Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ícones bordados de Nossa Senhora


A palavra ícone vem do Grego “eikon” e significa imagem. Normalmente são pinturas em superfície de madeira ou em outro material. Poucos conhecem sua existência, mas quem entra na Igreja de São Bento, no centro da cidade de São Paulo (Brasil) há um ícone russo muito precioso da Madona de Kasperovo.

Trata-se do ícone de “Nossa Senhora de Kasperovskaia” que está embutido na primeira coluna à direita de quem entra pela porta principal da Basílica do mosteiro. Originalmente este ícone estava acomodado em um pequeno estojo em formato de pequeno oratório.

O ícone foi doado ao Abade Dom Miguel Kruse, por um oficial russo, no início do Século XX em testemunho da gratidão pelos benefícios concedidos pelo abade aos refugiados do comunismo após a Revolução Russa de 1917.

Detalhes do ícone: Trata-se de uma imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus em seus braços. A imagem está envolta num magnífico véu composto de seis mil minúsculas pérolas de tamanhos diferentes e formas irregulares, que cobre a cabeça e o corpo do menino Jesus. Nos resplendores de metal esmaltado que circundam as cabeças de Nossa Senhora e do Menino Jesus, estão incrustados rubis e turquesas.

À direita e à esquerda do quadro, no alto, vêem-se as palavras gregas “Mether Theou” – Mãe de Deus. Na parte inferior há uma legenda que identifica o ícone “Kasperovskaia P. B.” – Kasperovskaia quer dizer “da cidade de Kasperovo”, localizada a 10 km da província da Kherson na confluência do rio Danúbio com o mar Negro e P. B. são abreviaturas das palavras Presviataia Bogoroditza que significa “Santíssima Mãe de Deus”.

Os ícones abaixos foram bordados com contas, num trabalho minucioso e digno da beleza da Virgem Maria, desconhecemos o autor de tão bela composição.

Fonte: Blog Almas Castelos

A



A Mochila e as Pedras



Um fervoroso devoto estava atravessando uma fase muito penosa de sua vida, com graves problemas de saúde em família e sérias dificuldades financeiras.
Por isso orava diariamente pedindo que o livrassem de tamanhas atribulações.
Um dia, enquanto fazia suas preces, um anjo lhe apareceu, trazendo-lhe uma mochila e a seguinte mensagem:
O Senhor se compadeceu da sua situação e lhe manda dizer que é para você colocar nesta mochila o máximo de pedras que conseguir, e carregá-la com você, em suas costas, por um ano, sem tirá-la por um instante sequer. Manda também lhe dizer que, se você fizer isso, no final desse tempo, ao abrir a mochila, terá uma grande alegria. E desapareceu, deixando o homem bastante confuso e revoltado.
"Como pode o Senhor brincar comigo dessa maneira? Eu oro sem cessar, pedindo a Sua ajuda, e Ele me manda carregar pedras?" Já não me bastam os tormentos e provações que estou vivendo? "Pensava o devoto. Mas, ao contar para sua mulher a estranha ordem que recebera do Senhor, ela lhe disse que talvez fosse prudente seguir as determinações dos Céus, e concluiu dizendo:
Deus sempre sabe o que faz...
O homem estava decidido a não fazer o que o Senhor lhe ordenara, mas, por via das dúvidas resolveu cumpri-la em parte, após ouvir a recomendação da sua mulher. Assim, colocou duas pedras pequenas, dentro da mochila e carregou-a nas costas por longos doze meses.
Findo esse tempo, na data marcada, mal se contendo de tanta curiosidade, abriu a mochila conforme as ordens do Senhor e descobriu que as duas pedras que carregara nas costas por um ano inteiro tinham se transformado em pepitas de ouro..., apenas duas pequenas pepitas.
Todos os episódios que vivemos na vida, inclusive os piores e mais duros de se suportar, são sempre extraordinárias e maravilhosas fontes de crescimento.
Temendo a dor, a maioria se recusa a enfrentar desafios, a partir para novas direções, a sair do lugar comum, da mesmice de sempre.
Temendo o peso e o cansaço, a maioria faz tudo para evitar situações novas, embaraçosas, que envolvam qualquer tipo de conflito.
Mas aqueles que encaram para valer as situações que a vida propõe, aqueles que resolvem "carregar as pedras", ao invés de evitá-las, negá-las ou esquivar-se delas, esses alcançam a plenitude do viver e transformam, com o tempo, o peso das pedras que transportaram em peso de sabedoria.
Como está sua mochila?

(Autor desconhecido)

A

ABRA A PORTA



Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, na qual haviam gravadas figuras de caveiras.
Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:
- Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
- Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por trás da assustadora porta?
- Vá e veja.
O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:
- Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.
Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

(Autor desconhecido)

A

AMAR A MINHA PEQUENEZ E A MINHA POBREZA

Deus faz as grandes coisas por meio dos pequenos. É para o pequeno e o humilde que Ele manifesta a Sua glória. Para os orgulhosos é difícil acolher a própria pequenez e assumir que são pequenos. Por isso, assuma-se e ame-se.
Somos apenas uma “poeirinha”, mas Deus volve o olhar Dele para nós.

O que agrada a Deus, o que dá liberdade para Ele agir, é, primeiro: quando admitimos que somos pequenos, pobres e humildes; segundo: quando aceitamos e assumimos que somos pequenos. Maria nunca quis ser grande, por isso o Senhor olhou para Ela.

Meus irmãos, quem era João XXIII? Ele só queria ser um pároco da Igreja, viver uma vida de simplicidade, pois sabia que era pequeno. Mas Deus pôs Seus olhos nele e ele foi eleito Papa e, como a Santíssima Virgem Maria, deu o seu “sim”. E quantas maravilhas Deus fez por intermédio dele, que foi chamado de "O Papa bom", porque sabia que era pequeno e também sabia que tudo era por inspiração de Deus.

Deus pode fazer coisas grandiosas nas pessoas que assumem seu nada.
Deus faz quando assumimos que somos pequenos e pobres
. Para o Senhor nada é impossível, o segredo está aí. É necessário aceitar e assumir a nossa pequenez e pobreza.
Louvemos ao Senhor que faz o impossível naqueles que reconhecem a sua pequenez.

Monsenhor Jonas Abib


A





SOMOS CIDADÃOS DOS CÉUS.
SEUS FRUTOS É QUE DETERMINARÃO O TAMANHO DAS RECOMPENSAS CELESTIAIS

Filipenses 3,17-21



A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo…

Promessas:

* Somos cidadãos dos céus

* Jesus voltará

* Nosso corpo humilhado será transformado, tornando-nos semelhantes ao corpo glorioso do Senhor

Condições:

* Seguir o exemplo de nossos líderes

* Viver de acordo com os padrões que nos são apresentados


Embora vivamos nesta terra, hoje somos como estrangeiros aqui, pois nossa cidadania está nos céus. Por um breve período permanecemos nesta terra a serviço do Reino de Deus, até que Cristo volte para levar a Sua Igreja. A Palavra afirma que aqueles que estão em Cristo são novas criaturas ( 2 Coríntios 5,17 …“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação”… ) e conforme a própria oração de Cristo ( João 17,16 …”Eles não são do mundo, como eu também não sou”… ) não somos deste mundo, somos cidadãos dos céus.

Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. ( I Pedro 2,11 )

Como genuínos cristãos, precisamos viver a vida que manifesta a nova criatura que somos, expressando a vida de Deus que está em nós. Paulo neste texto nos adverte a olharmos para aqueles que vivem de acordo com o padrão bíblico. O termo “cristão” expressa uma grande verdade, somos a reprodução de Cristo em nossos dias, no modo de viver, de se comportar, em suas reações, seu caráter, sua missão.

O cristianismo em você não deve ser definido pelo fato de você ser membro de uma igreja e freqüentá-la, mas pelo estilo de vida segundo o modelo que é Cristo.

Isso não é simplesmente uma questão de como se comportar; é mais do que isso. É viver a verdade de quem você realmente é, agora que está em Cristo, uma nova Criatura. Se você ainda se vê como era antes, ainda não descobriu sua nova identidade, e por isso Paulo escreveu também: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. ( Romanos 12,2 )

Precisamos renovar a nossa forma de pensar, encontrando nas escrituras a descrição de como somos agora, que estamos em Cristo, e não mais vivendo como o mundo vive, e como você viveu até aqui.

Passar por essa vida sem viver de acordo com a sua verdadeira identidade em Cristo, é pagar um preço de vida muito alto para não chegar a lugar algum. É desprezar todas as riquezas espirituais que Cristo conquistou para você no Calvário, é viver sem propósito, sem sentido, sem fruto, percorrendo apenas coisas do próprio interesse, que nada produzirá em relação à sua vida eterna.

Nosso objetivo devera se sempre o Eterno e para o Eterno. Eternidade é que nos deve nortear toda a nossa vida. Santa madre Teresa de Jesus já criança com seu irmão Rodrigo repetia : “Para Sempre ! Para sempre!”

Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta ( Hebreus 12,1 )

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas ( I Timóteo 6,12 )

Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio ( 2 Coríntios 5,20 )

Como já foi dito, nossa passagem por aqui é curta. Cristo em breve voltará, e enquanto isso, somos os seus embaixadores aqui na terra, representantes fiéis e idôneos daquilo que ele é, de seu caráter e sua missão, e logo poderemos provar de uma vida gloriosa e eterna na presença do Senhor.

Seus frutos é que determinarão o tamanho das recompensas celestiais que você receberá em glória.



Com minha benção.
Pe. Emílio Carlos .+

A

O conhecimento de si mesmo

O conhecimento de si é diferente da percepção de si. O conhecimento de si é quando você ultrapassa a auto-percepção, ou seja, quando você, juntamente com o Senhor, apropria-se do olhar de Deus sobre você mesmo e passa então, a ter a visão de Deus sobre a sua pessoa; utilizando o autoconhecimento, a auto percepção você se dá de presente ao Espírito Santo para que Ele trabalhe a sua pessoa, porquê você quer encontrar a verdade por amor a Deus, por amor a si mesmo...

Sente-se a dor de revelar-se mesmo naquilo que você não quer, como por exemplo, você tem um sentimento mal, um desejo mal, temos a tendência de nos negar, de nos esconder e não querer revelar. É por isso que dói esse processo de identidade. Não precisamos ter medo, pois o olhar de Deus vai dizer: “amo você como você é, você não é o seu desejo, você não é o seu sentimento, você não é o seu pecado”. “Você é o que Eu criei, você é o que eu pensei de você”... Santa Teresinha diz: “Eu sou o que Deus pensa de mim”. Não podemos acreditar que somos algo ou alguém que imaginamos, ou pior ainda, que outras pessoas de fora imaginam, você só pode ser o que Deus pensa de você. Então, esse processo de auto-percepção, na ação do Espírito, será ultrapassado e você chegará ao que Deus pensa de você.

Então, a oração precisa ser esse processo em que você dá espaço para o Espírito Santo em sua percepção, podemos chamar também de vigiar a si mesmo, “vigiar e orar”; vigiar sobre a própria pessoa, não viver na superficialidade deve ser uma verdadeira realidade de amor entre Deus e mim mesmo, eu não posso mais viver na superficialidade.

Silêncio não é ser capaz de ficar calado, é ser capaz de pensar sobre si mesmo sem medo, sem preconceitos, mas com confiança no amor de Deus. Às vezes posso estar no meio de muita coisa, um monte de coisa ao meu redor, mas quando eu sou capaz de pensar sobre mim mesmo e der espaço para Deus agir já estou silenciando, porque nada mais me interessa do que Deus agindo em minha vida. Depois de rezar vai ficar tudo mais fácil. E o silêncio me ajudará neste conhecimento de mim mesmo, do encontro com quem eu sou... Faça a experiência, e colherás os mais belos frutos do alto!

Luiz Antônio

A

"Glorifica o Senhor, Jerusalém!" (Sl 147)

O zelo pela própria conversão é o testemunhar daquilo que se viu e ouviu da parte do Senhor, é o anúncio da Palavra de Deus com a vida construída pelo Seu amor!

O pleno cumprimento da lei em nossa história consiste em praticar e ensinar os mandamentos do Senhor, é o aprendizado do amor que se realiza na alma ao se viver em Cristo.


A

Ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava

(Lc 4,38-44):

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo, com muita febre. Intercederam a Jesus por ela. Então, Jesus se inclinou sobre ela e, com autoridade, mandou que a febre a deixasse. A febre a deixou, e ela, imediatamente, se levantou e pôs-se a servi-los. Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes, com diversas enfermidades, os levavam a Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando: «Tu és o Filho de Deus!». Ele os repreendia, proibindo que falassem, pois sabiam que ele era o Cristo.

De manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse. Mas ele disse-lhes: «Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado». E ele ia proclamando pelas sinagogas da Judéia.

Reflexão:

«Ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando»

Hoje, nos encontramos ante um claro contraste: as pessoas que procuram Jesus e Ele que cura toda “doença” (começando pela sogra de Simão Pedro); à vez, «de muitas pessoas saíam demônios, gritando» (Lc 4,41). Quer dizer: bem e paz, por um lado; mal e desespero, pelo outro.

Não é a primeira ocasião que aparece o demônio “saindo”, isto é, fugindo da presença de Deus entre gritos e exclamações. Lembremos também o endemoninhado de Gerasa (cf. Lc 8,26-39). Surpreende que o próprio demônio “reconheça” a Jesus e que, como no caso daquele de Gerasa, é ele mesmo quem sai ao encontro de Jesus (isso sim, muito raivoso e incomodado porque a presença de Deus incomodava a sua vergonhosa tranqüilidade).

Tantas vezes nós também pensamos que encontrar-nos com Jesus nos atrapalha! Atrapalha-nos ter que ir à Missa no domingo; perturba-nos pensar que faz muito que não dedicamos um tempo à oração; sentimos vergonha dos nossos erros, em lugar de ir ao Médico da nossa alma para pedir-lhe simplesmente perdão... Pensemos se não é o Senhor quem tem que vir a nos encontrar, pois nós mesmos nos fazemos rogar para deixar a nossa pequena “caverna” e sair ao encontro de quem é o Pastor das nossas vidas! Isto se chama, simplesmente, tibieza.

Tem um diagnóstico para isto: atonia, falta de tensão na alma, angustia, curiosidade desordenada, hiperatividade, preguiça intelectual com as coisas da fé, pusilanimidade, vontade de estar só consigo mesmo... E existe também um antídoto: deixar de se olhar a sim mesmo e se por mãos à obra. Fazer o pequeno compromisso de dedicar um momento cada dia a olhar e escutar a Jesus (o que se entende por oração): Jesus o fazia, pois «de manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto» (Lc 4,42). Fazer o pequeno compromisso de vencer o egoísmo numa pequena coisa cada dia pelo bem dos outros (isto se chama amar). Fazer o pequeno-grande compromisso de viver cada dia em coerência com nossa vida Cristã.

Rev. D. Homer VAL i Pérez (Barcelona, Espanha)

A


As multidões procuravam-No...

S. Lucas 4,38-44.

Naquele tempo, deixando a sinagoga, Jesus entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com muita febre, e intercederam junto dele em seu favor.

Inclinando-se sobre ela, ordenou à febre e esta deixou-a; ela erguendo-se, começou imediatamente a servi-los.

Ao pôr-do-sol, todos quantos tinham doentes, com diversas enfermidades, levavam-lhos; e Ele, impondo as mãos a cada um deles, curava-os.

Também de muitos saíam demónios, que gritavam e diziam: «Tu és o Filho de Deus!» Mas Ele repreendia-os e não os deixava falar, porque sabiam que Ele era o Messias.

Ao romper do dia, saiu e retirou-se para um lugar solitário. As multidões procuravam-no e, ao chegarem junto dele, tentavam retê-lo, para que não se afastasse delas.

Mas Ele disse-lhes: «Tenho de anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.»

E pregava nas sinagogas da Judeia.

Reflexão:

«As multidões procuravam-No [...]. Mas Ele disse-lhes: 'Tenho de anunciar também às outras cidades'»

Saiba toda a alma que busca a Deus que ela foi por Ele procurada primeiro, que a buscou antes que ela O buscasse. [...] «Toda a noite procurei Aquele que o meu coração ama» (Ct 3,1). A alma procura o Verbo, mas é o Verbo Quem a procura de antemão. [...] Quando entregue a si própria, a nossa alma mais não é do que um sopro que passa e não volta (Sl 78(77),39). Escutai o que ela diz, ao longe fugitiva e à deriva: «Ando errante como ovelha perdida; vem à procura do teu servo» (Sl 119(118),176). Homem, queres voltar? Mas se isso depende da tua vontade, porque pedes auxílio? [...] É evidente que queres e não podes, pois não és mais do que um sopro que passa e não volta, e todo aquele que não quer ainda mais longe anda. [...] Mas donde lhe vem essa vontade? De que a procurou e visitou antes o Verbo, numa procura em tudo menos ociosa uma vez que lhe despertou a vontade sem a qual não poderia voltar.

No entanto, não basta que o Senhor a tenha buscado uma vez, tanta é a lassidão e tantas as dificuldades da volta. [...] «O querer está ao meu alcance, diz, mas realizar o bem, isso não» (Rm 7,18). O que busca, então, aquele que citámos no Salmo? Apenas isso mesmo: que o busquem, pois nunca tal faria se não fosse de antemão buscado e, por conseguinte, não recomeçaria a sua busca se o tivessem suficientemente buscado.

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja

Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, nº 84, 2-3

A

terça-feira, 30 de agosto de 2011





QUANDO ESTAMOS NO AMOR ESTAMOS NA LUZ

Mat 5,14-16

Uma lâmpada acesa pode representar muitas coisas: clareza nas idéias, uma iluminação particular sobre alguma coisa, significa prudência, vigilância, indicação precisa de um caminho, uma companhia que ajuda nas decisões, uma amizade, transparência.

O que é exatamente essa luz?

Na minha opinião é o amor que colocamos em tudo. Quando estamos no amor estamos na luz, somos prudentes, vigilantes, generosos. O amor está na base de todas as virtudes, de todas as realizações.
O amor é a lâmpada acesa em tudo o que fazemos, é um farol que serve de guia na estrada da vida.

Às vezes vem a tentação de procurar o caminho mais fácil, isto é, evitar dificuldades e contornar obstáculos. Porém, isto não resolve os problemas e deixa uma sensação de fracasso.
O melhor é procurar a coragem suficiente para superar todas as barreiras. Procurando em Deus a força que falta, descobre-se dentro a coragem necessária.

O momento presente vivido com coragem nas dificuldades, destila na alma todo o positivo da vida passada, presente e futura.

Quando um amor è verdadeiro se intensifica a cada instante e não cessa de demonstrar sua exclusividade. Porém, se a pessoa que é objeto desse amor não acredita o suficiente, acaba por não senti-lo e julga ser vitima da indiferença.
O amor de Deus por nós é imensurável e nunca nos falta. A única coisa que nos falta é acreditar nesse amor. Sobretudo nos momentos difíceis, pois o amor de Deus é Onipotente e nos ajuda a superar tudo.

A partir do momento que acreditamos totalmente no amor de Deus por nós, torna-se espontâneo testemunhar com palavras e fatos que Deus nos ama imensamente.

Com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
A

DEUS É MAIS ÍNTIMO DE NOSSA VONTADE QUE NÓS MESMOS



I Tess 4,1-8



O cristão é chamado à liberdade de tornar disponível para Deus a sua vida, cultura, vocação e profissão, a fim de que Ele realize o projeto único e perfeito que tem para sua vida. Não há autêntica liberdade para o homem que vive para si mesmo, mas somente para aquele que vive em Deus e para Deus.

É, assim, vazio e transitório todo projeto humano que não está compreendido no projeto único de Deus para sua vida. Romper todos os laços que não seja depender só dele para conquistar a verdadeira liberdade é o que caracteriza a atividade espiritual do cristão.

Somos diariamente colocados diante da veneração das grandezas passageiras e levados à visão do que é eterno e seguro, colocados diante da lembrança da morte e convidados à ressuscitar com Cristo, colocados diante das nossas fragilidades e convidados, por Sua enorme confiança, a tão altas missões! Presos a Ele pelos laços do amor, porque só ele tem a vida, mas, ao mesmo tempo livres para optar ou não por ele e pela sua vontade para as nossas vidas.

Cristo nos faz livres, mas permanece espontânea e eternamente preso a nós na Eucaristia. Trocou de lugar conosco e nos convida a viver este colóquio, esta troca constante de liberdades, esperando alguém que lhe responda: - Senhor, eu recebo a tua liberdade e em troca Te dou a minha!



Com minha benção.

Pe. Emílio Carlos Mancini.+

Diretor Espiritual da RCC São Carlos

Vigário Episcopal Novas Comunidades.


A




O amor não acaba, nós é que mudamos

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?

O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida.

As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades.

O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.

Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas.

O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos.

O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.

O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar.

Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice.

Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

Martha Medeiros

A




Teologia da vida cotidiana

Existem pessoas que, presas nas dificuldades e no trabalho, na agitação e na atividade incessante da vida cotidiana, só no dia de domingo vão poder ler e refletir com calma sobre meditações teológicas como esta.

Não deveríamos aproveitar pelo menos o domingo - que pode ser também algo como um respiro do homem em meio a sua cotidianidade- a oportunidade de esboçar algumas reflexões sobre uma teologia da vida cotidiana, de colocar sob a luz da fé cristã e de considerar como perguntas para a teologia alguns assuntos de cada dia, como o trabalho e o descanso, o comer e o dormir e todas aquelas coisas que pertencem a esse âmbito?

Naturalmente, sempre com a reserva de que em umas poucas palavras se pode dizer muito pouco, inclusive sobre estas coisas simples, já que o mais fácil costuma ser na verdade o mais difícil para a teoria e para a práxis.

Por agora falemos apenas algo breve sobre a teologia da vida cotidiana em geral.

A primeira coisa é que uma teologia não pode pretender fazer do cotidiano um feriado. Esta teologia diz antes de tudo: “deixe tranqüila a vida cotidiana ser cotidiana”. Nem pelos elevados pensamentos da fé nem pela sabedoria da eternidade se pode ou se deve converter a vida cotidiana em um feriado.

O cotidiano deve ser mantido como tal, sem dulcificações nem idealizações. Só assim será para os cristãos o que deve ser: o espaço da fé, a escola da sobriedade, o exercício da paciência, o santo desmascaramento das palavras grandiloqüentes e dos falsos ideais, a silenciosa oportunidade de amar de verdade e de ser fiel, a verificação do realismo que é a semente da mais plena sabedoria.

A segunda é, porém, que a simples cotidianidade, assumida honestamente, esconde em si o milagre eterno e o silencioso mistério que chamamos Deus e sua graça sigilosa, precisamente quando e na medida em que o cotidiano permanece como tal. Posto que tudo isso constitui a vida cotidiana que o ser humano faz, e onde estiver o ser humano, ele em seu agir livre e responsável, abrirá as profundidades recônditas da realidade.

Também as pequenas coisas cotidianas são ou deveriam ser verdadeiramente como uma porção interna do essencial, inserida em uma vida realmente humana, ou seja, em uma vida que pela fé, a esperança e o amor dirigidos a Deus com a completa e mais radical liberdade, tem o peso do Deus eterno ao qual ela se agarra.

A Ele o temos, em última instância, não por nossos ideais, nem por nossas elevadas palavras, nem pela contemplação de nós mesmos, mas pela ação que nos arranca de nosso egoísmo, pela preocupação pelos outros que nos faz esquecer de nós mesmos, pela paciência que nos faz mansos e sábios.

Quem como ser humano acolhe o tempo, que é tão breve, no coração da eternidade que leva dentro de si, capta rapidamente que também as pequenas coisas têm profundidades inefáveis, que são arautos da eternidade, que são sempre mais que elas mesmas, como gotas de água em que se reflete a totalidade do céu, como símbolos que indicam mais além de si, como mensageiros que se antecipam e que, como arrebatados pela mensagem que portam, preanunciam a infinitude adveniente, como sombras, que já vem sobre nós, da verdadeira realidade, porque, em efeito, o verdadeiramente real já está próximo.

E por tudo isso vale a terceira: deve-se estar sempre como se fosse domingo, bem disposto para as pequenezes e as humildes coisas sem o brilho da vida cotidiana. Elas nos irritam só se as enfrentamos irritados; nos tornam obtusos só se não as compreendemos; tornam-se rotineiras e banais só se não as entendemos bem e as tratamos de maneira equivocada. Tornam-nos sóbrios, talvez nos cansam e nos decepcionam, mas nos fazem modestos e serenos.

Porém, isso é precisamente o que devemos chegar a ser, o que temos que aprender ainda que esta aprendizagem nos pareça difícil; é o único que nos pode dispor para nos encaminhar rumo à autêntica festa da vida eterna que a graça de Deus, e não nossa própria força, nos prepara. As coisas cotidianas, em todo caso, não têm que nos tornar amargos nem malignamente céticos. Porque o pequeno é a promessa do grande, e no tempo vai se gestando a eternidade. Porém, isto vale para os dias de semana tanto quanto para o domingo.
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Karl Rahner, S.J. Teólogo, acadêmico e escritor A tradução é de Fernando Berríos Medel, com a colaboração de Sergio Silva Gatica, SS.CC. Artigo publicado também na revista Mensaje .

A


"Do coração atribulado está perto o Senhor" (Sl 33).

Os justos penetram os segredos de Deus e neles repousam sua vidas, enquanto os ímpios permanecem escravos e cegos nos próprios pecados.

Conhecer Jesus é reconhecer Nele a autoridade do amor e deixar que o brilho de seu olhar alcance a nossa alma!

A

Políticos do PT levam ao Senado brasileiro nova proposta de legalização do aborto

Até quando irão insultar o Imaculado Coração de Maria com tantas ofensas?

O Movimento em Defesa da Vida no Brasil (MDV) denunciou que na quinta feira, 18 de agosto, a Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, reuniu em Brasília representantes de diversas ONGs que promovem a legalização do aborto no país para a realização de uma plenária e em seguida representantes destas organizações tiveram uma audiência pública no Auditório Petrônio Portela do Senado Federal para apresentar um documento favorável à despenalização do aborto no Brasil.

A audiência no senado foi convocada pela Senadora Lídice da Mata, do PT da Bahia, com o apoio da senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, e da senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo.

O tema da reunião, conforme a convocação oficial, era um “debate sobre os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.”

Conforme havia sido anunciado pela Senadora Marta Suplicy, as organizações que promovem o reconhecimento do aborto como um direito humano no Brasil, pesadamente financiadas por um conglomerado de fundações norte americanas, estão voltando o foco de suas atenções para o Senado Federal.

Dois dias após o término das eleições de 2010, ao ser questionada por uma repórter sobre “as chances, depois do que aconteceu nas eleições de 2010, do PT retomar bandeiras históricas como o direito ao aborto e ao casamento gay”, a senadora Suplicy respondeu: “certamente a prioridade do governo passará longe disso, e a presidente Dilma se comprometeu e não fará nenhum gesto neste sentido. Porém o congresso é outra coisa, e provavelmente deverá recuperar [o tema]“.

Segundo o MDV, durante a mencionada audiência no Senado, representantes de várias ONGs, entre as quais entre as quais está a Articulação de Mulheres Brasileiras, a Marcha Mundial de Mulheres, a Liga Brasileira de Lésbicas, a União Nacional dos Estudantes e a Central Única dos Trabalhadores, apresentaram aos senadores o documento da plataforma para legalização do aborto no Brasil.

O documento, distribuído no Senado, mas não divulgado pelos meios de comunicação, afirma, entre outras coisas que pretende-se retomar, no Brasil, “a proposta de legalização elaborada pela comissão tripartite, instituída em 2005 pela secretaria de políticas para as mulheres, retirando a prática de abortamento do código penal”.

Acenda aqui uma Vela da Vida contra o aborto. Reze: Nossa Senhora livrai o Brasil desta prática pecaminosa.

Isto é, afirma o boletim do MDV, “o infame projeto elaborado pelo Governo Lula, apresentado sob a forma do substitutivo do PL 1135/91, que pretendia tornar o aborto legal durante todos os nove meses da gravidez, uma vez que, removido do Código Penal todas as figuras do crime de aborto, não haverá, no ordenamento jurídico brasileiro, qualquer tipificação de crime contra a vida antes do nascimento”.

A Plataforma insiste, porém, paradoxalmente, em “refutar a tese de que se pretende legalizar o aborto até o nono mês de gestação”.

A Plataforma afirma também que o aborto é apenas “o resultado da interrupção da gravidez até a 22ª semana de gestação e cujo produto pesa até 500 gramas”, discriminando o nascituro e ignorando que se trata de um ser humano completamente formado, dotado do mesmo direito inalienável à vida que qualquer outro ser humano, e não um simples produto que pesa até 500 gramas.

Ademais a Plataforma pretende “impedir que organizações religiosas participem na elaboração e controle social das políticas públicas, ou recebam recursos públicos para ação social que seja orientada por princípios religiosos”.

Segundo o MDV o documento pretende também “garantir a orientação sexual” nas escolas e “impedir a prática do ensino religioso na rede pública de educação”.

Simone Franco / Agência Senado

Agência Senado

Extraído do site de Dom Luiz Bergonzini

A


A palavra de Deus é viva e eficaz

S. Lucas 4,31-37.

Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaúm, cidade da Galileia, e a todos ensinava ao sábado.

E estavam maravilhados com o seu ensino, porque falava com autoridade.

Encontrava-se na sinagoga um homem que tinha um espírito demoníaco, o qual se pôs a bradar em alta voz:

«Ah! Que tens que ver conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus!»

Jesus ordenou-lhe: «Cala-te e sai desse homem!» O demônio, arremessando o homem para o meio da assistência, saiu dele sem lhe fazer mal algum.

Dominados pelo espanto, diziam uns aos outros: «Que palavra é esta? Ordena com autoridade e poder aos espíritos malignos, e eles saem!»

A sua fama espalhou-se por todos os lugares daquela região.

Reflexão:

A palavra de Deus é viva e eficaz

«A Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante que uma espada de dois gumes» (He 4,12). Aos que buscam a Cristo, que é a Palavra, o Poder e a Sabedoria de Deus, fica bem declarada nesta expressão da Escritura toda a grandeza, força e sabedoria Daquele que é a verdadeira Palavra de Deus. Esta Palavra, eterna como o Pai desde o princípio (Jo 1, 1), foi revelada no devido tempo aos apóstolos e por eles anunciada aos povos e humildemente acolhida com fé. [...]

Esta Palavra de Deus é viva, porque o Pai Lhe comunicou o poder de ter a vida em Si mesma tal como Ele tem a vida em Si mesmo (Jo 5, 26). Por esta razão, Ela não somente é viva, mas é a própria vida, como de Si mesma proclama: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6). Precisamente porque esta Palavra é a vida, é viva e vivificante. De fato, assim como o Pai ressuscita os mortos e dá a vida, assim também o Filho dá a vida a quem quer (Jo 5,21). Dá a vida quando chama o morto do sepulcro dizendo: «Lázaro, sai para fora!» (Jo 11,43). Quando esta Palavra é anunciada mediante a voz do pregador, transmite pela voz que se ouve exteriormente a voz que atua interiormente, e que chama os mortos à vida para renascerem na alegria dos filhos de Abraão (Mt 3,9). Portanto, é viva esta Palavra no coração do Pai, é viva na boca do pregador, é viva no coração de quem crê e ama.

Balduíno da Cantuária (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo

Homilia 6; PL 204, 451-453 (trad: Breviário)

A



Rosário ou Terço? Qual o nome certo?


“O costume de contar pequenas orações de repetição nos dedos da mão, por meio de pedrinhas, é muito antigo.


Primeiramente, foi introduzido o costume de rezar determinado número de vezes o Pai-Nosso. Isto se dava de modo especial nos mosteiros, sobretudo a partir do século X (depois do ano 900) onde muitos católicos não tinham condições de participar das orações dos salmos (do saltério), com leituras e cânticos.

Seus superiores estabeleciam para eles a recitação do Pai-Nosso determinado número de vezes.
Inicialmente, a recitação da Ave Maria era feita sem a inclusão dos episódios – mistérios – da vida de Cristo. Entre 1410 e 1439, o monge cartuxo Domingo de Prusia, de Colônia, Alemanha, introduziu uma espécie de saltério mariano, com 50 Ave-Marias, cada uma seguida de uma referência a uma passagem do Evangelho, como uma jaculatória. Assim, os salmos eram substituídos pelas Ave-Marias e as antífonas, e pelas passagens evangélicas.

São Pio V, Papa de 1566 a 1572 – época final e de implementação do Concílio de Trento, em que foram organizados os livros litúrgicos utilizados até o Concílio Vaticano II – estabeleceu a atual configuração do Rosário. Ele atribuiu à oração do Rosário a vitória naval de Lepanto, em 07 de outubro de 1571, que salvou a Europa de um grande perigo. Por causa disto, introduziu a festa de Nossa Senhora do Rosário.

Esta designação de “rosário” teve origem no costume de, em alguns lugares, o povo oferecer coroas (guirlandas) de rosas à sua rainha. Os católicos adotaram esta prática para Maria Santíssima, a rainha do céu e da terra: oferecer-lhe uma coroa de 150 “rosas” – Ave-Marias. Daí o rosário, mas dividido em três partes, resultando o nome de “terço”. Portanto, o rosário (150 Ave-Marias) é composto pela recitação de três terços (cada um com 50 Ave-Marias ou 5 dezenas de 10 Ave-Marias).

Fonte: Canto da Paz

A

Senado brasileiro recebe proposta de legalização do aborto

O Movimento em Defesa da Vida no Brasil (MDV) denunciou que na quinta feira, 18 de agosto, a Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, reuniu em Brasília representantes de diversas ONGs que promovem a legalização do aborto no país para a realização de uma plenária após a qual representantes destas organizações tiveram uma audiência pública no Auditório Petrônio Portela do Senado Federal para apresentar um documento favorável à despenalização do aborto no Brasil.

A audiência no senado foi convocada pela Senadora Lídice da Mata, do PT da Bahia, com o apoio da senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, e da senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo.
O tema da reunião, conforme a convocação oficial, era um "debate sobre os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres."

Conforme havia sido anunciado pela Senadora Marta Suplicy, as organizações que promovem o reconhecimento do aborto como um direito humano no Brasil, pesadamente financiadas por um conglomerado de fundações norte americanas, estão voltando o foco de suas atenções para o Senado Federal.

Dois dias após o término das eleições de 2010, ao ser questionada por uma repórter sobre "as chances, depois do que aconteceu nas eleições de 2010, do PT retomar bandeiras históricas como o direito ao aborto e ao casamento gay", a senadora Suplicy respondeu: "certamente a prioridade do governo passará longe disso, e a presidente Dilma se comprometeu e não fará nenhum gesto neste sentido. Porém o congresso é outra coisa, e provavelmente deverá recuperar [o tema]".

Segundo o MDV, durante a mencionada audiência no Senado, representantes de várias ONGs, entre as quais entre as quais está a Articulação de Mulheres Brasileiras, a Marcha Mundial de Mulheres, a Liga Brasileira de Lésbicas, a União Nacional dos Estudantes e a Central Única dos Trabalhadores, apresentaram aos senadores o documento da plataforma para legalização do aborto no Brasil.

O documento, distribuído no Senado, mas não divulgado pelos meios de comunicação, afirma, entre outras coisas que pretende-se retomar, no Brasil, "a proposta de legalização elaborada pela comissão tripartite, instituída em 2005 pela secretaria de políticas para as mulheres, retirando a prática de abortamento do código penal".

Isto é, afirma o boletim do MDV, "o infame projeto elaborado pelo Governo Lula, apresentado sob a forma do substitutivo do PL 1135/91, que pretendia tornar o aborto legal durante todos os nove meses da gravidez, uma vez que, removido do Código Penal todas as figuras do crime de aborto, não haverá, no ordenamento jurídico brasileiro, qualquer tipificação de crime contra a vida antes do nascimento".
A Plataforma insiste, porém, paradoxalmente, em "refutar a tese de que se pretende legalizar o aborto até o nono mês de gestação".

A Plataforma afirma também que o aborto é apenas "o resultado da interrupção da gravidez até a 22ª semana de gestação e cujo produto pesa até 500 gramas", discriminando o nascituro e ignorando que se trata de um ser humano completamente formado, dotado do mesmo direito inalienável à vida que qualquer outro ser humano, e não um simples produto que pesa até 500 gramas.

Ademais a Plataforma pretende "impedir que organizações religiosas participem na elaboração e controle social das políticas públicas, ou recebam recursos públicos para ação social que seja orientada por princípios religiosos".
Segundo o MDV o documento pretende também "garantir a orientação sexual" nas escolas e "impedir a prática do ensino religioso na rede pública de educação".

A

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O desafio de nascer de novo...

É preciso ter coragem para nascer de novo, para acolher a vida que o Senhor prometeu e sonhou para nós. A promessa de Deus é a vida no Espírito, cuja regra de ouro é assumir a Sua palavra como verdade libertadora do coração humano. O sonho divino é a restauração do homem à sua imagem e semelhança, é o amor revelado e assumido pela humanidade.

A conversa de Jesus com Nicodemos (Jo 3, 1-8) expressa a dimensão e o alcance do nascer de novo, tornando-o pressuposto para ver e entrar no Reino de Deus. Esse reino é acessível e possível mediante a fé e aos frutos que dela colhemos em nossa vida espiritual. Assim, a vida em Deus requer o nosso olhar voltado para sua palavra, verdade libertadora que alcança corações sedentos pelo reino do amor.

É claro e certo que o movimento do nascer de novo é a conversão, esta se realiza pelo arrependimento, e este por excelência é dom de Deus, ação do Espírito Santo que revela o conhecimento do amor em nossa história. Este é o reino conquistado com violência, não a que conhecemos, mas aquela que nasce do coração de quem viu o Senhor.

É esta coragem evangélica que nos leva a romper com o pecado, a superar a dor dos traumas e a vencer as ciladas de satanás. Isto porque, o pecado nos escraviza em sua dinâmica mentirosa e sedutora, nossos traumas nos fazem parasitas de nós mesmos e congelados na arte de amar, e as ciladas do maligno nos cega e nos cala diante do anúncio do evangelho.

O desafio, então, para nascer de novo, consiste numa relação sempre mais íntima com Jesus para romper com o egoísmo, base de todo e qualquer pecado; em assumir o Seu coração para curar nossa humanidade ferida e machucada pelos vazios de amor; e, por fim, encarnar Sua palavra para vencermos toda ação do mal.

A coragem de nascer de novo é a coragem de amar e deixar brilhar a luz de Cristo que está em nossos corações, a luz da ressurreição... Feliz Páscoa a todos!

A


O Amor: A Chave para Herdar a Vida Eterna

Que farei para herdar a vida eterna?"foi a pergunta que um intérprete da Lei que fez a Jesus, em Lucas 10,25. Jesus replicou com suas próprias perguntas: "Que está escrito na Lei? Como interpretas?" Sua resposta foi previsível, uma vez que Jesus consistentemente mandava os homens de volta às Escrituras para responder todas as perguntas espirituais.

Em sua resposta, o professor da Lei citou os mandamentos para amar a Deus com todo nosso coração e amar nosso próximo com a nós mesmos. Jesus concordou. Então, ele acrescentou: "faze isto e viverás" (Lucas 10,28). Jesus recusava permitir que a discussão de sua palavra ficasse na teoria. Ele exigia que os homens praticassem o que sabiam.

Amar a Deus e ao próximo podem ser tópicos interessantes para conversa, mas a intenção é que sejam mandamentos para serem obedecidos, e não filosofias a debater. O intérprete da Lei preferiu falar sobre como receber a vida eterna; Jesus lhe ordenou que fizesse o que era necessário para obtê-la.

Considere estes dois mandamentos cuidadosamente: Amar a Deus e ao teu próximo.

Os dois próximos parágrafos em Lucas ilustram o que cada mandamento significa. Para explicar o que significa amar o próximo, Jesus contou a parábola do bom samaritano. Para exemplificar a idéia de amar a Deus, Lucas contou a história da visita de Jesus à casa de Marta e Maria.

Amar o teu próximo

A parábola do bom samaritano (Lucas 10,30-37) é um dos mais conhecidos ensinamentos de Jesus. A história apresenta quatro conjuntos de personagens: O homem que foi roubado, espancado e deixado como morto. Quase nada sabemos sobre este homem, exceto que estava viajando de Jerusalém para Jericó. Não sabemos sua classe social, seu caráter, nem mesmo sua raça. Não sabemos se ele tinha feito alguma coisa para merecer estes ferimentos. Não faz diferença: O amor ao próximo responde à necessidade, não à identidade da pessoa. Os assaltantes. Eles se aproveitaram de sua vítima, tomaram o que puderam, e se desfizeram dela. Muitos hoje em dia olham para os outros do mesmo modo que os ladrões. Procuram ganhar o que podem de alguém e depois não se preocupam mais com ele. Um sacerdote e um levita que estavam viajando pela estrada. Eles viram o homem ferido e se desviaram, passando pelo outro lado. A despeito da posição religiosa deles, evidentemente encontraram alguma desculpa para não ajudar. O samaritano. Um judeu poderia ter esperado que o samaritano tivesse sido o vilão da história. Mas Jesus mostrou que alguns dos desprezados samaritanos eram mais justos até mesmo que sacerdotes e levitas.

O que tornou o samaritano diferente? Ele teve compaixão pelo homem ferido. Os outros estavam tão absorvidos consigo mesmos que realmente não se interessaram por ele, mas quando o samaritano viu a vítima, ele teve compaixão dela. Ele se arriscou. O assalto mostrava vividamente que a estrada era perigosa. Mas ele parou, cuidou dos ferimentos do homem e levou-o a uma hospedaria para receber tratamento. Ele fez o que pôde. O samaritano não era um centro médico totalmente equipado. Ele não era médico. Ele não construiu nenhum hospital. Sem dúvida, havia outros que poderiam estar bem mais qualificados para ajudar se estivessem na cena. Mas este samaritano fez o que pôde com o que tinha. Ele tomou de seu próprio óleo e vinho e tratou os ferimentos. Ele usou seu próprio animal para transportar o homem. Ele pagou a estadia do homem na hospedaria e prometeu pagar quaisquer despesas restantes quando voltasse.

Jesus perguntou ao intérprete da Lei qual deles tinha-se mostrado ser o próximo do homem ferido. Ele respondeu corretamente que foi aquele que o tinha socorrido. O homem tinha aprendido que a identidade de nosso próximo não depende de lugar ou raça, mas que todo aquele que necessita de nossa ajuda é nosso próximo. De novo, Jesus ordenou ao homem: "Vai e procede tu de igual modo" (Lucas 10:37). O amor precisa ser praticado, não admirado.

Amar a Deus

A visita de Jesus à casa de Marta e Maria ilustra o verdadeiro significado de amar a Deus: "Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada os pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada" (Lucas 10:38-42).

Marta era uma boa senhora. Ela recebeu bem Jesus em sua casa. Ela poderia ter-se incomodado com o serviço extra e a perturbação que sua visita traria e ter pedido a Ele que se fosse, mas não o fez. Ela estava ansiosa por sentar-se e ouvir o Senhor, como sua irmã Maria estava fazendo, mas as exigências de suas preparações deixaram-na sem tempo para fazer isso. Talvez ela estivesse preparando uma refeição, limpando a casa ou atendendo às outras tarefas domésticas da família. Seus elevados padrões nessa área e sua compulsão para ter as coisas bem em ordem para a visita de Jesus frustraram-na grandemente. Ela ficou irada porque sua irmã não a estava ajudando. Jesus apontou o problema dela: estava aflita e aturdida por muitas coisas. Não eram coisas más, porém não eram "aquela coisa" de importância suprema. Ela estava aplicando esforço de primeira qualidade a atividades de segunda qualidade.

Maria, em contraste, sentou-se aos pés de Jesus, ouvindo-o. Havia uma refeição para ser preparada, talvez uma casa para ser limpa, mas Maria escolheu passar o seu tempo com seu Senhor. Tanto Maria como Marta tinham algum amor por Jesus. Mas Maria era aquela que amava a Jesus com "todo" o seu coração, com "toda" a sua alma, com "toda" a sua força, e com "todo" o seu entendimento. Amar assim a Cristo significa escolher buscar as prioridades espirituais, mesmo se isso significar fazer outras coisas não tão bem, ou mesmo não fazê-las.

Aplicações

Jesus concordou que amar a Deus e amar ao próximo são as coisas que temos que fazer para ir para o céu. Em outra ocasião ele disse que estes são os dois maiores mandamentos (Mateus 22,37-39). É impossível ressaltar demais estes dois princípios. Contudo, o amor é pouco entendido e ainda menos praticado. Muitos vêem o amor como uma sensação, um sentimento ou emoção. Uma vez que têm uma bondosa disposição para com Deus e um espírito pacífico para com os outros, eles crêem que já cumpriram todas as responsabilidades do amor. Precisamos prestar cuidadosa atenção a estas ilustrações do amor porque elas nos ajudam a entender o que o amor realmente significa na prática.

O bom samaritano socorreu o homem necessitado. O amor é ativo. O amor vê aqueles que têm problemas --físicos ou espirituais-- e sente compaixão por eles. Muitas pessoas estão muito absorvidas consigo mesmas para se preocuparem com os outros e suas dificuldades. Para amar como o samaritano amou, precisamos esquecer de nós mesmos e nos comovermos com o sofrimento dos outros. Isso nunca é mais verdadeiro do que quando vemos pessoas que precisam de auxílio espiritual. Jesus viu as multidões como ovelhas sem pastor e sentiu compaixão por elas, ainda que ele mesmo estivesse exausto (Marcos 6,34). Ele partilhou ansioso a água viva com uma mulher imoral, a despeito de sua própria fome, sede e fadiga (João 4). O amor aceita riscos para ajudar os outros. Algumas vezes o maior risco que tememos é a rejeição. Se outras pessoas desprezarem nossas tentativas para ajudá-las, sentiríamos feridos. Assim, buscando isolar-nos do risco de ter nosso ego arranhado, evitamos aproximarmo-nos delas. É arriscado convidar um vizinho a ler a Bíblia conosco, chegar a um irmão e reprová-lo, ou desafiar um amigo com respeito à vida dele. O amor arrisca rejeição para ajudar os outros. O amor faz o que pode. Não podemos fazer tudo o que alguém possa precisar, mas podemos fazer alguma coisa. Não temos todas as respostas, mas temos algumas. O amor serve.

Maria escolheu a boa parte e essa escolha demonstrou seu amor por Jesus. Nossas escolhas sempre demonstram o que amamos. E uma coisa é certa: escolhas serão feitas porque ninguém pode fazer tudo. Algumas coisas que, por si mesmas, são boas e apropriadas, terão que ser omitidas. O que escolheremos? Algumas pessoas escolhem o urgente em vez do importante, fazendo as coisas que precisam ser feitas imediatamente em vez das coisas que são muito mais valiosas a longo prazo.Uma vez que muitas tarefas espirituais (coisas como orar e estudar) podem ser feitas a qualquer tempo, elas tendem a ser postas de lado enquanto nos concentramos em atividades com limite de tempo. Alguns escolhem as coisas que são visíveis em vez das coisas que as pessoas não podem ver. Uma vez que as atividades espirituais não são percebidas pelos outros, elas podem ser facilmente negligenciadas. Marta recebeu bem a Cristo, porém não escolheu a boa parte. Tinha tantas outras coisas que a sobrecarregavam e preocupavam que não teve tempo para senar-se e ouvir Jesus. O tempo que gastamos com Jesus é um sinal de quanto o amamos.

O amor é a chave para herdar a vida eterna. Amamos a Deus? Amamos nosso próximo?


­Gary Fisher

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A prática da meditação

A meditação apoia-se na experiência. Trata-se, efectivamente, de um caminho de experiência e não de uma teoria ou de um pensamento. “A experiência é o mestre”, dizia João Cassiano, aquele que inspirou John Main na sua redescoberta desta tradição de oração para os cristãos dos nossos tempos.

É uma forma de oração que é encarnada. O corpo não é uma barreira entre nós e Deus. Pelo contrário, o corpo é o sacramento do dom de ser que Deus nos deu ao criar-nos. É o templo do Espírito Santo de Jesus ressuscitado.

Eis a razão pela qual o corpo faz parte integrante deste tipo de oração. Só ao meditar nos podermos dar conta disso. As regras são simples:

  • Sentar-se
  • Permanecer quieto
  • Manter as costas direitas
  • Respirar regularmente (idealmente a partir do diafragma)
  • Estar relaxado mas desperto

Quando se sentar para meditar, reserve tempo para se instalar confortavelmente, de forma a manter essa postura. Verifique as tensões que sente no seu corpo: nos ombros, no pescoço, nos olhos, no rosto e descontraia-se.

O yoga é um excelente exercício que nos ensina a respeitar o nosso corpo, como dom e templo de Deus, constituindo a preparação perfeita para a meditação.

Escolha um momento propício e um lugar calmo onde não seja incomodado. Considere os momentos de meditação como tempos prioritários. Descobrirá porque que é que esses momentos são considerados, por aqueles que meditam, como sendo os momentos mais importantes do seu dia. Sempre que possível, medite no mesmo lugar e à mesma hora todos os dias, pois isto ajuda a aprofundar o ritmo da oração na sua vida.

O melhor tempo para o primeiro momento de meditação será de manhã cedo, antes de ler o jornal ou de fazer telefonemas. O final da tarde é a altura mais apropriada para o segundo momento de meditação, depois de um dia de trabalho e antes de iniciar as actividades da noite.

Pode preparar-se para a meditação ouvindo música ou através de outros processos que acalmem e preparem o recolhimento. A meditação pode, naturalmente, ser integrada noutras formas de oração, como por exemplo, a eucaristia e o ofício divino.

A duração da sua meditação deve ser determinada de uma forma regular e disciplinada. Portanto, será melhor determinar a sua duração utilizando uma cassete ou um cronómetro que não faça muito barulho.

Um meio eficiente para aprofundar a sua prática, é a meditação em grupo, uma vez por semana. Assim beneficia do apoio e inspiração dos outros elementos do grupo, do ensinamento semanal e da experiência desta dimensão da presença de Cristo que se revela “quando dois ou três se reúnem em seu nome”. Com o passar do tempo, desenvolverá também a capacidade de partilhar com os outros o dom que recebeu.

A grande dificuldade com que todos se deparam na meditação, reside no constante problema das distracções. Não se desencoraje, pois todos aqueles que rezam, até mesmo os grandes mestres da oração, se distraem. O mantra é o meio mais simples e mais eficaz para dissipar as distracções.

  1. Não tente repelir as distracções.
  2. Concentre-se totalmente no mantra.
  3. Ignore as distracções como se se tratasse de um barulho de fundo.
  4. Seja humilde, paciente, fiel e tenha um certo humor.

O mantra-ou jaculátorias assemelha-se a um caminho penetrando numa selva muito densa. Mesmo que esse caminho seja estreito, siga-o fielmente, pois ele conduzi-lo-á através da selva do espírito ao espaço amplo e aberto do coração. A partir do momento em que se aperceba de que se desviou do caminho, só tem que o retomar calmamente.

O insucesso e o sucesso não são termos que se apliquem para definir a sua experiência. São termos próprios do EU, conquanto que, na meditação, aprendamos a “nos desprendermos do nosso EU”. Não existe nem sucesso, nem insucesso, mas apenas a Fé e a Fé encontra-se num amor vivo.

A