Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quinta-feira, 31 de março de 2011

A VIDA PASSA RAPIDAMENTE


Moisés, o inesquecível legislador dos judeus, ao escrever o Salmo 90 deixou registradas estas palavras, verdadeiro monumento e objeto de amadurecida reflexão: “A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos”.

O testemunho de meus pais e uma certidão de nascimento informam que eu vim a este mundo no dia 01 de abril de 1.961.

Hoje, portanto, tenho muito a agradecer ao Pai Celestial por me haver permitido atingir um dos patamares estabelecidos nas Escrituras para a duração da vida humana.

Por um lado, parece que vivi muito mais, tal a gama de atividades de todos esses anos. Por outro, parece que foi muito menos, visto haver feito tão pouco para o Reino.

Desejo consignar meu agradecimento a Deus pelo dom primeiro, a própria vida, sem o qual os demais carecem de significação.

Agradeço-lhe por me haver permitido nascer em um lar cristão e ter tido o melhor dos pais, a mais desejável das mães.

Ela ultrapassou barreira do texto acima e tem, agora, um crédito bem maior de experiência de vida e muito me ensinou o sentido da mesma com honestidade, respeito e com muita dignidade.

Agradeço-Lhe porque, no segundo dia me fez voltar da morte, quando já me davam como morto e fui na pia batismal levado e na mesma hora minha mãe me consagrava a Nossa Senhora . Portanto, minha vida é um milagre.

Agradeço-Lhe pelo irmãozinho ou irmãzinha que partiu cedo, muito cedo, e que espero encontrar na Glória, quando o meu dia também chegar.

Agradeço pela irmã que tenho.

Agradeço-lhe por me haver permitido anunciar o Evangelho Poderoso desde os dez anos como catequista após minha primeira comunhão.

Registro minha gratidão ao Onipotente pelos Seus filhos que me deram amizade, apoio, orientação, oportunidade e exemplo, foram tantos e tantos neste meio século.

Graças te dou, Senhor, pelas oportunidades de haver trabalhado, desde muito cedo. Experiências necessárias para os anos que seguiram.

Agradeço a Deus por me haver dado a Igreja como esposa nestes 23 anos de sacerdócio, custosos , sofridos , mas bem vivido, numa vocação certa e bem alicerçada. Companheira de todos os momentos, intercessora exemplar, um bonito exemplo de fé, renuncia e companheirismo.



Ao chegar aos 50, agradeço pelos 23 de Ministério: primeiramente sacerdotal, e hoje também ainda que de forma cheia de limites Fundador de uma comunidade que não pedi para ser e nem mesmo o queria, mas tudo é graça e neste momento reitor do Seminário Diocesano Menor e Propedêutico ajudando a alimentar vocações.

Louvo-te, precioso Senhor, pelas almas que me deixaste ganhar para TI durante esse tempo.

Sou muito grato a Deus pelas Igrejas às quais servi, a princípio como catequista, líder de jovens e , depois como seminarista e finalmente meu sacerdócio.

Agradeço-te pelos tantos seminários de vida, evangelizações, retiros, cenáculos, dias de espiritualidade, formações e pelas dezenas de missões aqui, ali e além.

Graças Te dou, Senhor, pela singular oportunidade de haver anunciado Teu Grande Nome na Assembléia dos santos.

Louvo-te por haveres me apontado para ministrar Tua rica Palavra para centenas de milhares de pessoas.

Rendo-Te graças pelos que levantaste como intercessores para que minhas frágeis mãos não perdessem a força.

Graças te dou por milhares de conhecidos, e também por alguns amigos, no quilate dos que mandaste Salomão definir: mais chegado que um irmão.

Não são muitos, são o suficiente para me deixarem feliz.

Graças te dou pelos meus filhos espirituais ainda que tenha sido um pai tão deficiente e cheio de limitações, todos especiais para mim, todos mui queridos Teus bem o sei.

Esses filhos me motivam, me inspiram, me estimulam e me entusiasmam agora 16 novos seminaristas.

Graças a Ti, também, por meu cunhado, meu sobrinho. Pai rendo-Te graças por me haveres permitido escrever 4 livros. Nem um só haveria escrito, sem Ti.

A vida passa rapidamente, disse Teu servo Moisés.

Quantos ainda venham a ser os anos que me restam, eu de Ti os receberei e a Ti os oferecerei, para que sejam vividos a ponto de neles ter algum prazer.

Pai, este meio século escondem, também, uma vida de fragilidades e fraquezas, com muitos erros e grandes desacertos. Eu os deixo ao pé da Cruz, de onde brota o milagre do perdão e a esperança de contínua renovação.

A Ti seja a glória por todas as portas que me abriste ao longo destes anos. Que eu entre por todas as que ainda me abrirás, até que finalmente me abras a de Tua Própria Casa, a eterna mansão daqueles que por aqui passaram e experimentaram que A VIDA PASSA RAPIDAMENTE. MAS TU PERMANECES PARA SEMPRE.

Bendito sejais Senhor nosso Deus e Pai!

Eu vos amo e rendo-te graças.

Pe.Emílio Carlos Mancini +

Deus nos ensina a acolher e amar sempre o arrependido

No Santo Evangelho narrado segundo São Lucas capítulo 15, vemos que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante dos homens. Respondendo à crítica daqueles que se consideram justos, cheios de mérito e se escandalizam da solidariedade para com os pecadores, Jesus narra três parábolas.

Refletindo sobre a terceira parábola lucana, vemos que ela tem dois aspectos: o processo de conversão do pecador e o problema do “justo” que resiste ao amor do Pai.

Popularmente, nós a conhecemos como a parábola do filho pródigo. Ela nos ensina a destacar a conversão na iniciativa de Deus. Em sua misericórdia, Ele prepara e aceita os primeiros sintomas de arrependimento. Como sempre, Deus está de mãos estendidas para nós. Quase nos toca, só falta um pequeno gesto nosso para que Ele nos abrace carinhosamente em seu amor. Seu perdão é completo e sem reprovações. O Reino de Deus exulta de alegria quando um pecador é convertido.

A parábola do Filho Pródigo resume a história da salvação e constitui também uma síntese da história pessoal de cada um de nós. O filho mais novo se emancipa, fracassa e retorna. Da parte do pai, é uma questão de amor e paciência. Da parte do filho, é todo um processo psicológico de ida e volta, de fuga e retorno. Esse filho reflete uma situação comum na nossa humanidade: a imagem do homem pecador que se afasta de Deus e, depois volta para Ele.

A saga do Filho pródigo é uma história muito bonita, que mostra a grandiosidade de Deus e seu infinito e misericordioso amor, e a nossa fragilidade, miséria e pecado.

O filho mais novo reconhece seus erros e volta arrependido esperando o menos, ou seja, que o seu pai o aceite como empregado. É motivo de festa para o pai.

Mas essa história nos alerta para um erro oposto: o farisaísmo. Às vezes estamos mais perto de Deus do que outros irmãos, mas, mesmo assim, o nosso egoísmo nos afasta d'Ele. Achamos que merecemos mais, que somos melhores do que os outros. O filho mais velho é também pecador, considera-se perfeito e se revolta pela festa que o pai faz para o mais novo.

O pai sai ao encontro de ambos, um muda de vida e é justificado, o outro fecha-se em sua soberba e egoísmo.

Mas este também é filho e também é amado. Como disse o pai, “tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu”.

É tempo de conversão. Mas não somente para aqueles que se afastaram de Deus e retornam. É preciso haver conversão, com a mesma intensidade, entre os que se consideram muito bons e até melhores do que o comum das pessoas. Assim somos convidados nesses dias que nos antecedem a celebração da Páscoa do Ressuscitado a procurarmos um confessionário e fazer uma boa confissão auricular, individual, acusando nossos pecados e pedindo a misericórdia de Deus pela absolvição sacramental de um sacerdote.

A conversão, que é preparada por Deus, mas que exige a nossa atuação, é um processo lapidador, que vai nos tornando sempre melhores do que éramos, mas nunca melhores do que nossos irmãos.

Se todos e cada um de nós nos déssemos às mãos, não haveria – como para o Pai celeste não há - melhores, nem piores. Haveria, sim, uma multidão que quer se salvar, salvando o mundo. Sozinhos, nada somos. Juntos, unidos, despidos de egoísmo, seremos os construtores de um mundo melhor, mais fraterno, cheio de alegria, felicidade e paz. Em suma, plenos de Deus.

Bem-aventurado João Paulo II, ocd

João Paulo II e o Carmelo

A notícia que milhões de fiéis católicos esperavam é chegada: no dia 1º de maio de 2011 João Paulo II será proclamado beato pelo Papa Bento XVI.

Se muitos são os motivos para alegrar-se dessa notícia, o Carmelo e todos aqueles que lhe são ligados apresentam alguns especiais. Uns motivos são de natureza histórica, outros de natureza espiritual e cultural.

À sombra do Carmelo

Karl Wojtyla nasceu em Wadowice em 1920 e naquela cidade, fundado por Rafael Kalinovski, havia um convento carmelitano. Como ele contou em 1996 em "dom e mistério", o seu primeiro encontro com a espiritualidade carmelitana e com o sinal do escapulário ocorre justamente graças a esta presença: "Também eu o recebi (o escapulário), creio na idade de 10 anos, e o trago ainda comigo". Este escapulário tornará uma espécie de relíquia para Wanda Poltawska que assim escreverá no seu "Diário de uma Amizade" no dia 31 de outubro de 1978, quando o seu amigo e bispo Wojtyla tornou-se Papa: "Ontem fiz uma limpeza no seu quarto (na cúria de Cracóvia), e encontrei o seu velho escapulário e o levei comigo".

Os laços de João Paulo II com o ambiente carmelitano prosseguiram mesmo depois de 1938, quando com o pai, transferiu-se a Cracóvia. No convento daquela cidade fez um retiro espiritual, e a hipótese de entrar na Ordem apareceu-lhe no horizonte. Em Cracóvia, em 1940, através da amizade com Jan Tyranovski, começou a ler os escritos de Santa Teresa e São João da Cruz.

Quando já bispo auxiliar de Cracóvia, no dia 12 de maio de 1963, na igreja dos Carmelitas, abençoava a lápide em memória de Rafael Kalinovski e auspicava de poder um dia invocá-lo com o título de santo. Vinte anos depois seu desejo se realizará porque em junho de 1982 ele mesmo o proclamará Beato e , em novembro de 1991, Santo.

Quando Pontífice, numerosas foram as ocasiões nas quais não deixou de exprimir o seu laço espiritual com o Carmelo. Entre as tantas recordamos duas. No dia 24 de janeiro de 1982, ao fum da visita pastoral à Paróquia de Santa Teresa de Ávila em Roma, quis visitar também a Casa Geral da Ordem. Depois de um breve momento de oração na capela, durante um discurso improvisado, falou de sua vida passada e disse: "Se olho ao meu passado, desde quando menino, quase desde o nascimento, vejo que eu vivi perto de um convento carmelita... e devo acrescentar que desde menino ia sempre confessar-me junto à vossa igreja". Em 1986, recebendo um grupo de carmelitas poloneses, por ocasião do 40º aniversário da sua ordenação, confidenciou-lhes: "Faltou pouco para que fosse um de vocês".

Os santos carmelitas no magistério de João Paulo II

Depois do que ocorreu em Cracóvia, o sacerdote Karol teve um confronto bem mais sistemático com os escritos de João da Cruz . Em 1948, pela conclusão do seu ciclo de estudos em teologia, escolhe para escrever a sua tese de laurea, o tema: "a doutrina da fé em São João da Cruz". Sucessivamente voltará a refletir, com outras breves contribuições, sobre os escritos do grande místico espanho.

Durante os quase 27 anos do seu pontificado, os contatos com a tradição carmelitana não só não se interromperam, como intensificaram-se: a partir de 15 de março de 1979 (à distância de 5 meses da sua eleição), quando visitou as Carmelitas Descalças do Mosteiro Regina Coeli em Roma, até o dia 11 de fevereiro de 2004 quando, de surpresa, apresentou-se para visitar o mosteiro Mater Ecclesiae do Vaticano, habitado naquele tempo pelas Carmelitas Descalças.

Os principais santos carmelitas foram recordados por ele nas viagens que fez às suas cidades de origem ou onde viveram: em Segovia e Ávila (1982), em Lisieux (1980), em Colônia (1987).

A doutrina dos santos carmelitas foi por ele recordade em importantes documentos: em 1990 a de São João da Cruz com a carta apostólica "Mestre na fé"; em 1997, a de Santa Teresianha com a carta apostólica "Divini amoris scientiz", com a qual conferia à jovem santa o título de Doutora da Igreja; e, enfim, em 1999, com a carta apostólica "Spes Aedificandi" com a qual proclamava Edith Stein, junto a Santa Catarina de Sena e Santa Brigida da Suécia, Co-patrona da Europa. Digno de nota é também o fato que em março de 1993 o poeta e Papa Karl Wojtyla tenha proclamado São João da Cruz patrono dos poetas de língua espanhola.

Numerosos os escritos do seu magistério pontifício nos quais aparecem, direta ou indiretamente, referências a testos dos santos carmelitas. Aqui é suficiente uma única lembrança, não porém a um documento oficial, mas ao livro entrevista "Passando o umbral da esperança", de 1994: "João da Cruz não propõe somente o desapego do mundo. Propõe o desapego do mundo para unir-se a Cristo que está além do mundo: e não se trata do nirvana, mas de um Deus pessoal. A união com Ele não se realiza somente sobre a via da purificação, mas mediante o amor. A mística carmelitana inicia no ponto no qual terminam as reflexões de Buda e as suas indicações para a vida espiritual. Na purificação ativa e passiva da alma humana, em preparação necessária para que a alma humana possa ser invadida pela chama viva do amor. E tal é também o título da sua obra principal: chama viva de amor".

Conclusão

Se a próxima beatificação de João Paulo II é motivo de alegria para todos os cristãos, para todos aqueles que, por diversos títulos e em diversas formas, sentem-se ligados à história carmelitana, o motivo é ainda maior. A santidade de João Paulo II é antes de tudo a santidade do cristão Karol Wojtyla que a história, a vontade dos homens e a de Deus chamaram-no ao sacerdócio, ao episcopado e ao papado. A santidade de Karol Wojtyla talvez não é senão a santidade de um místico que tornou-se tal também graças ao seu profundo laço com a mística carmelitana. Talvez uma indireta prova desta santidade das profundidades místicas, está justamente naquilo que ele confiou a um dos participantes de um encontro em Lima, no Peru, em fevereiro de 1985, que o parabenizou pelo seu bom espanhol: "Certo, homem! Tive que aprender o espanhol porque sempre tive um grande interesse pela mística... Minha tese de doutorado em Sacra Teologia foi baseada sobre as obras de Santa Teresa e São João da Cruz, os dois maiores místicos que já teve a Igreja Católica".

P. Aldino CAZZAGO, ocd in Movimento Ecclesiale Carmelitano

Evangelho segundo São Lucas 11, 14-23.

Naquele tempo, Jesus expelia um demônio que era mudo. Tendo o demônio saído, o mudo pôs-se a falar e a multidão ficou admirada. Mas alguns deles disseram: Ele expele os demônios por Beelzebul, príncipe dos demônios. E para pô-lo à prova, outros lhe pediam um sinal do céu. Penetrando nos seus pensamentos, disse-lhes Jesus: Todo o reino dividido contra si mesmo será destruído e seus edifícios cairão uns sobre os outros. Se, pois, Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Pois dizeis que expulso os demônios por Beelzebul. Ora, se é por Beelzebul que expulso os demônios, por quem o expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes! Mas se expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado a vós o Reino de Deus. Quando um homem forte guarda armado a sua casa, estão em segurança os bens que possui. Mas se sobrevier outro mais forte do que ele e o vencer, este lhe tirará todas as armas em que confiava, e repartirá os seus despojos. Quem não está comigo, está contra mim; quem não recolhe comigo, espalha.

Oração

Jesus, estou contigo e quero semear e colher sempre contigo. Conta-me Senhor, entre os que querem ser fiéis a Ti, entre os que se esforçam por serem teus apóstolos, entre os que não te colocam a prova e confiam plenamente em teu amor. Dá-me luz nesta meditação para que eu encontre os meios para evitar estas pequenas falhas cotidianas que atrapalham meu caminho para a santidade.

Petição

Jesus Cristo, te suplico que me afastes de toda hipocrisia para poder ser um autêntico apóstolo de teu amor.

Meditação

“Jesus não deixa dúvidas: Deus, do qual Ele mesmo nos revelou o rosto, é o Deus da vida, que nos liberta de qualquer mal. Os sinais deste seu poder de amor são as curas que realiza: demonstra assim que o Reino de Deus está próximo, restituindo homens e mulheres à sua plena integridade de espírito e de corpo. Estas curas são sinais: não se resolvem em si mesmas, mas guiam para a mensagem de Cristo, guiam-nos para Deus e fazem-nos compreender que a verdadeira e mais profunda doença do homem é a ausência de Deus, da fonte da verdade e do amor. E só a reconciliação com Deus pode doar-nos a cura autêntica, a verdadeira vida, porque uma vida sem amor e sem verdade não seria vida. O Reino de Deus é precisamente a presença da verdade do amor e deste modo a cura na profundidade do nosso ser. Compreende-se portanto, porque a sua pregação e as curas que realiza estejam sempre unidas: de fato, formam uma única mensagem de esperança e de salvação”. (Bento XVI, 8 de fevereiro de 2009)

Reflexão apostólica:

“Para que a vida espiritual seja sólida, ela deve estar alicerçada numa fé profunda e robusta, bem como numa atitude filial de amor, confiança e adoração a Deus. Os sentimentos e as emoções, sendo elementos da pessoa humana, podem contribuir para uma prática mais viva e sentida, mas não constituem o fator determinante de uma boa vida espiritual. Um bom indício, no entanto, da autenticidade da própria vida espiritual consiste em verificar em que medida ela se torna operante, derivando em atitudes e comportamentos concretos, especialmente no que se refere à aceitação e à vivência generosa da vontade de Deus”. (Manual do membro do Movimento Regnum Christi, n. 215)

Propósito:

Fomentar em minha vida a sinceridade e a caridade no trato com os demais, pois o reino de Deus é a presença da verdade e do amor.

Diálogo com Cristo:

Jesus, a partir de hoje quero colocar tua vontade em primeiro lugar na minha vida para que eu possa ser um semeador de esperança e paz em minha família, com meus amigos e companheiros de trabalho e estudo. Sei que não posso seguir-te pela metade, dá-me a graça de permitir que a fé envolva toda minha vida, que a caridade toque meu coração de tal maneira que meus pensamentos, palavras e obras manifestem que sou um seguidor teu, a teu serviço.

“Um homem dividido entre a graça e o pecado jamais será capaz de dar um sorriso verdadeiro”

com minha benção

Pe.Emílio Carlos +


“Não nos deixeis cair em tentação”

I Samuel 17, 32-33.37.40-51

A vida crista é freqüentemente comparada com uma luta que devemos sustentar contra o poder do mal, dentro e fora de nós.

O cristão é chamado a combater pondo toda sua confiança no Senhor, "minha Rocha que adestra minhas mãos para a luta" (Salmo). É necessário conhecer com clareza e objetivo e coordenar com firmeza o trabalho em nossa vida espiritual. Esse governo de nós mesmos custa esforço, hoje mais do que nunca. Dentro e fora de nós, a cada momento, encontramos dificuldades. E muitas vezes as dificuldades têm aspecto ambíguo, são atraentes e tentadoras.

Não foi sem motivo que o Senhor inseriu na sublime oração do 'pai-nosso' a humilde súplica: “Não nos deixeis cair em tentação”, o que equivale a pedir que ele não permita que sejamos interiormente enganados pelas aparências de bem, ou que sejamos sufocados pelos obstáculos à verdadeira liberdade da reta consciência, ou ainda que, levados pelas lisonjas, acabemos cedendo à aquiescência e à experiência do mal".

Com minha pobre benção.

Pe. Emílio Carlos +

Lourdes: novo milagre reconhecido pela Igreja

Em comemoração ao Dia da Saúde, mais um milagre de cura reconhecido em Lourdes, na França.

Serge François era capenga, depois do milagre caminhou até Compostela (1570 Kms)

Em 12 de abril de 2002, Serge François estava sem dinheiro falando num orelhão de Lourdes para contar a sua mulher o que tinha acontecido. “Aconteceu alguma coisa, você vai ver”, insistia.

A linha caiu por falta de moeda. No outro extremo da linha, Marie-Thérèse ficou na dúvida.

Mas, no dia seguinte, na estação ferroviária de Angers, quando ela viu o marido descer do trem caminhando junto com os romeiros da peregrinação diocesana compreendeu que ele estava curado.

Serge François, 56, como conseqüência de complicações cirúrgicas (fibrose pós-operatória) derivadas de duas cirurgias tinha uma hérnia de disco que lhe fez perder parcialmente o uso de sua perna esquerda.

Serge Francois movia-se com grande dificuldade. Só uma injeção subcutânea de uma mistura a base de morfina lhe permitia aliviar um pouco a dor que era constante.

Mas, diante da gruta de Lourdes, o 12 de abril de 2002, sua vida mudou.

Um milagre de cura está a sua espera.

Em ação de graças, ele percorreu a pé, como se fazia na Idade Média, o Caminho de Santiago até Compostela, Espanha, na sua totalidade. Quer dizer 1.570 km feitos por aquele que mal conseguia se locomover!

No domingo 27 de março deste ano, no Santuário de Notre-Dame-des-Gardes, o bispo de Angers, D. Emmanuel Delmas, aliás também formado em medicina, reconheceu de “modo público” a cura notável de que foi objeto Serge Francois .

O prelado afirmou: “Esta recuperação pode ser considerada um dom pessoal de Deus ao homem, como um evento de graça, como um sinal de Cristo Salvador. Isso ocorreu durante uma peregrinação a Lourdes, quando Serge François, depois de rezar em frente da gruta de ter ido às fontes para beber e lavar o rosto, estava saindo da área do santuário. Podemos ver nesta cura um favor especial da Virgem Maria para este homem”.

Desta maneira, o caso de Serge Francois é o sexagésimo oitavo milagre de Lourdes reconhecido canonicamente pela Igreja.

Outros milagres

Anna Santaniello, 67º milagre reconhecido pela Igreja

Anna Santaniello, 67º milagre reconhecido pela Igreja

O último reconhecimento canônico aconteceu em 2005 e envolveu a Anna Santaniello, residente em Salerno, Itália.

Antes de Anna, houve o reconhecimento em 1999 da cura de Jean-Pierre Bely

Desde as aparições da Nossa Senhora em Lourdes em 1858 a medicina, após longos e pormenorizados estudos de duas comissões independentes de médicos reconheceu mais de 7.000 casos de curas inexplicáveis desde o ponto de vista dos conhecimentos atuais da ciência.

Menos de 1% desses casos foi objeto de uma declaração canônica reconhecendo-as como “milagrosas”. Só o bispo da diocese onde mora o miraculado, pode fazê-la.

Jean-Pierre Bel, 66º milagre reconhecido pela Igreja


Cada ano são registrados quarenta casos de milagres em Lourdes. Trata-se dos casos em que os beneficiados podem apresentar a massa de documentos exigidos para o julgamento das comissões médicas.

Serge François construiu em seu jardim uma reprodução da Gruta de Lourdes.

Ele conta com paixão como passou no momento de sua cura. Depois de rezar diante da Gruta e beber a água nas torneiras que ficam junto à gruta, ele sentiu uma “dor aguda”. Então, conta ele, “minha perna que me fez sofrer tanto e que estava sempre fria, começou a reaquecer.”

Por escrúpulo, ele acha que “ter sido ele escolhido é injusto, quando os outros sofrem”. Mas, é Nossa Senhora que dispõe, como uma rainha soberana, a quem dispensar gratuitamente suas graças.

Serge François também lembra os severos exames da comissão analisadora do milagre agora reconhecido. “Eles tentaram me pegar de todos os ângulos”, conta Serge.

Hoje dia 31 de março, é dia da Saúde.

Mas, os médicos tiveram que constatar objetivamente uma mudança inexplicável entre a situação de Serge antes e depois de Lourdes.

Depois foi o trabalho de convencer o bispo de Angers, diocese de residência de Serge François.

“Para mim”, diz o bispo Delmas, “não há dúvida. Se eu falo da natureza extraordinária de cura, apontando claramente que a origem está fora do alcance de todos nós, é porque eu respeito aquilo que aconteceu e que nos supera totalmente”.

Fonte: Orações e milagres medievais

Bento XVI:
estabilidade interior baseia-se na relação com Deus


Queridos irmãos e irmãs!


Em primeiro lugar, peço perdão pelo atraso! Volto neste momento de Carpineto Romano, onde, há 200 anos, nasceu o Papa Leão XIII, Vincenzo Gioacchino Pecci.

Agradeço ao Senhor por ter podido, neste importante aniversário, celebrar a Eucaristia entre os cidadãos. Agora desejo, por outro lado, apresentar brevemente minha Mensagem – publicada nos dias passados – dirigida aos jovens do mundo para a XXVI Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em Madri dentro de pouco menos de um ano.

O tema que escolhi para esta Mensagem retoma uma expressão da Carta aos Colossenses do apóstolo Paulo: “enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (2, 7). É decididamente uma proposta contra a corrente! O que mais se exalta é a incerteza, a inconstância, a volatilidade... aspectos todos que refletem uma cultura indecisa no que se refere aos valores fundamentais, aos princípios em base aos quais orientar e regular a própria vida. Na realidade, eu mesmo, por minha experiência e pelos contatos que tenho com os jovens, sei bem que toda geração, mais ainda, toda pessoa individual está chamada a realizar novamente o percurso da descoberta do sentido da vida. E é precisamente por isso que quis voltar a propor uma mensagem que, segundo o estilo bíblico, evoca as imagens da árvore e da casa. O jovem, de fato, é como uma árvore em crescimento: para se desenvolver bem, precisa de raízes profundas, que, no caso de tempestades de vento, tenham-no bem plantado no solo. Assim também a imagem do edifício em construção recorda a exigência de fundamentos válidos, para que a casa seja sólida e segura.

E aqui está o coração da Mensagem: nas expressões “em Cristo” e “na fé”. A plena maturidade da pessoa e sua estabilidade interior baseiam-se na relação com Deus, relação que passa através do encontro com Jesus Cristo. Uma relação de profunda confiança, de autêntica amizade com Jesus pode dar a um jovem o que ele necessita para enfrentar bem a vida: serenidade e luz interior, capacidade para pensar de maneira positiva, grande ânimo para os demais, disponibilidade para pagar pessoalmente pelo bem, a justiça e a verdade. Um último aspecto, muito importante: para se converter em crente, o jovem nutre-se da fé da Igreja: se nenhum homem é uma ilha, tanto menos o é o cristão, que descobre na Igreja a beleza da fé partilhada e testemunhada junto aos demais na fraternidade e no serviço da caridade.

Esta minha Mensagem aos jovens leva a data de 6 de agosto, Festa da Transfiguração do Senhor. Que a luz do Rosto de Cristo possa resplandecer no coração de todo jovem! E que a Virgem Maria acompanhe com sua proteção o caminho das comunidades e dos grupos juvenis para o grande Encontro de Madri 2011.
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CASTEL GANDOLFO, domingo, 5 de setembro de 2010 (ZENIT.org)
Apresentamos as palavras de Bento XVI ao rezar o Angelus neste domingo com os peregrinos, em Castel Gandolfo, depois de sua visita apostólica a Carpineto Romano.
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«O Reino de Deus já chegou até vós»

Evangelho S. Lucas 11,14-23.

Jesus estava a expulsar um demônio mudo. Quando o demônio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada.
Mas alguns dentre eles disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demônios.»
Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu.
Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa.
Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demônios.
Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demônios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança;
mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.»


Reflexão:


«O Reino de Deus já chegou até vós»


A época moderna desenvolveu a esperança da instauração de um mundo perfeito que, graças aos conhecimentos da ciência e a uma política cientificamente fundada, parecia tornar-se realizável. Assim, a esperança bíblica do reino de Deus foi substituída pela esperança do reino do homem, pela esperança de um mundo melhor que seria o verdadeiro «reino de Deus». Esta parecia finalmente a esperança grande e realista de que o homem necessita. Estava em condições de mobilizar – por um certo tempo – todas as energias do homem. [...] Mas, com o passar do tempo tornou-se claro que esta esperança escapava sempre para mais longe. Primeiro, compreendemos que esta era talvez uma esperança para os homens de amanhã, mas não uma esperança para mim. E, embora o elemento «para todos» faça parte da grande esperança – com efeito, não posso ser feliz contra e sem os demais –, o certo é que uma esperança que não me diga respeito a mim pessoalmente não é sequer uma verdadeira esperança. E tornou-se evidente que esta era uma esperança contra a liberdade. [...]

Precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Mas, sem a grande esperança que deve superar tudo o resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir. Precisamente o ser gratificado com um dom faz parte da esperança. Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: a cada indivíduo e à humanidade no seu conjunto. O Seu reino não é um além imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o Seu reino está presente onde Ele é amado e onde o Seu amor nos alcança.

Bento XVI
Encíclica « Spe Salvi » §§ 30-31 (trad. © Libreria Editrice Vaticana rev.)



Fé e Obras irmãos.

Tg 2, 14-24.26

Para o cristão, a fé não é simples adesão às fórmulas de um credo, mas deve abraçar a própria vida e transformá-la.

Tiago e Paulo estão de acordo sobre a necessidade das "obras", entendidas como "atividades que se baseiam na fé", de modo particular a caridade para com os necessitados.

Em consonância com isto, o Concilio estimula os cristãos de hoje às multiformes obras de caridade.

Exorta particularmente os religiosos a destinar "alguma parte dos seus bens às outras necessidades da Igreja e ao sustento dos pobres..." (PC 13) e recorda a todos os fiéis: "Não se salva, ainda que incorporado à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece no seio da Igreja com o corpo, mas não com o coração... sua condição privilegiada não se deve aos seus méritos, mas a uma especial graça de Cristo; se a ela não corresponderem com o pensamento, com as palavras e com as obras, não só não se salvarão, como também serão mais severamente julgados" (LG 14).

Fé e obras irmãos.

Como disse Santa Madre Teresa de Jesus as suas filhas : “ O Senhor quer obras minhas filhas!”

Se Fé sem obras é morta, Obras sem Fé é vã!

Com minha pobre benção.

Pe. Emílio Carlos +

quarta-feira, 30 de março de 2011

3º domingo da quaresma

Mateus ano A

Texto: Jo 4, 5-42

Chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, junto da propriedade que Jacó tinha dado a seu filho José, onde estava a fonte de Jacó. Jesus, cansado da caminhada, sentou-Se à beira do poço. Era por volta do meio-dia.

Veio uma mulher da Samaria para tirar água. Disse-lhe Jesus : “Dá-Me de beber “.

Os discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos. Respondeu-Lhe a samaritana :

“Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana?”

De fato, os judeus não se dão com os samaritanos. Disse-lhe Jesus :

“Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que te diz : ‘Dá-Me de beber’, tu é que Lhe pedirias e Ele te daria água viva”.

Respondeu-Lhe a mulher : “ Senhor, Tu nem sequer tens um balde, e o poço é fundo : donde Te vem a água viva? Serás Tu maior do que o nosso pai Jacob, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu, com os seus filhos e os seus rebanhos?”

Disse-Lhe Jesus : “Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede. Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede : a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente que jorra para a vida eterna”.

“ Senhor, — suplicou a mulher — dá-me dessa água, para que eu não sinta mais sede e não tenha de vir aqui buscá-la”.

Disse-lhe Jesus : “Vai chamar o teu marido e volta aqui”.

Respondeu-lhe a mulher : “Não tenho marido”.

Jesus replicou : “Disseste bem que não tens marido, pois tiveste cinco e aquele que tens agora não é teu marido. Neste ponto falaste verdade”.

Disse-lhe a mulher : “Senhor, vejo que és profeta. Os nossos antepassados adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar”.

Disse-lhe Jesus : “Mulher, podes acreditar em Mim : Vai chegar a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis ; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vai chegar a hora — e já chegou — em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito e os seus adoradores devem adorá-l’O em espírito e verdade”.

Disse-Lhe a mulher : “Eu sei que há-de vir o Messias, isto é, Aquele que chamam Cristo. Quando vier, há-de anunciar-nos todas as coisas”.

Respondeu-lhe Jesus : “Sou Eu, que estou a falar contigo”.

Nisto, chegaram os discípulos e ficaram admirados por Ele estar a falar com aquela mulher, mas nenhum deles Lhe perguntou : “Que pretendes?” ou então : “Porque falas com ela?”

A mulher deixou a bilha, correu à cidade e falou a todos : “Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será Ele o Messias?”

Eles saíram da cidade e vieram ter com Jesus.

Entretanto, os discípulos insistiam com Ele, dizendo : “Mestre, come”.

Mas Ele respondeu-lhes : “Eu tenho um alimento para comer que vós não conheceis”.

Os discípulos perguntavam uns aos outros : “Porventura alguém Lhe trouxe de comer?”

Disse-lhes Jesus : “O meu alimento é fazer a vontade d’Aquele que Me enviou e realizar a sua obra. Não dizeis vós que dentro de quatro meses chegará o tempo da colheita? Pois bem, Eu digo-vos : Erguei os olhos e vede os campos, que já estão loiros para a ceifa. Já o ceifeiro recebe o salário e recolhe o fruto para a vida eterna e, deste modo, se alegra o semeador juntamente com o ceifeiro. Nisto se verifica o ditado : “Um é o que semeia e outro o que ceifa”. Eu mandei-vos ceifar o que não trabalhastes. Outros trabalharam e vós aproveitais-vos do seu trabalho”.

Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, por causa da palavra da mulher, que testemunhava : “Ele disse-me tudo o que eu fiz”. Por isso os samaritanos, quando vieram ao encontro de Jesus, pediram-Lhe que ficasse com eles. E ficou lá dois dias.

Ao ouvi-l’O, muitos acreditaram e diziam à mulher: “Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos. Nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo”.

Contexto:

Diante da terceira semana quaresmal que se inicia neste domingo, suscita em nós a “Busca pela água da vida” isso também nos remete ao biomino dar-receber.

No entanto, o texto parte de modo geral do relacionamento entre os judeus e samaritanos, pois este é o pano de fundo e a chave de leitura em relação a este texto que compõe os textos quaresmais.

A disputa entre o Monte Ebal em cuja base estava localizada a cidade de Siquém e o Poço de Jacó que dali mensurava-se mais ou menos um quilometro de distância, ora isso nos da uma visão geral do por da falta de amizade entre judeus e samariranos, que é retratada nas fala da mulher samaritana: “ Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana?

Podemos destacar que a sede da mulher está relacionada a sua condição social, visto que ela mesma tinha que ir retirar água do poço andando a média de mil metros (cf. V 15).

Perespectiva:

“Da-me da água da vida” esse desejo se mostra em não ter que ir mais até o poço para buscar água.

Jesus lhe oferece a “água da vida”, porém isso é seguida de uma exigencia, ou seja, ir e chamar o seu marido. Jesus bem sabia de sua situação de casamento, mas suscita na mulher uma postura e reconhecimento de sua condição, ela afirma ter tido cinco maridos, entretanto esses maridos não lhe deram condição e dignidade de vida de otra forma está ai representados os cinco deuses pagãos que os samaritanos adoravam ou ainda o Pentateuco ao qual os samaritanos não eram fiéis, visto que a samaritana somente iria receber a veradeira água da vida do verdadeiro Esposo Jesus que se disposa com a condição da esposa, sendo esta também figura da Igreja Esposa.

Vivência:

O Esposo Jesus não só se relaciona com a samaritana, mas permanece no povoado, visto que fazer a vontade do Pai é manifestar o Reino a todos os homens, claro que para isso acontecer necessita-se da soma entre sede e água, ou seja, a condição humana de sedentos e a misericóirdia que nos banha em seu amor... E não muitas vezses ficarmos com sede e até sermos afogados por tantas águas sujas, poluídas, contaminadas que nos matam na carne e no espírito todos os dias. Fazer a vontade do Pai é se alimentar da pureza da a´gua viva, ou seja, da santidade de sua fonte dada por aquele que é todo puro Santo.

Resposta:

A resposta que temos para nossa vida durante esta semana são as duas atitudes as dos Discípulos e da mulher samaritana.

Os Discípulos não entendem a posição de Jesus, ora não questionam o Mestre. Mas é sobretudo a atitude da mulher que recebe a “água da vida” e corre anunciar a seus contêrraneos a verdade que vivifica.

Contudo, a semeadura e a colheita são momentos de esperança, visto que a semadura causa a esperança de um bom plantio e a colheita a esperança de bons frutos, assim a Palavra semeada pelos Profetas (A.T) e os fruto colhidos pela Igreja (N.T).

Oração:

Pai de amor que possamos cada vez mais buscar aqueles que não te amam, viver em ti e sentir a necessidade da água da vida que só Tú podes nos dar. Amém.


Jean Franco de Toledo

Filosofo