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.»


Comentário :

 
Pode acontecer que eu seja incapaz de manter a minha atenção completamente fixa em Deus enquanto trabalho — mas Deus não exige isso de mim. Contudo, posso perfeitamente desejar e projectar fazer o meu trabalho com Jesus e para Jesus. E isso é uma coisa muito bonita e é isso que Deus quer. Quer que a nossa vontade e o nosso desejo se dirijam para Ele, para a nossa família, os nossos filhos, os nossos irmãos e os pobres.

Cada um de nós continua a ser apenas um pequeno instrumento. Se observarmos os componentes dum aparelho eléctrico, veremos um emaranhado de fios, grandes e pequenos, novos e velhos, caros e baratos. Se a corrente não passar por eles, não pode haver luz. Esses fios és tu e sou eu. A corrente é Deus. Nós temos o poder de deixar passar a corrente através de nós, de deixar que ela nos utilize, de deixar que ela produza a luz do mundo — ou de nos recusarmos a ser utilizados, deixando que as trevas alastrem. 

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«No Greater Love», p. 67 


 Exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus.

Sentimos como dirigido a nós o testamento espiritual de Paulo: é um brado de luta. Cumpre ser fiéis a Jesus, sem temor!
A “vida em Cristo” entrou no mundo (versículos 1.10; 2,11) e os cristãos têm por missão anunciá-la e difundi-la. Para isto nos foi dado não “um Espírito de timidez, mas de força, de amor, de sabedoria.” 
Não devemos envergonhar-nos de dar testemunho de Cristo. 
É necessário coragem diante de opositores externos e internos à comunidade.
Como Paulo, não tem desgostos, porque lutou bem e está em vias de dar a Cristo o supremo testemunho de fé e amor, precisamos não nos deixar desgastar pela luta, mas permanecer unidos aos que receberam de Cristo a missão de guiar a comunidade dos fiéis.

Pe.Emílio Carlos+

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


«O Semeador semeia a Palavra»
 

Irmãos, devemos esforçar-nos para que a Palavra saída da boca do Pai e vinda até nós por intermédio da Virgem Maria não regresse vazia (cf Is 55,11), mas para Lhe devolvermos graça por graça através desta mesma Virgem. 

Tragamos pois sem cessar ao nosso espírito a lembrança do Pai durante todo o tempo em que estivermos reduzidos a suspirar pela Sua presença. Façamos regressar à sua fonte os fluxos da graça, para que eles voltem mais abundantes. [...]

Tendes o Senhor no espírito; então não vos caleis, não fiqueis em silêncio a Seu respeito. 

Aqueles que já vivem na Sua presença não têm necessidade desta advertência [...]; mas os que vivem ainda na fé devem ser exortados a não responder a Deus pelo silêncio. Porque «o Senhor fala, Ele tem promessas de paz para o Seu povo», para os Seus amigos, que já não voltarão ao desvario (Sl 84,9). Ele ouve aqueles que O ouvem; Ele falará aos que Lhe falam. Mas ficará em silêncio se ficais em silêncio, se não O glorificais. «Pus guardas que não se calarão nem de dia nem de noite. Vós, os que recordais o Senhor, não repouseis e não O deixeis descansar até que Ele restabeleça Jerusalém e dela faça a glória da terra» (Is 62,6-7). Porque o louvor de Jerusalém é doce e belo. [...]

Mas, seja qual for a oferenda que apresentais a Deus, lembrai-vos de a confiar a Maria, para que a graça suba à sua fonte pelo mesmo canal que no-la trouxe. [...] Cuidai em oferecer a Deus o pouco que tendes para Lhe dar pelas mãos de Maria, essas mãos puríssimas e dignas de receber o melhor acolhimento. 


São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão para a Natividade de Maria «O Aqueduto», §§13, 18 

O mundo te cega...

O mundo te cega...
Abra os olhos
 

O Senhor abre os olhos aos cegos

(Leia  II Reis 6,17)

Creio que todos  já tiveram oportunidade de ver um cego. 
As vezes os encontramos nas calçadas das ruas a pedir esmolas, outras vezes os encontramos nas portas das Igrejas ou casas comerciais, e outras vezes atravessando ruas ajudados por alguém. 
Uma das coisas que mexem conosco é ver alguém deficiente visual, pois além de depender de alguém para guiá-los não podem contemplar a linda natureza que Deus criou, e que muitas pessoas não valorizam. O céu azul e as vezes com nuvens tão lindas; o mar com sua beleza encantadora com suas praias enfeitadas com lindos coqueiros; os animais com suas cores coloridas, e as árvores com suas belas flores, como o ipê, são coisas que revelam a grandeza de seu criador – a grandeza de Deus. Se um simples edifício, ou uma ponte revela a grandeza de um engenheiro, o sucesso de uma cirurgia a grandeza de um médico, imaginemos a grandeza daquele que fez o universo, e que fez também o homem, com capacidade de ser engenheiro ou médico. 
Muitas pessoas têm olhos, mas são cegos! É terrível ser cego! Eu diria que uma pequena amostra de falta de visão se dá quando falta energia elétrica em casa, e começamos a procurar as coisas e não encontramos; tropeçamos aqui e acolá… porque as trevas nos tiram a visão. Agora imagine alguém que passa as 24 horas do dia sem ver a luz do sol ou das lâmpadas artificiais. A ciência tem progredido muito e continua fazendo grandes esforços na área da medicina, mas os resultados ainda não satisfazem, pois um cego ainda não pode ver. Nós podemos ajudar um cego, mas não dar-lhe a visão. Mas a Bíblia diz que o Senhor abre os olhos aos cegos. O que a ciência não pode fazer, Jesus faz. Que maravilha! O Senhor abre os olhos aos cegos! Mas o pior cego é aquele que não quer ver! 
Há pelo menos,dois tipos de cego: os físicos e os espirituais.

I- O Senhor abre os olhos dos fisicamente cegos

Jesus sempre teve muita compaixão de pessoas cegas. 
Certa vez, estavam andando em Jerusalém, Jesus e seus discípulos, e encontraram um homem cego. Os discípulos logo perguntaram: Rabi, quem pecou para que esse nascesse cego, foi ele ou seus pais? E Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestasse nele as obras de Deus. Nem toda enfermidade ou deficiência é conseqüência do pecado. Há coisas que nos acontece para que o mundo tenha oportunidade de ver a glória de Deus. Em outra ocasião, Jesus estava indo de Jerusalém para Jericó e ao chegar na cidade, próximo ao portão principal, estava um homem cego, possivelmente conduzido por alguém até aquele local; ali passava o dia a mendigar. Jesus quase sempre, era acompanhado por grande multidão e o cego Bartimeu ouviu o barulho, muita gente andando e conversando, alguns gritando, então perguntou o que estava acontecendo e alguém lhe disse que Jesus estava passando por ali. Ninguém na Palestina era alheio aos acontecimentos da época; todos sabiam dos milagres operados por Jesus e sua fama aumentava cada dia mais. Os enfermos e cegos também eram conhecedores dos milagres. Bartimeu, começou a clamar em alta voz: Jesus filho de Davi, tem compaixão de mim! Jesus filho de Davi, tem compaixão de mim! Pediram para que se calasse para não atrapalhar o Mestre; mas ele ainda mais forte gritava: Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim! Era cego, conhecedor de sua situação e aproveitou a oportunidade, talvez a única em sua vida. Jesus parou e pediu que alguém o trouxesse, e disse: Que queres que eu te faça? Senhor, que eu veja. Então vê. E viu. Aquele homem queria ver; seu desejo era ver. Lucas 18:35-43. Em outra ocasião, Jesus estava em Jerusalém, e ali encontrou um cego de nascença, conhecido de todos na cidade. Jesus parou e conversou com ele e depois cuspiu no chão e com a saliva fez lodo e untou os olhos do cego e deu ordem para que fosse se lavar no tanque de Siloé, e voltou vendo. Os moradores da cidade começaram a perguntar ao cego: Quem te curou? E ele disse: Jesus me curou. E começaram a dizer que Jesus era um homem pecador, pois havia curado no sábado. E o homem que havia sido curado respondeu: Se é pecador não sei; uma coisa sei, eu era cego e agora vejo. Que testemunho maravilhoso! O Senhor abre os olhos aos cegos. João 9, 1-41.

II- O Senhor abre os olhos dos espiritualmente cegos

Da mesma forma que vemos um cego, Deus vê a humanidade. Sabemos que o anseio de cada alma é servir a Deus com uma vida pura e santa; a busca, o desejo de cada pessoa é saber a verdade. Muitos caminhos são apresentados – e há ainda os que acham que todos os caminhos levam a Deus – engano! Isso é uma armadilha. Alguém diz: a macumba é o caminho e muitos andam por ele. Outros dizem: o catolicismo é o caminho e muitos andam por ele. Muitos caminhos são apresentados e as pessoas estão andando por eles. Sabe porque? Porque são cegos espirituais! Jesus não é homem para que minta, e sabe o que ele disse? Eu sou o caminho e ninguém vai ao Pai, senão por mim. João 14,6. Um cego depende de informações de outras pessoas, que podem ser verdadeiras ou falsas. A maioria das pessoas estão espiritualmente cegas e não tem encontrado o verdadeiro caminho. Pessoas que não andam por Jesus jamais chegarão ao céu. Mas o Senhor abre os olhos dos espiritualmente cegos. Paulo disse, escrevendo aos Coríntios: “Mas se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, nos quais o deus desse século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de cristo, o qual é a imagem de Deus” II Cor. 4, 3,4. Sim, satanás tem cegado o entendimento dos inteligentes para que não conheçam o evangelho maravilhoso que transforma vidas. Isso é cegueira espiritual. Em II Reis 6, 8-17 encontramos um episódio que nos ajuda entender o que é cegueira espiritual. 
O Rei da Síria fazia constantes guerras contra Israel mas o profeta Eliseu sempre avisava o Rei de Israel sobre a localização do exército inimigo. Até que um dia o Rei da Síria ficou muito bravo e perguntou: Quem dentre nós está avisando Israel? E alguém disse que era o profeta Eliseu que estava avisando o povo para não cair em emboscada. Imediatamente o Rei da Síria mandou localizar Eliseu que estava em Dotã e prendê-lo. Enviou o seu exército para cercar a cidade. Quando o moço de Eliseu se levantou de manhã cedo é viu o exército Sírio cercando a cidade com cavalos e carros; gritou e disse: Ai meu senhor, que faremos? E Eliseu respondeu: Não temas; porque os que estão conosco são mais do que os que estão com eles. E Eliseu orou e disse: Ó Senhor, peço-te que lhe abra os olhos para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu.  Aquele moço via o exército inimigo, mas não via o exército de Deus; só via os obstáculos e as dificuldades, mas não o livramento do Senhor; estava espiritualmente cego. Não é isso que acontece com muita gente hoje? Vêem tudo; os problemas, as dificuldades, os inimigos, mas não vêem o poder de Deus e seu livramento. Então precisamos fazer a oração de Eliseu: “Senhor, eu te peço que lhe abras os olhos para que veja” O Senhor abriu os olhos do rapaz e viu o livramento do Senhor. Porque o Senhor abre os olhos aos cegos! O restante da história continua sendo emocionante pois Eliseu sozinho levou o exército Sírio para dentro dos muros de Samaria, capital de Israel, e os entregou ao Rei de Israel. Como? Pediu ao Senhor que ferisse os Sírios de cegueira e os levou e chegando em Samaria pediu ao Senhor que lhes abrisse os olhos e o Senhor abriu e eles estavam todos reféns.

Conclusão

O Senhor abre os olhos aos cegos físicos e espirituais como vimos nos textos aqui apresentados. As pessoas que ainda não seguem a Jesus, andam nas trevas, estão cegos. 
Cegar espiritualmente as pessoas é missão de satanás, conforme nos ensino o apóstolo Paulo: “Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho de Cristo, o qual é a imagem de Deus” II Cor 4,4. Quem está cego não encontra o caminho e como nos diz a Bíblia: “Maldito aquele que fizer que o cego erre do caminho” Deut. 27,18. É grande a responsabilidade de um líder espiritual. Ai daquele que fizer um cego espiritual errar o caminho da eternidade. Quando uma pessoa fica doente, não tem culpa, pois a doença vem; mas a pessoa procura alguém para lhe ajudar- um médico. Mas o pior doente é aquele que não admite sua doença, ninguém pode ajudá-lo. 
“O pior cego é aquele que não quer ver”. Essa é a situação atual de muita gente, estão espiritualmente cegos, mas não admitem. Estão andando fora de Jesus e jamais chegarão ao céu. O apóstolo Pedro disse: “Aquele que não tem fé e amor fraternal é cego, nada vendo ao longe” II Pedro 1,9. O apóstolo João disse: “Aquele que está em pecado está em trevas e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir, porque as trevas lhe cegaram os olhos” I João 2,11. E Jesus disse: “ Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” João 8,12. 
Trevas é sinônimo de engano! Por isso o salmista disse: “Desvenda os meus olhos para que veja as maravilhas da tua lei” Salmo 119,18. 
O Senhor abre os olhos aos cegos! E depende de você, vir ou não a Jesus.
 
 Pérola do dia:
 
 "Não desista, não pare de crer os sonhos de Deus jamais vão morrer."

Muitas vezes em na nossa vida nos encontramos desanimados, por tantas coisas, seja um sonho frustrado, seja por um plano fracassado, um desemprego, a falta de atenção, criticas, enfim, tantas coisas que vêem para nos ferir e nos deixar desanimados. 
O desânimo amados tem nos rodeado e quer nos abater e deixar-nos caídos.
Mas se  somos homens de fé  e esta mesmo menor que um grão de mostarda sabemos que resitimos pela fé ao inimigo.
Cristo morreu naquela cruz para que os nossos  sonhos fossem restaurados, para que  tivessemos a  alegria continua, para que nosso pranto fosse convertido em festa. 
As criticas nuca cessarão, jamais agradaremos a todos, o inimigo sempre nos sondará, sempre buscará uma brecha para nos destruir,  
"Em tempos de guerra nunca, nunca pare de lutar", não importa o que dizem as pessoas, não importa se dentro da sua casa você tem ouvido palavras duras, não importa o resultado de um exame que não foi o que você esperava, não importa. 
Cristo nos amou primeiro, ele nos ama intensamente, Ele esta conosco todos os dias, Ele tem cuidado de nós, Ele quer enxugar as nossas lágrimas. 
"Não desista, não pare de crer os sonhos de Deus jamais vão morrer." 
Por mais que você olha ao seu redor e parece que não tem saída para o seu problema, parece que nada vai mudar. 
Mais creia que Deus é um Deus de milagres, e ele pode mudar o quadro da sua vida, pode mostrar a saída. 
Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedeque!

Salmo 109

O Salmo nos ensina a reconhecer Jesus como o Sacerdote da Nova Aliança, ordenado por Deus e assentado à direita do Pai com poder para pisar os inimigos. 
Portanto, a Palavra de Deus se cumpriu e nós devemos também proclamar: “Tu és, Senhor o Eterno Sacerdote e a Ti nós entregamos a nossa causa!”
 “Semente em terra boa!”

  Marcos 4, 1-20 –

Neste Evangelho Jesus compara o nosso coração a um terreno onde é plantada uma semente. E explica que esta semente é a  Palavra de Deus jogada na terra do nosso coração e que, na medida em que for acolhida será também, compreendida e em consequência vivenciada. 
Refletindo sobre a exposição que Jesus faz dos tipos de terrenos, todos nós temos a chance de sondar a terra do nosso coração e perceber se a Palavra está ou não dando frutos na nossa vida. 
Ou, se pelo contrário estamos apenas nos preocupando em ouvir falar das coisas de Deus, mas ela não dá fruto na nossa vida, porque não a estamos pondo em prática. 
Por causa das preocupações, do trabalho, das ocupações, das tribulações nós nos afastamos e não perseveramos adubando a terra e regando a semente. Percebemos que Jesus explicou a parábola apenas para aqueles que estavam próximos a Ele, os seus discípulos. 
Eles subiram na barca com Jesus, estavam perto Dele, O escutavam e, por isso, tinham a chance de apreender melhor. 
Para os que estão fora, tudo acontece em parábolas”, foi esta a explicação que Jesus deu a eles! Assim sendo Jesus nos dá a chave do mistério do reino de Deus: estar próximo a Ele, subir na Sua barca que é a Igreja!  
Quem está longe das coisas de Deus, longe da Igreja, vê, mas não enxerga, escuta, mas não compreende, por isso não se converte e permanece na escuridão. 
Na Igreja e em comunidade nós temos a oportunidade de escutar melhor para entender os ensinamentos de Jesus. 
O terreno do nosso coração só será uma terra boa quando a Palavra acontecer na nossa vida e assim, mesmo no meio das provocações, nós darmos testemunho da nossa fé e confiança nos desígnios de Deus para nós. 

  •  -  Onde você tem buscado o entendimento das coisas de Deus?
  •  – Quando você “escuta “ a Palavra de Deus tem o propósito de vivenciá-la?  
  •  – Você tem acolhido a Semente da Palavra com o coração aberto?  
  • – Você procura sempre estar na barca com Jesus? 
  • – Qual é a barca de Jesus para você?

 – “Um sacrifício único”
  Hebreus 10, 11-18

Este trecho da carta aos Hebreus nos esclarece de uma vez por todas que Jesus Cristo ofereceu um único sacrifício pelos pecados da humanidade. 
Portanto, podemos ter a certeza de que Ele já alcançou para nós a vitória, está sentado à direita do Pai e espera somente a nossa adesão para que os inimigos sejam postos debaixo dos Seus pés. Os nossos inimigos são os nossos pecados.  
Assim sendo, pela Sua entrega, fomos purificados e salvos, e estamos em processo de conversão e santificação que são uma obra do Espírito Santo, o Auxiliador que Jesus já nos enviou.   
Compete a nós que já recebemos o Espírito Santo, nos deixarmos guiar pelas leis que o Pai mesmo escreveu nos nossos corações e na nossa mente. Por meio de Jesus Cristo, Deus fez conosco uma nova aliança, que se baseia agora na Sua misericórdia e no esquecimento das nossas iniquidades. 
É hora de nós, agora, conscientes, deixarmos que Jesus Cristo, o nosso Senhor, tome conta da nossa vida e dê o norte para as nossas ações. 
O perdão de Deus apaga os nossos pecados e o inimigo já não tem mais poder sobre nós. 
Porém, a nossa entrega total ao nosso Salvador Jesus Cristo é quem fará que o Espírito Santo se manifeste na nossa vida a fim de que tenhamos comunhão com o Pai. 
O propósito de Deus é que tenhamos uma vida de qualidade, compartilhando com Ele as nossas dificuldades, sendo abertos (as) e disponíveis uns para com os outros. 
Não é um monte de rituais cansativos e uma longa lista de exigências que Deus preparou para a nossa vida, mas a concretização do Seu amor nos nossos relacionamentos.   

  • – Por que nós ainda insistimos em não nos deixarmos guiar pelo Espírito de Deus?
  •  -  Você se deixa dominar pelos “inimigos” que lhe rodeiam, ou já percebeu que Jesus já conquistou a vitória sobre eles? 
  • – Que inimigos têm lhe perturbado o espírito e tirado a sua paz: o orgulho, o egoísmo, a impaciência,  o ciúme, a inveja, a maledicência, os vícios, o julgamento, a libertinagem?
  •   – Jesus já venceu a todos eles, portanto, se entregue a Ele.
AMANDO O  OUTRO - CAMINHAMOS SEGUROS.
 
Um dos nossos maiores temores é o de errar.
Errar na escolhas, na tarefa confiada, na função que exercemos e sobretudo receio de errar nos relacionamentos.
Existe um caminho seguro: É aquele de amar sempre o irmão - com um amor verdadeiro, que não se sustenta em sentimentos, mas em VONTADE  E  AÇÃO.
AMAR  É  DECISÃO. 
E quem ama - não erra nunca - caminha pela vida seguro de seus atos, escolhas, ações.
Amar como? 
Com um amor que se coloca a serviço e faz ao outro do modo que gostaria que fosse feito a si próprio em qualquer situação.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


  “Santificados pela oferenda do Corpo de Cristo!”

 Hebreus 10, 1-10

Jesus Cristo, para fazer a vontade do Pai, ofertou-se a si mesmo, de uma vez por todas, como vítima, pela expiação dos nossos pecados.
Por isso, a leitura nos mostra que o próprio Cristo ao entrar no mundo, afirmou: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo”.
Conforme entendemos nesta leitura, a Lei é apenas um desenho dos bens que nós almejamos adquirir no futuro, e não o modelo real do que está reservado para nós. Deste modo, o cumprimento da lei e os sacrifícios que se oferecem a Deus, por si só, são totalmente incapazes de nos levar para o céu.  
Somente a fé em Jesus Cristo e a nossa adesão ao Plano de Salvação do Pai, nos conduzirão para a vida eterna. Jesus Cristo veio fazer vontade do Pai que consiste na nossa purificação, salvação e santificação.
A fé em Jesus nos faz compartilhar a vida com Ele deixando com que Ele permaneça em nós e nos faça viver uma verdadeira conversão. 
Desse modo, enquanto aqui estamos, cumprimos um processo de transformação que nos leva, a também, como Jesus, nos oferecer para que a vontade de Deus se realize em nós e por meio de nós.
Por isso, precisamos ter em mente que não são as coisas certinhas que realizamos nem os bens que oferecemos a Deus que nos levarão para a vida eterna, mas a nossa entrega total a Jesus que nos ensina a fazer as coisas por amor a Ele.   

  • – Você é daquelas pessoas que faz um rosário de sacrifícios, mas esquece de perdoar a quem o (a) ofendeu?
  •  – Como você tem oferecido a sua vida a Deus: por palavras ou ações?
  •  – Você já descobriu qual a vontade de Deus para você?
IR CONTRA A CORRENTE.

Para viver o Evangelho muitas vezes precisamos nadar contra a correnteza.
Nem sempre em relação à outras pessoas, mas em relação a nós mesmos.
Temos uma tendência em nós de satisfazer a nossa vontade, seguir os nossos instintos, os nossos sentimentos. O homem moderno vive na época da preocupação com o “eu”, preocupação em ser livres para falar, agir, de modo a atender os próprios interesses...imaginando assim encontrar o que busca por toda sua vida: a felicidade.

Na realidade – encontrar a felicidade se fundamenta em algo muito maior que o próprio eu, que satisfazer a minha vontade – se fundamenta em fazer a vontade de Deus para minha vida, cumprir seu plano para mim, um plano de amor...que me fará sentir a paz que o mundo não é capaz de me dar. Isto requer confiança neste Pai de amor e requer amizade com Ele...intimidade de colocar-se diante Dele e perguntar-lhe sempre: O que desejas agora Pai? Como agir nesta situação? Como fazer com aquela pessoa?

Muitas vezes a resposta exige de nós este “ir contra a corrente” ...contra o que o mundo propõe, contra o que eu desejo...mas a luta vale a pena.
É o caminho mais seguro para encontrar esta felicidade tão almejada...
Fazer a vontade de Deus!
O cumprimento da vontade de Deus nos garante efeitos maravilhosos...

Vale a pena experimentar!!!

Com a minha benção
Pe. Emílio Carlos +
  • Somente com amor…

    "Ama e faz o que quiseres. 
    Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. 
    Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos."
  • "Não basta fazer bem aquilo que fazemos, é preciso fazê-lo com amor." 
    Santo Agostinho
  Consagrados a Maria como servos...

 A Igreja nos diz que, cada vez que eu colaboro com Deus no processo da minha santificação recebo bens interiores (méritos) por isso. 
Mas, o que são esses bens? Esses bens interiores são graças. Quando ajo como os serventes da bodas de Caná, buscando as talhas pesadas, recebo o milagre de Deus, o vinho. 
Quanto mais busco a Deus, mais Deus me dá a graça de ser íntimo Dele. Nesta, Consagração devemos entregar, até mesmo, essas graças que recebemos de Deus a Maria, afirmando que nada temos direito, pois somos escravos. 
Veja a diferença espiritual de uma pessoa que jejua e diz: “– Eu fiz esse esforço. A graça que recebi é minha!” e da pessoa que fala: “– Pode ficar Maria com as graças que recebi, só jejuei porque deste-me forças para fazê-lo!”.
O verdadeiro devoto de Maria, pela escravidão de amor, é aquele que não reivindica nada para si, mas entrega tudo a Maria, cumprindo a profecia de João Batista: “Importa que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3, 30). 
O escravo de Maria é aquele que consegue amar a Deus sobre todas as coisas, pois não se entrega a uma criatura que deseja se colocar no lugar do Criador, mas que aponta para Ele. 
O escravo de Maria não busca recompensas afetivas, materiais ou espirituais, mas busca unicamente viver para dar glória ao seu Senhor. 
Agora, como dizer que esta devoção não tem Jesus como centro?
 Ela é profundamente “cristocêntrica”, como o santo Rosário também o é. 
Demos, portanto Glória a Jesus, exaltando as glórias de Maria!
Encerro  com uma frase de Santa Teresinha do Menino Jesus: “Nós somos mais felizes que a Virgem Maria, porque Ela não teve uma Senhora para amar!”. 
Um grande e terno abraço e que venha a nós o Vosso Reino de amor!
 «Eis minha mãe e meus irmãos. 
 Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».

Terça-feira da 3ª semana do Tempo Comum

 (Mc 3,31-35): 

Nisso chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Ao seu redor estava sentada muita gente. Disseram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram». Ele respondeu: «Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?». E passando o olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse: «Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».

Comentário: 

Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe
Hoje contemplamos Jesus —numa cena muito especial e, também, comprometedora— ao seu redor havia uma multidão de pessoas do povoado. Os familiares mais próximos de Jesus chegaram desde Nazaré a Cafarnaum. Mas, quando viram tanta quantidade de gente, permaneceram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Disseram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram» (Mc 3,32).

Na resposta de Jesus, como veremos, não há nenhum motivo para rechaçar os seus familiares. Jesus tinha se afastado deles para seguir o chamado divino e mostra agora que também internamente renunciou a eles: não por frialdade de sentimentos ou por menosprezo dos vínculos familiares, senão porque pertence completamente a Deus Pai. Jesus Cristo fez Ele mesmo, pessoalmente, aquilo que justamente pede aos seus discípulos.

Em vez da sua família da terra, Jesus escolheu uma família espiritual. Passando um olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse-lhes: «Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe». (Mc 3, 34-35). São Marcos, em outros lugares do seu Evangelho, refere outro dos olhares de Jesus ao seu redor.

Será que Jesus quer nos dizer que só são seus parentes os que escutam com atenção sua palavra? Não! Não são seus parentes aqueles que escutam sua palavra, senão aqueles que escutam e cumprem a vontade de Deus: esses são seu irmão, sua irmã, sua mãe.

Jesus faz uma exortação a aqueles que estão ali sentados —e a todos— a entrar em comunhão com Ele através do cumprimento da vontade divina. Mas, vemos, também, na suas palavras uma louvação a sua mãe, Maria, a sempre bem-aventurada por ter acreditado.

Rev. D. Josep GASSÓ i Lécera (Corró d'Avall, Barcelona, Espanha)
Pérola do dia:  

Encontrar em nossos sorrisos para espalhar a alegria ao nosso redor.

alegria-compartilhada
Observe as pessoas que estão ao seu redor e repare: aquelas que levam um sorriso no rosto despertam emoções positivas e provocam automaticamente, a vontade de retribuir essa alegria tão espontânea.
Elas escolheram sorrir para a vida, para os pequenos momentos de uma rotina atribulada e para o universo. Assim, estimularam em você o desejo de fazer o mesmo. 
Que tal seguir esse exemplo? 
Escolha sorrir até mesmo diante dos fatos corriqueiros. 
Sorria hoje, sorria agora. 
E vamos nos encontrar em nossos sorrisos para espalhar a alegria ao nosso redor.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


Pérola do dia: 
Não podemos descartar os nossos valores...
Há quem se diga “azarada (o)” para as coisas que se referem ao coração, pois nenhum de seus relacionamentos foram duradouros o bastante como  esperava.
Muitas pessoas reclamam da dificuldade de manter o relacionamento, argumentando as muitas incompatibilidades que apareceram ao longo do convívio. 
Para muitas pessoas, encontrar alguém que esteja disposto a partilhar as coisas mais comuns do dia a dia parece ser uma tarefa difícil de ser realizada.  
Sabemos que ter alguém ao nosso lado, que nos ame e trabalhe pelo desenvolvimento das relações de convívio, traz muitos benefícios para a nossa vida; a começar pelo aspecto emocional. 
Contudo, em virtude de muitos outros relacionamentos fracassados, nós podemos nos tornar extremamente exigentes, buscando encontrar alguém que se adeque exatamente ao nosso modo de pensar e de agir.
Viver um relacionamento duradouro é possível, mas requer esforço e compromisso de ambas as partes em qualquer relacionamento para resolver alguns conflitos gerados a partir das nossas diferenças.

Pe.Emílio Carlos+
 
Ele quis dar um belo colorido aos nossos olhos.

Olhe para o céu após a chuva. O que tem lá? Nem sempre é fácil enxergar, mas muitas vezes podemos ver claramente um arco-íris brilhando no céu. 
Então quando muitos olham para o arco-íris dizem: “Olha que bonito!” 
Mas nós que fazemos parte da aliança de Deus podemos dizer: “Olha como é bonita a fidelidade de Deus!” Pois Deus não se contentou apenas em dizer que não destruiria mais o mundo com água. 
Ele quis dar um belo colorido aos nossos olhos. Mas não foi só aos nossos olhos que Deus quis dar um belo colorido. 
O arco-íris não foi feito somente para os olhos. 
O arco-íris foi feito para todos que tem um coração, para todos que tem vida. 
O arco-íris nos mostra que o Deus que criou este mundo é um Deus que nos ama demais e por isso quer continuar sendo fiel ao que disse mesmo que o pecado e a maldade more em nós.

 – “Jesus abriu para nós as portas do céu!”

 Hebreus 9, 15.24-28

Nunca poderemos nos deixar enganar pelas religiões que apregoam que teremos outras vidas aqui na terra.  Está escrito na palavra de Deus: “ O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento.”  
 Por isso, esta leitura de hoje nos dá muito alegria porque nos garante que a trajetória da nossa vida será sempre ir mais além, em busca do Pai.   
O Plano de Deus é completo e Ele não iria nos deixar na  mesmice, voltando para a terra para passar pelas mesmas provas e, no final ainda comprovar a nossa incapacidade. 
Jesus já pagou a nossa conta e de uma vez por todas liquidou a nossa culpa! Ele abriu para nós as portas do céu, por isso, estamos livres para voar para o Pai. 
Uma vida maravilhosa nos espera adiante, quando contemplarmos a Deus e recebermos a nossa herança. 

  • Você já pensou que a cada dia que passa você caminha mais para encontrar o Pai?
  •  – Você já encontrou o sentido para a sua vida aqui na terra? 
  • – Qual é o material que você tem usado para construir a sua casinha no céu, perto de Jesus e do Pai?

 “Unidos ao Espírito Santo seremos fortes”

Marcos 3, 22-30

Com muita sabedoria Jesus refutava o argumento  dos mestres da Lei que confundiam o povo alegando que Ele era movido por um espírito mau e que era por força do demônio que expulsava os demônios. Assim sendo, Ele os conscientizava mostrando que um reino que se volta contra si mesmo é um reino enfraquecido.    Com isso, Jesus também condenava aqueles que blasfemavam contra o Espírito Santo, pois quem assim o faz está praguejando contra o próprio Deus.  Refletindo sobre as palavras de Jesus nós podemos perceber que lutamos contra nós mesmos (as) quando negamos o poder do Espírito Santo e não reconhecemos Nele o motivador da nossa vida e das nossas ações. Se, tivermos consciência de que recebemos o Espírito Santo no nosso Batismo não o podemos rejeitar e não querer a sua manifestação em nós, pois assim, com certeza, estaremos fadados ao fracasso e a uma vida de trevas.   Com efeito, precisamos estar muito atentos para não dar ouvidos aos ensinamentos dos homens que negam o poder do Espírito Santo, ao que eles pregam, para que não se enfraqueça em nós a Sua manifestação. Seremos fortes e destemidos se deixarmos que a força do Espírito atue em todos os momentos da nossa vida.  

  • – Você acredita que o Espírito Santo tem poder na sua vida? 
  • – Você é uma pessoa que dá ouvidos a doutrinas de outras religiões? 
  • – Quem é o Espírito Santo para você? 
  • – E Jesus, quem é Ele para você?


A superioridade de Maria sobre os anjos

Entrando onde Maria estava, disse-lhe o anjo: "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor é contigo!" (Lucas 1, 28)

Na antiguidade, a aparição dos Anjos aos homens era um acontecimento de grande importância e os homens sentiam-se extremamente honrados em poder testemunhar sua veneração aos Anjos. A Sagrada Escritura louva Abraão por ter dado hospitalidade aos Anjos e por tê-los reverenciado. Mas, um Anjo se inclinar diante de uma criatura humana, nunca se tinha ouvido dizer antes que o Arcanjo Gabriel tivesse saudado a Santíssima Virgem, reverenciando-a e dizendo: “Ave. Alegra-te, cheia de graça, eu vos saúdo."

Não convinha que o anjo reverenciasse o homem, até o momento em que surgiu, na natureza humana, alguém superior ao anjo e, esta criatura era a bem-aventurada Virgem Maria.

A bem-aventurada Virgem Maria superou todos os anjos, inicialmente, pela plenitude da graça, e para manifestar esta preeminência o Arcanjo Gabriel inclinou-se diante dela, dizendo: “cheia de graça”; o que quer dizer: a vós venero, porque me ultrapassais por vossa plenitude de graça.

Diz-se também da Bem-aventurada Virgem que é cheia de graça, em três perspectivas: Primeiro, sua alma possui toda a plenitude da graça. Deus dá a graça para fazer o bem e evitar o mal. Em segundo lugar, a Virgem ultrapassa os Anjos e sua intimidade com o Senhor. O Arcanjo Gabriel reconhece esta superioridade, quando lhe dirige estas palavras: O Senhor é convosco, isto é, venero-vos e confesso que estais mais próxima de Deus do que eu mesmo estou. O Senhor está, efetivamente, convosco.

Em terceiro lugar, a Santíssima Virgem, ultrapassou os Anjos em pureza. Não só possuía em si mesma a pureza, como procurava a pureza para os outros.


São Tomás de Aquino,
Extratos do final do opúsculo VIII,
A Saudação Angélica.
Comentário sobre a Ave Maria.

Da virgindade de Maria Imaculada, Mãe de Deus

                      Na Sagrada Escritura, está: Eis que uma virgem conceberá.


Devemos confessar, absolutamente, que a Mãe de Cristo concebeu virgem. O contrário constituiu a heresia dos Elionitas e de Cerinto, que consideravam Cristo como puro homem e o tinham como nascido da união dos dois sexos.
Ora, o ser Cristo concebido de uma virgem foi conveniente por quatro razões.

Primeiro, para conservar a dignidade do Pai, que o enviou. Pois, sendo Cristo, natural e verdadeiramente, Filho de Deus, não era conveniente tivesse outro pai, que Deus, a fim de não se transferir para outro a dignidade de Deus.

Segundo, tal convinha à propriedade do Filho mesmo, que é enviado. O qual é o Verbo de Deus. Ora, o Verbo é concebido sem nenhuma corrupção da mente; ao contrário, a corrupção da mente não se coaduna com a concepção do verbo perfeito. Sendo, pois, a carne assumida pelo Verbo de Deus para ser a sua carne, era conveniente fosse também ela concebida sem a corrupção da mãe.

Em terceiro lugar tal convinha à dignidade humana de Cristo, na qual não devia haver lugar para o pecado, pois devia tirar o pecado do mundo, segundo aquilo do Evangelho: Eis o Cordeiro de Deus, isto é, o inocente, que tira o pecado do mundo. Ora, na natureza já corrupta pelo concúbito, a carne não podia deixar de ficar contaminada pelo pecado original. Por isso, diz Santo Agostinho: No matrimônio de Maria e de José não houve o concúbito nupcial; pois, na carne do pecado este não pode ter lugar sem a concupiscência resultante do pecado; ora, Deus quis que fosse concebido sem ela aquele que devia ser sem pecado.

- Quarto, por causa do fim mesmo da encarnação de Cristo, que foi fazer os homens renascerem filhos de Deus, não da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus, isto é, pelo poder de Deus. E exemplar disso devia ser a concepção mesma de Cristo. Por isso diz Santo Agostinho: Devia o nosso chefe, por um insigne milagre, nascer, segundo o corpo, de uma virgem, para significar que os seus membros deviam nascer, segundo o espírito, da Igreja virgem.

Fonte:  São Tomás de Aquino – Suma Teológica – IIIa. Parte, Questão 28, Artigo 1

sábado, 26 de janeiro de 2013

ladodavidaPérola do Dia: 

O que você REALMENTE quer buscar na sua vida.

Se você vive procurando o lado ruim das situações e das pessoas, adivinha o que você vai encontrar? 
Certamente não é o lado bom. 
Seja consciente do que você REALMENTE quer buscar na sua vida. 
Somos feitos de desejos, planos, sonhos. 
Mas, em muitos momentos o que mais ansiamos são resolver problemas pessoais, questões internas que sabemos que precisamos mudar, hábitos que são escravizantes e prejudiciais à nossa vida.
Mas o que você realmente deseja?
Jesus, em seu ministério, frequentemente fazia essa pergunta às pessoas. Jesus tinha um ministério pessoal, se relacionava com as pessoas, e esse sim, era o início da cura, física e espiritual.
Precisamos assumir a responsabilidade da nossa mudança.
Não adianta só ficar em palavras de oração.
Arrependimento.
Precisamos ter humildade para admitir que precisamos de Jesus.
É necessário fé, em nós mesmos e Nele, que pode realizar todos os seus propósitos em nós.
Necessitamos todos os dias pedir que Jesus sonde o nosso coração e nos pergunte: “O que você realmente quer que eu faça? Você estará disposto a ser quebrantado e mudado da maneira que eu desejo?”
Se realmente respondemos a essa pergunta: “Senhor, eu quero”, a nossa fé será responsável pela nossa mudança e fará toda diferença na nossa cura espiritual e emocional e Deus agirá em nossa vida.
Mas é necessário dizer para si mesmo e para o Senhor:  “Eu quero”


Domingo III (C) do Tempo Comum - 

Para que conheças a solidez dos ensinamentos que recebeste

Evangelho (Lc 1,1-4;4,14-21): 

Muitos tentaram escrever a história dos fatos ocorridos entre nós, assim como nos transmitiram aqueles que, desde o início, foram testemunhas oculares e, depois, se tornaram ministros da palavra. Diante disso, decidi também eu, caríssimo Teófilo, redigir para ti um relato ordenado, depois de ter investigado tudo cuidadosamente desde as origens, para que conheças a solidez dos ensinamentos que recebeste.
Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região. Ele ensinava nas sinagogas deles, e todos o elogiavam. Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor». Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: «Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir».

Comentário: 

Para que conheças a solidez dos ensinamentos que recebeste
Hoje, começamos a ouvir a voz de Jesus através do evangelista que nos acompanhará durante todo o Tempo Comum próprio do Ano C : São Lucas. Que «conheças a solidez dos ensinamentos que recebeste» (Lc 1,4), escreve Lucas ao seu amigo Teófilo. Se é esta a finalidade do que escreve, devemos tomar consciência da importância que tem o fato de meditar todos os dias o Evangelho do Senhor – palavra viva e, portanto, sempre nova.

Como Palavra de Deus, Jesus nos é apresentado hoje como um Mestre, já que «ia ensinando nas sinagogas deles» (Lc 4,15). Começa como qualquer outro pregador: lendo um texto da Escritura, que se cumpre precisamente nesse momento… Está a cumprir-se a palavra do profeta Isaías; mais ainda: toda a palavra, todo o conteúdo das Escrituras, tudo o que os profetas tinham anunciado se concretiza e se cumpre em Jesus. Acreditar ou não em Jesus não é indiferente, porque é o próprio “Espírito do Senhor” que O ungiu e enviou.

A mensagem que Deus quer transmitir à humanidade através da Sua Palavra é uma boa nova para os abandonados, um anúncio de liberdade para os cativos e oprimidos, uma promessa de salvação. Uma mensagem que enche de esperança toda a humanidade. Nós, filhos de Deus em Cristo através do sacramento do batismo, também recebemos esta unção e participamos na Sua missão: levar esta mensagem de esperança a toda a humanidade.

Meditando o Evangelho que dá solidez à nossa fé, vemos que Jesus pregava de um modo diferente dos outros mestres. Pregava como quem tem autoridade (cf. Lc 4,32). E isto porque pregava principalmente com obras, com o exemplo, dando testemunho, entregando até a Sua própria vida. Assim temos de fazer nós, não podemos ficar só pelas palavras: temos de concretizar com obras o nosso amor a Deus e aos irmãos. Podem ajudar-nos as Obras de Misericórdia – sete espirituais e sete corporais – que nos propõe a Igreja, que, como uma mãe, orienta o nosso caminho.

Rev. D. Bernat GIMENO i Capín (Barcelona, Espanha)
 Sucessores dos apóstolos

S. Lucas 10,1-9.
 
Naquele tempo,  o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.
Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!'
E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós.
Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido,
curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'

Comentário  :


Timóteo e Tito, sucessores dos apóstolos
 
Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, através dos sucessores de Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem. 
Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é «enviada» a todo o mundo. 
Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. «A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado». 
E chamamos «apostolado» a «toda a atividade do Corpo Místico» tendente a «alargar o Reino de Cristo à terra inteira» (Vaticano II).

«Sendo Cristo, enviado do Pai, a fonte e a origem de todo o apostolado da Igreja», é evidente que a fecundidade do apostolado, tanto dos ministros ordenados como dos leigos, depende da sua união vital com Cristo. Segundo as vocações, as exigências dos tempos e os vários dons do Espírito Santo, o apostolado toma as formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida principalmente na Eucaristia, «que é como que a alma de todo o apostolado» (Vaticano II).

A Igreja é una, santa, católica e apostólica na sua identidade profunda e última, porque é nela que existe desde já, e será consumado no fim dos tempos, «o Reino dos céus», «o Reino de Deus», que veio até nós na Pessoa de Cristo e que cresce misteriosamente no coração dos que n'Ele estão incorporados, até à sua plena manifestação escatológica. Então, todos os homens por Ele resgatados e n' Ele tornados «santos e imaculados na presença de Deus no amor» (Ef 1,4), serão reunidos como o único povo de Deus, «a Esposa do Cordeiro», «a Cidade santa descida do céu, de junto de Deus, trazendo em si a glória do mesmo Deus»; e «a muralha da cidade assenta sobre doze alicerces, cada um dos quais tem o nome de um dos Doze apóstolos do Cordeiro» (Ap 21,14).

Catecismo da Igreja Católica
§§ 863-865
Reflexão 3º Domingo Tempo Comum - C
 
alt
Estamos no Tempo Comum. Tempo vivo em leituras com muitas riquezas o que nos arrebata em pensamento e nos leva à meditação insondável da Palavra. Por isso vamos refletir sobre cada texto e procurar extrair a mensagem de Deus para nosso alimento de fé.
Na primeira leitura vemos Esdras apresentando ao povo a Lei, este contexto se dá após a volta do Exílio da Babilônia em que o povo está sem rumo, a terra estava toda devastada, as cidades destruídas, o Templo demolido, não tinham rei, nem governo, nem profeta, e o culto estava muito desfacelado, a Lei não estava clara na mente do povo. Isto causou desânimo e fraqueza ao povo de Israel. Mas de outro lado Deus estava feliz porque seu povo estava de volta. Neste contexto Deus suscita a pessoa de Esdras e Neemias que estavam na Pérsia e vieram a mando do Rei Ciro para organizar e direcionar o povo. 
Esdras encontrou no subsolo do Templo muitos pergaminhos dos profetas tanto do reino de Judá como de Israel e percebeu ali o caminho que o povo necessitava e com isso compilou os textos e redigiu de forma clara e sistemática a Lei de Deus assim nasceu o Pentateuco – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio – Aqui nasce o Período Sacerdotal como o povo não tinha mais a monarquia e nem profeta para dirigi-los, o Templo com os sacerdotes eram a autoridade que eles necessitavam e a religião agora apresentada com os livros da Lei era a direção do caminho a seguir. O povo chorou diante da proclamação da Lei e o escriba diz: Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força”. Deus estava alegre, pois seu povo que havia permanecido durante quarenta anos na escravidão agora voltou e Ele pôde lhes dar um consolo e uma presença no caminho. O Senhor cuida de seu povo.
Na segunda leitura vemos o povo de Deus em outro contexto, agora mais aperfeiçoado pela revelação e num contato direto com Deus onde Deus havia prometido: “imprimirei as minhas leis nos seus corações e as escreverei no seu espírito”. (Hb 10,16). Bem! Agora como Povo de Deus, somos configurados a Cristo pelo batismo e elevados a dignidade de filhos, somos membros do corpo de Cristo e temos uma missão e função neste corpo, cabe a cada um descobrir sua vocação e assumir a missão na edificação deste corpo que é a Igreja. Veja bem, somos o Corpo de Cristo em que Ele é a cabeça e nós os membros. Paremos um pouco. Dá-se a impressão que Cristo é a cabeça e nós sendo o corpo parece que temos uma relação somente de posição Ele lá e nós aqui. Não é assim. Jesus é todo o Corpo e nós, neste corpo, fomos enxertados como membros ativos e construímos junto com Ele o Reino de Deus para que o Pai seja Glorificado. Assim a parte está no todo como o todo está na parte, isto é, eu estou inteirinho em Cristo como Cristo está inteirinho em mim. De outra forma podemos pensar que existe uma fagulha de Deus em mim. Não. Deus está inteirinho em mim como eu estou nele, assim o Reino de Deus já se faz presente na terra em cada pessoa batizada.
E foi isto que Jesus fez naquela sinagoga quando lendo o profeta Isaías, disse: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Jesus veio “para proclamar um ano da graça do Senhor”. Esta graça é Ele mesmo. Jesus é a Graça do Pai, veio estabelecer o Seu Reino. Este mundo que estava sob o domínio do Demônio deste o pecado de nossos primeiros pais e agora tem uma nova realidade marcada pela vinda do Filho de Deus que estabelece Seu Reino e que todos os que O aceitarem e receberem o batismo serão membros de Seu corpo. É a inauguração de um novo povo. Hoje, no mundo, temos dois tipos de pessoas: os que são batizados e, portanto filhos de Deus e os que não são batizados e são pagãos. Não podemos pensar que tudo é a mesma coisa assim estaremos desfazendo de toda a missão de Jesus que veio implantar o Seu Reino e para isso insere cada batizado em seu corpo.
Você, meu irmão e minha irmã têm a dignidade de filho de Deus, herdeiro do Céu, membro de Sua família, pode se sentar a mesa e comer e beber do Pão da Vida.
Você é feliz. Sinta...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013



3º DOMINGO DO TEMPO COMUM
27 de janeiro de 2013




“Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura

A palavra é então fundamento sobre o qual a aliança se firma.
Leituras: 
Neemias 8, 2-4a.5-6.8-10; 
Salmo 19B (18B), 8-10.15 (R/ Jo 6,63c); 
Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 12, 12-30; 
Lucas 1, 1-4; 4,14-21.
 
COR LITÚRGICA: VERDE
 
 Iniciamos hoje a proclamação do Evangelho de Lucas, que irá nos acompanhar durante todo este Ano Litúrgico, que é chamado Ano C. Jesus encontra-se na sinagoga de Nazaré, sua terra natal, para início de seu ministério e revelação do seu programa de evangelização. Apresenta-se na sinagoga de Nazaré sem títulos, nem poderes. Define-se por aquilo que faz.

1. Situando-nos

Neste período domingo do tempo comum, Jesus continua a se manifestar. Hoje ele se manifesta num culto semanal na sinagoga de Nazaré, onde costuma participar, exercendo o ministério de leitor. Jesus, a Palavra de Deus viva e encarnada na história humana, proclama seu programa de vida.

Nós comunidade de fé, seguidora de Jesus, escutamos como discípula fiel a Palavra do Senhor e renovamos o nosso compromisso de vivê-la, nos tornando amigos/as de Deus.

Que de fato, “hoje”, se cumpra a Palavra da Escritura que ouviremos.

2. Recordando a Palavra

Lucas começa a narrativa do evangelho com o prólogo (1,1-4), onde acentua o valor das tradições transmitidas pelas “testemunhas oculares” que ouviram com Jesus. Ressalta que é a fé nos “fatos ocorridos”, nos eventos salvíficos, realizados em Cristo, que torna alguém “ministro da palavra”. Assim, a finalidade do evangelho é suscitar e dar firmeza à fé, levando as pessoas a fazer a experiência do amor de Deus (= Teófilo).

O evangelista, com seu “relato ordenado”, sinaliza que as promessas da salvação de Deus se cumpriram plenamente no ministério de Jesus. As palavras proféticas anunciam a chegada do Messias, ungido pelo Espírito do Senhor para libertar os oprimidos. “Com a força do Espírito”, Jesus anuncia a Boa Nova na Galileia, ensinando nas sinagogas, provocando a adesão de discípulos e de discípulas.
 
Jesus veio à cidade de Nazaré onde fora criado e entrou na sinagoga no sábado. Levantou-se para fazer a leitura e explicar o texto sagrado. “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres, para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e proclamar um ano da graça do Senhor” (4,18-19; cf. Is 61,1-2; 58,6). Assim, o Cristo renova a esperança do povo oprimido, manifestando a graça, a benevolência, o favor de Deus.

O Pai enviou o Filho amado com a plenitude dos dons do Espírito para atuar em favor de todo o povo necessitado, realizando plenamente as esperanças proféticas, as promessas de salvação. O “ano da graça do Senhor” remete à libertação anunciada pelo ano jubilar, a libertação dos escravos; o retorno das pessoas às suas propriedades, às suas terras, ao meio de vida que haviam perdido. Por isso, no fim da proclamação solene na sinagoga, as pessoas “tinham os olhos fixos em Jesus”. Ele mesmo afirmou: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura”.

A primeira leitura, do livro de Neemias, reflete um contexto após o exílio babilônico. Os líderes Esdras e Neemias estão animando o povo sofrido a reconstruir o país e a fazer renascer a identidade e unidade, através da palavra de Deus. O povo é convocado a renovar a aliança, em praça pública, pois o templo estava em ruínas. Assim, o centro não é mais o sacrifício, mas a palavra de Deus celebrada na liturgia comunitária Omo sustento da caminhada.

Tratava-se um dia consagrado ao Senhor, em que celebravam a ceia, onde “leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido de maneira que se pudesse compreender a leitura” (8,8). A palavra proclamada em assembléia suscita a adesão vital ao Senhor e transforma a tristeza em alegria. “A alegria do Senhor é a força” que proporciona a comunhão, o estar juntos pra ouvir a palavra e comer juntos, para partilhar o pão com os necessitados.

O trecho do salmo 19 (18), proposto hoje pela liturgia, tem estilo sapiencial. O salmista contempla a dádiva da Lei do Senhor, a Torá, e expressa o seu valor vital. Os mandamentos do Senhor “iluminam os olhos” para trilhar o caminho da justiça e fidelidade à sua vontade. Em Cristo, Rochedo e Redentor, Deus se revelou como palavra de Vida e Verdade.

A segunda leitura, da primeira Carta aos Coríntios, continua a reflexão sobre os dons do Espírito, ressaltando que todos juntos formamos um só corpo em Cristo. Os membros, “embora sejam muitos, formam um só corpo” (12,12). Partilhamos de uma existência comum, pois “todos bebemos de um só Espírito” (12,13) que habita em nós (3,16). É necessário ter um cuidado especial com as partes (membros) do corpo mais sofridas e fragilizadas.

Assim como o corpo humano necessita de membros diferentes, também a comunidade precisa de uma diversidade de dons, ministérios e atividades que se completam mutuamente. Orientados pela mesma fé em Cristo, os membros se acolhem com respeito e amor. Somos membros do corpo, da comunidade eclesial, “edificadas sobre o alicerce dos apóstolos e dos profetas, tendo como pedra angular o próprio Cristo Jesus” (Ef 2,20).

3. Atualizando a Palavra

Jesus realiza plenamente as Escrituras, anunciando a Boa Nova aos pobres, a liberdade aos que se encontram aprisionados, a vista as que não enxergam, a libertação aos oprimidos. Assim ele cumpre o ano da graça do Senhor, proclamando a salvação integral do ser humano, ou seja, a libertação de todas as formas de opressão. O olhar fixo nas palavras e nas ações de Jesus, nos leva a centrar as forças no serviço ao Reino da vida.

O documento de Aparecida, no número 361, afirma que “o projeto de Jesus é instaurar o Reino de seu Pai. Por isso, pede a seus discípulos: ‘Proclamem que está chegando o Reino dos céus!’ (MT 10,7). Trata-se do Reino da vida. Porque a proposta de Jesus Cristo a nossos povos, o conteúdo fundamental dessa missão, é a oferta de vida plena para todos. Por isso, a doutrina, as normas, as orientações éticas e toda  a atividade missionária das Igrejas, deve deixar transparecer essa atrativa oferta de vida mais digna, em Cristo, para cada homem e para cada mulher”.

E no numero 358, acentua: “as condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e dor, contradizem com o projeto do Pai e desafiam os cristãos a um maior compromisso a favor da cultura da vida. O Reino de vida que Cristo veio fazer incompatível com essas situações desumanas”.

A palavra de Deus é sempre atual, pois fala da vida e da história do ser humano, interpelando-o a gestos de amor fraterno e de partilha. Fortalece a fé e a esperança para que todos sejam “Teófilo”, isto é, amigos de Deus. Ela deve ressoar em nossa vida e missão, conduzindo-nos a uma prática libertadora integral, conforme a Boa Notícia trazida por Jesus de Nazaré.

Recebemos dons do Espírito para realizarmos nosso compromisso batismal a serviço do Reino. Como membros do corpo de Cristo, somos impelidos a colaborar para a realização do amor e da justiça. Formamos uma comunidade fraterna chamada a continuar a missão de Jesus. Que possamos ser instrumentos de libertação, participando das alegrias e dos sofrimentos uns dos outros, tendo um cuidado especial com os membros do corpo mais necessitados.

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

Hoje reunimo-nos num só corpo, no Cristo, Palavra eterna do Pai. Ele está no meio de nós e edifica o corpo eclesial com inúmeros ministérios. Ele esta presente na Palavra proclamada, pois é ele mesmo que fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja (cf. SC, n.7).

Na assembléia litúrgica desenvolve-se um verdadeiro diálogo de Deus com seu povo, um colóquio contínuo de Esposo e Esposa. Como afirma a Verbum Domini: “a liturgia é o lugar onde Deus nos fala no momento presente da nossa vida: fala hoje ao seu povo, que escuta e responde. Cada ação litúrgica está, por sua natureza, impregnada da Sagrada Escritura” (n.52).

Celebrando, somos inseridos na lógica da revelação. Deus chama, reúne e a comunidade, atendendo ao seu chamado, se apresenta e responde. A própria liturgia da palavra possui uma dinâmica dialogal: “A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída pela homilia, a profissão de fé e a oração universal, ou dos fieis. Pois, nas leituras explanadas pela homilia Deus fala ao seu povo, revela o mistério da redenção e da salvação, e oferece alimento espiritual; e o próprio Cristo, por sua palavra, se apropria dessa palavra de Deus e a ela adere pela profissão de fé; alimentado por essa palavra, reza na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro” (IGMR, n.55).

Com razão, a Sacrosanctum Concilum e o Ordo Lectionum Missae (Introdução ao Lecionário) valorizaram as leituras bíblicas, o salmo responsorial, a aclamação, a homilia, o silencio, a profissão de fé e a oração dos fieis (Cf. Sacrosanctum Concilium, nn. 51-53 e Ordo Lectionum Missae, nn. 11-31).

Também a celebração litúrgica, no seu conjunto, possui uma estrutura de base que favorece o dialogo: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. A Sacrosanctum Concilium, falando sobre a celebração eucarística afirma que “ a liturgia da palavra e a liturgia eucarística estão tão unidas que forma um só ato de culto” (cf. .56). Numa relação de aliança os dois momentos estão estreitamente unidos a palavra constitui o momento do contrato, através do diálogo, e a liturgia eucarística o momento em que a comunidade, cheia do Espírito, dá sua resposta e sela o compromisso com Deus. A palavra é então fundamento sobre o qual a aliança se firma.

Que a Palavra que se faz carne no hoje da comunidade celebrante, Palavra que é luz para os olhos, alegria ao coração, de fato seja traduzida na realidade, num programa de vida que transforme todo tipo de morte em vida.